A máquina de fazer espanhóis

A máquina de fazer espanhóis Valter Hugo Mãe




Resenhas - A Máquina de Fazer Espanhóis


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Bruna.Toledo 25/04/2021

Caótico, indigesto e lindo
Não posso dar menos que nota 5 para essa obra com uma originalidade tão grande. Mas não se engane, é uma leitura que exige bastante.

Nunca li nada parecido com "a máquina de fazer espanhóis" e amei o estilo do VHM - o livro é um mergulho para dentro do personagem e narrador da história; o leitor recebe em primeira mão os pensamentos, sentimentos e motivações do personagem e a escrita, que chega a ser até caótica em alguns momentos traz a toda a complexidade de ser humano e habitar num corpo que se deteriora a cada dia.
Esse romance é um ensaio sobre o envelhecer, mas que conseguiu trazer uma perspectiva valiosa sobre a minha juventude e a minha trajetória de vida.
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Stephanie.Sampronha 21/02/2022

Nada igual
Nunca vi nada igual a este livro. Não que eu seja uma leitora experiente, pelo contrário. Mesmo assim, me parece que nunca encontrarei algo desse tipo. Já pelo prefácio sabia que seria inundada de ideias e pensamento completamente fora da minha vivência. Porém, o autor vai muito além da estrutura física da história. Realmente não consigo mais me expressar sobre essa experiência literária, você terá que ler e sentir tudo que há para ser sentido.
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@umapaixaochamadalivrosblog 19/08/2021

Estilo único
Bom dia, leitores.
Já tinha lido o autor, seu estilo narrativo único impressiona, porém esse meu segundo contato não foi tão arrebatador como o primeiro. Ainda assim, o #livro traz análises do protagonista que são incríveis para quem lê. Além de abordar sobre amizade e família, o fundamental é entender as questões da vida após os 80 anos e suas reflexões políticas, sociais e existenciais. Soube que o livro faz parte de uma tetralogia, este sendo o último, representando o ciclo da vida, mas a #leitura pode ser única, sendo um texto que não interfere nos demais livros. A história começa bastante interessante, mas em alguns momentos perde a fluência e a retoma nas páginas seguintes.

#amaquinadefazerespanhois #valterhugomae #alfaguara #2010 #literaturaportuguesa #notaquatro #leiaautoresclassicos

Beijos e até a próxima.
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carolina :) 19/01/2023

?O amor é para heróis.?
Um senhor com mais de oito décadas de vida, perde sua companheira e vai para um lar de idosos, e é nesse cenário que Hugo Mãe constrói sua narrativa. Essa leitura me surpreendeu muito, pois me trouxe um desencadeamento totalmente diferente do que imaginava. Foi um desafio acompanhar os pensamentos e metáforas, além de certos entendimentos que estão além do alcance da minha atual idade.
A sensibilidade e a ferocidade entram em constante contraste durante o livro, pois apesar de ser um livro fluído que trata de forma comovente os assuntos, temos uma grande interrogação sobre o sentido e coisas da terceira idade que carregam um peso que distribui-se nas páginas.
O livro traz uma forte crítica social e política em relação à ditadura salazarista e também sobre crenças religiosas, credos sobre vida após morte e outros pensamentos, e isso me agrada muito, acho que ele ativa na nossa cabeça pensamentos e reflexões deixadas de lado.
Eu gostei muito dos outros personagens que estiveram presentes no livro, a construção da amizade entre eles e seus dramas pessoais.
Não foi uma leitura fácil, posso dizer que até cansativa em certos momentos, mas com certeza quero ter a experiência de reler-o daqui uns bons anos, foi questionador e diferente.
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Virgilio_Luna 21/10/2020

Somos silvestres, bons homens do fascismo
Para mim, essa obra de VHM se expressa em dois pólos: o pessoal e o coletivo. Pessoalmente, estamos na pele do sr. Silva, um homem de 84 anos, já no declive da idade, viúvo, a ter uma reflexão profunda sobre sua existência e os assuntos humanos, demasiado humanos. Um roubo da metafísica como arma ditatorial, uma abstinência da pessoa que se faz presente em vivência, mas, antes de tudo, reflexões acerca do tempo: sua falta de linearidade, isto é, seu caráter circular - como ocorre em Memórias Póstumas, quando a sandice e a razão conversam, "vida e morte, vida e morte. Há de ser sempre assim?".

