Resenhas - A Casa dos Espíritos

Sanara.Luiza 14/05/2024

Quase uma maratona
Depois desse livro posso dizer que Isabel Allende foi coroada entre minhas autoras favoritas.
O que ela faz nesses romances de formação dela. Quanta história cabe em 450 páginas? MUITA!
Não foi um livro fácil de ler, foi como uma maratona, terminei a história totalmente sem fôlego.
E a sensação ao se terminar é de prazer e dever cumprido.
É uma história de percurso, não de final.
Apesar de que, a parte final na qual retrata a parte da Ditadura (que acreditamos ser a chinela) é visceral.
É uma história dura, real, difícil.
Vale a pena insistir, em caso de dificuldades.
O Paulo amou e o GF gostou, ou seja, é quase uma unanimidade.

terceira_guerra 14/05/2024

Apenas um comentário
Que leitura maravilhosa! Ela te tira do eixo, sutilmente! Em sua arquitetura, seu contexto, coloca o leitor em contradição com si mesmo. Com o final revolucionário e doloroso, enredo incrível e personagens valiosos.

Zi Souza 14/05/2024

Perfeito! Apesar de ter sido escrito há muito tempo, segue sendo contemporâneo. Uma homenagem às mulheres latinas ?? chorei horrores!

Bianca 13/05/2024

Por que ninguém me avisou?
"Escrevo, ela escreveu, que a memória é frágil, e o transcurso de uma vida, muito breve, e tudo acontece tão depressa que não conseguimos ver a relação entre os acontecimentos, não podemos medir a consequência dos atos, acreditamos na ficção do tempo, no presente, no passado e no futuro, mas também pode ser que tudo aconteça simultaneamente, como diziam as irmãs Mora, que eram capazes de ver no espaço os espíritos de todas as épocas."

Fabiana 11/05/2024

Isabel allende é sempre uma delícia de ler, uma das minhas escritoras favoritas da vida. Um livro perfeito pra quem ama História.

miriamz 10/05/2024

Rascunho do ser humano
Esperava algo diferente, e fiquei totalmente surpreendida e fascinada com essa história épica...de família, espiritualidade, amor, ódio, vingança, esperança, poder, resiliência, sensibilidade, repugnância.... Tudo junto em uma mesma obra... Tendo como pano de fundo um período conturbado de um país, que inclusive não é mencionado em nenhum momento na obra, pois a autora universalizou esses conflitos, como sendo humanos e não regionais, mas sabemos ser o Chile....

Recomendo sua leitura, mas não espere relações e conflitos amorosos... mas um rascunho do ser humano, em suas mais diversas facetas.

Suzana 10/05/2024

Fundamental
A história da ascensão e queda da família Trueba prende o leitor até o fim. Sem uma fronteira clara entre o que realmente acontecia na América Latina na época e a fantasia das visões de Clara, vamos acompanhando essa família e suas mulheres fortes durante um período tumultuado da história de um país não nomeado na América do Sul. Para mim Clara e Alba são as personagens principais e Esteban fica, muitas vezes, em segundo plano, mesmo quando se impõe pela força.
Acho uma leitura essencial para conhecer um pouco melhor a diferença entre ditadura e democracia, entre desigualdade e equidade.

Devoradora de livros 09/05/2024

Meu segundo livro lido da autora, eu fico encantada sobre como ela conta as histórias, mesmo as partes mais doloridas, de um jeito que encanta e emociona. Mesmo sentimento de quando li o filho de mil homens do Valter Hugo Mae, ao mesmo tempo que você fica triste com certas coisas, se alegra em como as outras aquecem o coração.
Esse virou meu favorito!

cmvies 08/05/2024

Lendo a famosa Isabel Allende
Nunca tinha lido nada da Isabel e fiquei encantadíssima pela escrita dela! No início parecia que eu estava correndo uma maratona pq com tanta informação logo de cara é impossível não ficar meio perdida. Depois, conforme fui avançando, peguei o jeito e entendi que A Casa dos Espíritos nada mais é que uma grande novela dividida em algumas temporadas. Existem personagens detestáveis, personagens incríveis, um pitada de realismo mágico e muitos fatos históricos. A autora consegue aprofundar cada personagem de um jeito que poucos escritores são capazes de fazer.

