Mica 02/11/2013
Uma vez Catarina, outra vez Petrúquio: opostos se atraem?
Há muito tempo tinha o desejo de ler este romance, não por tratar de mais um que tem aqueles "blá-blá-blás" rotineiro e comuns em todos os livros que já lemos ou ouvimos falar por aí.
Não significa, com essa análise, que eu como leitora irei desde já julgar as obras dos autores, é apenas uma visão de alguém que ver a fantasia, mas não se entrega de vez as ilusões que o cinema adapta desses volumes...enfim, voltando a questão.
O livro 'A megera domada' é um dos clássicos mais lidos e procurados em todo o mundo, certamente por ter como escritor William Shakespeare - particularmente, era um excelente roteirista de teatro dramático e sensível romancista no que tange as razões do que é amor, ser amor e viver de sentimentos semelhantes a este, razão pelo qual nenhum ser humano vive sem ter passado por isto - neste conto, Shakespeare busca usar de métodos nada convencionais em atrair dois personagens tipicamente rudes, "indomáveis", intolerantes a palavras incoerentes. Catarina e Petrúquio, sejam assim ditos, são a própria forma do romance, são fogo e gelo, água e vinho, luz e escuridão, entretanto algo em comum atraem-nos: dominar sem ser dominado!
O que quero dizer deste conto é que sempre haverá em um relacionamento uma parte que possa transformar o companheiro(a) em alguém melhor e mais coerente, sem dogmas, nem "cabresto", pra que essa pessoa seja ela mesma, porém natural e sensível as coisas mais comuns e livres da vida.
Para concluir esta resenha deixo como questão um pequeno trecho da fala de Catarina:
"- Vamos, vamos vermes teimosos e impotentes. Também já tive um gênio
tão difícil, um coração pior. E mais razão, talvez, pra revidar palavra por palavra, ofensa por ofensa. Vejo agora, porém que nossas lanças são de palha. Nossa força é fraqueza, nossa fraqueza, sem remédio. E quanto mais queremos ser, menos nós somos. Assim, compreendido o inútil desse orgulho..."