Kallocaína

Kallocaína Karin Boye




Resenhas - Kallocaína


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Jenni 11/03/2024

"Vivo, apesar de tudo que extraíram de mim..."
Ao abrir as páginas de "Kallocaína", fui imediatamente envolvida por uma atmosfera distópica que parecia se insinuar através das linhas do texto. A autora, Karin Boye, nos transporta para um mundo sombrio e assustador, onde o Estado exerce controle absoluto sobre a vida de seus cidadãos.
A história se desenrola em um Estado totalitário sem classes, onde cada indivíduo é simultaneamente um soldado e um habitante, vivendo em apartamentos padronizados e alimentando-se em cozinhas centrais. A vigilância é onipresente, com olhos e ouvidos eletrônicos da polícia monitorando até mesmo o interior dos lares, evocando lembranças do Grande Irmão de "1984".
Leo Kall, o protagonista, é um cientista que se vê envolvido em um dilema moral ao desenvolver uma droga chamada Kallocaína. Esta substância tem o poder de forçar as pessoas a revelarem seus pensamentos e vontades mais íntimos, tornando-se uma ferramenta de controle nas mãos do Estado. A descoberta de Leo o coloca diante do terrível dilema entre sua lealdade ao Estado e sua consciência individual.
O livro nos leva a refletir sobre temas profundos, como a perda da individualidade em prol do coletivo, a supressão da arte e a manipulação da verdade pela máquina estatal. A narrativa é rica em detalhes, levando-nos a explorar as nuances desse mundo distópico e a questionar até que ponto estaríamos dispostos a sacrificar nossa liberdade em troca de segurança.
Ao fechar o livro, fiquei impressionada com a profundidade e a relevância de "Kallocaína". A obra não apenas se destaca como um clássico do gênero distópico, mas também como um alerta oportuno sobre os perigos do totalitarismo e a importância da resistência individual em face da opressão estatal. Uma leitura obrigatória para quem busca explorar as fronteiras da ficção científica e refletir sobre os dilemas éticos e morais de nossa própria sociedade.
?"Dos pensamentos e sentimentos nascem as palavras e ações. Como poderiam então os pensamentos e sentimentos serem algo privado? O cidadão-soldado não pertence totalmente ao Estado?"
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Rond 10/06/2023

Kallocaina, da autora sueca Karin Boye, é uma obra que se destaca no cenário das distopias literárias. Escrita em 1940, durante o auge da Segunda Guerra Mundial, este livro nos apresenta uma visão inquietante do futuro, um mundo onde o individualismo é suprimido em nome do coletivo.

A autora, que visitou tanto a União Soviética de Stalin quanto a Alemanha nazista, expressa seus medos mais profundos através desta obra. A atmosfera opressiva e o controle absoluto do Estado são temas centrais de Kallocaina, ecoando os regimes totalitários que Boye testemunhou em suas viagens.

Publicado antes de "1984", pode-se dizer que provavelmente há DNA sueco na aclamada obra do George Orwell. A distopia criada por Boye é poderosa e envolvente e apresenta a maior parte dos elementos que posteriormente passaria a ser mundialmente conhecida e certamente tem seu lugar no panteão das grandes obras distópicas.

A edição da editora Carambaia merece destaque pela sua qualidade. O cuidado com a apresentação do livro é evidente, proporcionando ao leitor uma experiência ainda mais gratificante. A atenção aos detalhes e o compromisso com a excelência da editora Carambaia são conhecidos por seus leitores e, sem dúvida, contribuem para a apreciação desta importante obra literária.
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JuKirchhof 11/05/2024

Uma grande rasteira
Caramba, primeiro conhecemos um personagem passível de dó, que se mostra passível de ranço e se transforma em algo passível de "pqp meu filho, que tu tá fazendo?". Me peguei muitas vezes não entendendo um parágrafo inteiro, mas compreendendo tudo que foi dito. Baguncei minha leitora interior ao ver esse caos que Karin Boye consegue apresentar com: palavras.
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Carla Maria 11/06/2024

