Anna Kariênina

Anna Kariênina Leon Tolstói




Resenhas - Anna Karenina


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vanessa.pivotto 28/04/2024

Que jornada!
Acabei agora essa leitura e estou com sentimentos contraditórios. Ao mesmo tempo em que Tolstói me encantou com sua maneira de descrever sentimentos, lugares, pessoas e momentos de maneira tão direta, traduzindo em palavras muito claras o que por vezes é obscuro, tenho a impressão de que li diversos livros dentro de um só.

O início foi muito bom, mas o meio do livro foi maçante ao meu ver. Repetitivo e descritivo demais. Cansativo. Nas últimas 100 páginas voltou a melhorar, mas ainda assim, não consegui me desvencilhar do sentimento de que a obra poderia ter 300 páginas a menos.

Enfim, quem sabe daqui alguns dias esse livro produza outros sentimentos.... veremos!
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João Pedro 23/05/2022

Sobre buscar a felicidade
Liev Tolstói se tornou um dos meus escritores favoritos desde que li a novela “A morte de Ivan Ilitch”. Ali, eu já soube que a prosa desse autor russo me tocava profundamente. Transmitia-me um senso de justeza tão grande, como se cada palavra estivesse no devido lugar. Sem excessos, sem carências. Nada além de um intenso prazer literário. E desde o início de "Anna Kariênina" eu tive a mesmíssima impressão. Sem tirar nem pôr, o início dessa obra arrebata tanto que merece ser citado: "Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira" (p. 14).

Esse livro me acompanhou por bons cinco meses e posso afirmar que, mesmo tendo intercalado com outras leituras, sempre que o pegava para ler tinha certeza de que logo me conectaria às suas personagens e histórias. Não tem como: Tolstói cria personagens como ninguém. Cheias de humanidade, padecem de vícios, riem, choram, regozijam-se, e, acima de tudo, lutam por sua felicidade. De todas as emoções que tive, essa é a ideia que mais se afixou em mim. Na verdade, só agora enquanto escrevo e reflito é que tenho mais certeza de que "Anna Kariênina" é sobre quão longe podemos ir para obter a sonhada felicidade. Por isso nos identificamos tanto. Ao fim e ao cabo, mesmo errando, ferindo, sangrando, Anna, Vrónski, Liévin, Kitty, Dolly, Oblónski e todos os outros seguiram na direção do que imaginavam ser, para eles, o pote de ouro no fim do arco-íris.

Para ser bem sincero, não acho que seja um livro para qualquer um. Não em termos de ser difícil, nada disso. É que, sim, a obra é extensa, mas não somente em quantidade, ela é vasta em essência, marcando a passagem do tempo pelo compasso das estações. A vida das personagens vai se tornando a nossa vida. Apegamo-nos. E o nosso coração fica completamente rendido às mãos de Tolstói. Sugiro fôlego e uma couraça aos corações sensíveis.

"- Penso - respondeu Anna, brincando com a luva que despira -, penso... se há tantas cabeças quantas são as maneiras de pensar, há de haver tantos tipos de amor quantos são os corações." (p. 146)
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Heley 29/05/2022

Um clássico é um clássico.
Sabe aquela sensação de vazio quando você conclui uma série?! Pois é. Sou eu depois de 2 meses lendo Anna Kariênina. O livro é rico em detalhes, permite que o leitor consiga imaginar cada descrição, cada cena, cada conflito e sentimento. A obra fala sobre ciúmes, fé, família, casamento, sociedade e paixões, de forma bem detalhada ao longo de 818 páginas.
O livro aborda várias histórias, mas com destaque para Anna, Alenksei, Vrónski, Stiepan, Dolly, Kitty e Liévin. A obra utiliza o "monólogo interior", onde cada personagem, através do auto-discurso, expõe sua vida interior, recapitulando suas motivações, experiências e planos para o futuro. Vejo Anna e Liévin como figuras principais do romance. Apesar de suas origens opostas, ambos buscam significado para a vida além das restrições definidas pela sociedade. Eles procuram o amor como sua essência de vida, mas por caminhos diferentes.
O livro te prende do início ao fim. Não é à toa que é um clássico. Super recomendo a leitura.

