Anna Kariênina

Anna Kariênina Leon Tolstói




Resenhas - Anna Karenina


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caroline 06/10/2021

Obviamente eu não tenho moral alguma pra falar "mal" do Tolstói, mas aqui vão algumas observações sobre minha experiência de leitura:

Eu comecei essa história com grandes expectativas que foram sendo frustradas ao longo da extensa e cansativa leitura.

Tem muita coisa interessante, mas no geral a impressão que ficou em mim é que a maior parte da obra poderia ter sido editada e/ou retirada para que o texto fluísse melhor.

Eu me frustrei com os personagens e com o modo como eles foram sendo desenvolvidos ao longo da história. Odiei o modo como Tolstói transformou a Anna em uma personagem mimada, que beirava a irracionalidade e completamente insuportável.

O personagem mais "interessante" da obra é também o mais chato: Liévin. Para além dele, a sua esposa carece de personalidade, o Aleksei teve um desfecho penoso e o Vrónski... bem... esse teve um final quase adequado.

Não sei se um dia lerei novamente. É um milagre que eu tenha terminado uma vez (e sem pular páginas, mesmo que eu quisesse muito).

É isto. Sem resenha por aqui. Só comentários avulsos. Cansei da história a ponto de nem querer e/ou conseguir resenhar sobre ela...

Tenha uma boa leitura (?)
talvez...
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Manu5 28/03/2023

Perfeição
Ao meu ver o Tolstói tava certo em não querer colocar o nome do livro de Anna kariênina, pq essa personagem é detestável e ao mesmo tempo a gente tem dó dela. E o livro gira em torno do núcleo de duas famílias, tem personagens maravilhoso, a questão social é muito bem retratada, tem cenas muito impactantes, é uma jornada, tem amor de todas as suas formas, a religião é uma questão bem importante aqui tbm.
O prefácio do livro é muito bom, tem uma ligação enorme com o final, e o começo do livro tbm, Tolstói ao longo do livro já vai dando as dicas do que vai acontecer kkkkk achei genial.
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Diego Rodrigues 07/05/2023

"Toda a diversidade, todo o encanto, toda a beleza da vida é feita de sombra e de luz."
Tolstói já era um escritor consagrado quando, em 1873, iniciou os escritos de "Anna Kariênina". Publicado em fascículos, o romance só foi finalizado em 1877 e surpreendeu aqueles que acreditavam que o Conde já havia atingido o topo com "Guerra e Paz" (1869). Peça fundamental do realismo, a obra, aclamada por escritores como Thomas Mann, Nabokov, Turguêniev e Maupassant, é tida por muitos como simplesmente o maior romance já escrito. Na trama, iremos acompanhar dois núcleos familiares aristocráticos da Rússia tzarista, centrados nas personagens de Anna e Liévin. Uma saga marcada por bailes de gala, corridas de cavalo, caçadas nos bosques e também casamentos infelizes, corações partidos, ciúmes, culpa e traições.

O romance marca o mais profundo mergulho de Tolstói na psicologia humana e debate temas como conflitos internos, a insatisfação consigo mesmo, a falsidade das relações, patriarcado, maternidade, os segredos do coração e da alma (principalmente femininos). Temas universais como o amor, a morte, a passagem do tempo, a arte, a filosofia e a religião também surgem ao longo da narrativa. E o Conde, é claro, não deixa de fora assuntos que fervilhavam naquele momento em seu país, como o ocidentalismo da Rússia, o avanço da indústria sobre a agricultura, a situação dos mujiques, os direitos da mulher naquela sociedade, a inércia da nobreza, a guerra da Sérvia e muitos tabus que assolavam a Rússia do século XIX.

Os personagens aqui são marcantes e não ficam relegados ao mero papel de personificações de ideias, nem mesmo se encaixam aos arquétipos de vilão e de mocinho. Complexos e bem trabalhados psicologicamente, volúveis ao meio mas com fortes motivações, são extremamente humanos. Liévin é uma espécie de alter ego do próprio autor e encarna muito dos conflitos que desembocariam no chamado despertar espiritual pelo qual Tolstói passaria logo após a conclusão do romance. Em suas páginas finais, a obra já deixa entrever os princípios do que viria a ser o tolstoismo.

