Auto da Barca do Inferno

Auto da Barca do Inferno Gil Vicente
Laudo Ferreira




Resenhas - Auto da Barca do Inferno


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LP 01/09/2010

Leitura Agradável
Adorei a história toda rimada, o humor, os diálogos inteligentes e algumas críticas interessantes. O ruim é o português arcaico, demora um pouco pra acostumar e mesmo assim tem certas coisas que não dá pra entender direito, mas com o contexto dá pra você ter uma certa ideia do que se fala.
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Jú Bragança 30/08/2010

Fã de carteirinha
Adooorooo Gil Vicente
Sou muiro fã desse livro
mas não foi essa edição ,a minha é mais antiga
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@adilsonteclado 26/08/2010

O HOMEM SEMPRE SE PERGUNTA DE ONDE VEIO E PRA ONDE VAI APÓS A MORTE. HÁ MUITAS ESPECULAÇÕES SOBRE REENCARNAÇÃO, MORTE DEFINITIVA, PARAÍSO, PURGATÓRIO, CÉU E INFERNO; CADA PESSOA ACREDITA NUM DESSE FIM PRA SUA ALMA – É CERTO QUE TODOS ACREDITAM QUE VÃO AO CÉU OU AO INFERNO PELO QUE FEZ OU NÃO EM VIDA. DIANTE DISSO, O ESCRITOR PORTUGUÊS, GIL VICENTE ESCREVEU EM 1517 A TRILOGIA: AUTO DA BARCA DO INFERNO, AUTO DA BARCA DA GLÓRIA E AUTO DA BARCA DO PURGATÓRIO. NESSA PRIMEIRA O AUTOR EXPÔS A SOCIEDADE PORTUGUESA ANTE AOS OLHOS DO DIABO E DO ANJO NUMA FORMA DE CRÍTICA DA MORALIDADE E AUTOANÁLISE.
ESTA OBRA ESCRITA EM DIÁLOGOS E OBVIAMENTE FEITA PARA O TEATRO, EXTERNA O PENSAMENTO DE CADA PESSOA AO SE DEPARAR COM O DIABO A BORDO DA BARCA AGUARDANDO-O; AO TOMAREM CONHECIMENTO DO DESTINO DA BARCA INFERNAL – EXCETO O JUDEU QUE, NEM O DIABO QUERIA LEVÁ-LO – , PASSAM DIRETO PARA A BARCA DA GLÓRIA ACREDITANDO QUE O ANJO IRÁ REDIMI-LOS DE SEUS PECADOS.
O PRIMEIRO A CHEGAR É O FIDALGO, REPRESENTADO PELO ORGULHO E PELA ARROGÂNCIA, MAS LOGO É DESPACHADO PELO ANJO E VAI-SE À BARCA DOS DANADOS; OS OUTROS VÊM A SEGUIR, NESTA ORDEM E REPRESENTANDO CADA QUAL SEU TIPO DE PECADO:
O ONZENEIRO: (TIPO DE AGIOTA QUE COBRA JUROS DE 11%); VEM COM UMA BOLSA QUE SIMBOLIZA A USURA E TENTA COMPRAR O PARAÍSO; O PARVO: TOLO QUE TINHA DUAS FUNÇÕES: DRAMÁTICA E IRÔNICA; ERA TAMBÉM ZOMBADOR E APARECE VÁRIAS VEZES NA PEÇA; O SAPATEIRO: ROUBAVA OS CLIENTES; NO FINAL DA VIDA PASSOU A FREQUENTAR MISSAS PARA GANHAR O CÉU; O FRADE: SÍMBOLO DO PECADO, POIS TINHA UMA AMANTE, A FLORENÇA. FOI MUITO IRONIZADO PELO PARVO; A ALCOVITEIRA: BRÍSIDA VAZ, QUE ACREDITA TER SIDO UMA MULHER SOFREDORA E POR ISSO TERIA LUGAR NA BARCA DA GLÓRIA; O JUDEU: QUIS PAGAR PRO DIABO LEVÁ-LO; CARREGAVA UM BODE NAS COSTAS PARA SIMBOLIZAR MOISÉS, RENEGANDO A CRISTO. POR FIM, FOI LEVADO A REBOQUE PELO DIABO DEPOIS DE MUITA INSISTÊNCIA; O CORREGEDOR E O PROCURADOR: CARREGAVAM CONSIGO PROCESSOS E LIVROS, SÍMBOLO DE SEUS TRABALHOS INESCRUPULOSOS; O PRIMEIRO QUERIA PROVAR ATRAVÉS DA LEI QUE DEVERIA IR PARA O PARAÍSO; O ENFORCADO: CRIMINOSO CONDENADO; CARREGAVA NAS MÃOS A CORDA PARA MOSTRAR COMO PAGOU SUAS DÍVIDAS PERANTE A SOCIEDADE, MAS ESQUECERA DE PAGÁ-LAS A DEUS E, POR FIM CHEGAM OS QUATRO CAVALEIROS: MÁRTIRES DO EVANGELHO; CARREGAVAM A CRUZ DE CRISTO, SÍMBOLO DE RELIGIOSIDADE; ESSES ERAM OS QUE O ANJO ESPERAVA PARA PARTIR DO CAIS RUMO À GLÓRIA.

