Resenhas - Rumo ao Sul

Isah Conti 10/06/2019

Até onde seu amor pode ir?
Southernmost | Rumo ao Sul - Silas House .

"Vocês podem usar a Palavra para julgar e condenar as pessoas ou podem usá-la para amar."

Nesse livro vamos conhecer o pastor Asher e sua família, que assim como toda a cidade do Sul dos Estados Unidos, estão vivendo por um período de enchentes. Quando um casal homossexual perde a casa e precisa de um teto para ficar ele oferece ajuda, mas sua mulher recusa a aceitá-los.

Decidido a pedir a separação, Asher vê a solidariedade e a compaixão mudarem sua visão sobre a religião, pois para ele não é certo descriminar e abandonar alguém por causa de opção sexual. Mas sua esposa ameaça tirar seu filho caso ele insista com isso.

Movido pela raiva e o amor, Asher acaba pegando filho escondido e saindo para uma viagem, pois não aceita que por conta de sua opinião tirem deles o direito conviver.

"Isto é o que temos que fazer: sermos bons uns com os outros. Se alguém for diferente de você, procure conhecê-lo em vez de lhe dar as costas."

Um livro que fala sobre intolerância religiosa e preconceito. Fazia tempo que uma história não me deixava tão emocionada, até por se tratar de assuntos que vemos muito ainda hoje em dia, ele ainda aborda temas como abandono familiar. Com uma escrita leve e sensível, "Rumo ao Sul" nos faz refletir do inicio ao fim.

Luís @l.pmiguel 30/05/2019

Li como um pai...
Escrita fluida, com muitos detalhes sobre o ambiente em que ocorrem as cenas, o que permite maior aproximação com as questões dos personagens.
Gostei muito do tratamento dispensado aos animais e da valorização da natureza, como um todo.
Achei ótima, também, a referência da capa a uma das cenas do livro. A mim, ficou nítido!
A meu ver, o final desvia da proposta inicial, mas a ideia de bater na intolerância/desrespeito (que levam aos demais problemas contados) é necessária!

Lina DC 20/05/2019

"Rumo ao Sul" conta a história de Asher Sharp, pastor de uma pequena comunidade em Cumberland Valley, próximo à Nashville. Asher desde cedo foi uma pessoa devota, seguindo os preceitos da Igreja, mesmo que isso tenha custado o relacionamento com o seu irmão, que foi rejeitado pela família por conta de sua opção sexual e foi embora.
“— Tudo que ele queria era que eu o amasse como ele era, e eu não consegui. — Asher respirou profundamente. — Jamais soube de uma mentira contada por meu irmão. Mas quando ele me disse que havia nascido daquele jeito, eu o acusei de estar mentindo. Disse que ele havia se entregado a uma ideia infame. Porque era isso o que haviam me ensinado. E então perdi meu irmão. Não por causa da escolha que ele fez, mas porque decidi lhe dar as costas.”
Quando adulto, casou-se com Lydia, filha de um pastor e formou uma família, tendo um filho de oito anos de idade chamado Justin e uma sogra amorosa chamada Zelda. Os anos passaram e ele se tornou um líder carismático e querido de sua comunidade, até que um evento muda tudo. Cumberland Valley sofre com enchentes, mas dessa vez, o estrago foi maior. Durante a cheia, um episódio em particular chama a atenção: Caleb Carey e sua filha Rosalee, dois membros de sua congregação, quase morrem afogados, quando o casal Jimmy e Stephen arriscam suas próprias vidas para salvá-los. O casal perde a casa durante a enchente e Asher oferece aos dois o quarto de hóspedes por uma noite, para que eles possam ter um lugar seco e seguro para ficar, mas Lydia imediatamente retira o convite, por conta da orientação sexual do casal. Asher fica aturdido. Afinal de contas, aqueles homens salvaram dois estranhos e acabaram de perder tudo e a esposa quer expulsá-los no meio de uma tempestade?
“— Lydia, escute. Você está confundindo crença com julgamento. Não estamo aqui para julgar. Você deixou que todos esses julgamentos da igreja tomassem conta de você. Que lhe tirassem a alegria.”
Asher começa a pensar em seu irmão Luke e na rejeição que ele sofreu e o que ele e sua esposa estão ensinando ao filho Justin sobre intolerância. É nesse momento que Asher tenta abrir a mente de sua comunidade em seu discurso na Igreja, apenas para ser rejeitado e expulso da congregação.
Por se tratar de uma comunidade conservadora, Asher logo se vê diante da possibilidade de perder o filho e decide sair rumo ao sul, com o propósito de encontrar o irmão e conseguir o seu perdão e de ensinar a Justin sobre a tolerância e os diferentes tipos de pessoas que existem no mundo.
O livro é dividido em quatro partes + epílogo. Parte 1. Você, mãe; Parte 2. Caminho livre; Parte 3. Canção para uma gaivota e Parte 4. Os últimos dias. Narrado em terceira pessoa, Asher e Justin embarcam em uma jornada até Key West e pelo percurso, irão conhecer pessoas maravilhosas, como Bell e Evona, duas mulheres que tiveram sua própria cota de sofrimento.
O enredo é extremamente reflexivo, pois Asher reflete sobre os seus erros do passado, medos do presente e inseguranças do futuro. E também temos a jornada pessoal de Justin, um garotinho sensível e inteligente, que é capaz de sentir empatia por tudo e todos ao seu redor, e de certa forma, aquele que mais aprecia o "Tudo" que é tão desejado na obra.
“Com a cabeça virada para cima observa o céu novamente. É assim que as pessoas deviam fazer suas orações, ele pensa. em vez de abaixar a cabeça, enfiando o queixo no peito. Elas deveriam olhar para cima e expor o rosto para o céu. Justin observa as nuvens deslizando, mudando de forma, de cor, do esverdeado para um cinza profundo; e o céu amarelado adquirindo os tons rosados do inicio da noite.”