A narrativa também chama a atenção. Com a maior parte se dando através de diálogos e dentro da cabeça dos personagens, o romance é de uma fluidez assustadora e, para muitos, o precursor do fluxo de consciência. Esse também é um livro marcado por contrastes e ao longo da narrativa vamos perceber diversos deles se colocando frente a frente (por exemplo: alma feminina x alma masculina, homem do campo x homem da cidade), mas talvez os principais conflitos sejam razão x emoção e indivíduo x sociedade.

A edição da Companhia das Letras conta com tradução e apresentação de Rubens Figueiredo, posfácio de Janet Malcolm e também uma árvore genealógica para que você não se perca em meio a gigantesca galeria de personagens que o livro traz. Mas não deixe se intimidar pelo volume! Apesar de toda profundidade, a leitura é muito fluida. Tem muito daqueles novelões à la Dickens, repleto de subtramas e ganchos no desfecho dos capítulos, mas não é nada rocambolesco. O resultado é um livro gostoso de ler, mas denso em conteúdo, daqueles que concluímos a leitura mas ela permanece ecoando em nós por um longo tempo.

site: https://discolivro.blogspot.com/
@quixotandocomadani 05/06/2023minha estante
Já leu Anna Karienina! Ah esses temas conflituosos de Tolsoi somado a esses personagens. Não tem como não amar né! Bela resenha!


Diego Rodrigues 06/06/2023minha estante
Obrigado, Dani! Como fã de literatura russa, me faltava ler esse grande clássico.. Tolstói mergulhava na alma humana como poucos!




Natanael Nonato 10/04/2022

Melhor livro da minha vida
"A mim pertence a vingança, eu é que retribuirei - Romanos 12:19." Assim começa o melhor livro que eu já li na vida até aqui. Traição, fé, perdão e redenção são alguns dos muitos temas tratados de modo magnífico nesta obra.

Cheguei à conclusão que o livro inteiro se baseia no livre-arbítrio do homem e na inevitável consequência de suas escolhas. As muitas histórias neste livro refletem que, independentemente de nossas ações, a bondade de Deus em nossas vidas sempre prevalecerá: seja ela na misericórdia ou na justiça, na recompensa ou no castigo. Deus é sempre bom.

Teria tanto a falar sobre este livro, porém por falta de espaço quero apenas dizer que quando li o livro pela primeira vez, em 2014, o personagem Liévin, que tanto reflete nossos conflitos internos, além de me reconciliar com Deus, me reconciliou comigo mesmo. Este livro mudou a minha vida e este é o meu testemunho.

P.S.: (aqui não é mais resenha, apenas uma visão pessoal) Na verdade só agora percebi que tenho muito espaço para falar sobre o livro! Apesar de muitas pessoas falarem que Anna e Liévin são personagens opostos, os dois são pessoas infelizes em grande parte do livro. Anna pelas consequências de seus atos e Liévin por fatalidade do destino. Durante a primeira leitura do livro, lembro que me apaixonei pela personagem Anna, só que eu estava em um momento de crises morais, então não me surpreendo por ter me atraído por ela. Com os últimos capítulos comecei a ter uma grande mudança e, agora, ao ler pela segunda vez, sinto que a Anna é uma personagem vil e egoísta que, não satisfeita em prejudicar sua própria vida, levou muitas pessoas ao fundo do poço com ela. E o objetivo dela é claramente descrito no livro: já que as coisas não seriam do seu modo em vida, seriam do seu modo na morte e por incrível que pareça ela conseguiu o que ela queria. Apesar disso, por ser tão trágica a história, acabei sentindo compaixão e dó, afinal de contas as tentações estão por aí e qualquer um pode cair nelas (mas que Deus me livre). O Liévin é um homem fraco, mas é exatamente como eu e pelo visto também muito parecido com o Tolstói. As pessoas às vezes procuram sentido na vida e longe da religião é muito difícil ser uma pessoa sincera e encontrar esse sentido. A fraqueza dele é expressa em cada uma das relações que ele tem com as pessoas e um dos poucos escapes no seu caso é a vida no campo, afastado da alta sociedade. Ao contrário da Anna, que tem um problema terreno e orgulhoso, Liévin tem um problema elevado e humilde e é aqui que existe um abismo entre eles. Mas como disse, os dois são infelizes, cada qual a sua maneira, conforme a primeira frase do livro. O Liévin é tão infeliz que surpreendentemente descobrimos no fim do livro que ele também pensa em suicídio devido às suas perturbações mentais. Eu me perguntei: mas ele tem uma ótima vida financeira e agora ele tem uma família... Mas quem disse que bens materiais e conquistas pessoais são suficientes? É a questão do sentido, sem ele as pessoas literalmente morrem, não apenas espiritualmente. O que me conforta é que ele entende na última página do livro que a vida é uma busca, a busca de ser bom, a busca de ser exemplo e que os dias maus virão, que você também inevitavelmente vai ter parte na maldade do mundo pois é da natureza humana. A incessante busca deve ser suficiente ou então seremos entregues à corrupção completa do mundo. A busca então TEM que bastar! Eu poderia gastar um bilhão de palavras e ainda não chegaria no ponto sobre como esse livro foi importante pra mim...
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Yasmine Maluf | @jornadaliteraria__ 03/02/2022

