As bruxas da noite

As bruxas da noite Ritanna Armeni




Resenhas - Bruxas da Noite


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Carrara 30/06/2020

"As mulheres são capazes de tudo!" Incrível história de um regimento de mulheres aviadoras russas que combateram na linha de frente durante a segunda guerra mundial.
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Pandora 20/10/2020

“Temos que admitir que uma mulher pode pilotar tão bem quanto um homem. As mulheres podem tudo.” Pág. 62

Uma vez, faz uns 15 anos, numa das minhas inúmeras viagens de ônibus entre Santos e São Paulo, sentou-se ao meu lado uma distinta e bela senhora e passamos a conversar. Ela era estrangeira (se não me engano alemã) e engenheira aeronáutica. E me falou do seu espanto ao vir para o Brasil e ver tão poucas mulheres nas áreas das ciências exatas.

A mulher que foi a fonte viva da história deste livro, Irina Rakobolskaya era matemática e física e serviu como chefe de gabinete do 46º Regimento de Aviação de Bombardeiros Noturnos da Guarda Taman das mulheres durante a 2ª Guerra Mundial (ou Grande Guerra Patriótica, como era conhecido na Rússia e outras ex-repúblicas soviéticas o esforço de guerra do país contra a Alemanha nazista e seus aliados).

Assim como ela, mais de 400 mulheres, em sua maioria estudantes entre 17 e 26 anos, foram selecionadas por Marina Raskova, a mais famosa aviadora russa, para compor, na guerra, três unidades só com mulheres: armeiras, mecânicas, navegadoras e pilotas (das três, só a 588 permaneceu até o fim da guerra só com mulheres). Nos treinamentos, alguns instrutores eram homens e elas sentiam a descrença e hostilidade mesmo entre os soviéticos.

“Fizemos um máximo de 325 voos em uma noite e queríamos fazer cada vez mais. Vinte e três mil em toda a guerra. Sim, claro, por patriotismo, mas também porque queríamos superar os homens.”

Aos 96 anos, esta lúcida combatente, ex- vice-comandante do regimento 588, era a última das temidas Nachthexen, as Bruxas da Noite - assim apelidadas pelos alemães -, pois elas sempre atacavam à noite. Sua história e dessas mulheres corajosas que se voluntariaram a ir para a guerra foi contada em sua casa em Moscou, entre chazinhos, tortas e sua coleção de gorros de lã. Presentes além da jornalista e escritora Ritanna Armeni, a intérprete Eleonora Mancini e eventualmente Vladimir Aleksandrovitch, funcionário ministerial que fez a ponte entre Irina e as italianas.

Desacreditadas, com parcos recursos, uniformes improvisados e enfrentando todo o tipo de intempérie, as Bruxas da Noite surpreenderam.

“Deram-nos um avião Po-2. (...) Era um avião com estrutura de madeira, todo feito de compensado, revestido de percal. Na verdade, de gaze. Bastava uma queda para ele pegar fogo: e se reduzia a cinzas ainda no ar, antes de atingir o chão. Como um fósforo. (...) Bem depois, pouco antes do fim da guerra, nos entregaram paraquedas e instalaram uma metralhadora na cabine do navegador, mas antes disso não havia nenhuma arma: eram quatro compartimentos de bomba sob às asas inferiores e pronto. Agora nos chamariam de camicases, talvez fôssemos mesmo. Sim! Éramos! Mas dávamos mais valor à vitória do que às nossas vidas.” (Aleksandra Semiónovna Popova - tenente de guerra, navegadora. Texto extraído do vídeo Mulheres na Guerra - As Bruxas da Noite, do canal do YouTube Leitura ObrigaHISTÓRIA)

E que estrago elas fizeram com esses aviõezinhos, meu povo! Que estrago! Mas com o fim da guerra... Parabéns, camaradas, agora vão cuidar de seus lares e fazer filhinhos para o Estado socialista!

Pena que a História contada pelos homens relegue a maior parte dos feitos femininos à obscuridade; que bom que outras mulheres consertem esses lapsos e tragam à tona histórias como esta!

