Ensaio sobre a cegueira (eBook)

Ensaio sobre a cegueira (eBook) José Saramago




Resenhas - Ensaio Sobre a Cegueira


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Bruna 06/05/2024

Me perdoe, sou obrigada a gostar?
A obra choca muito mais pelo horror do que pela capacidade de reflexão. Talvez eu perdoaria um livro tão pessimista e escatológico se eu percebesse uma lição profunda, mas a verdade é que a moral da história é bem básica. Só aqui no app tem um milhão de pessoas citando esse livro com as mesmas frases clichês. Boo. (Vaias!)
Acho que foi feito apenas para que as pessoas que leram se sintam super inteligentes, empáticas e reflexivas. Aliás, provavelmente para que homens se sintam assim - li numa resenha que ?Saramago escreve sobre abuso sexual de forma tão crua, insensível como só um homem poderia escrever?, e a colocação foi perfeita. Mais triste do que o livro é os leitores acharem que isso é um retrato fiel da humanidade.
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JAlia 06/05/2024

Não senti a dificuldade da escrita do autor pelo fato de ter escutado o audiobook, porém eu achei cansativo do meio para o final. Eu já N via a hora de acabar kkkkkk, mas foi um livro bom e interessante.
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Caroline.Morgue 05/05/2024

Um soco na cara!
A leitura trás uns pormenores onde nos faz refletir sobre o coletivo e o quer seria se estivéssemos sozinhos? Conseguiríamos as coisas mais fáceis ou trabalhar em conjunto é a melhor solução? O nosso apelo por não aceitar as coisas quando estamos mais velhos também me pegou. Quando a todo o tempo no começo do livro o garotinho estrábico questiona onde está sua mãe e já no final nem lembra mais dela. Os mais jovens tem menos resistência a mudanças e lidam melhor com isso? E os 30+ são teimosos como mula? Postei e sai ?
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Marta.Lorena 04/05/2024

Toda vez que falta luz, o invisível nos salta aos olhos.
Que livro. Que leitura. Que experiência! Cada página desse livro é dolorosa, cada acontecimento uma facada. Ao longo da minha leitura tive que ir desmistificando algumas ideias que tinha, pois essa história definitivamente NÃO está somente nas páginas que lemos. Não é um livro pra você pensar de maneira objetiva sobre como "são pessoas que vão ficando cegas". É um livro pra se refletir, pra nos fazer pensar em nossa própria cegueira. Durante a leitura me peguei temerosa, angustiada e até me surpreendi com o quanto eu estava preocupada com o "bem-estar" dos personagens no final. Esse é um livro que vai ficar na minha mente por um bom tempo, vou levar uns bons dias pra digerir as reflexões extraídas dele. Saramago conseguiu vitoriosamente me deixar preocupada com o quão cega sou, enquanto, ao mesmo tempo, me fez enxergar melhor.
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Ju_junina 03/05/2024

Crítica social brilhante
A escrita do autor é difícil porque ele não usa travessão ou aspas pra sinalizar o diálogo. Parece que você tá lendo sem fôlego. A leitura não é fluida e me deu sono em vários momentos, no entanto, a temática é bem pensada e atrativa. Eu destaquei várias frases do livro por terem ?falado? comigo. A forma que ele criou a história pra fazer a crítica que fez foi brilhante e genial, não é a toa que ganhou o prêmio Nobel de literatura. Se eu fosse avaliar só a crítica, teria dado 5. Só que a forma dele de escrever me fez gostar menos do livro. Por fim, é um livro que fala sobre egoísmo, compaixão, olhar de verdade e com atenção o outro.
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@leitoraemformacao_ 03/05/2024

Ensaio sobre a cegueira ou O retrato do egoísmo?
O nome desse livro poderia ser perfeitamente trocado por O retrato do egoísmo!

Foi difícil de ler, não só pela escrita única e desafiadora do autor, mas também porque a história escancara o mal que habita no mundo e no homem sob diversos aspectos.