Perfeito
Que livro! Não sei nem como começar a escrever sobre ele.
Virou um favorito da vida, com certeza.
Fiz a leitura em uma LC e demorei exatamente um mês pra terminar (acabei lendo mais rápido, não aguentei a ansiedade) e realmente eu não esperava que um livro russo de mais de 800 páginas fosse tão maravilhoso de ler!
Confesso que me interessei muito mais pelo núcleo da Anna do que pelo do Lievin, achei as partes com ele muito maçantes, ele é muito chato hahahaha. Já as partes da aristocracia e das fofocas, eu lia sem parar!
Claro, tem várias reflexões do Lievin que eu marquei, que são muito boas. Mas também na parte da Anna. Enfim, Tolstói escreve de um jeito muito bom.
Não sei nem como resenhar esse livro, acho que todo mundo deveria dar uma chance e ler, vale muito a pena. E com certeza será um dos que pretendo fazer releitura.
Galadhrim 03/02/2022minha estante
To doido por esse. Desde que li Irmãos Karamazov do Dostoievski, que tbm é um calhamaço e russo, e eu gostei muito, eu tô querendo aumentar minhas leituras russas. Eu achei que ia abandonar por ser chato e na verdade foi um dos livros que eu mais amei em toda a minha vida.


Yasmine Maluf | @jornadaliteraria__ 03/02/2022minha estante
Comecei com os russos agora também hahaha minha escolha foi essa, pq eu tava querendo há séculos e só adiando. Vale muito a pena! O próximo será Crime e castigo, na fé! Kkkkkkk


Galadhrim 03/02/2022minha estante
Crime e Castigo acho que será mu próximo também. Será que vem aí???




Rafaelle 13/06/2023

Uma obra prima
Depois de quase 3 meses de leitura fecho esse livro que foi meu companheiro nessa fase tão nova da minha vida. Eu não esperava dar conta de um livro denso assim enquanto me descubro como mãe mas a leitura conjunta do @clubedofarol foi um chamariz irresistível. É com sentimentos mistos que me despeço de Anna, Vrónski, Kariênin, Kitty, Liévin, Dária, Oblónski, entre tantos outros. Ora com um gosto amargo na boca, ora com um sentimento de esperança na vida.

Com seu começo tão célebre, "Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira", Tolstói está nos preparando para nos debruçarmos sobre a infelicidade e a analisarmos minuciosamente. Cada página está impregnada de infelicidade, conhecemos um rol de pessoas infelizes, cada um à sua maneira. Se a felicidade sempre é parecida, a tristeza adota múltiplos motivos, caracteres e facetas. Alguns personagens parecem buscar a própria infelicidade com afinco, minar todas as chances de alegria. Outros parecem se deparar com a tristeza em cada esquina enquanto tentam fugir dela. E há aqueles que nos fazem sentir que levam a vida rindo porque ignoram a tristeza dentro de si.