P.S.: Só senti falta de fotos.

Notas:
1. Kate Quinn, autora de A Rede de Alice, usou a história das Night Witches como pano de fundo de seu romance The Huntress.
2. Em 1981, um longa-metragem soviético chamado Bruxas da Noite no Céu foi dirigido por Evgenia Zhigulenko, que fez parte do Regimento 588.
3. Outras duas produções foram realizadas, uma cancelada e em 2019 o roteiro The Night Witches escrito por Steven Prowse, ganhou nada menos do que 30 competições de roteiro.
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Maíra Marques | @literamai 13/07/2021

Siga: @literamai
"As Bruxas da Noite" conta a história de mulheres do regimento aéreo russo que surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, escrito pela jornalista Ritanna Armeni @editoraseoman. Tive a oportunidade de ouvir essa história incrível no app @tocalivros com narração de Christina Carneiro, duração de 6h57min.

23 mil vôos. 1.100 noites. Essas mulheres enfrentaram batalhas, muitas perderam suas vidas, outras foram condecoradas e seus nomes se perderam na história. Eu mesma as desconhecia antes de ouvir esse livro.

Conhecidas como "Bruxas da Noite", essas mulheres bombardeavam os alemães durante a madrugada, voando em aviões extremamente frágeis, atuando nos bastidores da guerra mais violenta da história.

Para escrever esse livro, Ritanna entrevistou Irina Rakobolskaya, última [*****]ra viva na época (faleceu em 2016). Irina compartilhou com Ritanna tudo o que se lembrava, com riqueza de detalhes, daquela época tão sombria. As mulheres chegavam a voar sem paraquedas no início de suas ações para conseguirem carregar mais bombas sobre os campos nazistas. Era literalmente um suicídio.

Esqueça higiene! Absorventes se tornam lendas e as roupas? Apenas masculina. Quando começaram a ganhar algum "respeito", enviaram roupas "mais femininas", no entanto, já era tarde demais. Se acostumaram a se vestirem com calças largas.

Não se engane ao imaginar que no fim essas mulheres foram condecoradas e respeitadas: O livro mostra claramente que não há espaço para a igualdade. O machismo, mesmo disfarçado tantas vezes, oprime, e as machucou muitas vezes. Contudo, somos capazes de enchergar do início ao fim a força dessas mulheres, que mesmo em meio a guerra não baixaram suas cabeças e lutaram com garra e determinação.

site: https://www.instagram.com/literamai
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Lívia 05/01/2021

Ritanna Armeni fez um trabalho fenomenal ao tentar manter viva a história das Nachthexen. A escrita é super envolvente e emocionante. Um dos meus livros favoritos da vida, sem dúvidas.
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Moya2 28/02/2024

História apagada
Uma divisão de mulheres voluntárias no front da Segunda Guerra Mundial que só conseguiram entrar para o exército vermelho quando a queda de Moscou parecia inevitável.
Lutaram em condições inferiores aos batalhões masculinos, mas não deixaram nada a dever.
Uma leitura rápida e interessante, com estilo jornalístico.
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Patricia Souza 27/11/2021

