Calafrio

Calafrio Maggie Stiefvater




Resenhas - Calafrio


346 encontrados | exibindo 136 a 151
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |


blay 25/04/2021

um dos meus livros favoritos
A leitura é leve, facil de entender, e tem tudo na medida certa, me fez ficar nostálgica e emocionanda a maior parte do livro, me prendeu de uma forma surreal ao ponto de eu só parar de ler quando terminei, tudo em torno dele me enche de um sentimento tão forte que eu mal consigo descrever, com certeza virou um dos meus favs
comentários(0)comente



Anna Eloisa 26/05/2021

Parece poesia
Não é poesia, mas é poético! Tem uma beleza na imagem construída que não sei explicar, mas eu amei! Tem umas pontas soltas e umas coisas meio óbvias que não são ditas que me incomodaram, mas de forma geral é um livro muito belo! É um romance sem mimimi, o casal tem um problema real. Vale a pena ver eles lidando com isso! É um livro que não acontece muita coisa, não é cheio de ação e de cenas de tirar o fôlego, ele é simples, mas na sua simplicidade me ganhou ?
É sobre desenvolvimento e eu amo isso!
comentários(0)comente



nessacardoso 28/12/2010

Sabe quando você cria muitas expectativas com um livro, mas no fundo sabe que ele não vai ser tudo aquilo? (não, Vanessa, não sabemos).
Então. É exatamente assim que eu me senti com Calafrio. Comprei por causa dos lobos. Sou apaixonada por lobos e por tudo que envolve esse universo.

Nenhum livro é 100% perfeito. Sempre tem uma contradição, por menor que seja, uma passagem desnecessária e assim por diante. Então, para a leitura fluir sem interferência do meu lado rabugento, vou fechando os olhos para o que não quero ver e ignoro algumas coisas, mas resolvi mudar minha posição em relação a Calafrio. Decidi ser exigente com esse livro. Então por essa mesma razão eu sabia que iria me decepcionar. Meu lado exigente é muito chato. Não perdoa quase nada.

Fui lendo e logo no início me deparei com a primeira pedra. Isabel. Pra falar a verdade eu não ententendo muito bem essa garota. Logo quando Grace a descreveu pensei 'Pronto, mais uma Sharpay na minha vida.' E é bem assim. Ela é toda patricinha. Acho que a autora quis dar uma cor a esse cenário branco e gelado que se passa a história, então lançou a Isabel. No começo eu achei bem fail. Não sei como, talvez por causa de seu irmão, (um problema que não vale a pena ser discutido) ou simplemente amadureceu... enfim, só sei que em questão de poucas páginas a garota mudou. E olha que não foi pouca coisa, não. Mas no fim das contas eu até que gosto dela. Pelo menos um pouco de glitter na vida branca e preta da Grace, com aquelas duas amigas que particularmente, não são nada 'OMG'.

Grace e Sam. Lindos, fofos. A independencia da Grace, juntamente com o jeitinho de ser do Sam se transformaram em um casal incrível. Nada muito melado, nada muito absurdo. Apenas amor. O amor deles é uma coisa linda de se ver.

Até a penúltima página do livro eu estava decidida a dar quatro estrelinhas. Achei um bom livro mas poderia ser melhor. Resumindo: Não consegui. Culpa daquela 'meia-última' página. Fala sério, mano. O que foi esse fim? Eu fiquei com cara de idiota por uns cinco minutos tentando captar a mensagem, tipo 'Como assim?'

De uma coisa eu sei; a Dona Maggie Stiefvater sabe como ganhar dinheiro. Com esse fim eu não posso imaginar um ser terrestre que não vá comprar a sequencia dessa história. Simplesmente não há como ficar nesse mistério. Estou aqui escrevendo essa resenha e rezando pra sonhar com o Sam e fazer ele me falar o que aconteceu. alok.

Um livro maravilhoso e encantador. Com seus momentos de adrenalina, emoção e acima de tudo; surpresa. Pra quem quer ler esse livro esperando um bom e velho clichê, esqueça.

Super recomendo! :)
comentários(0)comente



@abismodecores 03/12/2010

Li e reli várias e várias vezes a mesma a página. Tive a sensação incomoda de ser tocada por aquelas palavras tão simples, fui arrastada pela mata pelos lobos juntos com Grace. E por um momento, senti a dor e as mordidas.

Mas Sam logo a salvou e esperou que Grace se transformasse em um lobo. Mas ela misteriosamente não se transformou. E ele a observou por anos com a esperança de que ela possa ser como ele: ora lobo ou ora humano.