Distopia fascinante
Você já se imaginou vivendo em um Estado totalitário, onde a liberdade, seja ela qual for, não existe?
Diante dessa distopia aterrorizante, a autora Karin Boye nos presenteia com uma das obras mais chocantes e indispensáveis.
Kallocaína é aquele tipo de leitura que te deixará paralisada, é um clássico mais que obrigatório.
Em suas páginas você encontrará um cientista que desenvolve uma certa droga capaz de revelar vontades e pensamentos. E esse mesmo cientista entrega essa descoberta nas mãos desse Estado totalitário. Já imaginou no que vai dar? Pois bem, leia e descubra o fascínio de um esplendoroso "terror" distópico.
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Erudito Principiante 08/01/2020

Distopia curta e densa
Lançado oito anos depois de ADMIRÁVEL MUNDO NOVO (Aldous Huxley) e nove anos antes de 1984 (Geroge Orwell), KALLOCAÍNA, escrito pela sueca Karin Boye, veio ao mundo em 1940, em plena Segunda Guerra Mundial. A escritora, em viagens à União Soviética de Stalin e à Alemanha em plena ascensão do nazismo, acabou por expressar seus mais profundos temores a respeito da supressão do indivíduo nesta distopia, escrita em primeira pessoa, na qual o cientista químico Leo Kall narra parte de sua vida no Estado Mundial. Esta nação apresentada por Boye nos mostra um totalitarismo elevado a enésima potência na qual os cidadãos são perfeitas engrenagens que se anulam em prol do Estado, o qual consideram o ápice da perfeição da convivência social. Claro que todos são doutrinados desde a infância para pensarem assim. O próprio Leo Kall é um "camarada soldado" exemplar e expressa seu desprezo por quem demonstra qualquer tipo de fraqueza moral ou um mínimo questionamento do modus operandi do Estado Mundial. Kall descobre uma fórmula, que batiza com o nome kallocaína, capaz de fazer qualquer um dizer a verdade sem o menor esforço, expondo seus anseios mais íntimos. A descoberta dessa droga pode fazer com que o Estado desbrave a última fronteira do indivíduo: sua mente. Também deve-se levar em consideração a ótima edição da editora Carambaia, cujo capricho já é conhecido por seus leitores.
Sheila Lima 16/01/2020minha estante
Adorei a resenha e o tema.


DanielSchaefer 27/10/2020minha estante
E vamos de ler mais uma distopia!
Obrigado pela indicação e pela resenha, que ficaste excelente por sinal. Vou ler sim, Javier =)




thaisquecida 21/05/2024

Uma distopia curta, mas bastante densa
Quando comecei pensei que seria o tipo de distopia de ler em um dia, por causa de números de paginas, mas o livro é bastante denso e até a metade é muito maçante porque não acontece praticamente nada. Ao longo do livro da pra ver as inspirações que 1984 pegou daqui, mas 1984 mesmo sendo maior ele consegue te prender mais na narrativa.
Por fim, gostei dos personagens, todos os capítulos são importantes, nenhum esta ali só por estar, mas o que me faz tirar uma estrela foi sua narrativa maçante pelo menos pra mim, mas o livro está longe de ser ruim.
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Camila 22/05/2024

É nítida a semelhança com Nós do Zamiatin, as motivações dos protagonistas são diferentes, Kallocaina é mais cru. Achei o final morno pra um livro com tanta carga reflexiva, algo mais dramático teria harmonizado mais.
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spoiler visualizar
Rafael Kerr 19/01/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Me chamo Rafael Kerr e sou escritor. Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria - O oráculo. Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




Rauecker 25/04/2024

Kallocaína
Quando eu vi a capa do livro por algum motivo eu imaginei que era algum tipo de lançamento e pensei ?ótimo parece ser uma distopia das boas?, bem, é uma distopia das boas, mas não é lançamento de fato, o livro foi escrito antes do tão famoso ?1984? e algo que não compreendo é como esse não fez tanto sucesso quanto, são questões a se pensar com certeza.

Na narrativa temos um cientista que também é um cidadão-soldado (como as pessoas são chamadas nos livros), e Leo Kall começa sua narrativa da prisão e dizendo que este livro não vai levar ninguém a lugar algum. Bem, ele conta de como iniciou seus estudos em uma espécie de droga da verdade, e o livro é todo sobre esse flashback e de como essa droga vai funcionar nas pessoas.