Obs: o posfácio é esclarecedor, principalmente por falar sobre a transformação de Anna ao longo da obra.
Douglas Finger 29/05/2022minha estante
Parabens pela leitura! ??




Clarissa Lira 12/04/2020

Um livro surpreendente!
"Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira". Acho que eu nunca lembro da primeira frase de livro nenhum, mas a desse livro eu nunca vou esquecer. Anna Kariênina é um livro desafiador, não vou negar, mas tem uma história incrível. Tolstói escreve tão bem, com tantos detalhes, que nos apegamos aos personagens, principalmente à Anna e ao Lievin, os dois protagonistas da história. E o livro é muito interessante em vários aspectos, ao retratar a sociedade russa e seus costumes no século XIX. Tenho que admitir que fiquei me sentindo vazia depois que terminei esse livro. Tolstói realmente me surpreendeu.
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Allana 20/05/2020

Impactante e atemporal
A gente se deixa levar pela condução do Tolstoi, o capitão de um navio, nos levando a um Iceberg? Uma terra-firme?
É um livro repleto de duos, opostos. Apesar do título, a história não é apenas sobre a Anna, ela é uma das personagens principais desse enredo, que trata principalmente sobre famílias. E o autor consegue resumir bem isso logo na sua primeira frase: Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.

É um livro que nos deixa criar juízo de valor aos personagens sem o autor deixar claro suas opiniões, por isso se torna uma obra atemporal e impactante.
Mas Tolstoi também tem seus momentos de ironias, até certo ponto tragicômicas, mas que apetece a todos, são personagens imperfeitos, por isso apaixonantes e que se julgam ao longo da trama. Numa mesma cena para um pode ser um momento maravilhoso, e para o outro um pesadelo sem fim, e nessas horas vê-se que não é a voz do escritor que fala, é a Anna, o Liev, a Kitty, o Oblonski, Vronski são eles, e não o Tolstoi, os escritores e persongens dessa história.
Marcelo Rissi 20/05/2020minha estante
Uma das minhas obras favorita. Parabéns pela excelente resenha!


Lendocomfernanda 20/05/2020minha estante
A leitura é fluida?


Allana 20/05/2020minha estante
Sim! Agora, são diálogos longos, mas fluidos. Você fica preso nesses embates


Lendocomfernanda 20/05/2020minha estante
Obrigada




Carol 14/09/2022

Um romance avassalador
Durante a leitura de Anna Kariênina senti inúmeras emoções, isso porque Lev Tostói constrói, em pouco mais de 840 páginas, um universo muito bem detalhado e com um aprofundamento psicológico impressionante; sendo que, é impossível não se identificar com algum personagem no decorrer da leitura.
Resumidamente, o livro se passa na Rússia no século XIX, e mostra toda a complexidade da sociedade aristocrata que lá vivia. É importante destacar que o livro é centrado em dois eixos principais, a história de Anna Kariênina propriamente dita, e a história de Konstantin Dmíevitch ou Lióvin; nesse contexto, ambas as narrativas se entrelaçam e se cruzam em alguns pontos, mostrando não somente a perspectiva dos protagonistas, como também de toda a comunidade na qual eles estavam inseridos.
Sobre a leitura em si, é um livro que não possui tanto rebuscamento e cultismo na escolha de palavras, tornando a experiência com a obra mais parecida com o nosso cotidiano - ou melhor, como o nosso cotidiano seria no fim dos anos 1800. A leitura é fluida e envolvente, mas, para algumas pessoas, pode ter o efeito contrário, dado que é um livro extenso. Mesmo assim, a sua leitura e imprescindível para qualquer um.
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Paula 16/02/2023

É por isso que eu leio livros
Me identifiquei muito com as divagações do Levin. A conclusão final dele sobre por que estamos aqui e sobre religião é o que eu penso também. Acho que Tolstoí nao quis ser tão explícito e incluir a conclusão óbvia de que não importa se vc é católico, budista, islâmico, que todas as religiões revolvem ao redor do mesmo valor, o bem, e basta a pessoa agir de acordo.
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Apenas Evelim 14/08/2022

Ana Karênina
O livro contém dois personagens principais fortes e peculiares, Anna e Lióvin.