Daniel 18/05/2019

Sutilmente belo
Resenha no link abaixo!

site: https://blogliteraturaeeu.blogspot.com/2019/05/southernmost-de-silas-house-resenha-95.html

Senhor Wayne 14/05/2019

Uma delícia de viagem ao Sul
O livro corre de maneira diferente do apresentado na sinopse levando o leitor a caminhos diferentes do que imaginamos e isso é maravilhoso. A calmaria de Justin e de como ele encara o que ocorre cativa o leitor. Super recomendo essa delicinha.

Carlosapmm 07/05/2019

O livro Southernmost Rumo ao Sul de Silas House foi a causa primordial na qual fez com que eu conhecesse a TAG e me tornasse um associado. Já deixo claro que foi um livro que coloquei muitas e muitas expectativas por um único motivo: a temática abordada a Priore. Apostei nele todas as minhas fichas de encontrar um livro que trata o tema realmente de forma ilustre e encantadora transmitindo aos leitores uma visão de dentro para fora, ou seja, do mundo de um casal homossexual para com a sociedade e realmente atendesse a proposta de “uma bela reflexão sobre amor, coragem”. Asher, Zelda, Justin e Lydia são os personagens principais da história. O livro começa com a história de uma enchente que devasta toda a cidade e que o então pastor Asher, por motivos que será abordado no decorrer da história, decide abrigar um casal de gays, porém é impedido por sua esposa. Então a história se desdobra, não por muito tempo e a pergunta feita no resumo “Até onde seu amor pode ir?” pode ser transferida para “Até onde o amor de um pai pode ir?”.
O livro deixa lacunas enormes em todos os sentidos: personagens e temáticas. Parte de uma temática sobre casal gays para uma sobre igreja acabando sobre uma relação de pai e filho, o que torna praticamente tema central do livro. Os personagens são esquecidos e se perdem totalmente no decorrer da história, incluindo os personagens gays. A somar com isto tive a sensação de que tudo o que Asher faz não serve de nada, as vezes certos temas, como por exemplo a busca pelo seu irmão Luke se torna confusa e cansativa e de forma aleatória. Apresenta um epilogo totalmente frustrante e inesperado. Entretanto o livro apresenta uma narrativa boa, que de uma forma ou outra, fixa o leitor ao livro dando-a vontade de terminar de ler a história (mesmo que se arrependa no final rsrsr) e também faz você se emocionar com certos personagens como Shady, Evona e Bell e faz viajar por lugares encantadores e que dá vontade de conhecer.

Carla Mentone 05/04/2019

Sensível
A história trata de temas importantes como intolerância religiosa, preconceito contra os casais homoafetivos (apesar disso ser apenas o pano de fundo), mas, principalmente, sobre o amor de um pai por seu filho.
A narrativa despertou em mim diferentes emoções. Em muitos momentos eu senti raiva do pai (achei ele egoísta por todo o sofrimento que causou ao seu filho), mas em outros momentos consegui sentir sua angústia e perceber que ele fez tudo por amor. Eu sofri junto com ele!
Na minha opinião o autor conduziu bem o final, que realmente não poderia ter sido diferente, mostrando que somos prisioneiros das consequências dos nossos atos.
Enfim, é um livro lindo, que certamente merece ser lido e nos deixa morrendo de vontade de conhecer Key West.

Livia Barini 19/03/2019

Razoável
Este livro ficou um bom tempo parado na minha estante antes que eu me animasse a lê-lo.
As primeiras oitenta páginas do livro me fizeram acreditar que seria uma boa história, apesar do ritmo de "cruzeiro". Não é um livro que engrena, é aquela escrita lenta, onde o leitor acompanha os acontecimentos sem ficar imaginando o final.
O enredo é excessivamente centrado no pastor Sharp, um personagem depressivo e acomodado, que descobriu que acreditava nas coisas erradas e que muito havia errado. Imaginei um caminho de questionamentos e descobertas, mas ele não procura novas respostas. Nem tenta consertar o que errou. Os outros personagens até são interessantes, mas super mau trabalhados, meros coadjuvantes em um monólogo.
A sinopse fala que é um livro sobre o amor, não concordo. É um livro sobre fuga e medo. E todos os relacionamentos ficam ali, mau resolvidos.
Poderia ter sido um ótimo livro, não foi. Acho que faltou ao autor a coragem de ousar e dizer o que realmente pensa.

