Flores Para Algernon

+Publicado originalmente em 1966, Flores para Algernon foi o grande expoente da carreira do escritor, ganhador do prêmio Nebulosa e inspiração para o filme Os Dois Mundos de Charly (1968) – que garantiu a Cliff Robertson o Oscar de Melhor Ator. E com mais de 5 milhões de exemplares vendidos e referência dentro das escolas dos Estados Unidos, a obra surgiu sobre as palavras de um homem de 32 anos e 68 de QI: Charlie Gordon.

Com excesso de erros no início do romance, os relatos de Charlie revelam sua condição limitada, consequência de uma grave deficiência intelectual, que ao menos o mantém protegido dentro de um “mundo” particular – indiferente às gozações dos colegas de trabalho e intoxicado por tragédias familiares. Porém, ao participar de uma cirurgia revolucionária que aumenta o seu QI, ele não apenas se torna mais inteligente que os próprios médicos que o operaram, como também vira testemunho de uma nova realidade: ácida, crua e problemática. Se o conhecimento é uma benção, Daniel Keyes construiu um personagem complexo e intrigante, que questiona essa sorte e reflete sobre suas relações sociais e sua própria existência. E tudo isso acontece ao lado de Algernon, seu rato de busca e a primeira cobaia bem-sucedida no processo cirúrgico.

Perturbador e profundo, Flores para Algernon é tão contemporâneo quanto na época de sua publicação, debatendo visões de mundo

Ficção científica / Romance / Literatura Estrangeira / Ficção