COM ESSE AUTO, GIL VICENTE QUIS MOSTRAR À SOCIEDADE PORTUGUESA QUE TODOS TÊM PECADOS E DEVEM SALDÁ-LOS EM VIDA E ASSIM TAMBÉM PROPAGA A FÉ E O EVANGELHO DE CRISTO.
GIL VICENTE FOI O PRINCIPAL AUTOR QUINHENTISTA QUE, ALÉM DOS AUTOS DE MORALIDADE, PASTORIS E CAVALEIRESCOS ESCREVEU TAMBÉM AS FARSAS E AS ALEGORIAS. (AA)
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Cíntia Eufrásio 30/01/2011

muuito chato, só li mesmo porque tinha que fazer um trabalho!
a linguagem muito ruim...
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Michel Marx 21/07/2011

No mínimo intrigante.
Esse sim fez a diferença em seu tempo.
A ambientação da história passa-se por volta de 1500, 1600, dura realidade essa em que havia uma ''ditadura católica''(como é dito por muitos estudiosos), e lá Gil Vicente faz uma reflexão profunda da realidade e dos conceitos ''duvidáveis'' do que era o bem e o mal.
Simplesmente inesperado.
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toriviane 28/04/2024

Auto da barca do inferno
Mesmo a escrita sendo de formal e do velho português, eu consegui pegar bem o conto e achei ele fluido, a ideia das barcas e da recusa das pessoas a embarcar é muito boa.

gostei muito do tom irônico e debochado que as críticas são passadas, trouxe um alívio cômico ao mesmo tempo que trabalha a hipocrisia humana e nossas ações. achei bem divertido!
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Elyana 23/03/2010

Perdi a conta de quantas vezes li
Confesso que só o leria por causa da FUVEST.
Mas, foi um livro que me surpreendeu, e que me agradou de tal forma que eu o li duas vezes no mesmo dia.
As sátiras de Gil Vicente foram muito bem elaboradas neste livro – que continua sendo atual.
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Lu... 23/09/2012

A versão da editora Atelê Editorial,de "Auto da Barca do Inferno", traz uma introdução contendo o contexto da obra e do autor, além de comentar a estrutura do texto. Informações importantes para a melhor compreensão da peça.

Quanto ao texto, uma peça de teatro em forma de poema, trata do pós-morte. Vários personagens, representando diversas categorias sociais da época, encontram duas barcas - uma comandada pelo Diabo, outra por um Anjo. Então, cada um argumenta com as duas entidades porquê deveriam ir para o Céu e não para o Inferno. Desta forma, a peça deixa transparecer, tanto a moralidade da época, como as ações correntes, ou possíveis.

Como é presente na própria introdução da obra, a peça segue o estilo das obras medievais sobre a "Dança da Morte", mostrando que não importa o qual foi sua ocupação em vida - se foi um nobre ou um "plebeu" - ninguém escaparia dos braços da Morte - no caso desta peça, não escaparia do inferno, caso suas ações em terra o levassem para este caminho.

Pessoalmente, uma peça muito interessante por seus personagens, e pelo que deixa transparecer sobre a época em que foi escrita!
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AmadosLivros 03/01/2014

Resenha do Blog Amados Livros
Não deixe de conferir nossa opinião sobre este livro em nosso blog! Lá também tem muitos outros livros legais!
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site: http://amadoslivros.blogspot.com.br/2012/06/livro-auto-da-barca-do-inferno.html
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Wesley 01/10/2012

Uma das primeiras peças teatrais que fiz na escola era sobre esse livro, na época entendi pouco, hoje pouco mais. É um bom livro levando em consideração o contexto histórico e a sua época.
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Débora 29/10/2012

Análise Literária !
O "Auto da Barca do Inferno", ao que tudo indica, foi apresentado pela primeira vez em 1517 na câmara da rainha D. Maria de Castela, que estava enferma. Esse Auto, classificado pelo próprio autor como um "auto de moralidade", tem como cenário um porto imaginário, onde estão ancoradas duas barcas: uma como destino o paraíso, tem como comandante um anjo; a outra, com destino ao inferno, tem como comandante o diabo, que traz consigo um companheiro. Com relação a tempo, pode-se dizer que é psicológico, uma vez que todos os personagens estão mortos, perdendo-se assim a noção do tempo.

Todas as almas, assim que se desprendem dos corpos, são obrigadas a passar por esse lugar para serem julgadas. Dependendo dos atos cometidos em vida, elas são condenadas à Barca da Glorificação ou à do Inferno. Tanto o anjo quanto o diabo podem acusar as almas, mas somente o anjo tem o poder da absolvição. Quanto ao estilo, pode-se dizer todo Auto é escrito em tom coloquial, ou seja, a linguagem aproxima-se a da fala, revelando assim a condição social das personagens, e todos o versos são Redondilhas maiores, sete sílabas poéticas.
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Arthur 09/12/2012

Diabo e o anjo
MUITO INTERESSANTE ,UM BOM LIVRO RECOMENDO
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Rafa 20/01/2013

Leitura difícil devido ao português arcaico, mas é bem cômico e não tão cansativo.
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Rodolfo Schreiner 11/03/2013

Renascimento e modernidade
Tém muitas idéias interessantes que podem ser tiradas da leitura destes contos de Gil Vicente. Mas primeiro deve-se observar que ele é um autor do início do século XVI. Os contos deste livro foram escritos em torno de 1520. Nesta época o pensamento europeu estava indo em direção a formas mais modernas e liberais, se distanciando das formas do pensamento cristão medieval, mas também sem renunciar a religião cristã. É aí onde se vê Gil Vicente, no texto Farsa de Inês Pereira por exemplo, fazer a Inês escolher um marido pessoa mais simples não discreto como diz o texto. Mas esse foi seu segundo casamento e o que deu certo. O anterior não deu certo porque era um cara muito conservador e que nem deixava ela sair de casa. Ele era um cavaleiro que foi morto por um mouro numa batalha. Ou seja, o que fica fácil de interpretar é que a cultura medieval não servia mais e deveria ser substituída por algo mais moderno como os ideais do Renascimento do século XV.

No texto Auto da Alma também percebe-se esta troca de valores porque pode-se entender que uma pessoa deve ser reconhecida por suas virtudes, e não pelo seu nascimento. Nobre é alguém de virtude interior, e não exterior. Na idade média a importância das pessoas vinham de seu nascimento e quem não tivesse nascido na nobreza nunca se tornaria nobre. É algo de nascimento e não de conquista. Mas o autor expressa a opinião de que o valor das pessoas deve ser visto em seu bom caráter, contrariando a ideologia medieval.
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