A tensão se instalava a cada inicio de capítulo devido a marcação da temperatura disponível no começo dos capítulos. Porque sensíveis a temperatura os lobos de Maggie são diferentes de tudo que já vi.
No calor, são humanos.

E no frio, lobos. Como todos os lobos. Aparentemente.
Calafrio é melancólico, fala de amor impossível. E da realização do impossível. Fala sobre tristeza e falta de atenção. Não é visível um antagonista dito como vilão, a história se desenvolve através de pequenos conflitos, sendo o principal mantê-lo aquecido, mantê-lo como humano.

Na história, dois pontos de vista se entrelaçam, o de Sam e de Grace, cada capítulo é contado por uma perspectiva diferente. Sempre de forma extremamente poética e incrivelmente leve e natural. Ambos os narradores são bem construído em uma história impregnada de verossimilhança, é possível sentir as cenas capaz de nos levar ao choro, a raiva ou medo – e até mesmo nos causar calafrios.

E, sobretudo, demonstrar que, até mesmo abaixo de zero, o amor não é impossível.

Leia esta e outras resenhas em http://roquelauresays.blogspot.com/2010/12/calafrio-os-lobos-de-mercy-falls-1.html
comentários(0)comente



Léka 07/02/2011

Lobos e byronismo (não, obrigada).
Calafrio nos apresenta Grace, uma estudante do ensino médio que fora mordida por lobos na infância enquanto brincava no balanço de sua casa, localizada nas proximidades de um bosque habitado por esses animais. Grace lembra-se apenas de ter sido salva por um lobo com olhos amarelos, que nos anos que se seguiram estava sempre rondando a casa de Grace, observando-a a distância. A protagonista desenvolve, então, um encantamento por estes animais e, em especial, pelo lobo que a salvou.

No último ano de Grace no colegial, Jack Culpeper, um detestável colega de escola, aparece morto, atacado por lobos. Tal fato desencadeia uma comoção na cidade de Mercy Falls e dá vazão a uma caça aos lobos organizada pelos moradores locais. E é nesse cenário que Grace conhece Sam, um garoto que aparece na varanda de sua casa, desnudo e atingido por um tiro, com os mesmos olhos amarelos do lobo que a havia salvado anos antes. E ela não tem dúvidas que Sam é o “seu” lobo, mas agora em forma humana.

Esse é um resumo básico e sem spoilers da estória de Calafrio, que é, antes de tudo, uma estória de amor entre Sam, um lobisomen (duh), e Grace. A primeira metade do livro foca-se basicamente na relação entre os dois, relação esta que, devo dizer, não me agradou.

Sabe aqueles amores platônicos, em que um se sacrificaria pelo outro sem nunca ter trocado mais de meia dúzias de palavras com o objeto de afeição? Aquele ideal de amor romântico no melhor estilo Lord Byron e século XVIII? Exatamente. É isso que você vai encontrar em Calafrio. Não que seja ruim, mas não é o tipo de romance sobre o qual eu gosto de ler. E gostaria de frisar esse ponto, porque o relacionamento entre os dois não é mal desenvolvido (e eu estaria sendo injusta se afirmasse isso), mas é desenvolvido nessa linha e, pessoalmente, ela não me agrada.

Quanto às personagens, Grace é ousada e prática, e não pira a la Bella Swan e “Os sofrimentos do Jovem Werther” durante o livro. Sam, num contraponto interessante, é artístico e tímido. Mas gostaria de informações adicionais sobre os dois além de que Sam curte poesia alemã e Grace – bem, há algo no livro sobre os hobbys de Grace? Porque se há, é uma menção tão breve que eu não percebi. E isso é uma pena, porque são essas pequenas coisas que humanizam as personagens e te fazem se apegar a elas. Nenhum dos protagonistas me conquistou ou me fez torcer por eles.

Mas, vamos em frente! Os capítulos são curtos e os pontos de vista de Sam e Grace são intercalados em uma narrativa em primeira pessoa. Isso é algo que muita gente elogiou e, para mim, não fez lá muita diferença, considerando que nem um dos protagonistas me agradou. Reconheço que esse recurso nos permitiu conhecer mais sobre um maior número de personagens secundários e entender melhor determinados eventos, pois sabíamos o que estava acontecendo pelos dois lados. Por outro lado, também serve para matar o suspense, porque o que umas das personagens ainda não sabe, nós já sabemos pelo ponto de vista da outra.