Anna, uma mulher que enfrentou todos os costumes e tradições de sua época para viver um amor arrebatador. Vi alguns comentários falando da importância da personagem para a defesa do direito das mulheres. Achei interessantíssimo. Anna, realmente foi uma personagem marcante. Porém, não me afeiçoei a ela e ao egocentrismo dela. O seu par romântico muito colaborou para essa minha visão, definitivamente não gosto do personagem Vrosky.
Contudo, não posso deixar de expressar certa admiração pela Anna, até certo ponto da trama.

Lióvin, personagem que me marcou. Um homem cheio de sonhos e de muita personalidade. Sensível, com questionamentos brilhantes sobre as desigualdades de classes, sobre Deus e a religião e sobre guerras. Um personagem completo. Um homem decente. Seu par romântico, Kitty, uma delicadeza sem fim, gostaria até de tê-la como amiga. Um casal perfeito.

Outros personagens também são bastante trabalhados como o Stepan Arkádievitch (irmão de Anna) e Dolly. Dolly, ao contrário de Anna, viveu uma vida submissa, de um marido mal caráter. Isso é importante para a narrativa e a defesa de Anna e seus desejos amorosos.

Narrativa interessantíssima! Aborda política, religião, costumes e tradições da época.

Após a leitura sinto a necessidade de conhecer mais sobre a Rússia Czarista e suas revoluções.
DANILÃO1505 21/08/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Luiz Gustavo 08/11/2020

Escrito entre 1873 e 1877, "Anna Kariênina" (ou Karenina, dependendo da tradução) impressiona pela construção dos personagens e composição da trama, e assusta pela atualidade dos temas. Rubens Figueiredo, tradutor da edição que tenho, enumera em uma breve apresentação alguns deles: "A administração agrícola, o regime da propriedade da terra, a relação com os trabalhadores, a decadência da nobreza, a educação das crianças, o casamento, a religião, o serviço militar compulsório, as teorias de Spencer, Lasalle, Darwin e Schopenhauer", entre outros. A narrativa, portanto, vai muito além da famosa relação adúltera da protagonista que dá título à obra e da célebre frase de abertura: "Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira". Algo que chama a atenção no romance é o paralelismo entre opostos; que é, inclusive, retratado na capa da minha edição do livro. Na narrativa, temos dois protagonistas: Anna e Liévin; duas cidades: Moscou e São Petersburgo; dois casais: o legítimo e o adúltero; além de outros pares contrários: a cidade e o campo, a nobreza e o campesinato, o capitalismo e o socialismo, a Europa e a Rússia, a vida e a morte, etc. Há ainda, nos personagens, muitos conflitos internos marcados por sentimentos antagônicos. Tudo contribui para engrandecer ainda mais essa obra que é, para além do número de páginas, monumental. É estarrecedor como muitas questões da época – lembrando que estamos falando da Rússia de fins do século 19 – nos parecem extremamente familiares, mesmo que estejamos no Brasil do início do século 21. É um livro que recomendo a todos para lerem algum dia, mesmo que a passos de tartaruga, pois há muitos temas interessantes e discussões que são ainda hoje de extrema relevância.
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Paula.Moreira 07/07/2021

Meu primeiro tijolão
Minha experiência teve altos e baixos. Porém, uma coisa que permaneceu constante foi a dó que eu senti da personagem Anna. Acho que Tolstoi foi um pouco injusto e moralista em muitas partes... Outra coisa que permaneceu na minha cabeça foi o do porquê da escolha do título! O livro é muito mais sobre o Liévin e suas questões existências, do que sobre Anna, mas enfim. Minha relação com o Liévin também foi meio cheia de altos e baixos... Achei ele muito chato e as idealizações dele me irritaram em muitos momentos, MAS acho que tiveram mais momentos bons, principalmente no fechamento do livro.
Gostei, acho que talvez seja um livro que vai crescer em mim com o tempo...
Carol 08/07/2021minha estante
Um tijolão de respeito! Parabéns por ter conseguido finalizar essa meta! :D


Paula.Moreira 08/07/2021minha estante
Obrigada, Carol! Acho que se não fosse em grupo, talvez eu não tivesse conseguido.... Mas independente fiquei muito feliz com a experiência de conclusão


Carol 08/07/2021minha estante
Com certeza! Dá um tempinho que daqui a pouco vc já tá pronta pro próximo tijolão! Hahahha


Guilherme 10/07/2021minha estante
Arrasou! ??????




