Anna Kariênina

Anna Kariênina Leon Tolstói




Resenhas - Anna Karenina


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Jú Rodrigues 28/08/2020

Arrebatador
Eu realmente comecei o livro com uma desconfiança nata com a qual leio todo clássico. Mas este...é especial.
Poucas vezes li passagens tão realistas, que me fizeram realmente visualizar a cena com demasiada clareza. E nunca antes um escritor me transportou para os pensamentos de alguém de maneira tão cirúrgica e espiralada.
Me identifiquei com anna por muitos motivos, me apaixonei por ela por um só: uma mulher intensa.
A sociedade é russa, mas poderia ser inglesa, ou brasileira, porque assim como Tolstói afirma que todas as famílias felizes são iguais, afirmo eu, que toda sociedade é hipócrita.
dialogonoslivros 25/09/2020minha estante
Nossa, falou tudo. A clareza, e a forma como o autor nos transporta para a mente de todos os personagens nos faz viver o livro intensamente. Várias vezes me peguei rindo, chorando, sofrendo e ansiosa... sentindo tudo que eles sentiam. Tolsóti é Tolstói




Ana Paula 14/08/2022

Jamais esquecerei Liévin e Kitty
Anna Kariênina de Liev Tolstói
Nota 09 de 10
????????
Personagens marcantes, muito diversos uns dos outros em um romance de primeira grandeza.
???
Este livro não é melhor que Guerra e Paz, mas não deixa a desejar. Nele está toda a escrita desenvolta e envolvente de Tolstói.
?um brinde aos russos!
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João 23/02/2022

A tensão entre dois mundos
Nunca fui um leitor muito atento aos grandes clássicos da literatura mundial. Estes são um interesse relativamente recente, que venho alimentando conforme me sinto inclinado a determinadas histórias. E com Anna Kariênina não foi diferente, nos últimos dois anos eu fui bombardeado de referências a este clássico, desde a série Modern Love, ao romance contemporâneo Dias de Abandono (Elena Ferrante), à adaptação cinematográfica do próprio livro que o aplicativo de streaming me recomenda sempre que abro ele e muitas indicações de amigos e conhecidos que amam esse livro. Assim ao iniciar a leitura eu já sentia de certa forma que eu conhecia este livro. Acontece que, mesmo conhecendo o enredo e o grande spoiler, eu estava enganado.

O interessante desse livro é que ele se monta a partir de dois protagonistas que seguem destinos paralelos: Anna, uma dama da alta sociedade, uma mulher encantadora que vive conflitos causados pela sua reação excessivamente emocional; e Lievin, um homem do campo, solteiro, que vive conflitos muitas vezes causados pela sua racionalidade compulsória, que atingem o ápice naquilo que não consegue racionalizar, como a questão da Fé e do sentido da vida. E um grande mérito do Tolstoi como escritor é a forma como ele entrelaça essas duas linhas narrativas, que não são relacionadas, mas que gradualmente se encontram através dos personagens coadjuvantes que transitam entre esses dois mundos.

Me intrigou muito como leitor o porquê do autor decidir trabalhar essas duas linhas no mesmo livro. Em muitos momentos o romance dá lugar a verdadeiros ensaios em forma narrativa sobre questões como o trabalho rural, a guerra, a religião, as convenções sociais, o papel da mulher na sociedade, a paixão e o ciúme. Na minha opinião, o Lievin acaba sendo ofuscado pela Anna (mesmo esta aparecendo bem menos que ele) justamente por que a trama dela trata de questões que ainda ecoam no debate do mundo de hoje, questões ditas mais ?universais?.

Se esse romance fosse uma fábula, sua mensagem seria altamente condenável, basta ler o destino das personagens femininas, sejam as que se abnegam às convenções ou as que rompem com elas. Enquanto aos homens, por mais condenável que seja o caráter, coube um destino melhor ou pelo menos nivelado à situação em que começaram.

A reflexão final do Lievin me tocou profundamente, num conflito pessoal que eu mesmo me pego refletindo e foi muito reconfortante ler aquilo posto em palavras. É um livro pra guardar no coração e que pretendo revisitar num futuro não tão próximo.
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Janaine.Mioduski 13/11/2021

Profundo, cativante e inesquecível.
Tamanho foi o impacto da leitura desse clássico que eu precisei de quase 3 meses para digerir, voltar às notas e fazer uma resenha.