Falando em suspense, as últimas 100 páginas do livro são muito menos “Sam e Grace: uma estória de amor” (o que, reconheçam, daria um ótimo título de reality show com subcelebridades no canal E!) e muito mais ação, com algumas boas surpresas, mas nada que você já não tivesse imaginado. Talvez se o livro todo seguisse esse ritmo, eu tivesse considerado Calafrio uma leitura mais prazerosa. E não é porque eu não gosto de uma abordagem mais subjetiva, focada em relacionamentos (“A insustentável leveza do ser” é um dos meus livros favoritos, e é super intimista), mas porque a primeira metade de Calafrio foi para mim simplesmente...chata.

Em suma: não gostei de Calafrio, mas isso não significa que seja um livro ruim. Queria MUITO amar essa estória após todos os comentários positivos que recebi a respeito, mas não deu. Isso não quer dizer que você não deva dar um chance a ele.
comentários(0)comente



Amanda2856 28/07/2021

Calafrio - Maggie Stiefvater
" Eu não conseguia acreditar que ele não era minha própria invenção - anos desejando tinham tornado real. Mas o que quer quer ele fosse, ele estava aqui agora, e eu não iria perdê-lo. "

" E agora? Eu vou comprar um livro pra você, eu sei que você quer um. "




É intenso, cada capítulo dele você fica louco querendo mais, uma leitura rápida que se você pegar um dia pra ler , você poderá terminar ele em 1 dia.
A série Os lobos de Mercy Falls : 1° livro Calafrio , 2° Sempre 3° Perdido .
O que foi aquilo no início ? Eu achei q o Sam ia fazer mais algo, mas eu entendo, ali rolou uma conexão MARAVILHOSA entre o Sam e a Grace, ele sempre protegeu ela ao longo do tempo e ela nunca esqueceu o lobo dela. ??
Tem certas partes que você fica louco, pronto pra entrar dentro do livro e acabar com o outro personagem que não tá bem das ideia.
Aaah um só um adentro aqui : Eu odeio a loba branca nesse livro ?
Prepara os lenços , pois vai rolar risos, choros , tudo , que leitura maravilhosa, tô doida pra comprar o segundo livro, pois o terceiro já tenho ??
comentários(0)comente



Grey 24/02/2011

Calafrio... Surpreendente!

"Se você é fã de Crepúsculo, vai amar Calafrio"

E foi essa frase e a temática que me instigaram a ler essa preciosidade.
O Livro é fascinante,tem uma narrativa ótima que incluem os dois personagens principais com uma dinâmica excitante.

O casal tem uma relação forte, perigosa, transcendental...
É leve — mas não água com açúcar — gostoso de ler, mas não é extremamente casto — como aquele ao qual o comparam — muito menos deixa coisas para a próxima página. Tudo é na medida exata.

Inclusive os personagens coadjuvastes são adorados, sejam eles os vilões ou não, todos completam o livro perfeitamente.

Recomendo!
comentários(0)comente



Bruna 09/02/2015

Extremamente fofo e ao mesmo tempo sem mimimi ou exageros, o livro conta a história de Grace, uma garota que aos 11 anos de idade foi atacada por lobos em uma floresta próxima a sua casa. Após ter escapado com vida dessa traumática experiência, Grace espera pacientemente por cada inverno para que possa observar os lobos, em especial um deles, o de olhos amarelos que salvou sua vida.
Anos depois do ocorrido, a morte de um garoto -provocada por lobos- acende na população da cidade de Mercy Falls o desejo de vingança,e estes passam a perseguir e caçar os lobos. Como a jovem protagonista tem fixação pelos mesmos, ela faz de tudo para protegê-los, arriscando em alguns momentos sua vida.
Em um determinado ponto do livro, Grace descobre que seu adorável lobo é na verdade Sam, um garoto que se transformou nesta criatura quando ainda era criança e que esconde muitos mistérios.
Desde o início, a autora deixa claro que, após alguns anos vivendo como lobos, estes, em algum ponto de sua vida se transformam permanentemente e nunca mais voltam a serem humanos, e esta é uma das partes que mais são ''marteladas'' durante a narrativa, pois é o último ano de vida de Sam como humano, logo ele se transformará em lobo e nunca mais irá se lembrar de Grace.Então,durante a narrativa, o protagonista está constantemente preocupado em revelar esse segredo e em deixar sua amada.
Ao mesmo tempo em que Sam e Grace vão se conhecendo e se apaixonando, eles lutam para proteger seus amigos e a si mesmos e entender esse diverso mundo que nos é apresentado.
Gostei muito da diagramação do livro, cada capítulo indica quem é o narrador e quantos graus está no momento (sendo isso muito importante pois é o fator que provoca a transformação dos lobos) e capa é linda, tem tudo a ver com a história. Os personagens foram muito bem trabalhados, todos muito maduros e envolventes. Neste livro, a narrativa é dividida entre Grace e Sam, este algumas vezes mostrando sua visão na pele de lobo, o que eu particularmente achei muito interessante. Grace é uma protagonista maravilhosa, nada insegura como algumas que vemos por aí, decidida e forte, muito forte. Quanto ao Sam, ele não é aquele mocinho meloso e dramático. Ele aceita a sua condição de lobo e seu estilo de vida sem reclamar,embora saibamos que ele quer muito se tornar permanentemente humano para poder viver seu futuro com Grace. Mas isso não quer dizer que ele não seja fofo e não nos tire suspiros quando está com sua amada e até mesmo longe dela. O casal funciona muito bem, não são melosos e são fortes, e estão sempre lutando contra a realidade imposta a eles.
Além do romance e de todo aquele clima maravilhoso de inverno que a história transmite,podemos aprender sobre esse mito sobre lobisomens e a autora nos trás algo mais próximo do real dessas história, que, se existissem lobisomens, eles poderiam sim ser dessa forma, sem luas cheias e mais frescuras.
Super recomendo o livro, a história é envolvente, as páginas se viram sozinhas e possui a mistura certa de romance, drama e ação.