Carol 01/07/2020

Esse livro foi diferente de tudo que já li. Em alguns momentos adorei, em outros já não aguentava mais. A forma de escrita da autor é excelente, te faz ver os personagens sob diferentes perspectivas, sob o olhar de vários outros integrantes da trama, com isso, cada personagem se torna extremamente humano, pois podemos ver seus defeitos e qualidades sendo detalhadamente descritos diversas vezes ao longo da história.
Algumas passagens do livro se tornam massantes pela excessiva descrição do autor. Existem trechos enormes de personagens divagando sobre questões da agricultura russa, vida no campo, religião, posição da mulher na sociedade russa...
É excelente pra vera perspectiva da sociedade russa da época, podemos ver como eram diferentes os papéis dos homens e das mulheres, como eram tratadas as questões do casamento, como divórcio, traições e relacionamentos sem amor.
É um bom livro para refletir sobre diversas questões das sociedades antigas, ao mesmo tempo que se é entretido por uma história leve da vida dos personagens da trama.
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Eva 23/04/2022

Que livro maravilhoso! Já começo dizendo que Tolstói sabe como criar e contar uma boa história. Tem muitas coisas que gostaria de ressaltar sobre o livro e espero conseguir expor algumas delas.

O enredo é basicamente a história de famílias russas que vivem em Moscou e São Petersburgo e a trama se dá nos acontecimentos dessas famílias. Os principais núcleos da história estão entre Anna Kariênina e Konstantin Liévin.
Anna Kariênina é jovem, bonita, casada com Aleksei Aleksándrovitch, um burocrata empregado público que tem um cargo relevante na repartição em que trabalha. A família Cherbástski que tem como membros o princípe a princesa e suas filhas, Dolly, já casada com Oblónski (irmão de Anna), e Kitty, a mais nova, que está no início da história entrando para a vida social. De outro lado temos Liévin, senhor de terras que vive no campo, e já no início aparece com a pretensão de cortejar e pedir Kitty em casamento. Acontece que Kitty já se encontra apaixonada por um jovem oficial do exército russo, chamado Vrónski que vem cortejando-a já há algum tempo.
A história tem início no núcleo de Oblónski quando sua esposa, Dolly, acha uma carta sua para a amante e, assim, começa toda a confusão na casa. Em socorro ao irmão Anna aparece na história vindo de Moscou para apaziguar a situação do irmão com a cunhada. A partir daí tem início uma das melhores histórias já escrita.

Os personagens são muito bem construídos, a trama muito bem desenvolvida com situações banais e também complexas, bem próprio da vida de pessoas comuns que têm altos e baixos. Tolstói se vale dessa história para mostrar toda a hipocrisia que permeava a sociedade russa em que as pessoas mantinham relações e atitudes para causar boa impressão na sociedade e manter status. Ele também faz uma contraposição entre a vida no campo e a vida na cidade, entre Moscou e São Petesburgo. Utiliza seu o personagem Liévin, seu alter ego, para fazer reflexões que estavam começando a se tornar questões cruciais em sua vida e que iria permear suas obras futuras. Além disso, põe em destaque o papel da mulher frente a essa sociedade tendo que seguir os padrões esperados de comportamento e quando ousavam escolher o próprio caminho eram imediatamente jogadas no limbo da sociedade. É esse o papel representado por Anna Kariênina que decide viver uma paixão além do casamento e acaba desafiando as convencões sociais.