E embora repleto de infelicidade, ainda assim é um livro que não tem uma leitura pesada. Tolstói escrevia com uma leveza que nos faz esquecer que estamos perante um clássico com quase 150 anos de idade. E com essa suavidade, no meio de tantas pessoas infelizes, aprendemos a encontrar a alegria ali, escondida entre as minúcias da vida. A felicidade dentro de Anna Kariênina se mostra não nos grandes acontecimentos, não na realização de um amor, não na realização acadêmica. A felicidade está ali, em um canto esperando que alguém olhe para ela em meio aos dissabores da vida e entenda que não é de grandiosidade que a alegria é feita.

Esse livro tem personagens tão humanos que parece que estamos lendo um recorte da realidade. Não parecem personagens criados, parecem um retrato de pessoas que conhecemos. E dentro desse leque de pessoas tem aquela com quem nos identificamos. Pode ser com Liévin em sua busca por um sentido na vida, com Kitty com seus sentimentos confusos, com Anna em seu desespero por amor. Para mim a conexão imediata foi com Dolly. Por ter tido bebê esse ano, não tinha como não me conectar com a personagem que apresenta um retrato tão realista da maternidade. Dolly mostra as alegrias e as dores da maternidade. Ela se preocupa com o futuro dos filhos, com a educação, com o caráter deles. Se questiona se queria ter tantos filhos. Sente a necessidade de ser amada. E ama, ama profundamente cada um dos seus pequenos. Ela tem as dúvidas e as fraquezas que uma mãe real tem. Uma das cenas mais bonitas do livro para mim é uma cena em que Dolly está com seus filhos na beira do rio, feliz e orgulhosa de cada um deles. E poucas páginas à frente ela já está exasperada com eles. Uma mãe real. Uma mãe que encontra a felicidade nos momentos bonitos e sofre nos momentos difíceis. Talvez a personagem que melhor sabe viver nesse livro.

E sobre a personagem que dá título ao romance, Anna é um furacão. Um turbilhão de emoções, uma bagunça emocional, um caos ambulante. Anna dá título à história talvez porque suas ações conseguem influenciar a vida de todos os personagens, mesmo aqueles com quem ela se depara apenas uma vez. Meus sentimentos por ela mudavam a capa parte do livro mas o que sempre se mantinha era uma sensação de desespero. Anna fixa sua mente em seu desejo a tal ponto que a torna cega para tudo mais ao seu redor. Fica tão obcecada pelo que quer que sequer consegue perceber quando já tem na mão. E é desesperador ver uma personagem como Anna sem poder gritar para ela abrir os olhos e ver o que está fazendo consigo mesma.

No final chego à conclusão que esse livro é um acontecimento. É um daqueles livros que fechamos e dizemos UAU! É uma daquelas experiências de leitura que sabemos ser única. Um desses livros tão bons que nos deixam triste por saber que encontraremos poucos no mesmo patamar. Na metade do romance eu já sabia que não daria menos que 5 estrelas, mas as duas últimas partes levaram essa história a outro escalão para mim. Meu vocabulário sequer tem um adjetivo que seja capaz de expressar o quão bom esse livro é e minha habilidade como resenhista ainda é ínfima demais perante uma obra dessa. Apenas peço que caso tenha lido até aqui, faça esse favor a si mesmo e leia Anna Kariênina.
Cris Paiva 13/06/2023minha estante
Faz anos que eu quero ler o bendito, mas me recuso a comprar esse livro de capa feia, apesar de dizerem ser a melhor tradução. Sim, gosto de livro de capa bonita. :D


Heloisa198 14/06/2023minha estante
Só a sua resenha me deu vontade de ler esse livro!


Rafaelle 29/06/2023minha estante
Cris pior que eu te entendo kkkkk Não gosto dessa capa mas acabei me rendendo à essa edição por conta da tradução e porque dá pra fazer a coleção do Tolstói padronizada com ela


Rafaelle 29/06/2023minha estante
Heloisa, obrigada por esse comentário! Vale muito a pena a leitura, foi um livro que fiquei totalmente envolvida!