site: http://dealingwithbooks.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Lili No Mundo dos Livros 05/02/2017

Uma gracinha de livro
Em um dia frio de inverno, Grace foi atacada por lobos no bosque perto de sua casa. Em choque com a situação, a criança não tenta resistir, apenas espera que acabe logo. Quando um lobo de olhos amarelos se aproxima, fazendo contato visual, algo parece acontecer entre os dois. Seis anos depois, tudo o que a garota lembra são os brilhantes olhos do lobo que salvou sua vida, olhos brilhantes que a observam do bosque todos os invernos.

O livro me tirou lágrimas, sorrisos, suspiros. Sam é um daqueles protagonistas gracinhas que fazem com que a gente morra de amores por eles já no início. Sua inocência, tristeza e nobreza são irresistíveis, tive vontade de abraçá-lo praticamente o livro inteiro. Vê-lo sofrer partiu meu coração várias vezes e quase foi inevitável desejar que ele fosse real toda vez que aparecia sorrindo.

Goste muito da Grace. Apesar de achá-la cansativa no início, com sua obsessão pelos lobos e sua indiferença com as coisas corriqueiras da vida social, no decorrer da narrativa essas mesmas características tornam-se positivas, já que a permitiram lidar muito bem com toda a situação ao seu redor. Acostumada a ser ignorada por seus pais, sua independência contribuiu para a construção da sua personalidade, decidida, independente e prática. O que mais gostei na Grace é que ela não se deixou abalar pelas dúvidas ou incertezas de Sam, ela sabe o que quer e não tem medo de enfrentar o mundo desconhecido ao qual foi apresentada, não é uma pobre menina indefesa, mas sim uma garota que vai lutar pelos que ama e por seus amigos.

Calafrio é uma daquelas fantasias gracinhas, que nos envolve com seu universo sobrenatural, transformando lendas e mitos em criaturas altamente amáveis e queridas. A escrita da autora é deliciosa de ler, em vários momentos chega a ser poética. Os capítulos são intercalados entre os personagens principais, o que ajuda muito na compreensão da história, principalmente os do Sam. A autora acertou na escolha de jogar com a dualidade vilão/mocinho dos personagens secundários, já que em alguns momentos nós ficamos divididos entre odiá-los e entendê-los.

Amei a história, os personagens e essa capa maravilhosa. Calafrio pode nem ser tão original e fantástico assim, mas depois de conhecer Sam e sua fofa inocência não teve jeito, me apaixonei pelo livro. Por mim, poderia ter mais “ação” na relação entre ele e Grace, mas compreendo que esse não é o objetivo e o foco aqui. Não vejo a hora de ler a sequência e saber o que vai acontecer com essa alcateia.
comentários(0)comente



Tarsila 29/03/2012

O inverno está chegando
Calafrio é o primeiro volume da trilogia Os lobos de Mercy Falls.