Enfim, seus personagens não são nem bons nem ruins, são humanos complexos que podem despertar paixões e também desprezo dependendo do ponto de vista de quem olha.

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Lisa 05/08/2022

Sombra e Luz, o balanço Tolstoiano.
Eu poderia abrir esse texto com o início cativante de Anna Karenina, não o farei, vou deixar vcs buscarem, ao invés vou abrir com uma fala que define, para mim, toda a obra: "toda a diversidade, toda a graça, toda a beleza da vida compõe-se de sombra e luz." (P.64).
Anna Karenina é uma obra sobre dualidade, o seu título original, inclusive era "Duas Famílias" e foi mudado pq não soou charmoso para o editor. Quando eu soube senti que toda a obra se encaixou, porque Anna Karenina não é sobre Anna Karenina, ela não é a personagem principal, ainda que pareça e muitos leiam assim. Anna de fato é como uma linha férrea na história toda, que gira em volta de duas ou três famílias (a depender de como você vê) e ainda assim, a personagem principal é a Rússia. Se vc notar bem (quando eu notei eu gritei de empolgação) ela está ali em todos os momentos, Ela é peça viva e vibrante. A Rússia preste a cair no socialismo, preste a derrubar uma dinastia trezentista como a dos Romanov e como toda a vida dos personagens vai se moldando a esse meio. Anna Karenina é uma aula de história e depois que terminei eu saí completamente obcecada pela Mãe Rússia (país cuja história mais me intriga) e obrigado aos meus amigos que aturaram meus surtos e longos audios.
Mas mais do que isso, é um livro sobre imperfeição. Quase 3 anos depois eu ainda posso afirmar que foi a minha melhor leitura. Anna é ridicula, eu digo patética mesmo (a quantidade de gritos e vontade de esgana-la que eu senti não ta na história, não só ela, mas também Oblonski e Vronski são toda a minha morte), mas é extremamente humana, deveras deveras DEVERAS humana e isso conquista. A imperfeição dos personagens conquista, porque é relacionável e próximo.
Ninguém em Anna Karenina é essencialmente bom ou ruim, todos são cheios de sombra e luz, e não somos todos? Para mim esse é o segredo do porque esse é um dos maiores romances. (E porque Madame Bovary nunca chegará no chinelo, ainda que o Tolsto tenha se inspirado na escrita "proema" do Flaubert, Anna é instável e patética sim, mas é uma lutadora, tal como todas as mulheres da obra e seus homens, diferindo muito da Emma flaubertiana.) Anna Karenina é um romance histórico e político e acho dificil conseguir gostar de algum outro como esse.
Tolstoi, você me irrita tanto, querido e ainda assim você me conquista tanto e obrigado! Estou a dois passos de reler.
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Debora 08/07/2021

Um clássico porque ainda atual
Anna Karienina (ou Karenina, a depender da tradução) tem um ritmo de novela da Globo. Sabe aquelas novelas de Manoel Carlos? Às vezes me vi mergulhada em uma delas. Os 2 protagonistas do livro, Liévin e Anna, só se encontram uma vez, no penúltimo capítulo da obra. A leitura deste livro, escrito em fins do século XIX é fluida e, em muitos trechos, te aprisiona. Algumas cenas descritas por Tolstói eu via passando em frente aos meus olhos, pareciam palpáveis.
Claro que não são as mais de 900 páginas assim, porque há trechos em que o autor traz discussões muito relevantes para a Rússia da época: o papel dos mujiques (camponeses) na economia do país, a questão da agricultura, as disputas políticas internas (tem uma descrição de um processo eleitoral que é loucura pura...), as características e disputas entre os 2 grandes centros do país (Moscou e Pertersburgo),a economia política da época (lembremos que poucos anos depois, 1917, ocorrerá a Revolução Russa) e, também, o papel da mulher na sociedade russa daquela época (as posições de Tolstói muito me agradaram neste ponto).
O autor conseguiu prender a minha atenção com todos estes assuntos, nem sempre palatáveis dentro de um livro de literatura, o que considero um grande mérito. E, assim, mais de 1 século depois de ser escrito, este ainda é um livro a ser lido.
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