O fato dos personagens não terem nome caracteriza muito bem a desumanização do povo, que mais parecem animais cruéis nas suas ações.

O tempo inteiro eu pensava "ninguém se salva aqui?" E não estava me referindo à cegueira sem razão que se espalhou por todos os cantos como uma epidemia. Estava me referindo à falta de atitudes de caridade, empatia, bondade, solidariedade, amor ao próximo mesmo que em situações extremas e, de forma que chegava a sobrar, à indiferença, ruindade, insensibilidade, falta de coletividade, deslealdade, desonestidade, injustiça, corrupção, más intenções, nenhuma consciência e responsabilidade moral de muitos e por aí vai...

Ainda bem que houve momentos de esperança na humanidade. Talvez por isso o final tenha sido como foi. E, a propósito, a conclusão me surpreendeu bastante, não esperava que "tudo se resolvesse" daquela forma. Se eu tivesse que resumir o desfecho em uma frase, diria: afinal, há redenção para o homem?

A pergunta que nos acompanha do início ao fim é: qual a razão da cegueira? Não sei o que levou o autor a construir a narrativa, qual lição ele queria nos passar, mas se me fosse confirmado que a ideia era mostrar que mesmo enxergando, já somos a materialização do mal, cegos somos a mesma coisa ou pior. Afinal de contas, muitas das ruindades realizadas não são exclusivas da população que cegou, pois, aqueles que demoraram um pouco mais pra sofrerem do mesmo mal, foram tão cruéis ou pior.

Por isso concordo com a mulher do médico quando disse "penso que não cegamos, penso que estamos cegos, cegos que veem, cegos que, vendo, não veem."

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"Na verdade, ainda está por nascer o primeiro ser humano desprovido daquela segunda pele a que chamamos egoísmo, bem mais dura que a outra, que por qualquer coisa sangra."

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Amei minha primeira experiência com Saramago ???
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Daniela.Argenta 03/05/2024

Uau!
Falando um pouco sobre a escrita em si. No começo, tive bastante dificuldade em entender a escrita do Saramago, visto que essa foi minha primeira leitura dele. A falta de parágrafos e de separações das falas, me dificultou bastante a leitura no início, mas logo me acostumei.

Sobre a narrativa, confesso que só engrenei nos 50% de leitura pra frente. Até então, a leitura estava massiva e entediante (acredito que pela forma de escrita do autor). Porém, dali em diante eu viciei no livro, me apeguei muito nos personagens. É incrível ver como a ?mulher do médico? se doa por inteiro para ajudar os outros.

Ao longo da leitura, eu me perguntava, o que será que aconteceria se ficássemos cegos? E a resposta está no livro, seria um verdadeiro caos. A visão vai muito além do ?ver com os olhos?, mas também, em reparar o que se passa ao nosso redor.

Enfim, amei a leitura! Mesmo com o início um pouco mais difícil de ler (na minha opinião), por ser meu primeiro contato com o autor, eu fiquei fascinada com a história! Não tenho como dar menos de 5 estrelas. Muito se diz nas entrelinhas - ?É uma grande verdade a que diz que o pior cego foi aquele que não quis ver?
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olívia 03/05/2024

Ensaio sobre a cegueira
Vou dividir a resenha em duas partes: a escrita do autor, e a narrativa.

1. José Saramago, na sua época não existia travessão?
A leitura não flui, porque o autor apenas utiliza pontos finais e vírgulas, o que deixou muito cansativa a experiência. Fora isso, tem uma grande parte entre o início da história e o desenvolvimenti dos acontecimentos que seriam bem dispensáveis, apenas informações desnecessárias que ficaram segurando a parte boa da história. O livro começa bom, aí você passa por uma parte chatíssima, ai na página 150 dá uma melhorada, mas só depois do clímax que a história realmente engata.