O entendimento é simples e perturbador onde o próprio protagonista completamente alienado ao Estado nos explica, tendo em vista que toda a sociedade já estava dominada por um único poder (Estado-mundial), e todas as casas tem câmeras monitoradas pela polícia e exército, o único lugar onde cada indivíduo ainda podia esconder algo era em sua própria mente. Ou seja, com essa droga até o mais íntimo das pessoas seria de total controle do Estado.

A autora bebe de muitas fontes como ?admirável mundo novo?, mas não deixa em momento algum ser completamente original e racional, eu achei essa obra muito mais assustadora que 1984, sem sombra de dúvida alguma.

Única coisa que me incomoda nessas obras é a interpretação completamente obtusa que muita gente tem, achando que são livros que criticam o socialismo ou qualquer ideologia de esquerda. Além da própria autoria ser socialista é claro que o livro é um alerta para que o povo nunca deixe ser dominado por qualquer regime totalitário, que pode surgir de qualquer espectro político facilmente. Basta ver a alienação em nosso próprio país ou na grande potência capitalista o EUA.

Citação preferida:

?Pouco a pouco, inexoravelmente, acabamos nos perguntando por objetivo e método do que fazemos e dizemos, para que palavra nenhuma caia ao azar.
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Thais Caroline 05/06/2024

O que separa o indivíduo do Estado?
Nesta distopia fica claro o quanto um Estado totalitário poderia influenciar todos os indivíduos a um estado de vigília constante.
Podemos perceber o quanto o protagonista tem medo até de seus próprios pensamentos e do que isso pode afetar sua imagem perante os demais indivíduos.
Leitura interessante pra refletir sobre totalitarismo
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JP Schneider 19/04/2024

Distopia bem cabeça.
Interessante, ainda não li 1984, mas pelo que vi, George Orwell tirou esse livro como base, só que de uma forma mais branda.

O livro destaca de forma impactante como um regime comunista totalitário pode sufocar a vida da população, conduzindo ao totalitarismo em sua forma mais extrema. O governo, ao suprimir a vontade e os desejos individuais, realiza uma espécie de lobotomia na sociedade, intensificada pela influência da Kallocaína, uma droga que obriga seus usuários a revelarem seus pensamentos mais íntimos e verdadeiras lealdades ao governo.

É reconfortante ver que até mesmo o criador dessa droga se arrependeu de suas criações. Sua resistência e busca pela verdade deixam um impacto significativo e duradouro.

Às vezes, parece que os governos atuais tiram lições desses livros de distopia, mas em vez de trabalhar para um mundo melhor, optam por seguir os passos dos governos fictícios, perpetuando um ciclo de controle e opressão.
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Maria.Lemes 23/05/2024

Só sob kallocaína pra poder dizer mais
Não consigo imaginar como foi a recepção desse livro quando publicado, mas sinto que hoje a experiência de leitura é afetada, e reforçada, devido ao repertório de distopias já publicadas (posteriormente a Kallocaína, mas lidas antes).
Devido a esse fato, foram poucas novidades presentes no enredo no quesito distopia e ficção científica, mas eu não esperava pela profunda reflexão acerca das relações interpessoais e foi isso que me pegou...
Tive altas expectativas em relação à obra, não me decepcionei, diria apenas que foi o suficiente e, a seu modo, me deixou impactada e impressionada (ainda que sutilmente).
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@biaverona 22/04/2023

KALLOCAÍNA
Confesso que durante o livro pensei várias vezes ?nossa, to amando? e ?meu pai amado, esse livro não acaba NUNCA?. Demorava demais pra tomar coragem pra pegar ele pra ler, mas assim que pegava lia sem parar (vai entender kkkk)

Após a conclusão da leitura, minha impressão que fica foi: que livro! Uma distopia densa (como todas, talvez) que te faz passar muita raiva e ficar pensando tipo ?GENTE, QUE? COMO PODE CONCORDAR COM ISSO??. Mas ai você lembra que mora
no Brasil e a realidade não tá tão longe assim kkkkrying

Enfim, pra quem gosta do gênero, super indico!
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Alexandre.Canal 10/04/2024

A origem de 1984
A genialidade de Karin Boyle plantou a semente na mente igualmente genial de George Orwell...Eh notável o quanto está obra influenciou o autor a escrever 1984. Mas Boyle consegue nos trazer uma realidade ainda mais sombria e opressiva.
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