Estação Atocha

Estação Atocha Ben Lerner




Resenhas - Estação Atocha


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Lise 23/05/2020

Não é para entretenimento
A ideia de ser um daqueles poetas que eram possuídos por repentinos ataques de inspiração me repelia

Adam Gordon é um jovem poeta norte-americano que ganha uma bolsa de estudos em Madri para um projeto de pesquisa. Brilhante, instável , narcisista, tomado por um sentimento de alienação de si mesmo e inseguro com mulheres, se vê mergulhado em uma busca por autenticidade, girando em torno dos limites da linguagem.

Sendo ele mesmo o narrador, esforçado em expor a sua ideia de fracasso de si mesmo, logo o leitor se pega nutrindo sentimentos ruins em relação ao protagonista. Ele mente e cria uma aura de mistério em torno de sua própria pessoa para justificar o que julga nao entender da lingua espanhola e seu deslocamento em certos ambientes. Sua sinceridade ao leitor em expor suas farsas que enganam às personagens acaba por ser cativante.
No fim, dadas as circunstâncias , fiquei com o questionamento sobre a confiabilidade do narrador: se ele é realmente tão bom em seu autoconhecimento, qual a possibilidade de um final forjado, na esperança de deixar implícito uma síndrome de impostor curada a favor de seu narcisismo? Tenho muitas ideias sobre esse livro, a maioria, questionamentos sem nenhuma conclusão .
Particularmente, apesar de ter achado a obra, em sua ideia, genial em propor a discussão sobre linguagem e arte, sobretudo, me senti um pouco entediada durante a leitura; os parágrafos são longos demais, poucos acontecimentos ilustram as abstrações do narrador, tornando a leitura difícil. Nao é um livro para qualquer desavisado.
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Amanda Teles - Livro, Café e Poesia 22/05/2020

Ben Lerner colocou em meu coração um real desejo de conhecer a Espanha. É impossível ler Estação Atocha e não pegar o celular e pesquisar os lugares, museus, obras de artes, restaurantes, parques, livros e autores citados na obra.
Adam Gordon é um estudante estadunindense que ganha uma bolsa e vai morar em Madrid, mas ele tem uns desvios de personalidade e caráter, é um mentiroso nato,um perfeito fingidor de tudo, de sentimentos, atitudes e acontecimentos, egoísta, que tem problemas com álcool e drogas.
A linha é tênue entre amar e odiar Adam e tentar entender o motivo de seu comportamento vai ficando mais claro no decorrer da sua história.
Detalhe: ele não sabe falar espanhol bem e sofreu muito para conseguir se expressar e entender o que os outros diziam, essas partes do livro são as melhores e mais engraçadas e mostra o quanto a comunicação é importante.
A experiência de leitura que este livro proporciona é muito gostosa e divertida, no final tudo faz sentido.

Segue meu perfil que sempre compartilho minhas impressões @livrocafeepoesia
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Ingrid Bays 21/05/2020

Não consegui me prender ao livro, ao Adam, às suas angústias, desatenções, egocentrismo. Mas achei extremamente significativa a parte da função narrativa do cigarro! E também a Playlist da TAG para acompanhar o livro foi encantadora, salvou a leitura e fez com que eu chegasse até o final.
@lendoedestacando
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Marcos.Alexandre 20/05/2020

Estação Atocha
Bom. Eu gosto desse livro mas não sei exatamente o motivo. É isso.
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Novack 17/05/2020

Fatos históricos, poesias contemporâneas...
Por sempre me identificar com esse negócio de se considerar uma fraude, a tal Síndrome do Impostor, não foi difícil entender esse modo de agir de Adam. É aquela coisa de achar que tudo o que você faz é ruim, ou que você atingiu algo por causa de uma trapaça, um macete ou por mera sorte. Porque as coisas parecem fáceis demais por um lado, mas aquelas que são difíceis você logo desiste de tentar conquistar porque acha que não tem talento ou recursos para isso, logo também não tem mérito algum pelo que conquista. A falta de confiança no próprio potencial faz Adam viver se autoboicotando.
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Kelly.Cris 14/05/2020

Não acrescenta...
História acerca de um personagem imaturo e chato. Narrativa sacal.
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Dalila.Realino 11/05/2020