Não é a toa que Anna Kariênina é uma leitura universal e atemporal, a maneira magistral que o Tolstói nos carrega durante a leitura não tem como não deixar marcas profundas.

Talvez o título original de "Duas Famílias" teria sido mais certeiro, pois engloba a dualidade entre bom e mal, puro e impuro, sadio e doentio que o autor quis impregnar na obra. Enquanto uma família (a de Liévin) nos traz o benefício de um amor puro, sincero e sadio, além da busca pelo sentido primal da vida, a outra família (a de Anna) expõe o quanto pode se degradar uma vida baseada na busca do prazer, da satisfação das vaidades e da paixão desenfreada.

Embora pessoalmente não me convença essa dualidade preto e branco (há em nós muito mais tons acinzentados do que se pode imaginar), o enredo do romance cativa, conquista, nos eleva para depois nos levar ao chão enquanto acompanhamos a vida dos personagens.

Outro aspecto único do livro, é o quanto ele consegue nos convencer. Enquanto o personagem justifica a si mesmo das suas ações, nós mesmos somos convencidos. Como se realmente não houvesse mais nada que pudesse ser feito naquela situação e ele (o personagem) não tem culpa alguma, porém logo na sequência percebemos o quão bem Tolstói conseguiu nos enredar nas suas teias, parecendo nos olhar das sombras com um risinho escapando das feições carrancudas e murmurar “olha só, enganei você”.

Esse livro tornou-se um dos meus preferidos da vida, e será relido muitas vezes ainda, certamente ganhando tons diferentes em cada leitura.

Apenas leiam, vale cada linha.

“Desceu, evitando por longo tempo olhar para Kitty, como se evita olhar para o sol, mas a via, como se vê o sol, sem olhar”.

"Acaso ignora que a senhora é toda a minha vida? Mas, paz eu não conheço e não lhe posso dar. Todo o meu ser, o amor... sim, posso. Não consigo pensar na senhora e em mim separados. A senhora e eu somos um só, para mim. E não vejo, no futuro, nenhuma possibilidade de paz, nem para mim, nem para a senhora. Vejo a possibilidade de desespero, de infelicidade... ou vejo a possibilidade de felicidade, e que felicidade!... Será
mesmo impossível?"

“Não cessou de experimentar, ao longo de toda a semana, um sentimento semelhante ao de um homem que, incumbido de vigiar um louco perigoso, teme o louco e ao mesmo tempo, por força da proximidade com ele, teme pela própria razão”.

“Agora, metade da sua capacidade é dedicada a iludir-se e a outra, a justificar essa ilusão”.
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Vit.viegas 23/12/2021

o livro é impecável, toda a sua narrativa é envolvente. como cada personagem é criado e desenvolvido é excepcional, todos com pensamentos e opiniões fortes.
eu amei demais, mais do que eu esperava.
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Nataly 22/08/2020

Anna Kariênina
Confesso que tive medo de encarar esse calhamaço, mas foi só começar a ler que percebi que não precisava de nada disso. Que leitura mais envolvente, intrigante e viciante! Eu simplesmente não conseguia parar de ler! A linguagem é muito acessível e a trama é tão bem desenhada que torna impossível não querer ler só mais um capítulo. Seu formato lembra uma novela televisiva das melhores, nas quais tudo acontece no final do capítulo, só pra te deixar super ansioso pelo próximo.

O título engana ao nos fazer pensar que será focado apenas em Anna. O livro é, na realidade, muito bem dividido entre dois núcleos - o de Karienina e seu triângulo, e o de Lievin e suas questões. Moscou versus Petersburgo, família versus infidelidade, modernidade versus tradição: a dualidade é a marca dessa obra.

Se tornou desde então um de meus livros favoritos. É grandioso, cheio das cenas mais ternas e mais chocantes. Tão visual e bem narrado que deixa cenas vivas na memória, como se fosse um filme. Meses depois, ainda penso sobre a história, sobre as personagens, sobre as paisagens campesinas.

Esse livro é um retrato da Rússia de sua época, cheia de bailes e opulência, cheia de grandes proprietários rurais. Mas também é um retrato atemporal do ser humano, que tem que lidar com a vida e com a morte, com o dever e com as emoções, com as dúvidas e com as escolhas.

Um livro sobre famílias, com todas as complexidades que elas possuem, permeadas por momentos tristes e momentos felizes, com nascimentos e com mortes, casamentos e separações, viagens e reuniões. Famílias em seu início, famílias em decadência, famílias de aparências.

