Bruna 20/04/2015 Amante Liberto é o quinto livro da série, e conta a história de Vishous, ou apenas V, o mais inteligente dos guerreiros da irmandade. V é um guerreiro nato, forte, destemido, e é praticamente um gênio nas diversas áreas do conhecimento. Porém, ele também se considera um ser amaldiçoado. Sua mão direita carrega um poder letal, ele é capaz de reduzir um edifício em cinzas com um simples toque, então imaginem o que não pode fazer com uma pessoa. V também tem o poder da clarividência, e carrega o fardo de ver o futuro, mas sem saber quando suas visões irão se concretizar, o que o impede de tentar mudar as coisas, mesmo se quisesse. Seus olhos e a mão direita são completamente tatuados, uma mensagem de alerta que indica o quanto ele é perigoso, no idioma antigo dos vampiros. Nesse quinto livro, descobrimos quem foi o responsável por essas tatuagens, e das torturas que o então jovem Vishous teve que sofrer.
Ao ser baleado no meio da rua, por um atirador desconhecido, Vishous acaba indo parar em um hospital humano, entre a vida e a morte, e é salvo pela metódica e pragmática Doutora Jane. Como costumo brincar com os outros leitores da série, Jane é um Vishous de saia, de tão parecidos que os dois são. São ambos inteligentes, comprometidos, topetudos e turrões. E por incrível que parece, esse casal funcionou bem e convenceu os leitores. Eu realmente torci por eles.
Caramba... ele a amava.
-Você teria sido uma grande guerreira, sabia?
-Eu sou... a morte é minha inimiga.
-Sim, eu sei.- Deus, fazia muito sentido o fato de ele ter se aproximado dela. Jane era uma guerreira... como ele. - Seu bisturi é a sua adaga.
-Sim.
Pág. 280
Esse livro é uma enxurrada de emoções e revelações. Nele descobrimos sobre a triste e torturante criação de V no campo de treinamento de Bloodletter, que foi um dos guerreiros mais cruéis e brutais da irmandade, e também era o pai de V. Nossa, ele sofreu demais por causa do pai, tadinho! E mesmo após mais de duzentos anos, os traumas ainda estão lá. Outra fonte de revelação é a Vaca Es-- digo, Virgem Escriba, a divindade dos vampiros, que visita V para lhe incumbir uma nova função, que o manteria recluso no Outro Lado (seria um plano superior ao terráqueo), e ainda faz uma revelação bombástica, que abalou todas as crenças de V, e pegou os leitores completamente de surpresa!
O livro é muito bom, a história do Vishous é muito bem apresentada e contada. Seu relacionamento com Jane é bem desenvolvido e convence. Como eu disse, tudo lindo e perfeito. Até o final. Aquele final bombástico, surpreendente, e que eu não consigo engolir até hoje. E não sou a única, porque o final desse livro é o mais odiado entre todos os fãs da série. E o pior é que parece que a autora fez o que fez de pirraça, porque até hoje (já estamos no 13º livro) ela ainda faz questão de nos enfiar as consequências de Amante Liberto goela abaixo. Por esse motivo eu tirei uma estrelinha do livro, mas não consegui tirar mais, pois ele é absolutamente incrível!
Amante Liberto segue bem o estilo dos demais livros da série. Tem ação, drama, romance, humor, tudo sempre bem dosado. Há muitas cenas de violência e linguagem pesada, regada a palavrões. Como V é o personagem mais desbocado da série, e esse é o livro dele, realmente teve muiiiitos palavrões, :). E como sempre, tem muitas cenas hot, que são super sensuais e descritivas. Somando tudo isso, volto a reforçar que esse não é um livro para menores, embora eu não o considere também um livro erótico, pois esse não é o principal foco da trama.
Bom, acho que já ficou mais que claro que eu recomendo essa série, ela é absolutamente incrível, e a Ward escreve bem demais, embora esse livro seja o que mais me fez xingar a autora em toda a série, :).
Beijos.
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