Marcia.Cristina 16/03/2019

Amor de pai ou egoísmo?
Asher é um bom pai ou um tremendo egoísta?
Passei o livro inteiro com esta divisão de sentimentos.
A história tem todo um fundo sentimental, do amor entre pai e filho, da aceitação do irmão homossexual, do perdão... mas vamos lá:
- Asher era indiferente ao irmão na infância, não o defendia da mãe, o deixou ir embora e sequer procurou saber se ele estava bem. Só decidiu ir atrás dele porque precisou de ajuda.
- Justin viveu aprisionado e ocioso naquela casa só para atender aos caprichos do pai.
- E o pior de tudo: a violência sofrida por Zelda quando Asher arrancou Justin de seus braços.
Ou seja. O protagonista é bem vilão sim. Não adiantou o autor romantizar a coisa. Querer colocar um ar de romance proibido entre Asher e Evona. Querer justificar que a mãe da criança era uma chata preconceituosa. Nada apaga as merdas que ele fez.
Achei o final justo e pertinente.

Dimitrya 10/03/2019

Impressão Geral
Aborda temas bastante relevantes e induz a algumas reflexões. Confronta os diferentes tipos de liberdade, física e mental, que não necessariamente caminham juntas. No geral foi uma história agradável que coloca a prova aquilo que você julga certo, errado e aceitável dependendo da circunstância.

Sonali 04/03/2019

A história e boa, mostra a mudança de ideias que o pastor Asher tem, e as consequências em relação com sua esposa e filho Justin.
O livro leva para pensar ,refletir , q tudo pode mudar e enxergar diferente as coisas.

@cinthia.lereplanejar 22/02/2019

História comovente
Um conflito entre a religião e o homossexualismo.
Por querer ajudar um casal homossexual, o pastor Asher Sharp enfrenta a oposição da esposa, e por isso, pelos valores e opiniões diferentes, se divorcia e perde o cargo de pastor da igreja. No desespero, sequestra o filho, que é um garoto muito puro que acredita na bondade das pessoas.
A história se desenrola em seu sofrimento mental, pois tudo aquilo que acreditava era errado.

Victor Vale 13/02/2019

Livro de transformação e libertação. No entanto, o personagem principal se mostra sempre covarde e irresponsável.

Jéssica Santos 30/01/2019

Quando eu li a sinopse, jurava que o livro girava exclusivamente em torno de casais homoafetivos e o preconceito que esses enfrentam. Porém, com o decorrer da narrativa, percebi que centrava em torno de um pai e seu filho basicamente.
Digamos assim que o Pastor Sharp perde o emprego, isto é, deixa de ser pastor.
Perde o casamento.
Perde a Guarda do filho.
E num surto decide sequestrar o menino e levá-lo para Key West, onde supostamente encontraria-se com seu irmão que havia fugido de casa há dez anos, Por ser um homossexual e nem a mãe nem ele aceitarem isso.
Claro que, como vocês podem ver, pela premissa, ele se arrepende do que fez com o irmão no passado e quer mudar isso.
Lá em Key West, eles conhecem Evone e Bell , uma era a "empregada" da pousada "Cancao para uma gaiovota" e a outra era a dona, e DE CARA Bell contrata o pai, juntamente com o filho MAIS um cachorro que eles adotaram no meio do caminho.
Ou nos EUA tem emprego pra dar e vender, ou eu so cagada mesmo. Porque que coisa mais sem lógica a pessoa achar um emprego na mesma manhã que chega ao local, sem levantar suspeitas e mais com agregados para morar na pousada kkkk.
A não bastar isso, esse pai me pareceu uma pessoa desequilibrada embora ele tentasse mostrar o contrário na narrativa. Não consigo me compadecer de um homem que decide surtar e levar o filho por aí, a la Lolita (calma, Não há incesto aqui, me refiro a viagem).
Simplesmente esse circo todinho porque não poderia recorrer de uma decisão judicial, como qualquer humano na face da terra, e esperar por uma decisão melhor, já que ele achava que uma vez por semana era pouco para visitar o filho?
Não sei se é porque sou advogada, mas não tive empatia por ele. Ele surtou, isso sim.
Um livro com capítulos curtos, muito bem escrito, você termina rápido. Eu gostei bastante; mesmo não concordando com o pai nesse aspecto da fuga.

Ivania 27/01/2019

Muito bom
Esse foi o primeiro livro da TAG que li. Achei a temática excelente e necessária. A obra é de facil leitura e o personagem principal consegue nos cativar rapidamente. Porém achei que os fatos da história transcorreram de forma muito rápida, de modo que terminei o livro com a sensação de insuficiência. Na mais, ótimo livro!