História de sentir na pele.
A autora reconstrói a história do 588º Regimento Russo de bombardeio aéreo composto apenas de mulheres, apelidadas pelos alemães de Nachthexen, Bruxas da Noite. Pelas memórias da última Bruxa viva, Irina Rakobolskaja, que concedeu entrevista aos 96 anos e, claro, com todo o apoio escasso da literatura histórica sobre essas heroicas aviadoras.
A história nos é apresentada de modo geral, sem muitos detalhes e sem ficar preso aos pormenores, o que é ótimo, pois o modo que estamos acostumados a ler sobre guerras acaba afastando o leitor das personagens atuantes nos fatos,por melhor e mais preciso que seja. Na narrativa de Armeni, temos uma visão geral dos acontecimentos da Segunda Grande Guerra - mais especificamente a Grande Guerra Patriótica, como é reconhecida hoje pelos antigos países Soviéticos - com o foco em alguns acontecimentos e figuras que servem de representação ao que acontecia no regimento de aviadoras. Mesmo assim, podemos ver as dificuldades sofridas por serem mulheres em um mundo machista - por mais que a URSS no período dizia que homens e mulheres soviéticos eram iguais -, em um ambiente onde sempre foi visto e dominado por homens e como foi difícil conquistar o lugar que elas acreditavam ser de direito: defender a pátria. O leitor acompanha a escalada para a conquista desse direito, a vitória e a repentina queda, ao ver essa história cair no esquecimento.
Li alguns bons livros antes desse, mas nenhum me emocionou tanto quanto. Não consigo lembrar da última história que li e senti na pele - literalmente - a emoção vivida nos fatos narrados. Emoção tanta que sento para escrever essa resenha antes de terminá-lo - faltando um capítulo e meio. São muitas as vezes onde me arrepiei, chorei, sorri, senti o coração apertado - de bom e de ruim - ao participar da perpetuação dessa história. Digo perpetuação, pois acredito que cada um que tenha lido o livro pode-se dizer testemunha desse evento incrível onde vemos que “as mulheres podem sim fazer tudo o que quiserem”. Sempre tive um encantamento pela 2ºGM, e poder sentir essa história, saber da existência dessas mulheres e ver o que fizeram com toda a força e capacidade que uma pessoa possa imaginar ter, foi muito gratificante, emocionante e edificante para mim. A delicadeza, leveza com que os fatos - por vezes sombrios - são narrados faz com que a história fique mais próxima do leitor, não são fatos duros da guerra que aprendemos desde sempre na escola e vemos na maioria dos livros sobre o assunto, são pessoas que viveram e vivenciaram a guerra e nessa narrativa conseguimos sentir isso no peito. Não lemos a história como se estivesse vendo o que se passou, lemos como se estivéssemos sentindo o que foi sentido ali por aquelas mulheres. Com toda a certeza, é o mais novo livro que vou recomendar àqueles que sempre me perguntam o que devem ler para adquirir gosto pela leitura. A partir de agora, não consigo entender como uma pessoa pode viver e morrer sem conhecer a história das Nachthexen.
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@shaneingrado 09/12/2020

"Uma mulher é capaz de tudo"
Até hoje li poucos livros que me tocaram de verdade, que me causaram várias emoções e encheram meus olhos de lágrimas. As Bruxas da Noite é um deles.
A história quase esquecida dessas mulheres soviéticas que lutaram pelo seu país é fenomenal. Livro favoritado e altamente recomendado.
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Bruna | @livrosdebruna 22/06/2020

Uma mulher consegue tudo
Preciso admitir que fiquei com ressaca literária após a leitura desse livro.

Sabe aqueles livros que te tocam a alma e te fazem descobrir um protagonismo das suas semelhantes?
Esse é o que esse livro me fez sentir.

Me perguntei se por um acaso é a mesma sensação de afirmação que muitos meninos passam ao verem sempre seus similares lutando contra o mal e protagonizando o papel de herói.

E ver também como essa história foi contada e o pouco de importância dada me deu indignação, enfim, terminei o livro inteira arrepiada.

Sem nenhum medo digo: esse é o melhor livro que li em 2020 e talvez da vida.
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João 26/01/2022

Nachthexen
O livro acompanha a história das bruxas da noite, um esquadrão soviético da segunda guerra, exclusivamente feminino, que realizava bombardeios noturnos.

Numa narrativa jornalística com um tom de romance, a autora te prende muito bem na história. Facilmente você se apega as personagens e, por um momento, esquece que são figuras reais em um momento brutal da história.

A narrativa sai do presente, enquanto a autora entrevista a última da bruxas - Irina Rakobolskaya, e volta ao passado. Narrando todo o caminho dessas mulheres, antes, durante e no pós guerra, mostra o enfrentamento aos nazistas e de seus próprios companheiros que não as achavam capazes.

