LimaOLimao 28/02/2024
Amo gatos, agora eu vi que gosto de terror também
Enredo - 5,0 ( muito bom.
Meu primeiro contato com os livros do Stephen e talvez, minha primeira experiência com um tipo de universo/gênero muito diferente dos quais eu lia.
Acompanhando a chegada do Louis Creed, o personagem principal, com sua família na casa nova, foi bem interessante. Mas no decorrer, eu senti a leitura sem um rumo definido. Á demora, não tão longa, de algum acontecimento "crucial", foi substituído por acontecimentos que pareciam não ser tão importantes assim. Mas o personagem em si, me cativou. Não deixando que a sensação de "demora", arruína-se a experiência de acompanhar outros momentos da vida dos personagens.
Nesse final, foi onde eu tirei meio ponto, mas não deixou de ser o meu favoritado do ano. Onde eu me senti em um enigma e que eu era o Cellbit, que teria que me virar pra ser o melhor detetive possível, pra ler as informações que não foram óbvias o bastante no decorrer do livro. Esse ponto, em específico, não é algo que você deva pensar que seria um erro de escrita, meio que deixando um final duvidoso só que, não é um livro que te explica, como se explica pra um criança o por quê de não fazer tal coisa.
Ta lá, todas as respostas pra esse final. Eu só tive dificuldade de entender, acredito que seja por eu estar lendo em ebook. E quando leio em ebook, eu não posso usar marcador de texto, pra grifar as partes mais importantes do enredo; O lápis, que eu uso pra escrever nas bordas e nos post-it... enfim. É como se eu lesse, e não sentisse vontade de escrever minha opinião no teclado e salvar, e ainda tem a dificuldade de achar exatamente o que está se procurando, coisa que no livro físico, é mais fácil, pra mim. O livro físico me instiga a escrever, e me ajudaria mais nesse livro, porque depois eu tive que voltar pra algumas situações pra ler de novo.
Personagens - 4.0
Nesse livro, se é lido em 90% das vezes, um único ponto de vista. Então é Louis com a filha, Louis com a esposa, Louis com o vizinho, ... enfim. Essas relações foram bem construídas, meio uma vivência de sentimentos "reais", proporcionais ao quer que seja a situação que eles estejam passando. Mas o melhor, foi ele com os filhos. É bom, onde eu senti uma conexão entre família muito forte. Mas na última parte, onde outros pontos de vista são adicionados foi uma sacada genial. Não tão longa, mais importante.
Escrita - 3,0 ( bom.
Pensa em um escritor que faz bifurcações na estória, ele insere, por vezes, vários pensamentos que as vezes nem nada tem haver com o enredo principal, mas é a partir daí que a construção do personagem é feita.
Onde tem profundidade na vida deles, onde tem explicações pra tais atos e falas.
As vezes cansou, principalmente no final, ou na parte do personagem Judson. Mas isso tem um propósito especial nesse enredo, mas o autor é assim mesmo, se tu não prestar atenção, tu pode perder um pensamento, lembrança que importa de ser lembrada no final. E como é minha primeira experiência, eu ainda não estou acostumada com essa característica. Então, a nota não foi tão alta, mas foi mais pela experiência do que pelo senso crítico de ser maçante.
Mundo - 5,0 ( Perfeito.
Em uma entrevista dada no ano seguinte ao lançamento de "O Cemitério", King disse, "Se eu pudesse escolher, provavelmente não teria publicado esse livro. Eu não gosto dele. É um livro terrível - não pela escrita, mas pelo conteúdo profundamente dark. Ele parece dizer que no final das contas não há esperança, que nada que se faça no final vale a pena, e eu realmente não acredito nisso".
Esse, e o livro O Iluminado, foram enredos escritos com base na vida do autor. Sim, ele morou em uma casa na beira da rodovia, onde o gato da filha dele foi atropelado, e que eles enterraram em um cemitério de bichos que tinha atrás da casa dele, depois de passarem por uma trilha. E eu fiquei transtornada que ele disse que não gosta do livro. Se eu me encontrasse com ele, eu ia perguntar qual era o preconceito, e ia da-lhe com o livro na cara dele, só pra ficar esperto.