Grace, 17 anos, sente-se atraída pelo bosque próximo à sua casa. Tem admiração pelos lobos que lá vivem, especialmente por um, preto e de olhos amarelos, que chama de “meu lobo”. Ela foi atacada quando tinha 11 anos, e sabe que foi por intervenção dele que se mantém viva.
Depois que Jack, um garoto de uma família imponente de Mercy Falls, é atacado e, acredita-se, morto, inicia-se uma caça aos lobos, o que perturba profundamente Grace. Ela procura impedir a morte deles, mas é levada para casa por um guarda. Ali, encontra, nu e ferido, um rapaz com os olhos e o cheiro de seu lobo. Seu lobo, como instantaneamente reconhece.
Assim começa de fato a relação de Sam e Grace, que, após tantos anos de contemplação silenciosa, após anos cultivando um amor baseado no que os dois representavam, passam a se conhecer e a se amar pelo que são.


“Pela primeira vez na minha vida humana, minha mente não divagou compondo uma letra de música nem guardou o momento para uma reflexão posterior.
Pela primeira vez na vida,
eu estava ali
e em nenhum outro lugar.
E então eu abri os olhos e éramos apenas Grace e eu – nada além de Grace e eu –, ela apertando os lábios como se quisesse manter meu beijo dentro dela; e eu segurando aquele momento, que era tão frágil quanto um pássaro em minhas mãos.” (P. 81)


A transformação de Sam se dá pelo frio. Os lobisomens costumam passar alguns anos se transformando em humanos na primavera e voltando para a forma de lobo no inverno. Até que depois são apenas lobos. Sam, no entanto, não teve tantas transformações quanto os outros costumam, e crê que essa é sua última vez.
Sam e Grace procuram estar sempre juntos, deleitando-se com a companhia um do outro, convivendo com a sombra da perda que inevitavelmente se aproxima. Durante esse tempo, Sam vive em sua casa, facilmente oculto aos ausentes pais de Grace.
Não sabem por que Grace foi mordida e não se transformou, e isso é motivo de pesar, pois eles desejam fazer parte plenamente da vida um do outro, amando-se em qualquer forma, de um jeito único. A transformação de apenas um mais parece uma morte, embora que possivelmente reversível.
Vários conflitos paralelos se desenvolvem no livro. Os pais de Grace claramente falhos em sua responsabilidade para com a filha. As amigas de Grace, Rachel e Olívia – a única que compartilha seu encanto pelos lobos –, e a forma sutil como elas distanciam, com uma amizade que perdeu o sustento.
O passado de Sam é acompanhado em várias analepses, e nos é apresentado como foi quando ele foi mordido, as primeiras transformações, a reação dos pais, os traumas, o apoio e afeto que recebeu de Back, líder dos lobisomens quando humanos, e a dolorosa semi-inconsciência em que mergulha quando se torna lobo. Ainda há Shelby, loba da alcateia que o deseja e não compreende seu apego à humanidade.
Jack, sendo um novo lobisomem, e, portanto, instável, preocupa a alcateia que não quer se expor, e sua irmã Isabel, influente e desagradável, de repente está envolvida em toda situação.
A narração da história se alterna em capítulos de Sam, constantemente formulando letras de músicas, e de Grace, prática e objetiva. Em cada capítulo acompanhamos a temperatura que faz na cidade gelada, e a chegada do inverno causam certa tensão. Está continuamente presente a sensação de fugacidade, da fragilidade da manutenção daquilo que é importante para nós.

“Estávamos chegando e, passando por uns carvalhos a caminho de casa. Folhas sem brilho, de um laranja meio marrom, secas e mortas, agarravam-se aos galhos e oscilavam ao vento, esperando a rajada que as derrubariam ao chão. Era isso o que Sam era: transitório. Uma folha de verão agarrando-se, o máximo que conseguisse, a um galho congelado.
– Você é bonito e triste - falei afinal, sem olhar para ele. – Assim como seus olhos. Você é uma canção que ouvi quando era criança, mas que esqueci até que a ouvi de novo.” (P. 181)