Fora tudo isso o que mais me pegou foram as mulheres fortes e maravilhosas que a Isabel nos apresenta. Vibrei e chorei junto com elas durante o livro inteiro!

Em nós latino-americanos bate muito forte o final dessa história. 5 estrelas e favoritado!! ?

Bruna 06/05/2024

O livro conta sobre a trajetória do senador Trueba e sua família. Passando se geração em geração, inclusive sobre o golpe militar.

Tha 06/05/2024

Pouco espírito, muita fofoca.
"Aqui a loucura distribuiu-se por todos, e não sobrou nada para termos o nosso louco varrido."

É o segundo livro que leio da Isabel, a escrita dela é maravilhoso e impecável, mas nesse livro achei mais denso, demorei bastante pra terminar, o que me ajudou foi o áudio book. Não sei se porque li em 3 mídias diferentes, algumas partes fiquei confusa e não entendi alguns acontecimentos, por isso a nota.

É um livro com muitos personagens, e muitos são desprezíveis, e ter que ler partes do ponto de vista desses personagens também, foi uma experiência, até mesmo os personagens "bons" tinha hora que dava raiva. Considerando a época, o país, tem coisas ruins, mas que acontecia e acontece, é um livro tão atual, nossa, por diversas vezes pude relacionar com atualidade, inclusive com atitudes que vi e vejo na minha própria família e nas pessoas mais velhas, e também por ser uma história tão latina.

Não sei se estou permitida a dizer isso, mas como li Violeta primeiro, parece me 2 versões de uma mesma história contada por diferentes pessoas, esse tem mais divagações, mas Violeta foi mais conciso, com datas e tals, mas esse foi mais complexo.

O final foi intenso e triste, mas eu queria tanto que terminasse que não consegui acompanhar devidamente, como merecia.

Amei a experiência, e pretendo ler mais livros da Isabel com certeza.

rafa 06/05/2024

Que experiência
Meu deus que livro!!!!! tanta coisa acontece nele, eu lia, lia, lia, lia e não passava nem 5%. achei meio maçante no começo, mas depois de uns 60% devorei o livro. minha cena favorita, com toda certeza, foi o monólogo do Esteban contando a vida dele pra Transito. Esse final teve muito significado pra mim, mesmo o Esteban sendo um escroto, por conta da relação dele com a Alba, que lembra eu e meu vô! isabel allende tem uma escrita que não eh para todos, mas com certeza todos deveriam ler uma vez na vida

Diana 05/05/2024

Isabel escreve muito Dios Mio
Eu amei essa leitura em tantos níveis que nem sei descrever. A Casa Dos Espíritos é um relato tão denso, com tantas camadas que ao final vc relembra alguns personagens como se tivesse realmente os conhecido.

E falar da ditadura lembrou tanto fatos históricos recentes rsrs
Enfim
...
Apenas leiam ?

Nathalia 05/05/2024

Clara, blanca y alba
Precisei de uma noite de sono pra botar as ideias em ordem e vir falar desse livro (e acabei lendo outro livro).


Tô tentando lembrar se eu já li algum livro de um país latino (com exceção do Brasil), mas acho que não (que vergonha). É bom ler sobre algo que é semelhante a vivência do nosso país - ao mesmo tempo que é uma merda perceber algumas dessas semelhanças.


Sendo sincera, eu comecei esse livro bem animada pra assistir o filme, por que tem um elenco bem interessante, mas o elenco estado-unidense e a produção dinamarquesa (?) me desanimou e depois lendo a página dele na wikipedia eu resolvi não passar raiva.


Sobre o livro: ele é perfeito?


Não.


Eu odeio ler livros devagar e demorei uns bons 10/12 dias pra conseguir ler esse livro. Os capítulos são GIGANTES (saudades da nossa boa e velha literatura de folhetim que nos presenteia com capítulos de no máximo 5 páginas), e o ritmo da história foi muito estranho pra mim. Sabe os começos dos livros da Jane Austen, que ela vai passando tipo por um prólogo, contando a história meio por cima antes de entrar de fato na narrativa, onde a gente para pra escutar os pensamentos dos personagens e acompanhar tudo de fato? Eu senti que esse livro inteiro é contado assim. Entendo que seja porque, de fato é isso, dentro da história: a Alba narrando a história a partir dos cadernos da avó, mas mesmo assim, acho que esse estilo de narrativa me encheu o saco e até me distanciou da história em alguns momentos.