Duda 08/08/2021

Esse livro é um daqueles que a gente leva pra vida. Passei tanto tempo lendo esse livro, que considero os personagens meus amigos. O Tolstói consegue nos familiarizar com os personagens, é como se fôssemos parte da história. Virou um dos meus favoritos da vida!
Talita Gonçalves 08/08/2021minha estante
Esse é uma das grandes apostas da minha vida




Erica 31/12/2020

Excelente
Tolstoi escreve muito bem, mesmo com muitos personagens nos envolve na história. Pra quem gosta de fofoca é um prato cheio... hahahaha... me senti conversando com uma amiga que vai me contando as novidades da cidade. Parece que ele retrata bem a realidade da sociedade Russa de mil oitocentos e tantos, mesmo alguns personagens sendo exagerados, conseguimos imaginar essas pessoas na vida real. Gostei muito e pretendo ler mais livros do autor.
Mateus.Roque 31/12/2020minha estante
Adorei a resenha haha. Nunca pensei em tolstói como fofoca kkk, adorei!




Giga 16/10/2021

Anna Kariênina com certeza é um livro diferente de tudo que eu já tenha lido. Tolstói construiu um romance com personagem reais, que na maioria das vezes, ficamos em dúvida se essa obra é baseada em fatos reais ou fictícia. O autor deixa clara a sua crítica aos casamentos de maneira que nos fazem refletir sobre o certo e errado.
Por mais que tenhamos julgado o adultério e a maneira em que a personagem abandona a sua família para viver essa paixão ardente, também nos colocamos no lugar dela e refletimos o que faríamos em uma situação parecida. Ninguém quer permanecer em um relacionamento que não exista amor, mas poucos tem a coragem, ou melhor, a frieza de Anna Kariênina para tomar tal atitude.
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Pri | @biblio.faga 11/04/2021

Publicado originalmente em forma de fascículos [1875 a 1877], o romance Anna Kariênina, além de ser merecidamente um clássico da literatura mundial, é um verdadeiro deleite aos apaixonados pela literatura russa.

Afiado em suas observações, Liev Tolstói proporciona uma baita aula sobre a Rússia czarista e põe à prova sua habilidade de contador de histórias.

Inequivocamente longo [800 páginas e contando], o escritor russo minudencia acontecimentos tão corriqueiros e banais com uma destreza e leveza invejáveis. Sua escrita abrilhanta todo o enredo, que, embora trate de assuntos simples, como a rotina dos personagens, em suas mãos, tornam-se profundos e reflexivos.?

Dividido o protagonista entre a exuberante Anna e o desengonçado Liévin, o livro se articula por meio de contrates: a cidade e o campo; as cidades de Moscou e São Petersburgo; a alta sociedade e a vida simples dos mujiques [camponês russo]. Temos um livro completo, complexo, rico nos seus vários temas abordados.

"Toda a diversidade, todo o encanto, toda a beleza da vida é feita de sombra e de luz", afinal, como já alerta Liev Tolstói no primeiro parágrafo do romance, "todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira."

Os amores e desamores, os enlaces e desenlacem típicos do coração servem como pano de fundo para uma dura crítica a sociedade russa da época; mas, sobretudo, os personagens humanos, imperfeitos e extremamente dúbios, exemplificam com muita propriedade a complexidade dos sentimentos e das mais diversas relações humanas.

O autor desconstrói a ideia de uma mente à frente do seu tempo; afinal, é inegável que também somos frutos [subprodutos] do meio em que vivemos - sendo apenas dispendioso negar a sua clara influência. Vemos indivíduos apaixonados, porém, presos e enclausurados pelas demandas dos sistemas sociais.

Sua grandiosidade é difícil de colocar em palavras; e eu sei que muito já foi escrito sobre isso, então, deixou a apenas o seguinte conselho:

QUANDO PUDER, LEIA ESSE LIVRO!

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
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Nádia 28/06/2023

Tinha me esquecido o quanto gosto da forma que o Tolstoi escreve, como ele consegue fazer você compreender os sentimentos dos personagens.