O livro é uma fantasia, há uma relação entre um lobisomem e uma humana, mas possui diferenciais que o distanciam de boa parte de livros com essa temática. Não existe o bem e o mal bem-delimitados. Não existem inimigos que precisam ser combatidos. A luta que existe é para ficarem juntos. É contra a condição em que Sam está preso. Contra a separação iminente, o fim. A busca por uma cura.
Beck, que foi como um pai para Sam, tão confiante e gentil, comete erros quase imperdoáveis. Isabel é enxergada além de sua maquiagem e seu salto alto, igualmente humana.
A história não me conquistou rapidamente, considerei-a entediante em alguns momentos, mais uma da onda Crepúsculo; porém reconheci a boa construção dos personagens e dos conflitos humanos. E por mais que a história seja fantasiosa, o que mais traz são dores reais. A linguagem da autora também foi um fator positivo, ela introduz poesia, trabalha palavras e expressões construindo imagens que nos surpreendem.
Então se você está cansado de histórias com personagens sobrenaturais, talvez não aprecie o livro. Talvez o ache repetitivo quando começa o: “Então você é lobisomem? Mas que tipo? O que funciona e não funciona com você? Sério que não tem isso de lua cheia e balas de prata? E a alcateia se comunica por imagens?! E sério que os olhos são os mesmo, humanos ou lupinos?!” Mas talvez não, e você encontre aspectos de que goste no livro – o lirismo, as palavras ditas no silêncio, os sentimentos delicados, a tristeza, o frio, a distância... Eu encontrei, e creio que eles fizeram com que o livro não se tornasse banal.
comentários(0)comente



@blogleiturasdiarias 13/11/2016

Maggie nunca me decepciona!
Maggie Stiefvater é uma das minhas autora favoritas, e com isso, tudo que leio dela tem uma carga de expectativas por trás. Os Lobos de Mercy Falls carrega o fardo de ser uma fantasia que traz o contexto romântico em evidência, e admito, amei demais!

Grace aos 11 anos foi atacada por lobos no quintal de sua casa, e nessa abordagem, um lobo em específico lhe chamou atenção. Ele tinha expressivos olhos amarelos, e foi também o responsável por salvar sua vida naquele momento. Seis anos depois desse incidente, Grace desenvolveu uma paixão pela espécie, e mais especificamente por esse lobo de olhos ímpares que sempre está rondando seu quintal. Ao supostamente eles serem acusados por uma morte que ocorreu na cidade, seu pai e os homens do local decidem organizar uma caça para matá-los. Grace se dá conta que pode perder o lobo que se afeiçoou, então tentará impedir que a matança aconteça. O que ela não esperava, é que acabasse o encontrando na varanda de sua casa, mas na forma humana.

Um desenvolvimento que para mim, é sem defeitos. Como uma boa fã de obras que misturam a fantasia com o romance — ênfase nessa construção de relacionamento —, aqui temos uma trama que nos deixa ansiando para que o casal se concretize. Somos apresentados a uma dramaticidade que beira o crível, que nos deixa tensos e angustiados para o que pode transcorrer no andamento, sendo então, o cerne principal da série.

Seu universo sobrenatural é demasiado curioso e diferente, sendo um aspecto que também se sobressai no exemplar. As explicações dos elementos desse universo — que são poucos, porém complexos — demoram a serem entendidas. A escrita da Maggie já é conhecida por custar a engrenar, e Calafrio não escapou desse cenário. Ainda assim, creio que quando melhor assimilado, fica fácil adentrar de vez na conjuntura. Acredito que tenhamos uma leitura que sensibiliza, pois beirando ao estilo poético de escrita, as palavras e ações são capazes de nos tocar.

"Mas Grace, a única pessoa no mundo que eu queria que me visse, só passou um dedo interessado sobre a capa dura de um dos lançamentos e saiu da loja sem ao menos perceber que eu estava ali, bem ao seu alcance." pág. 16

Grace é uma menina de personalidade forte, mas que em algumas circunstâncias acabou sendo ofuscada por conta da sua fixação pelos lobos. Um dos recursos que funcionou para a compreendermos melhor, foi a retomada em situações passadas que demonstram como ela adquiriu essa obsessão, fazendo com que assimilássemos essa experiência. Todavia, senti que ainda faltou maior impacto e aproximação minha com ela — talvez até empatia — que, felizmente, acabou sendo compensado pelo protagonista masculino.

Sam é um menino de dezoito anos com um passado turbulento e que tem a habilidade de se transformar em lobo. Ele possui uma personalidade sensível, explicada e justificada por sua oscilação entre a forma de lobo e a humana, que nos conquista. Além disso, sonha em achar uma solução para que possa sempre permanecer como humano. Acompanharmos essa trajetória e a busca incansável dele, nos desconcerta e cativa. Eu simplesmente fui rendida por toda sua garra e vontade.

Ao longo dos anos Sam ficou a espera da Grace se transformar em lobo, e esse aguardar por consequência trouxe um elaboração gradativa na concepção dos sentimentos dos nossos personagens — e me arrisco a dizer que houve até um quadro de amor platônico de uma das partes. Espere intensidade e dramaticidade nesse relacionamento. O que não faltará são motivos que não os façam ficarem juntos.