2. A narrativa
Sério, muito boa. A história em si é uma genialidade do autor, os personagens muito bem pensados, ambientação, tudo nota 10...o leitor consegue imaginar bem toda a cena com a construção ao longo do livro. Além disso, o livro prpões várias relexões aos leitores, infinitas possibilidades de encaixar esse livro no atual contexto do país. Eu, particularmente, passei o livro pensando em como podemos citar como repertório para temas como a negligência estatal na área da saúde. Mas principalmente, me peguei pensando que a ignorância é uma benção. (PODE TER SPOILERS NESSA PARTE) A mulher do médico é a única a enxergar, por isso, via coisas extremamente nojentas e carregava consigo o peso de viver pelos outros, ao contrário dos cegos, que sofriam, mas sem vem. Dessa forma, aqueles que tem um despertar de conhecimento passam a ver a vida com um olhar mais crítico e depreciativo, aqueles que vivem na ignorância (uma benção!) sofrem as instâncias da vida sem ver o buraco que está mais em baixo.

Concluo que, é um livro que vale 100% a leitura, recomendo para aqueles que tem bastante paciência, a qual não tenho e me atrapalhou na leitura
miguelsousa_ 03/05/2024minha estante
??????


miguelsousa_ 03/05/2024minha estante
aprendiz da redação!!!




miguelsousa_ 02/05/2024

Somos cegos.
o livro nos traz a reflexão de mesmo vendo, não enxergarmos completamente o mundo ao nosso redor.
isso é fantástico, mesmo sendo de 1995, a obra traz reflexões extremamente atuais.

primeiramente, nos faz pensar sobre até onde estamos cegos? o tanto que nossos conceitos nos cegam e o tanto que eles nos atrapalham ao enxergar o mundo como ele é. ultimamente tenho visto muito sobre religião, que. na minha opinião, é uma grande cegueira que toma grande parte do mundo. desde cedo somos expostos a uma religião em específico e nunca questionamos, só vivemos e tomamos ela e sua grande obra como verdade. até que ponto isso é saudável? nos afundar em conceitos de milênios atrás para sermos preconceituosos e vivermos num moralismo infundado? isso pra mim é ser cego.

um outro ponto que eu gostaria de destacar é que atualmente vivemos numa sociedade altamente envolvida pela tecnologia, na qual, perdemos várias horas do nosso dia dispostos a olhar a falsidade presente nas redes sociais e, com isso, ficamos tristes por não vivermos em um mundo perfeito como o das redes. isso pra mim é ser cego também.

enfim, essa é minha interpretação.
olívia 02/05/2024minha estante
que orgulho!!


olívia 02/05/2024minha estante
escrevendo como um ser dotado de inteligencia e longe de todas as ignorâncias do mundo #soufã


miguelsousa_ 02/05/2024minha estante
obrigado!! grande parte de me livrar das ignorâncias devo a senhorita, obrigado olivete! #soufa