No campo coletivo, em que suas reflexões ganham uma profundidade sedimentar, pode-se citar o grande trauma português: não ter identidade - "O temor de todo português é que haja um Salazar a se esconder na família de cada um", uma vergonha, culpa, da cidadania da abstinência - quase como se fosse desejada a volta da União Ibérica: Portugal, uma máquina de fazer espanhóis.

Não se iludam, a dualidade aqui apresentada é unívoca: o que é coletivo é pessoal; o que é pessoal é coletivo. A máquina de fazer espanhóis não pode existir concretamente, ela é a mente portuguesa artomentada, angustiada, por sua covardia perante Salazar, por sua aparente velhice - onde estão os bons fascistas para que o benfica volte a ganhar, para que os portugueses não desejem mais terem salários castelhanos, bocas castelhanas e barrigas castelhanas? É preciso uma máquina para tirar o fascismo da cabeça: a consciência, o mais corrosivo dos ácidos - é necessário para voltarmos a celebrar o outro como justificativa para nossa existência, um respeito a pluralidade, ao pensamento, não como as ditaduras - nas quais se roubam a metafísica humana e se transformam homens em estátuas.


"só acredito nos homens, finalmente, só acredito nos
homens, e espero que um dia se arrependam, bastava-me isso, que um dia genuinamente se
arrependessem e mudassem de conduta para que fosse possível acreditarem uns nos outros também."
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Dudu 07/04/2021

um livro sobre a vida
Desde o primeiro capítulo fiquei impressionada com a sensibilidade e a força desse livro. Valter Hugo Mãe me fez repensar toda a minha visão sobre envelhecer e sobre ser velho. E mesmo com essa a força, ele não deixa de ser simples, leve e engraçado, com as histórias de Silva fui do riso ao choro em diversos momentos. É um livro sobre amizade, contradições, amor, raiva, ódio, sonhos, do jeito que nossa vida é.
Com certeza irei reler e recomendo a todos.
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Suelen 07/07/2021

A Máquina de Fazer Espanhóis
O livro é denso e demorei para engatar a leitura.

Fala sobre a velhice, enfrentamento da morte de entes queridos. O livro traz alucinações e fiquei no impasse se são devido à idade ou a medicamentos que os idosos tomam.

Ao final não entendi o verdadeiro significado do título, infelizmente.
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brentlejuice 03/09/2021

não lhe será permitida qualquer felicidade de agora em diante
Enquanto estava lendo fiquei pensando em muitos capítulos, no quanto os amei e o quanto sinto vontade de mostrar certas passagens para todo mundo. Valter Hugo Mãe é um poeta, consegue levar sentimentos para o papel de um jeito incrível e os personagens são muito reais, o que torna tudo muito honesto. De fato uma das melhores leituras do ano.
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Fernanda.Martins 06/07/2021

Envelhecer
Uma história que fala sobre o luto e aborda temas do envelhecimento de forma lúdica e pensativa.
Me fez ver muitas coisas em comum entre o Brasil e os nossos ?descobridores ?.
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Ian 19/05/2021

Mais um escrito do Valter Hugo Mae que leio, mais uma história que me arrebata. A mensagem é pura poesia. Pinga amor em cada página. Os fatos se apresentam familiar ao leitor e nos tocam viceralmente pois a velhice é um fato presente a todos nós. O livro nos constrange, nos amedronta, nos faz pensar sobre a decadência, a solidão, o abandono... Recomendo a leitura apenas àqueles que querem experimentar uma angústia profunda e chorar copiosamente.
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laaisfischer 11/05/2021

Como é triste e belo.
Eu poderia falar sobre a escrita, sobre a construção com rompimento gramatical, sobre a profundidade dos personagens ou as referências simbólicas. Mas nessas poucas linhas eu quero falar sobre o poder descritivo desse livro. E quando falo sobre isso, não se engane; estou falando sobre a descrição dos sentimentos!