A delicadeza da narrativa junto do possível prazo de validade do casal nos oferece uma elevada carga de emoções, perpetuando no leitor uma sensação de que a qualquer instante tudo pode desandar. Não somos lembrados constantemente do assunto de forma direta, contudo a cada cena dos dois, cada vez que eles tem um tempo juntos, cada vez que expressam suas afeições, torna-se nítido que esta pode ser a última vez deles próximos.

"Eu não acreditava que pertencesse ao seu mundo, um cara preso entre duas vidas, arrastando comigo o perigo dos lobos, mas, quando ela me chamou pelo nome, esperando que eu fosse junto, eu soube que faria qualquer coisa pra ficar com ela." pág. 104

O final traz o ápice da narrativa, tendo uma sucessão de reviravoltas e plot twists. O desfecho é realmente de tirar o fôlego, e que inclusive, nos angustia para ler o sucessor — não leia a última página! Estou avisando que estragará toda a montanha-russa estruturada. A capacidade da autora de me sugar para dentro dos seus exemplares é absurdo, e aqui não foi diferente.

De uma forma geral, recomendo! Para quem se aventurou em outros títulos da Maggie Stiefvater, notará evidentes diferenças já que aqui não temos enfoque no ambiente fantástico. Calafrio fala sobre o lado emocional das pessoas, sobre traumas, medos e esperanças de um futuro que sonha. Leitores que gostam desse estilo de temática, se identificarão.

Na parte física, o livro tem diversas capas por motivos editoriais que desconheço. Na época que comprei só consegui encontrar desse modelo — na qual acabou que padronizei com os sucessores. A diagramação possui detalhes e uma peculiar informação a cada início de capítulo: uma temperatura relacionada a mesma. Ao decorrer da leitura você entende o motivo dessa inserção, e o que essa informação representa dentro do conteúdo. A narrativa é feita em primeira pessoa pelos pontos de vistas do Grace e do Sam de modo alternados.

Espero que tenham gostado, e possam dar uma oportunidade. Agora me digam: conheciam Calafrio? Tem vontade de ler? Deixa nos comentários!

site: https://diariasleituras.blogspot.com/2021/02/resenha-calafrio-maggie-stiefvater-os-lobos-de-mercy-falls.html
comentários(0)comente



Kée 13/07/2011

Fã clube do Sam!
É difícil depois de ler um livro tão bom você vir falar sobre ele porque parece que qualquer palavra usada não será suficiente pra descrever tudo! Certamente haverá spoiler no que eu disser então já vou avisando - se bem que se você procura ler uma resenha é porque quer saber alguma coisa ahaha - Os Lobos De Mercy Falls tem pontos de vista variados. Em alguns capítulos nós somos conduzidos pela narração da Grace e outros capítulos são do Sam. No começo eu pensei que gostaria muito mais dos capítulos do Sam, porque ele é um garoto daqueles que toda menina sonha e quando o capítulo é narrado por ele, tudo fica mais romântico. As poesias de Rilke e as músicas que ele compõe... A Grace o descreveu no capítulo que ele estava sedado: "Se ele fosse para minha escola, ele provavelmente teria sido considerado um Emo ou talvez um membro perdido dos Beatles. Ele tinha aquele tipo de corte estilo Beatles, cabelo preto e um nariz interessante que uma garota nunca poderia ter." e também em outras palavras: “Sensível”, “Criativo”, “Perigosamente Emo”, “Pensativo”, “Feng shui”
E ele é mesmo sensível, o que confirma o que eu disse antes (é um menino do jeito que muita garota sonha) as autoras adoram fazer isso com as pobres leitoras, criam personagens magníficos demais! Os dramas que o Sam teve com os pais, ele não pode nem encarar uma banheira, só o deixam mais terrivelmente e detestavelmente apaixonante. Então meninas, cuidado!
Agora, deixando o Fã clube do Sam de lado, vou falar do livro de verdade agora, prometo!
É tudo relacionado ao inverno. Quando chega o frio, aqueles homens qua já foram mordidos se transformam em lobos e permanecem assim até a próxima estação. E todo o livro só acontece porque a Grace é muito corajosa, vamos deixar isso bem claro. Ela foi atacada por lobos quando criança e nem se mexeu, nem lutou pra se salvar. Quem a salvou foi o Sam. E ela misteriosamente nunca se transformou em loba depois das mordidas. É um enigma que instiga o recém-transformado Jack Culpeper. Quando ele descobre que Grace já foi mordida e não se transformou fica louco atrás dela, o que com certeza enfurece o Sam. Jack faz um monte de trapalhadas sim, mas o final dele me deixou com muita pena!
A Isabel, irmã do Jack, é outra personagem que parece uma pedra no sapato no começo, mas ela se mostra uma personagem muito importante e bem interessante também. O próximo livro deve dar a ela grandes destaques.
Shelby é uma chata e problemática.
Olivia é a fotógrafa muito legal, que cria uma proximidade perigosa com os lobos. Ela divide com Grace a paixão por eles.
Rachel é a outra amiga de Grace, é aquela amiga faladeira, engraçada, animada e empolgada com tudo que toda protagonista deve ter.
O romance de Sam e Grace vai devagar e um pouco sem graça, você fica na expectativa por páginas e páginas pelo primeiro beijo deles, e depois na expectativa pela primeira noite mas é tudo conduzido de uma forma que envolve a gente também, é como se fossemos um dos dois, sentindo toda a ansiedade na pele. E depois vem o drama. Sam acha que é o último ano dele como humano e que após se transformar em lobo não vai voltar a ser uma pessoa. Eles fazem de tudo para Sam não se transformar, o que deixa seu corpo humano cada vez mais cansado. Após um acidente de carro, ele se transforma e se perde na floresta. Grace passa pela maior fossa de sua vida, alisando o pelo de Sam como se fosse cabelo, procurando o cheiro dele em todos os cantos... Isabel acha que a cura está numa doença infecciosa que causa febre, o raciocínio é que se o calor vem de dentro pra fora, isso pode curá-los e assim eles nunca mais se transformam. O medo de Grace - e de todos que estão lendo - é que ao invés de ter se curado, Sam tenha morrido. É a parte mais dramática. Eles descrevem a morte de Jack, possibilitando imaginar que a do Sam tenha sido igualmente horrível e chegava a doer quando eu pensava nisso. É SÉRIO, nunca me envolvi tanto com um livro. Ainda não li a continuação, mas acho que quando cair nas minhas mãos vai ser devorado.
comentários(0)comente



