Todos os "mídia" seriam subliminares?
Estaríamos expostos constantemente às mensagens subliminares que nos chegariam através do cinema, televisão, imprensa, publicidade ou propaganda política?
Nossa cultura poderia ser considerada uma cultura subliminar e nosso inconsciente um depósito de informações consumidas sem percebermos e que começam a fazer parte do nosso cotidiano?
Estas opiniões poderiam parecer paranóicas, mas sérias pesquisas realizadas por especialistas atestam
que vivemos em um ambiente subliminar, rodeados pelas vitrines das lojas, bancas de jornais, outdoors e grafites que acabam bombardeando os consumidores, receptores e leitores, tornando-os vítimas de um processo quase incontrolável.
Catastrofismos à parte, Flávio Calazans faz neste livro uma discussão exaustiva da bibliografia e amplia a visão estreita que acompanhou por muitos
anos as análises tradicionais sobre o tema.
Para o autor, uma população exposta a
subliminares, teleguiada, que se veste, consome produtos, serviços, crenças e ideologias não pode ser considerada uma população autónoma, livre.
Mas a vitimologia acaba conduzindo à passividade, alerta Calazans: é preciso manter-se desperto e consciente destas novas formas de dominação, única maneira eficaz de combatê-las.