O livro inicia nos apresentado o Sr. Silva, que aos 82 anos perde a sua Laura e, com ela, TODO o motivo que ele conhecia para viver. Os filhos optam por colocá-lo na casa de repouso 'feliz Idade' com ‘dois sacos de roupa e um álbum de fotografias’ (mas retiraram-no em seguida, ‘ia servir apenas para cultivar a dor’). Narrado em primeira pessoa, vamos sentindo a fúria de um homem pelo mundo que lhe tira tudo, alguém que não entende para que serve a vida depois de tudo que perdeu. É impressionante a força das suas palavras, a forma como ele quer ferir os filhos, os companheiros, o mundo! A alegria em volta o ofende, como o mundo ousa a continuar sem a sua Laura? Mas também, é nesse ambiente de angústia e sofrimento que nosso personagem conhece a outra face do amor, a amizade. É por meio dos diálogos com esses amigos que descobrimos as marcas de viver nos tempos de ditadura salazarista; sentimos toda a agonia, o medo e impotência de viver em um regime intolerante. No presente, sem mais uma família a proteger, sem mais medo de represálias, sem mais a censura e de mãos dadas com os amigos de alma; Sr. Silva despe-se da apertada fantasia de “cidadão de bem”, deixa de ser regido pelo manual que só fabrica espanhóis sem metafísica e, finalmente, torna-se um ser humano que se conecta com as pessoas em volta. Sr Silva vive ao aproximar-se da morte e isso basta.

hugo mãe é genial, sua descrição sobre o sentir é mais forte do que qualquer discurso porque o leitor sofre como se fossem lembranças e sentimentos próprios; é absurdo, é visceral. E, sinceramente, nada do que eu escrever chega perto do que é esse livro, por isso:
Leiam valter hugo mãe, leiam ‘a máquina de fazer espanhóis’.


* 'preparem-se sofredores do mundo, o tempo não é linear... o tempo guarda cápsulas indestrutíveis porque, por mais dias que se sucedam, sempre chegamos a um ponto onde voltamos atrás, a um início qualquer, para fazer pela primeira vez alguma coisa que nos vai dilacerar impiedosamente, porque nessa cápsula se injeta também a nitidez do quanto amávamos quem perdemos, a nitidez do seu rosto, que por vezes se perde mas ressurge sempre nessas alturas, até o timbre da sua voz, chamando o nosso nome ou, mais cruel ainda, dizendo que nos ama com um riso incrível pelo qual nos havíamos justificado em mil ocasiões no mundo'.
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Maria 15/02/2023

Perfeito perfeito e perfeito! Segundo livro que me fez chorar esse ano (tudo bem q n precisa muito pra isso), mas sério, que livro maravilhoso!!!!!!
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Amanda Nachard 25/12/2020

Sejam persistentes
Antes de comprar esse livro, vi muitas pessoas falando que alguns desmereciam a obra "só" por causa da forma da escrita (que, a estilo Saramago, não utiliza letras maiúsculas e pontuação além de vírgulas e pontos). Eu já havia lido VHM (O Filho de Mil Homens, que amei) e pensei que isso não seria um problema para mim, mas.... Nesse livro, a escrita diferente pareceu mais marcada e talvez também pelo vocabulário (muitos termos pouco utilizados ou com outro significado no Brasil), a minha experiência de leitura foi estranha. Senti que a história passou arrastada e às vezes quis largar o livro. Eu, que geralmente leio bem rápido, demorei 3 meses para finalizar esse livro.

MESMO ASSIM, o livro merece nota alta. O tema é muito bom e acho que é pouco explorado (não conheço livros que abordem o envelhecimento e a forma como lidamos com isso enquanto sociedade). Além disso, tem algumas passagens (especialmente o capítulo dois) nas quais o autor conseguiu me fazer conectar muito com a história, chorar junto com o personagem.

Enfim, vale a leitura, sejam persistentes se se encontrarem com o mesmo problema que eu tive.
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Isa 23/12/2022

Facilmente se tornou meu 2° livro favorito (atrás apenas de torto arado). Fala de forma poética e com uma sensibilidade conhecida do VHM sobre o tema da "terceira idade."
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Mariana.Missiaggia 13/04/2021

foi o meu primeiro livro do VHM, no início achei um pouco complicado acompanhar essa escrita de fluxo de consciência, mas depois que tu se insere na obra e na perspectiva de Silva, as coisas ficam mais instigantes. nunca tinha lido um livro pela narrativa de um idoso, e confesso que me surpreendi. ele traz algumas reflexões incríveis e interessantes, algumas baseadas na presença da igreja na instituição fascista, por exemplo. com certeza pretendo ler mais do autor :)
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