Adam e a psicolinguística
No drama psicológico de Adam Gordom, sua lida com a ansiedade e seus picos de pânico, as mentiras, são uma forma de buscar aceitação em um novo ambiente cultural, onde ele diz ser o que pensa ser o que mais agradaria as poucas pessoas que conseguiu criar laços. É uma personagem em constante questionamento de sua veracidade/farsa/demérito/mérito, que oscila entre joguete da História e autor da própria história. Para além, gostaria de demarcar a importância da obra no aspecto psicolinguístico, onde o processo de aquisição de uma nova língua é esmiuçado em trocadilhos divertidos ao leitor. Gostei muito do livro por ter despertado sentimentos variados, que vão desde a angústia até a risada mas, sobretudo, gostei muito pelo caráter descritivo do processo de aprendizagem de uma segunda língua. Boa leitura!
18/05/2020minha estante
Vou começar a lê-lo hoje. Mas que livro lindo, não é?


Dalila.Realino 18/05/2020minha estante
Oi, Fê! Tudo bem com você? Sim, é uma edição muito linda! Boa leitura!


19/05/2020minha estante
Obrigada ?




Leticia.Silva 06/05/2020

O livro é bem escrito, e traz muitas reflexões sobre linguagem e o ato de escrever, principalmente e a poesia.
O protagonista, Adam, é um tanto odioso, cheio de conflitos internos, extremamente egoísta, talvez narcisista seja um adjetivo mais apropriado.

As personagens que interagem com Adam são incógnitas, não sabemos o quanto de suas personalidades é pura imaginação de Adam, que projeta seus desejos e angústias nas pessoas a sua volta. E aí entra o jogo de linguagem novamente, estando em um país estrangeiro, sem falar o idioma completamente, até os diálogos de Adam com as personagens parece invenção, visto que ele imagina o que a outra pessoa possa ter falado, não se importando em realmemte ter certeza.
Me parece que o protagonista tem muita dificuldade de viver o real.

Gostei do livro, acho que o propósito do autor é causar com o Adam certo desconforto no leitor. Principalmente quando nos identificamos com ele.
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@szpbl 03/05/2020

Adam Gordon é chato pra caralho
O livro tem excelentes reflexões sobre língua e tradução. Em algumas passagens, trata de maneira muito poética sobre a arte. Mas, infelizmente, Adam Gordon é o protagonista.
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Morgana 01/05/2020

A resenha de hoje foi uma das mais difíceis de produzir, diante de uma leitura sem identificação, não sabemos muito bem como colocar em palavras as reações causadas por esse livro em nós mesmas.
Adam Gordon é um norte-americano que ganha uma bolsa na Faculdade de Madri, Espanha, e se muda para lá a fim de cumprir com seu projeto sobre A literatura na Guerra Civil espanhola. Contudo, ele não sabe falar espanhol e tem uma relação muito complicada com o idioma, além de não possuir bagagem literária de autores espanhóis e nem do acontecimento o qual pretende escrever. Com uma carga emocional grande, Adam é o narrador da própria história, acompanhamos seu ponto de vista sobre suas vivências no país, as pessoas que começam a fazer parte de sua rotina, e principalmente suas crises de ansiedade e síndrome do pânico, além de confusões criadas acerca de sua identidade e experiências de vida.
Com muitas citações a obras de arte, a própria edição da TAG, não deixa a desejar, em capa dura e com uma contracapa esplêndida. Contudo, infelizmente não conseguimos gostar desse protagonista. Adam é um cara irresponsável, que em vez de procurar ajuda para seus problemas, os aumenta através de teias fantasiosas envolvendo sua vida, descontrole com o uso de remédios antidepressivos e ainda subestimando a própria capacidade produtiva e literária, fingindo a si mesmo que não é poeta, enquanto analisa tudo ao seu redor de forma crítica e poética.
Também, para quem é suscetível a gatilhos, esse livro pode ativar vários, foi uma leitura difícil, já que acompanhar os picos de bipolaridade e ansiedade do Adam foi altamente cansativo.
E vocês? Conhecem essa obra? O que acham?