Ao mesmo tempo acho que esse livro foi muito longo e muito curto, foi estranho porque o estilo me fez sentir que tudo tava muito en passant, ao passo que nunca parecia que esse livro nunca ia acabar. Nem sei explicar direito o que rolou.


Fiquei me perguntando quem era o protagonista e também não encontrei resposta - pensei que poderia ser a casa (já que tá no título), mas não achei que ela tem tamanha importância na história, assim como os espíritos. Clara e Blanca me incomodaram pela falta de agência em muitos momentos - principalmente a Blanca (PU-TA QUE PA-RIU, cê tem a chance de ficar com o amor da sua vida, ele tem dinheiro pra te sustentar, ele te ama, você ama ele e tipo eu realmente não entendi porque não - tudo bem que no final da tudo certo?) - as duas são bem pouco desenvolvidas pra mim. A vida da Clara era mexer com os rolês de espiritualismo e o que a gente sabe sobre isso de fato, o livro só menciona a mesa de três pés, mas nunca se aprofunda nesse interesse, cita que ela toca o piano com ele fecha e larga só nisso dai, ah eu hein.


Vou ser obrigada a admitir que eu achei que o livro deu uma baita guinada com a morte da Clara.


Até porque é o momento em que o livro inteiro borbulha e transborda. As histórias que estavam seguindo distantes convergem: Jaime, Alba, Blanca, Pedro Tercero, Amanda, Miguel, Esteban Trueba e Esteban García (o póbi do Nicolas completamente esquecido no churrasco e pelado acima de tudo).

E aqui eu começo a falar do que é bom no livro, e o que é bom é muito bom.


A história por si só (sem pensar em como ela é contada) é brilhante. De verdade. É muito rica e é muito latina, acho que todos os países latino-americanos tem com o que se identificar: conflitos de classes, machismo, violência, justiça, religião, política. E é muito bem construída, eu adoro como as imagens vem voltando de tempos em tempos, me dá um ar novelesco de alguma: Blanca e Pedro Terceiro dormindo embaixo da mesa e voltando a dormir na mesma posição na beira do rio, Barrabás no começo, Barrabás na noite de núpcias, Barrabás no final, Miguel se escondendo na guarda-roupa no nascimento da Alba e depois vindo se apaixonar por ela, o Esteban García sendo um nojento de tempo em tempos também. E ainda, a ideia do narrador que sabe o que vai acontecer e dá spoilers - sempre acho um máximo.


Também vou admitir que eu gostei muito da narrativa ser dividida na terceira pessoa (que na verdade é a Alba) e a primeira pessoa que é o Esteban. Entre todas as relações do livro, a que mais me interessou foi a do Esteban (Trueba hein pelo amor de deus) com a Alba. Onde a gente entende que sim, ele é um ser humano desprezível, um estuprador e batedor de mulher que não merece admiração, mas também é o avô de alguém e essa pessoa consegue encontrar o bem dentro dele e se agarra nisso, porque ele é a família dela - e as pessoas não são placas maniqueístas, mas coisas muito muito complexas.


De longe, a cena que eu mais gostei e aquilo que mais vai ficar na minha cabeça de tudo isso é o conto do Jaime: o  gêmeo apaixonado pela namorada do irmão que se vê obrigado a fazer um aborto nela, e depois ainda a encontra dependente e salva a vida dela das drogas, só pra ela se apaixonar por ele no momento que ele sabe que não vai dar mais, que a hora deles passou. E ele morre. Ele é morto, mesmo quando o que pregava era o pacifismo e tudo o que ele fez durante a vida foi se dedicar ao cuidado aos necessitados. Morre da maneira mais vexatória possível. Ai gente o tanto que eu chorei lendo o final do Jaime não está escrito que coisa dolorosa.


Também chorei durante as torturas da Alba, mas foi um choro diferente. De ódio, sinceramente. Parabéns aí pra dona Isabel por fazer a gente sentir ódio de alguém com tão poucas cenas hein.


Em suma: O livro pela história é bom demais, mas a experiência de leitura me fez passar umas raivas.

Julia 04/05/2024

Perfeito ?
Que história! Incrível ler sobre uma família com personagens tão bem escritos. Realmente uma história de muita dor, raiva, resistência, e já pelo fim, amor.