Como afirma a frase inicial do livro: "Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira."

site: https://www.instagram.com/p/CDFBQp5Jcf9/
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luke 31/08/2020

Livro muito bom. Ao contrário do que se pode imaginar o livro possui dois protagonistas: A própria Anna e o Lievin. É uma coisa meio paralela se pensarmos que a história do Lievin é ele se encontrando e da própria Anna dela se perdendo. Recomendadíssimo.
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Haryadne.Moreto 30/08/2020

Esse é o tipo de livro que você termina e não quer fazer mais nada, a não ser pensar sobre ele. A imparcialidade do autor tamanha, que cada um pode ter seu ponto de vista sobre os personagens e suas atitudes. Achei que seria uma leitura difícil e chata, mas não é... A narrativa é simples, fluida e cativante. Algumas partes são mais demoradas e detalhadas, mas até isso é importante para o contesto geral.
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luizafhorta 15/08/2021

livro antigo, mas com reflexões extremamente atuais
?Se há tantas cabeças quantas são as maneiras de pensar, há de haver tantos tipos de amor quantos são os corações.?

O livro tem várias passagens e trechos marcantes, como a frase citada acima. Fiquei um tempo procurando palavras para compor a minha resenha e, finalmente, consigo achar uma que expresse, para mim, a maior parte da obra: dualismo. Digo isso porque a estória é repleta de ?isso ou aquilo?: casamentos arranjados e casamentos por amor; a vida das mulheres e a vida dos homens; o estilo de vida do campo e o estilo de vida da cidade; entre outros.

Os personagens são muito bem construídos e, ao meu ver, ao mesmo tempo que eles se parecem bastante, eles são extremamente diferentes. A maioria deles sente um ciúmes doentio de seus cônjuges, alguns são adeptos ao perdão e outros tomam medidas mais extremas para cessar o sofrimento. Inclusive, apesar de não ter amado o Lievin, me vi muito nele nos momentos em que ele tentava descobrir o propósito da vida.

De qualquer maneira, é um livro bem marcante. Cheguei a compara-lo muitas vezes a uma novela, pois não existe só um personagem principal e vários núcleos são apresentados a nós, leitores, simultaneamente. Enfim, vale totalmente a leitura e, portanto, não é à toa que é considerado um clássico!
Gabriel 15/08/2021minha estante
Nossa, achei maravilhosa a resenha, orgulho da minha leitora favorita!!


luizafhorta 15/08/2021minha estante
meu leiteiro favorito!!




Jordana Borges 05/09/2021

Anna Karienina foi meu primeiro contato com literatura russa e com Tolstoi e digo que foi minha melhor escolha, fiquei apaixonada e encantada com a escrita do início ao fim. Tolstoi consegue descrever sentimentos de uma forma tão primorosa e maravilhosa que não consigo nem explicar. Com certeza entrou para os meus livros favoritos. Vale cada segundo de leitura, terminei agora a tarde e já sinto falta de Anna, Vronski?
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Thiago275 16/05/2022

Maravilhoso
Como falar de um livro que te pegou literalmente desde a primeira frase? Foi isso que aconteceu comigo lendo Anna Karênina. Fiquei deslumbrado já na primeira página. E meu assombro só foi crescendo conforme avançava na leitura. Não pela trama, que é instigante, mas não mirabolante. Nem pela escrita, que é simples e direta. Mas pela verossimilhança e profundidade dos personagens.

No começo da história, Anna K vai visitar a casa do irmão, Stepan Oblônski, que está passando por uma crise no casamento depois que sua esposa descobre que está sendo traída. A ironia é que Anna, durante a estadia ali, vai conhecer o Conde Vrônski, se apaixonar e, por fim, acabar com o próprio casamento.

Paralelamente, acompanhamos também as desventuras de Lióvin, um senhor de terras que tem pouca paciência para as convenções da sociedade urbana. Ele está apaixonado por Kitty (que está apaixonada por Vrônski), e desconhece totalmente os modos de lidar com a rejeição.

Nas mãos de um autor menos talentoso, Anna K seria apenas uma jovem deslumbrada ou uma heroína contra as regras morais da sociedade; Vrônski e Oblônski seriam canalhas; Kitty seria ingênua e fútil; Lióvin seria um melancólico sofredor.

Mas estamos falando de Tolstói, que conseguiu colocar no papel sentimentos e ações contraditórios que existem em todo ser humano. Seus personagens são ao mesmo tempo racionais e impetuosos; sentimentais e práticos; inocentes e ousados. Como todos nós.