Thay 04/07/2011

Um por Dois
Quando eu comecei a ler esse livro a primeira coisa a qual veio à minha cabeça foi que essa história ia ser igual a outras com finais previsíveis. Como estava enganada!
O motivo pelo qual eu o classifico como um livro ótimo? O fato de ser narrado pelos dois personagens principais, isso torna o enredo muito mais atraente, pois sabemos o que se passa nos pensamentos dos dois sem ficar nenhuma dúvida no ar.
Além do mais é um romance simples e sem exageros com personagens independentes. Sam é um garoto que não tem traços belos, mas encanta com sua meiguice e inocência. Por outro lado, Grace é mais madura que Sam devido as circunstâncias de ter pais ausentes. Os dois têm uma mistura que torna a história especial.
comentários(0)comente



Larii 19/07/2011

Calafrio conta a história de Grace, uma menina que, quando tinha onze anos, fora atacada por lobos famintos e tivera a sorte de ser salva por um outro lobo, com os olhos amarelos. Desde então, todos os invernos, Grace era vigiada pelo tal lobo. Só nos invernos.

Por anos e anos, Grace nutriu um amor estranho por esse lobo (sim, amor; por um lobo), até que um dia, ela foi surpreendida pelo destino.

Paralelamente aos capítulos narrados por Grace, temos os capítulos narrados por Sam, um garoto que possui uma maldição. É aí que entram os “lobisomens”; Sam faz parte de uma alcateia de humanos-lobos, que enquanto é quente são humanos e quando o tempo esfria, viram lobos.

Sim, eu sei que você está fazendo a conexão; foi Sam que salvou Grace quando ela fora atacada. É aí que a história de amor entre eles começa; ele sempre a vigiando no inverno, ela sempre o observando do conforto de sua casa.E assim foi durante seis anos, até os lobos resolverem atacar Jack Culpeper, o valentão da escola. Como ele sumira, todos achavam que ele tinha morrido, mas não Grace. Ela soube, no momento que viu o lobo com olhos azuis, que havia algo errado. O problema é que o pai de Jack, caçador como é, resolve “tirar satisfação” com os lobos, juntando vários outros caçadores para uma “caça vingativa“.

No meio do tiroteio, Sam é atingido; por algum motivo, no momento que levou o tiro, ele se transformou em humano de volta. Aí que Grace conhece Sam, o humano; e, consequentemente, a história dos humanos-lobos.
comentários(0)comente



346 encontrados | exibindo 136 a 151
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR