O Arquiteto do Esquecimento

O Arquiteto do Esquecimento Marcos Bulzara




Resenhas - O Arquiteto do Esquecimento


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Iris Figueiredo 04/12/2010

Leia mais em www.literalmentefalando.com.br
O Arquiteto do Esquecimento cobre 113 anos da vida do polonês Doran Visich, sobrevivente do horror nazista que se tornou um grande cientista. Ele é o único que conseguiu decifrar a fórmula de uma droga desejada por soviéticos e americanos, capaz de apagar partes da memória humana. Com isso, ele se coloca involuntariamente em meio a acontecimentos históricos, percorrendo um período que vai de 1925 à 2038.
O livro passeia por diversos países e diversas fases de uma vida repleta de reviravoltas. Com um enredo complexo e uma história diferenciada, Marcos Bulzara criou um romance que atravessa um grande período de tempo e mostra que certas coisas não podem simplesmente serem apagadas.

Eu não sabia muito o que esperar desse livro, mas posso dizer que me ganhou. A história é excelente e inovadora, e o autor correu um grande risco ao cobrir uma parte enorme de uma mesma história, mas conseguiu fazer isso sem cometer nenhum "furo". E o maior medo ao cobrir uma história grande como essa é que ela fique corrida ou lenta demais, mas foram pouquíssimas vezes que isso aconteceu.
Ando numa dificuldade enorme na minha leitura, tudo tem demorado mais do que o normal para ser lido, mas ao menos consegui aproveitar bem a história.
Gostei de como os fatos foram explorados, ainda mais porque o autor conseguiu aliar fatos históricos ao desenrolar de sua ficção.
Depois de chegar ao meio do livro eu comecei a achar que poderia ter passado menos tempo na infância de Doran, apesar de necessária acho que poderia ter passado "mais rápido". E teve uma parte que achei que passou rápido demais, mas ainda assim, fora isso, a história manteve um ritmo bem agradável.
Apesar do livro ser grande ele não é cansativo, mas também não é o tipo de livro para ser lido rápido. A história é ótima e acho que muitos leitores vão gostar, por ter referências, cenas de ação, mistério e um pouco de ciência misturado... Ainda mais pela "viagem" que fazemos pelo mundo (Alemanha, Polônia, Brasil, Estados Unidos, Egito...). Um autor nacional promissor, sem dúvidas.
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Vanessa Vieira 08/04/2011

O Arquiteto do Esquecimento_Marcos Bulzara
O livro O Arquiteto do Esquecimento, de Marcos Bulzara, conta a história de Doran Visich, desde a sua infância até os momentos atuais de sua vida. Doran é um polonês que vivia em um vilarejo com os seus pais e seus irmãos. Ele nutre um carinho especial e profundo amor por sua irmã caçula, Constantine, e os dois se tornam companheiros inseparáveis.

Tudo era pacífico e calmo atá a chegada dos alemães, que tomaram a terra dos poloneses, assassinaram as suas famílias e escravizaram os sobreviventes, levando-os para o campo de concentração. No campo de concentração, eles trabalham forçados pelos nazistas e são usados como cobaias para novas drogas e experimentos. Entre essas vítimas, se encontra Doran, que vive o seu dia-a-dia esperando nada mais do que a morte.

Após um determinado tempo, o império de Hitler desmorona e a queda do nazismo acontece. Doran é transferido para um outro campo nazista, porém, no meio do caminho acontece um acidente com o trem que o transportava e ele consegue fugir. Ele parte para Siena em busca da jovem Isabel, que ele sabe correr grande perigo. Doran trabalhou para o pai de Isabel, o professor Millen, e ambos criaram a droga do esquecimento, o D-45. Essa droga despertou o interesse de grandes potências mundiais, que são capazes de guerrear em busca dela. O professor Millen faleceu, vítima de uma parada cardíaca, que muitos acreditam que não tenha ocorrido de causa natural. e Isabel corre grande perigo, pois acreditam que ela é a detentora dos segredos sobre o D-45. A única pessoa que pode ajudá-la e protegê-la é Doran. Muitas aventuras e desfechos acontecem a partir daí.

O livro do Marcos Bulzara é ótimo e com certeza, entrou na lista dos meus favoritos. O sofrimento pelo qual Doran passa nos comove de uma forma surpreendente, principalmente nos momentos em que ele adquire uma profunda cicatriz no queixo e tem um dedo de sua mão mutilado pelos nazistas. Me emocionei muito e confesso que a história me levou as lágrimas. Quando tudo parece estar dando certo na vida de Doran e saindo como o planejado, acontece um novo desfecho que o magoa ainda mais e o afasta de verdade ainda mais. Gostei muito, mas muito mesmo do livro, e recomendo a todos.
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Mari 28/02/2011

O livro O Arquiteto do Esquecimento conta a história do polonês Doran Visich, inicialmente com 66 anos em sua confortável casa, prestes a tomar uma grande decisão que mudaria o curso de sua vida e o rumo dos acontecimentos. Era inevitável não pensar no passado e na sucessiva cadeia de eventos que culminou naquela situação. Logo, o leitor é transportado no túnel do tempo para acompanhar a infância de Doran e de sua família judia que viviam num pequeno vilarejo na Polônia. Doran tinha dois irmãos, mas sempre foi mais ligado à caçula da família, Constantine. Ele a chamava carinhosamente de "Gorda". Brincavam juntos e eram companheiros de travessuras, mas foi justamente numa dessas traquinagens que a pequena Constantine sofreu um acidente, com consequências dolorosas e irreparavéis na vida de ambos. Os anos se passaram, e Hitler assumiria o poder na Alemanha marcando um capítulo sangrento e nebuloso na História da Humanidade.
Doran foi brutalmente separado de sua família, teve que se juntar aos demais conterrâneos nos campos de concentração e foi submetido a tortura e trabalhos forçados durante a guerra. Ele passou fome, sede e carregou no corpo marcas e cicatrizes que o acompanhariam por toda a sua vida. Entretanto, em nenhum momento se esqueceu da irmã e nutria dentro de si a esperança de que ela pudesse sobreviver ao holocausto. Será que ele conseguiria reencontrá-la algum dia?
Quando os soldados nazistas o transferiu para Auschwitz III (Monowitz), um campo de trabalho escravo que possuía um laboratório de produtos químicos, descobriu que em meio ao terror e ao ódio, era possível estabelecer um laço de amizade e respeito, após conhecer o cientista alemão Gunther. Gunther percebeu que estava diante de um jovem brilhante que tinha a capacidade rara de desvendar fórmulas químicas de grande complexidade. Constatou então, de que Doran se tornaria um grande cientista.
Surgiu no caminho deles uma rede de intrigas, que levaria Doran a sair do país e partir bruscamente para Viena. Lá, conseguiu refazer a sua vida e dando continuidade ao seus estudos, conseguiu decifrar um código químico capaz de criar uma nova droga que revolucionaria a comunidade científica. Entretanto, muita gente demonstrou interesse na nova descoberta, dando início a uma implacável caçada que forçou Doran a se abrigar nos Estados Unidos com a sua futura esposa. Foi justamente nesta etapa da história, que o rumo dos acontecimentos se tornou mais imprevisível e instigante. Outros personagens fariam parte daquela trama complexa e à medida que eu desvendava os efeitos da droga criada por Doran, me dei conta do verdadeiro significado do título. Fiquei toda arrepiada só em lembrar das consequências oriundas do consumo daquela substância. O próprio Doran Visich vivenciaria o perigos diante das circuntâncias, mas não haveria outra alternativa.
Posteriormente, Doran percebeu que teria a oportunidade de se reconciliar com o seu passado, mas se viu num difícil dilema quando um inesperado e terrível fato aconteceu. O tempo estava passando e precisava tomar uma decisão. Quais seriam as consequências? Conseguiria recuperar a paz que tanto ansiava? Seu sacrifício salvaria a vida das pessoas que mais amava?

Mais detalhes: http://confissoesliterarias.blogspot.com/2011/02/resenha-o-arquiteto-do-esquecimento-por.html
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Bru 18/06/2011

Já faz um tempo que eu li pelo primeira vez uma resenha desse livro e eu me lembro de ficar super interessada nele, mas dai o tempo passou e eu acabei esquecendo de procurar para comprar. Até que eu li sobre o Selo Brasileiro e vi que O Arquiteto do Esquecimento estava na lista de livros e então não pensei duas vezes antes de me inscrever. Agora que o livro chegou, que eu li e já passei pra outra pessoa eu preciso confessar: Não faço ideia de como começar essa resenha, não que o livro seja ruim, na verdade é justamente o contrario. O livro é tão bom, tão bem escrito que eu não sei como passar isso em uma resenha, mas lá vai:

Doran Visich é o protagonista, ele é um judeu que levava uma vida tranquila -com todos os altos e baixos que uma vida comum pode proporcionar- com a sua família em um vilarejo na Polônia. Conta suas aventuras -e acidentes- de criança, seu carinho pela irmã Constantine, enfim, o seu dia a dia.
Mas um dia sua vida começa a mudar completamente, há rumores que os alemães estão dominando todo o país, e apesar de terem esperanças de não serem atingidos, eles constroem um refugio. Só que acabou não dando muito certo e ele viu sua família, seus amigos e todo o vilarejo em que ele morava destruídos.
Ele então é levado aos campos de concentração e sente na pele o que é violência, dor, fome, e principalmente a sede.

"Doran Visich conhecia profundamente o modus operandi dos seguidores da suástica. Os gritos, a humilhação, as jornadas exaustivas, o sofrimento, a dor. Ao subir no caminhão, já não esperava nada além disso. Aos dezenove anos, imaginava que o futuro era algo tão distante quanto improvável. Aprendera a viver casa dia sabendo que o fato de permanecer vivo ao fim do dia era uma vitória."
página 144

leia mais em: http://t.co/eT5yPXs
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Leninha Sempre Romântica 15/02/2011

Que parte da sua vida você gostaria de apagar?


O livro narra a longa trajetória de vida de Doran Visich, um Polonês que teve uma infância normal, quase feliz, apesar das dificuldades enfrentadas pela família. Eles não viviam na fartura, era apenas uma família humilde de um pequeno vilarejo.

Desde a tenra infância de Doran e sua inseparável irmã Constantine, suas alegrias, brincadeiras e dores foram muitas. Não sabendo eles que poderiam considerar essa a melhor lembrança de suas vidas.
Eis que a guerra bate à porta trazendo desolação e dor. Enviado para um campo de concentração soviético Doran deixa para trás uma família devastada e sua irmã Constantine com um futuro incerto.
Doram sofreu na pele toda a crueldade da guerra, toda dor de humilhações que uma pessoa poderia suportar. A única arma que possuía e que o manteve vivo foi sua inteligência e assim ele vai galgando os obstáculos da vida.
Mas nem todo o reconhecimento e dinheiro foram capazes de apagar de sua memória toda a culpa que ele carrega em seu coração.
O livro viaja entre o passado, presente e futuro mesclando fatos e acontecimentos que vão se desvendando aos poucos.

O livro cobre 113 anos da história de vida de Doran, uma vida sofrida, mas que teve seus momentos felizes apesar de tudo. A exploração de sua inteligência, um bem muito disputado até depois da guerra e fez com que ele se tornasse um homem conhecido e reconhecido, mas isso também acarretaria muitas tristezas.

"Chorar é tornar menor a profundidade do sofrimento"
Willian Shakespeare

Marcos Bulzara consegue prender o leitor de forma única, numa narrativa ágil e bem descritiva sem tornar o livro cansativo. Fatos muito bem explorados, mesclando vários gêneros desde o drama, fatos históricos, tendo como pano de fundo uma guerra que jamais deveria ser esquecida, para que nunca se repita.

A meu ver o livro fala acima de tudo de família, seu valor e o quanto ela é importante como base de uma vida. Onde um simples sorriso de uma criança vale mais que todo o dinheiro do mundo.
O romance chega de forma suave num livro tão intenso que creio que sua singela presença veio apenas para suavizar a história na medida certa.

O Arquiteto do Esquecimento me marcou profundamente, de uma emoção tocante e um final que me levou às lágrimas.
Recomendo!
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Danika 01/04/2011

A vida como ela é
O Arquiteto do Esquecimento foi um dos melhores livros que eu li este ano. Sempre gostei de livros que tratassem da realidade. De pessoas normais, com anseios comuns, vidas comuns, que sofrem e batalham para conseguir viver. A literatura Fantástica é um gênero que eu amo. Mas a ficção misturada com a realidade é algo que realmente me encanta e me atrai. São histórias como a de Doran Visich que nos fazem perceber o quão difícil é lutar pela vida em um mundo destrutivo e ganancioso.

Doran Visich, nasceu na Polônia e vivia num pequeno vilarejo com seus pais, seu irmão mais velho e a irmã caçula, e onde quase todos moradores eram judeus. Tudo de que eles precisavam tiravam da sua própria terra. Seu irmão trabalha com o pai e ele ficava em casa com a mãe e a irmã mais nova, a quem amava muito e tinha como melhor amiga. Companheira de suas travessuras Constantine era uma menina feliz que não parava quieta e que, sempre quando aprontava, jogava a culpa em Doran. Desde pequeno Doran demonstrava ser de uma inteligência rara. Sempre curioso, aprendeu a ler e a escrever só observando o irmão. Quando começou a frequentar a escola já sabia de tudo.

Tudo ia bem até a chegada dos Alemães na Polônia. A invasão dos nazistas começou a aterrorizar todos os habitantes. Tentaram criar um esconderijo e salvar as mulheres e crianças. Mas nem tudo saiu conforme planejado. Quase todos morreram e os que sobreviveram foram levados aos campos de concentração e viviam sob condições sub-humanas. Maltratados e agredidos a todo o tempo, eles viviam trabalhando forçado para os nazistas. Ou eram usados como cobaias em experimentos. Doran foi um desses condenados. A todo momento pedia para morrer. Era mais fácil enfrentar a morte do que enfrentar a dor na alma pela perda de sua família e a dor a que era submetido todos os dias.

Nada no livro foi tão chocante, tão angustiante, e ao mesmo tempo tão vivo quanto o relato de Doran na época do holocausto. Quando ele relembra tudo o que aconteceu faz você ficar horrorizada. Tudo pelo que aquelas pessoas passaram, tudo o que viveram, o que sofreram. É realmente um momento absurdo, mas que infelizmente aconteceu. (meu eterno desprezo ao füher)

Quando a queda do nazismo já era quase uma certeza, Doran levado a outra concentração nazista, mas devido a um acidente durante a viagem, consegue fugir.
Depois Doran aparece em Viena, falando com Isabel. Isabel é a filha do professor Millen, que morreu a pouco tempo de um ataque cardíaco. Doran trabalhava para o professor e tinha relatos importantíssimos que precisava contar a Isabel. Daí começa uma caçada interminável por este segredo. O professor Millen trabalhava em um projeto de uma nova droga. E Doran é o único que tem a fórmula. Países de grande potência são capazes de entrar em guerra por ela. Uma droga que mudaria a história da ciência para sempre. A droga do Esquecimento.

O livro é ÓTIMO! Sem comentários.
Algumas coisas que ficam soltas na história e só vão se revelando lá no fim do livro. O autor nos deixa, as vezes, um período de tempo em aberto, sem muitas explicações. Não que fique dúvidas, mas seria interessante saber. Como ele consegue escapar dos oficiais nazistas por exemplo, ou os meses que se passam entre ele e Isabel. Bem, talvez isso estenderia demais o livro. Já são 467 páginas de muita luta. Mas, no fim...
Bem, o fim eu não conto. Eu ia tentar fazer uma resenha menor. Juro. Mas não fui muito feliz! O livro é muito dinâmico, tem sempre algo a se falar e eu deixei de dizer muitas coisas que era para ter dito;
Espero que vocês tenham oportunidade de ler este livro. Meu parabéns ao autor! Espero poder ler outros livros seu, Marcos Bulsara. Já ganhou uma fã. =)
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Gabi Lima 23/09/2012

O Arquiteto do Esquecimento conta a história de Doran Visich, um polonês que passou sua adolescência em campos de concentração durante a 2ª Guerra Mundial. O livro começa com Doran se preparando para tomar um líquido que não sabemos qual é e logo após ele sofre um infarto e desmaia. Só por essa cena não dá para saber nada sobre ele, é a partir do segundo capítulo, o qual vai até a infância dele, que entendemos tudo.

Doran morava na Polônia com seus pais, seu irmão mais velho e sua irmã mais nova, Constantine, a qual ele possuía uma ligação especial, principalmente depois do acidente que ela sofreu e que a deixou manca. Como o início da guerra ele vê sua família se desfazendo e é mandado para vários campos de concentração. Ele só sobrevive por ter uma inteligência extremamente grande que é logo reconhecida por Gunther, um alemão que se torna seu amigo.

Confira o resto da resenha em: http://livrofilmeecia.blogspot.com.br/2012/03/resenha-o-arquiteto-do-esquecimento.html
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M. Scheibler 08/06/2011

Sem dúvida uma das melhores obras da literatura nacional que já li.

Uma narrativa que vai da década de 30, no período anterior ao da Segunda Guerra Mundial, até o ano de 2038, mostrando detalhes da vida de pessoas que passaram pelos horrores dos campos de concentração nazistas e que mais tarde reaprenderam a viver.

O texto nos traz lições de vida e mostra o quanto somos pequenos diante de certos acontecimentos que surgem em nossas vidas e mudam o rumo de tudo. Pessoas próximas saem de nosso convívio para, talvez, nunca mais voltar. Mas elas estão com a gente o tempo todo, instintivamente nos guiando e mostrando que a vida é bem mais que uma simples brincadeira de criança, uma namoro de adolescência, um primeiro emprego, um diploma.

O personagem principal, Doran, é emblemático e carrega consigo uma emoção fortíssima, que transcende as páginas e toma conta do leitor. Vivemos com ele as angústias página por página.

Aquela faixa amarela lá no topo esquerdo superior da capa não é exagero: BEST SELLER.
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Nina 25/05/2011

Chorar é tornar menor a profundidade do sofrimento.
Antes de começar essa resenha, quero deixar um recado ao autor desse livro:

"Senhor Marcos Bulzara,
o senhor me deve um litro de soro fisiológico para que eu possa me recuperar da extrema desidratação que sofri de tanto chorar lendo esse livro."

Sério mesmo, peeps! Chorei muito com esse livro, porque há muito tempo não lia nada que me tocasse tão profundamente como a história de Doran Visich. Mas não é aquele chorar triste, que te deixa pra baixo, pois quando a gente termina a história a gente chora por perceber o tamanho da lição de vida presente nessas páginas.

Doran Visich é um judeu polonês que nasceu em 1925 num vilarejo próximo a Gniezno. Ele vivia na zona rural de uma das regiões mais belas da Polônia, com seus pais e dois irmãos. Eles levavam um vida muito humilde e com muito trabalho, porém rica em amor. Doran estuda na escola rural do vilarejo e se destaca por se extremamente inteligente, sem saber que essa inteligência vai mudar sua vida de forma definitiva. Nessa fase, nos comove a enorme amizade entre Doran e sua irmã caçula, Constantine.

No ano de 1940, o vilarejo é vítima de uma emboscada nazista. Doran vê os soldados alemães assassinarem sua família e é levado a um campo de concentração, abandonando Constantine escondida em uma árvore. No campo, ele é cobaia no teste de um medicamento poderoso, capaz de apagar a memória de quem o usa. O número tatuado em seu braço - 312565 - o ajuda a se lembrar quem ele é, a manter a cabeça erguida e suportar os sofrimentos com estoicismo. Em 1944 Doran é transferido para Auschwitz e ele conhece Gunther Gohart, um alemão que percebe a imensa capacidade intelectual de Doran e o ajuda a sobreviver no campo.

Teminada a guerra, Doran vai trabalhar em segredo com o professor Augusto Millen no desenvolvimento do D-45 Amnol, a Droga do Esquecimento, mas o professor é assassinado e Doran e Isabel (filha de Millen) se vêem envolvidos nas disputas pela Guerra Fria entre EUA e URSS, ambos interessados em controlar a nova droga.

A história continua cheia de ação e muita emoção, não vou contar mais porque não vou soltar spoillers (mais?!?, sim tem muito mais!), então se quiserem saber sobre a saga de Doran Visich, leiam O Arquiteto do Esquecimento. Só adianto uma coisa: ele sofre! E como ele sofre! Mesmo porque ele vive por 113 anos! E quando você que ele não tem mais nada a perder, que tudo de ruim que poderia acontecer já aconteceu, eis que ele leva mais uma pancada da vida.

Mas acho que a grande lição desse livro é justamente esse sofrimento todo que Doran é vítima, porque ele poderia se revoltar, se tornar uma pessoa amarga e mesquinha, mas não! Ele continua sendo um grande homem com um coração maior ainda. Tanto que o livro termina com ele praticando um ato de amor estupendo, que quase me faz afogar nas próprias lágrimas!
Me fez lembrar de uma frase de Jean-Paul Sartre que dizia que não importa o que as pessoas fazem com você, mas sim o que você faz com o que as pessoas fazem com você. Ou seja, não importa o que te acontece e sim a maneira como você reage a esses acontecimentos.
Entenderam porque eu disse que é um livro que te faz chorar mas de um choro bom?
Recomendadíssimo!

Resenha postada no meu blog Pronto.Falei! http://ninattavares.blogspot.com/2011/05/o-arquiteto-do-esquecimento-marcos.html
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Vivi 19/04/2011

Maravilhoso livro. Uma licao de vida
Eu tenho muita dificuldade em criticar um livro que gosto e este vai ser um deles.
Primeira coisa que me veio na cabeça ao terminar o livro "Ainda bem que o Doran viveu 113 anos, porque o tanto de coisa que ele viveu e sofreu, ele tinha que viver muitos anos para passar por tudo aquilo".
O livro é rico, um quebra-cabeça que montamos no decorrer dos capítulos.
Mesmo tendo interrompido a leitura por mais de uma semana, não perdi em momento algum o interesse pelo livro, e sempre vinha, em minha cabeça, algumas passagens lidas.
Toda vez que eu lia algo como "... uma nova reviravolta transformaria sua vida..." meu coração gelava e eu pensava "Meu Deus, o que mais pode acontecer com Doran".
Chorei muito, ri com Doran e Constantine e o livro foi um carrocel de emoções, uma lição de vida.

Resenha completa no blog
http://www.filmeslivroseseries.com/2011/04/o-arquiteto-do-esquecimento.html
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Nathi 05/07/2011

Resenha - O Arquiteto do Esquecimento
A trama gira em torno de Doran Visich, um judeu polonês que viveu não apenas todo o drama e sofrimento do holocausto, mas os danos que essa situação acarretou em sua vida.

“Qual parte da sua vida você gostaria de apagar?”

Doran vive com sua família em uma vila no interior da Polônia. Eles têm uma vida simples, tranquila, sem preocupações e receios, e são muito felizes. O menino, claro, ama sua família, mas tem extrema afeição e carinho por sua irmã mais nova, Constantine. Os dois são inseparáveis, sempre fazendo tudo juntos; Constantine tem em seu irmão um modelo a ser seguido. Mas no dia em que Constantine sofre um acidente que coloca em risco sua vida, Doran se sente culpado e teme que sua irmã não lhe perdoe.

Para a alegria de todos, Constantine se recupera, sempre contando com a ajuda e perseverança de seu irmão. Porém a vida traça caminhos incertos e nos surpreende, infelizmente, com momentos de pura tristeza e sofrimento.

Para ler a resenha completa, acesse: http://www.booksinwonderland.com/2011/07/resenha-o-arquiteto-do-esquecimento.html

Esse livro faz parte do Booktour do Selo Brasileiro.
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@ARaphaDoEqualize 26/05/2011

[Resenha] O Arquiteto do Esquecimento
RESENHA ESCRITA PARA O BLOG http://equalizedaleitura.blogspot.com

Eu recebi o livro pelo Book Tour do Selo Brasileiro. Confesso que era um dos que eu mais aguardava. Por quê? Eu já tinha lido sinopses sobre o livro e me interessei. E fiquei ainda mais curiosa quando descobri que o autor é publicitário. Sério, como futura publicitária, eu gostaria de saber como um dos meus se sairia escrevendo. E posso falar? Não deixou nada a desejar. Vou tentar falar um pouco do livro pra vocês, sem deixar spoillers pelo caminho.

Em O Arquiteto do Esquecimento, vamos conhecer a vida de Dorian Visich. Bem, primeiramente, vamos estar no presente, conhecendo a Constantine, que em uma madrugada recebe a ligação que ela esperou durante 50 anos... Então vamos voltar no passado, em uma série de flashbacks que em determinados momentos são mesclados com cenas do presente sem se perder em nenhum momento.

Conhecemos a infância de Dorian com sua família que era muito simples, sua inteligência aguçada, seu desejo por conhecer coisas novas, sua rotina em ajudar a família e como viviam felizes. Mas aí vem a guerra para destruir o lugar onde moravam, família, as pessoas que ele conhecia... sua vida. Seus pais foram mortos, seu irmão assassinado na sua frente e sua irmã ficou perdida em uma arvore, enquanto Dorian era levado embora, com uma única esperança: que a sua irmã Constantine – conhecida carinhosamente por Gorda – conseguisse sobreviver. Dorian foi enviado para um campo de concentração onde tinha várias outras pessoas que ali eram mantidas com brutalidade e sem nenhuma condição mínima de sobrevivência. Porem, com um pouco d sorte e tendo sempre a sua inteligência ao seu lado, Dorian consegue se manter vivo e ainda ganhar a confiança de um homem com grande influencia. Mas seu único pensamento, enquanto dia após dia se mantinha vivo era: preciso encontrar Constantine.

Mesmo depois do fim da guerra, a inteligência de Dorian sempre foi seu marco principal. Ele começa a ser disputado por duas grandes potencias para o desenvolvimento de uma super droga que era capaz de algo nunca feito antes: uma droga capaz de fazer esquecer acontecimentos recentes.

Ele se casa, tem um filha que dá o nome de Constantine e que é a recebe a ligação bem no inicio do livro. Mas nem nesse momento, ele é feliz, já que sua mulher morre em um acidente, ele cria a filha sozinho e depois que ela cresce, eles começam a ter conflitos. Quando Constantine é seqüestrada, Dorian se vê em um grande dilema: salvar a vida da filha ou seguir a pista para encontrar a irmã depois de 50 longos anos de espera.

Eu adorei a capa do livro e junto o título. O Marcos conseguiu mesclar dor, alegria, amor, saudade, esperança, ficção cientifica, flashbacks em um livro e... ficou MARAVILHOSO! A única coisa que me incomodou um pouco foi a quantidade de detalhes em determinadas cenas. Eu gosto de detalhes, mas não tudo detalhadamente detalhado em pequenos detalhes. Sim, é mais ou menos isso. Mas, foi um livro que conseguiu mexer profundamente com o meu intimo, que me fez chorar na praça de alimentação do shopping enquanto eu esperava a hora pro trabalho e que fez duas pessoas perguntarem se eu estava bem. Foi o livro que fez ver o arrependimento, a tortura, sofrimento e angústia de vários ângulos. E quando eu pensei: “Por favor Marcos, não deixa mais o Dorian sofrer.” O autor sempre me surpreendia mais e mais. Não posso falar que todos os meus desejos foram atendidos, mas eu pelo menos não me decepcionei.

- Pai... - ela começou de novo em polonês. - A minha tia Constantine me pediu para lhe dizer algo. Ela pediu que eu lhe dissesse que não foi sua culpa aquele acidente com ela na infância. Ela me disse que caiu daquele barranco de propósito.
Página 463


Assim, uma coisa que eu senti muita falta foi de saber o que aconteceu verdadeiramente com a Gorda. Não sei se ele deveria ter contado no livro um pouco sobre tudo que ela passou quando ficou sozinha presa na árvore ou se um outro livro seria bacana. Apenas gostaria de saber, já que eu tenho certeza que o autor conseguiria me surpreender e emocionar mais uma vez.

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Bela 13/09/2011

Resenha - O Arquiteto do Esquecimento
Olá pessoal,

Depois de um tempo fora do blog por causa das correrias da vida eu volto aqui com a resenha de um livro comovente, tocante e de alguma forma real. O Arquiteto do Esquecimento é um livro que conta a história de Doran, um sobrevivente da segunda guerra mundial.
Ao ler este livro eu fiquei pensando de que forma eu faria a sua resenha, e decidi que eu não falaria da história do livro em si, mas um pouco do que o livro provoca no leitor ao lê-lo.
Como já citado no início, esse livro trata da história de um polonês judeu, sobrevivente da segunda guerra mundial, já por este fato nos vemos que o livro não é tão light... Para mim, o livro trás a tona a questão da dor e do sofrimento interno, quando alguém dá um tapa na cara de alguém, quem levou o tapa vai sentir a dor da pancada e a raiva no momento, mas depois de um tempo aquilo não vai mais incomodar a pessoa, mas quando você é humilhado, pisoteado e te tiram tudo que há de precioso na sua vida ( como sua dignidade, seu lar, sua família, sua memória...) você nunca vai esquecer isso, pois são dores da alma, são coisas que não te deixarão dormi e te deixara com seqüelas para sempre. E é isso que eu vejo em “o Arquiteto do Esquecimento”, o personagem principal passou por dores inimagináveis, teve que se esconder e lutar para sobreviver.

“As lembranças de tudo pelo que havia passado agora lhe apertava no peito uma dor que ainda não conhecia. Um fardo pesado de sofrimento e indignação subjugava-lhe a alma. Ficou alguns minutos odiando o fato de o nazi não ter puxado o gatilho. Seria melhor. Muito melhor.”
Página 105

Mesmo não querendo falar sobre a trama, pois acho que isso tiraria a magnitude da trama criada pelo autor, quero dar meus parabéns a ele e dizer que eu amei a forma como ele narrou à vida do personagem, seus sofrimentos e dúvidas, adorei porque dava para ver em cada página do livro que o autor fez um estudo muito bem detalhado e cuidadoso para fazer esta trama e resultado foi este livro maravilhoso e muito bem escrito, provando que o nível dos autores brasileiros só vem crescendo... É muito bom mesmo, leiam o livro, ainda mais quem gosta de ler livros com a temática da segunda guerra. Recomendo muitoo!!!

bella - http://bestff-magazine.blogspot.com/
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