Lucas1429 01/05/2024

A cegueira que nos faz Ver
Já havia terminado esse livro há um tempo, mas levei um tempo ainda maior para digerir tudo isso e pensar bem no que escrever, porque esse livro foi denso para mim, com muitas nuances, mas também foi fantástico e entrou para a lista dos meus favoritos. Foi uma experiência que eu não sei explicar em palavras.
Para quem não está acostumado com a escrita do Saramago, o livro pode ser um desafio, como foi para mim no início, mas eu asseguro que caso você se permita adentrar a fundo nessa história, com o tempo, você vai se acostumar e o livro vai fluir que é uma beleza. O Saramago escreve quase que sem pontuação, como se fosse um fluxo de consciência, e até os diálogos não são destacados com travessão, mas reitero que é só uma questão de se acomodar com a escrita do autor.
O livro é um grande “E se?” “E se todos ficassem cegos?” Com isso, o Saramago nos conduz a uma história tão trágica, tão crua que revela o cerne do ser humano. Basta uma simples cegueira para que o mundo humano desmorone em questão de dias, para que o mais racional dos seres se revele também o mais frágil e volte à animalidade. Toda essa cegueira e a internação daqueles que foram acometidos por ela mostra o quão deplorável o ser humano pode ser e mostra, de fato, o que o ser humano é. Parece meio paradoxal, mas a cegueira branca nos faz enxergar. Enxergar o ser humano. “[...] só num mundo de cegos as coisas serão o que verdadeiramente são”. Nessas condições, aquele que mais sofre é aquele que ainda pode enxergar. Este tem a responsabilidade de reparar.
Não se trata de uma cegueira física somente, mas também de uma cegueira moral, por isso temos tantas cenas de brutalidade, de ódio, de medo, de covardia, de indiferença. “Vemos” cenas tão chocantes por parte dos militares que mesmo não estando cegos pelo “mal branco” estão cegos de certo modo, e depois acompanhamos uma enorme degradação daqueles que não veem senão a brancura. São cenas que causam um completo asco e embrulham o estômago de uma maneira indescritível, não só pelo que acontece de fato, mas também pelo modo como nos é contado. Esse é um livro que eu não recomendaria a todos.
Livro impactante e reflexivo que Saramago escreveu de maneira magistral e filosófica, nos fazendo perceber que mesmo antes da “cegueira branca” já éramos cegos.
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LariiFerreira 28/04/2024

Um livro sobre ética e solidariedade
Meus amigos, que leitura!
Confesso que o começo foi extremamente desafiador pra mim, pois ainda não tinha experimentado uma leitura do Saramago. O formato de escrita é realmente peculiar e, pra mim, custou um período de adaptação pra entender os diálogos e observações ao longo da história.

Porém, o esforço vale muito a pena! A história é fascinante, com situações que nos faz refletir ?o que eu faria se tivesse cegado?? ou ?o que eu faria se fosse como a mulher do medico nessa situação??

Minha parte preferida foi a escolha de uma mulher como personagem estrutural pra sobrevivência dos demais, o questionamento constante e o fardo que ela carregou ao longo da história deixou tudo mais intenso.

Definitivamente, é um livro quase que obrigatório no repertório ?
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Bia~* 28/04/2024

Uma leitura pesada, não tanto pela escrita peculiar do autor, mas principalmente pelas sensações que causa. Aqui está a premissa: aos poucos, a população é acometida por uma cegueira branca, leitosa, que ofusca toda a visão. Os pacientes são segregados e a humanidade é colocada em revisão. Somos convidados a testemunhar essa nova realidade, com todos os sons assustadores, texturas repulsivas e odores tenebrosos que a acompanham. É um clássico que vale a pena e que me impactou, deixando a vontade de ler mais obras do Saramago.
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otavio185 28/04/2024

"O pior dos cegos é aqueles que não quer ver."

Em meio de todos os 5 sentidos, a visão é o mais desesperador de se ficar sem. Mesmo assim, conseguimos perceber pelos relatos horrendos nos dados no livro que quem mais passou pela desgraça dessa pandemia foi quem, em meio aos cegos, continuou vendo e presenciando a selvageria que a humanidade se recorreu. Tal selvageria que já existia antes da cegueira, mas ninguém dava valor aos olhos para percebê-la...
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bella 27/04/2024

Final 10/10
"penso que não cegámos, penso que estamos cegos. cegos que vêem, cegos que, vendo, não vêem"

já tinha o desejo de ler fazia tempo, comecei e me incomodei demais com a falta de travessões p diálogos ou aspas parecia que eu não respirava lendo pq mal mal tem vírgulas ou pontos pra diferenciar quem tava conversando com quem na cena.
foi uma leitura excelente, a mulher do médico é uma das mulheres mais fortes que já vi e ela que me deu mais vontade de continuar a ler e acompanhar ela sendo os olhos de todo o grupo transmitiu toda a agonia da personagem por ser a única a enxergar. gostei muito mesmo, com certeza já considero uma das minhas melhores leituras desse ano
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