Acredito que esse foi o livro que mais gostei do Tolstoi. Só gostaria que o encerramento dele fosse melhor, achei o final um pouco apressado.
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Isa 01/07/2022

Anna
Por mais ou menos um mês foi minha companhia diária. Não se assuste, é um calhamaço, mas a linguagem é acessível. A trama é super envolvente e nela acompanhamos as histórias de vários núcleos familiares e seus dramas próprios. Não é atoa a célebre frase que dá início a obra ?Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira?. Mas como nem só de infelicidade um livro é escrito, Tolstoi nos presenteia com o fluxo de pensamentos das personagens, o que permite toda a singularidade e fascínio presentes no realismo. Anna Kariênina é segura de si e rouba a cena em todo lugar que chega, o que surpreende, é se apaixonar justo por um macho mediano tão básico. Ao negar o divórcio, Anna entra no limbo da dependência emocional e afetiva com o amante, assim, o autor faz crítica ao amor romântico. Os opostos são sempre evidenciados, seja ao intercalar os focos narrativos entre a vida agitada da cidade com a vida bucólica e simples do campo. Ao contrastar os valores tradicionais dos mujiques, ao lidarem com o ofícios agrários, com os do dono das terras cheio de ideias modernas. Me impressionou o ar atemporal que o livro carrega, muitos assuntos abordados continuam sendo atuais.

A mensagem que fica é que no final das contas, somos só humanos vivendo a vida da melhor forma possível.

É uma obra completa!
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Ju 14/08/2020

Nenhum defeito
Esse livro é uma obra prima por diversos fatores. Aqui Tostói nos da, novamente, um show em retratar a realidade humana crua: nenhuma das personagens é exclusivamente boa ou ruim, carismática ou antipático; são pessoas normais que tem sua complexidade aprofundada até último nível. Nunca existiu ninguém melhor que esse autor para fazer isso.
É um livro enorme e aborda diversos temas, portanto é normal que algumas partes te interessem mais e fluam com mais facilidade; no geral, é uma obra prima e deveria ser lido por todos!
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ordinary.beraldo 15/07/2020

Humanidade vista sob a ótica pluralista
A habilidade de tolstoi em retratar os tipos humanos de maneira única em toda literatura universal é claramente evidenciada nesse romance, que, em minha mísera concepção é o melhor do autor, tendo em vista que já me debruçei sobre as leituras de Guerra e Paz, seus variados contos completos, suas novelas de tirar o fôlego (*ps ainda estou na espera de uma nova edição de RESSUREIÇÃO pra me apaixonar mais uma vez por um dos meus autores favoritos de todos os tempos).
Com personagens que variam desde o tipo feminino frágil e submisso alencado nas normas sociais do status quo aristocrático russo até o exemplo de mulher enigmática e instintiva refletido em Ana Karienina, passando por príncipes insólitos, cavalheiros de alta sociedade, vigaristas incrédulos, o romance em si se configura como uma das maiores obras na vida de qualquer leitor que o lê.
Entrou pro meu top 10 de melhores livros de toda minha trajetória como apreciador da literatura em toda sua extensão.
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Pollyanna Reis 09/11/2022

ANNA KARIÊNINA
Um clássico da literatura russa que me surpreendeu desde as primeiras páginas. Tive um certo receio de fazer essa leitura, achando que seria de certa forma difícil é lenta por se tratar de um clássico. Mas deixo registrado aqui, que me enganei completamente.

Anna Kariênina foi certamente uma das melhores leituras que fiz esse ano. A obra nos apresenta persongens complexos, dramáticos, personagens que vivem tudo à flor da pele, e isso é transmitido facilmente para nós leitores. Também encontramos na obra de Tols Tolstói relações familiares, política, economia e religião.

Deixando claro que Anna, não é uma personagem que conquista de cara, na verdade ela é uma personagem que não veio de forma alguma para agradar.

Ou você vai gostar dela ou simplesmente vai odiá-la. ? Meu breve resumo sobre o que achei dela: sentimental, exagerada, extremamente sensível? e achei suas atitudes muitas vezes bem egoístas. Já deu pra perceber que não fiquei tão fã assim né ??

Meu favorito na verdade foi Liévin, um jovem rapaz que leva uma vida simples no campo. *minha personalidade bateu mais com a dele. ??

A verdade é que me sentir fazendo parte do círculo social deles e amei isso. Foi uma experiência maravilhosa! A escrita de Tólstói é magnífica e apesar do livro ser um calhamaço você nem percebe o tempo passar. Finalizei a obra com um misto de admiração e saudade.

Mais que recomendado!
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