Além de bem escrito, é um livro de extrema importância, necessário para reconhecer e resgatar todo o legado dessas combatentes.
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Regina Negreti Adv 22/06/2020

Uma biografia sobre a força das mulheres
Trata-se da biografia de um regimento soviético formado somente por mulheres aviadoras da segunda guerra mundial.

Um livro que retrata de forma jornalística o cotidiano das mulheres na guerra em frente de ataque. Cita os preconceitos e o quão inferiorizadas eram por conta do gênero, mas que no fim ?uma mulher é capaz de tudo!? (Esse era o lema das bruxas da noite - apelido dado por serem aviadoras de aviões pequenos, onde suas missões eram atacar os alemães à noite).
Livro bem fluido e envolvente! Adorei conhecer essa história pouquíssimo falada.
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Bia Franzoi 04/06/2024

Inspirador e necessário
A leitura foi rápida e muito, muito interessante. A autora reúne informações de pesquisa na Rússia e conversas com a última "bruxa da noite" ainda viva na época.

Conhecer essa parte tão relevante da história da Segunda Guerra Mundial foi incrível! Eu não fazia ideia de que havia existido uma equipe militar apenas com mulheres, e muito menos que elas haviam sido tão importantes para os desdobramentos da guerra.

Com uniformes improvisados que estavam sobrando de soldados homens e sem receber nenhum crédito por se dispor voluntariamente ao país, tiveram que fazer muito mais e muito melhor do que os homens para receber algum reconhecimento.

Tiveram que, além de enfrentar os inimigos e as dificuldades impostas pela guerra, abrir mão de suas vidas, desenvolver as habilidades técnicas e emocionais necessárias e suportar muito descaso de colegas e comandantes.

As "bruxas da noite", como foram apelidadas pelos alemães, fizeram o terror nas madrugadas, bombardeando de forma silenciosa e ágil os acampamentos nazistas. Deram suas vidas por isso.

Ao final da guerra, seus esforços foram reconhecidos, e logo após, receberam a notícia de que já podiam voltar às suas vidas e cumprir seu "papel de mulher na sociedade".

Apesar de ser louvável e pioneiro que a URSS tenha aceitado a criação de um regimento feminino, a atitude do governo foi e ainda é de completo descaso para com esse grupo tão forte de mulheres.

No museu em Moscou, por exemplo, a autora relata que há apenas uma vitrine com alguns artefatos do regimento 588, e nada menciona que era composto completamente por mulheres, de mecânicas a pilotas.

É por isso que sua história ainda não é tão conhecida como deveria ser. Apenas fico feliz por ter dado tempo de a autora se conectar com Irina e coletar detalhes, direto da fonte, sobre esse feito incrível das mulheres soviéticas.
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Mariana 20/02/2022

Fazia muito tempo que eu não lia um livro tão bom com tema que costuma ser pesado.

A forma de escrita foi ótima, te carregando pra uma narrativa imersiva e que trás a "realidade" depois.
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Halfleggr 11/02/2022

As bruxas voam
É ótimo podermos sermos transportados a memórias tão antigas e precisas a respeito de um período que nos encanta, enfeitiça. Temos muitas memórias de veteranos americanos, ingleses, franceses e alemães do conflito, mas cada vez que as memórias de um veterano russo são descritas, é um deleite. Melhor ainda quando muito bem escrito, como no caso desse livro.
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brenda 22/01/2021

Uma verdadeira aula de história que deveria ser contada sempre. Não sabia dessa história, e me entristeceu saber que muitos não davam o devido reconhecimento para as Nachthexen.
Espero que muitos possam ler esse livro e tomar conhecimento do que realmente aconteceu na Segunda Guerra.
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Talita Hanna Cabral 08/02/2021

O destemido jeito feminino
Ritana Armeni traz para nós, leitores, as memórias de Irina Rakobolskaja, que aos 96 anos descreve as experiências do regimento 588 com primor. Fazer um levantamento com base em apenas um relato pode incomodar aos filhos de Clio (historiadores), mas Irina sempre tem algo material que comprova sua narrativa. Enfrentaram todos os dessabores da guerra e as desconfianças e chacota dos homens, mas deixaram um legado belíssimo.
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