Muitos temas são discutidos nesse livro surpreendentemente moderno: adultério, convenções sociais, guerra, relações de trabalho, política. Tolstói conseguiu elaborar um retrato muito real da sociedade russa em fins do século XIX. Evoluímos de lá pra cá? Acredito que sim. Podemos fazer muito mais? Com certeza. E a leitura de livros como Anna Karênina pode nos ajudar nisso.
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BETA 05/03/2020

Classico
Uma viagem à Rússia e seus costumes e tradições. Leitura cansativa em muitos momentos. Quem sou eu pra avaliar um clássico. Afinal, clássico é clássico e, portanto, merece ser lido, porém, eu esperava demais e me frustrei.
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Isabel.Souza 08/04/2020

“Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.” Esta é primeira frase de um dos romances mais aclamados da literatura universal. A partir dessa frase, Tolstói constrói toda a narrativa de Anna Kariênina, uma narrativa nem um pouco convencional. ⁣⁣
Hoje vim comentar com vocês minha experiência de leitura deste livro, que me tirou da zona de conforto, e foi minha companhia nesses dias de quarentena. Já vou adiantar pra vocês que não foi uma leitura fácil, porém, essa dificuldade não está relacionada com escrita do autor ou pelo fato de ser um livro clássico, nada do tipo. Meu maior esforço na leitura foi conseguir me relacionar com os personagens, acontece que até os 30% da leitura eu estava odiando todos os personagens e não conseguia entender o que o Tolstói tava tentando fazer nesse enredo. rsrsr Mas ao avançar da história eu entendi e também reconheci a genialidade que tanto ouvi falar da escrita e da construção de Anna Kariênina. ⁣⁣
O enredo de Anna Kariênina se passa na Rússia do século XIX e é baseado em dois núcleos centrais: o núcleo da personagem que dá nome ao livro, sobre o contexto de um casamento infeliz, uma paixão carnal, o adultério e as consequências dentro da sociedade aristocrática da época. No núcleo do personagem Liévin, tão importante quanto, o foco é a perspectiva do campo, o senhor de terras que acredita na constituição da família, e que também se deixa envolver por uma paixão. É interessante observar a composição das duas estruturas que tem um desenvolvimento autônomo em certo sentido, não se relacionam diretamente, mas sob condições e acontecimentos coexistentes.⁣⁣
É difícil falar sobre todos os assuntos que envolvem o enredo, são muitos, e são trabalhados simultaneamente com as histórias principais. Na perspectiva da Anna, temas como: direito e papel da mulher na sociedade russa do século XIX; a “socialite”, ou seja, a burguesia e suas vidas de aparência; a vida em família, a sociedade e o adultério.
Com Liévin encontramos as discussões mais existenciais e filosóficas: morte, propósito da vida, religião e divindade. Questões práticas também estão presentes na trama de Liévin, questões estas, que estavam em voga e eram discutidas dentro da sociedade russa da época, como por exemplo: trabalho no campo, cargos públicos, mujiques, regime escravista, a participação dos russos na guerra dos sérvios contra os turcos, valores sociais e morais, o homem intelectual e o homem prático e por aí vai. ⁣
Acho que o mais marcante pra mim, e que foi o mais difícil de compreender a princípio, é a construção dos personagens, é o ponto alto de Anna Kariênina na minha opinião. Aqui não existe mocinhos, não existe vilões. São pessoas complexas, em conflitos com si mesmas e com outros, que agem por extinto, que agem por interesses e por suas justificativas. A moral é sim um tema muito importante, talvez o principal, mas fica totalmente a critério do leitor, em momento algum o narrador emite juízo de valor e isso dificulta muito o trabalho, essa é a grande sacada do Tolstói. A gente tem sempre esse impulso em sentenciar, classificar e o que o Tolstói faz aqui é te tira da zona de conforto, retrata o ser humano em suas diversas formas, com seus erros e acertos, ninguém pode ser totalmente bom nem totalmente mau na vida, isso traz um toque muito realista pra obra que é fantástico.⁣
Enfim, eu já falei bastante. Acho que é uma leitura que me acrescentou muito, é aquele tipo de livro que você sabe que precisa ler pelo menos uma vez na sua vida. Não chegou a ser um favorito da vida, mas com certeza é uma leitura marcante que vale muito a pena.⁣
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