#adamgordon #estacaoatocha #radiolondres
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Luiza Peccin 29/04/2020

3.0
Livro bom de ler pra passar o tempo, com certeza não era nem perto do que eu esperava. Adam, o personagem principal, com certeza é o tipo de pessoa que se eu conhecesse na vida real, odiaria. Mas é interessante ver ele pensando, e existe um certo humor nas confusões que ele tem em relação ao espanhol, tornando a leitura mais dinâmica.

Na verdade o livro é sobre um cara fazendo um intercâmbio e vivendo ao sabor do vento e sem grandes eventos, ATÉ QUE algo de fato acontece e você acha que a história vai ter uma grande virada e ele simplesmente acaba, a sensação que dá é que Ben Lerner não sabia muito bem como encerrar a história mas também não tinha por onde continuar.

Provavelmente existe alguma grande reflexão ali que eu não entendi.
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Pudima 29/04/2020

Odiei o narrador, adorei o livro.
Foi uma leitura interessante e diferente de tudo o que já li. Pra mim, o livro todo é um poema, apesar de escrito na forma de romance. Surpreendente e cativante, considerei uma experiência maravilhosa.
E, apesar disso, odiei o poeta. Não o autor do livro, mas seu protagonista.
Adam é um chato. Egocêntrico, narcisista, focado em si mesmo e na imagem que ele cria de si nos outros. Ele vive em função de fingir ser alguém, quando na verdade ele se descobre alguém que finge fingir. Poético, não?
Eu adorei as controvérsias do narrador, sua autenticidade enquanto "fraude", seus sentimentos confusos; sua necessidade de, ao mesmo tempo, estar presente e ausente; suas tentativas de ser importante mas subestimando a si mesmo.
Acabou que, inspirada em Adam, também vivi um paradoxo em relação ao personagem: amei odiá-lo.
Paz, amor e bem.
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Linda 25/04/2020

Ato falho
Estação Atocha dedica-se a acompanhar a viagem de Adam Gordam, um jovem americano que ganha uma importante bolsa de estudos para terminar sua pesquisa em Madri, no ano de 2004. Sem falar o idioma, Adam visita vários museus de Madri, nos quais além de observar as obras, entretém-se a analisar os frequentadores e funcionários - sobretudo suas expressões e impressões, às quais busca dar significado. Vivendo sozinho num pequeno apartamento, Adam recorre à claraboia para sair de seu mundo e enxergar para além dele, à medida em que com a ajuda da xícara de café e do haxixe se vê como transeunte: "... podia formar a constelação do meu ego......era como ver a mim mesmo olhando para baixo para mim mesmo olhando para cima (P. 51)". Inseguro, Adam reluta em dominar o espanhol e assim justifica suas atitudes inadequadas, sob argumento da incompreensão do idioma. Vaidade, inveja e mentiras permeiam as páginas do livro enquanto Adam oscila em investir num romance com uma, das duas mulheres fantásticas e sensíveis que fazem parte de seu círculo. Expectador de sua vida, atua em busca do protagonismo e autoaceitação: "Por se considerar "um mentiroso compulsivo, violento e bipolar (P. 191)", Adam inventa histórias horrorosas sobre sua família e se apropria de tragédias vivenciadas por terceiros afim de ganhar atenção dos interlocutores. E assim, transcorrem-se as páginas do livro, que estimula o leitor a odiar esse narrador tão narcisista quanto dependente da aprovação - dos outros e de si. Até que nas últimas páginas um ato falho, no qual esquece os tranquilizantes-muletas usados para tirar-se de si, o salva de si, e o faz apresentar-se na apavorante mesa redonda, são. E são, com inseguranças e frases previamente estudadas, que Adam se apresenta aos estudantes e talvez, a si mesmo. Como num ritual de passagem, Adam entra em contato com um nervosismo que já não o desagrada ,e se surpreende ao não precisar mais dos comprimidos: "A liberdade estava em marcha (P. 219)".
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Simon.Xavier 20/04/2020

Qual sua máscara?
Em estação Atocha, além de acompanhar toda a confusão mental, a rotina caótica e os conflitos do protagonista, nos deparamos com um questionamento abordado com brutalidade: quem sou eu? Quem eu quero que os outros vejam que sou? O quanto eu vivo verdadeiramente e o quanto eu construí de forma a moldar uma imagem de mim mesmo?
A escrita é tão caótica quanto a história, mas, mesmo assim, empolga e cativa.
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