Resenhas - Estação Atocha

Arisa.RC 05/07/2020

Difícil definir...
O livro é bom, mas demorou um pouco para eu conseguir gostar. Entretanto, depois que a gente "entra" na cabeça do narrador, as coisas começam a fazer sentido e a forma como o autor constrói a história, deixando sempre uma dúvidas sobre se o personagem entendeu ou não as coisas é realmente genial.

Gle 05/07/2020

Estação Atocha
"É incrível a vida que levo aqui, e não importa se não é a minha."

Ju 04/07/2020

Pós
Eu gostei muito das reflexões sobre a linguagem, sobre as línguas, sobre traduções (personificada em Teresa), sobre autenticidade, sobre ser estrangeiro. A mesa redonda no fim levanta a discussão sobre a literatura agora, ou a arte agora. Sendo o agora deles aquilo que se consolidava após o atentado à estação atocha em 2004. O que a arte pode fazer por nós agora, em situação de emergência? Um dos personagens apresenta esses "agoras" como uma constelação que pode iluminar as situações que vivemos, e a literatura como ferramenta para manter nossa visão em perspectiva, contextualizada. Existe discussão mais importante no Brasil atualmente? Com o personagem de Adam nos lembrando a todo tempo que a realidade nos escapa.

Ohara 01/07/2020

Não é o meu estilo de leitura habitual, mas foi bom.
O relato de uma parte tão importante da história espanhola foi algo inusitado.

Ruth Roland 25/06/2020

Ruim(?), porém BOM!
Já comecei esse livro meio que com um olhar estranho por ele ter tido avaliações tão fracas... Comecei a ler mais por "esse é o da vez" (Tenho essa coisa de só ler os livros da TAG na ordem. Sim, estou deveras atrasada). Como disse, comecei a leitura como quem não quer nada e rapidinho... terminou a primeira parte. Já?! "Gostei dessa escrita... Esse Adam é um nojento mentiroso, mas tô gostando dessa história". Como a própria sinopse do livro já diz, Adam é mesmo um cara narcisista, um baita dum mentiroso, que não sabe lidar muito bem com os próprios sentimentos... Mas eu acabei meio que gostando dele, justamente por ele ser um estudante brilhante mas inseguro. achei muito que todos os defeitos dele derivaram dessa super insegurança que ele tinha em relação a sua capacidade de escrita, em relação aos sentimentos e tudo o mais. Sempre que ele ficava baita nervoso em alguma apresentação de seus poemas, eu o entendia tão bem... Eu meio que me perdi em algumas coisas sobre linguagem e poesia, mas mesmo essas partes foram interessantes pra mim. E apesar do final ser desses que a gente fica "oi?! acabou assim mesmo?" eu até gostei também. Pra mim foi legal pq me pareceu que finalmente Adam possuía alguma certeza, a de que poderia muito bem viver pra sempre ali, cercado pelos amigos.
Então, não achei o livro ruim, na verdade achei muito bom!

Duda 24/06/2020

É um livro com uma escrita que eu não estou habituada a ler, e para mim os primeiros capitulos foi um exercício mais complicado de adaptação, principalmente porque tem longos parágrafos e quase sem nenhum diálogo.
Mas no quarto capitulo eu fiquei grudada na historia, não sei se é porque eu já tinha me adaptado à escrita ou se realmente o livro melhora.
De qualquer forma, achei uma leitura válida. Fico feliz de assinar a Tag exatamente para ter contato com livros que nunca compraria/leria sozinha.

PamLobo 11/06/2020

Ranço instaurado com sucesso - mas indico a leitura
O livro nos conta a história de Adam, um estudante com uma bolsa na Espanha, mal sabe falar espanhol e vive fumando haxixe.

Ao longo do enredo, você pega um ?ranço? de Adam por causa de sua personalidade: mitomaníaco, inseguro e narcisista. Como ele se define, alguém que finge ser poeta.

Com a narração em primeira pessoas, eu, como leitora passei a questionar o que era verdade naquele relato e o que fazia parte das ilusões narcisistas de Adam. Isso me fez tomar um ranço maior ainda.

Mas a obra é muito bem escrita, conecta com outros tipos de arte, como a visual, cita vários poetas espanhóis que fiquei curiosa em consumir sua poesia, além da reflexão da sonoridade da língua espanhola, em comparação com diversos tipos textuais. É uma prosa com toques de poesia, não há como não se apaixonar pela escrita do autor.

Carolizons 06/06/2020

Um livro querido
Esse é um livro muito querido pra mim por razões pessoais. Somos apresentados a Adam, um mentiroso compulsivo que sofre com a síndrome do impostor. Leitura leve com sacadas bastante inteligentes.

Thábata 04/06/2020

Bom
Achei bem escrito, me identifiquei com a narrativa, mas não me apaixonei.

Rafaella.Grenfell 30/05/2020

Denso e Impressionante
Um americano consegue uma bolsa de estudos para estudar na Espanha, em Madri. Poeta? Ele não gosta de ler poesia, prefere ler prosa sobre poesia.

Pós-graduando em outro país e outro idioma mal dominado, experimentando novas culturas, rotinas, conhecendo novas pessoas, vivenciando novas experiências. Uso contínuo de drogas e consumo rotineiro de álcool.

Apesar de conhecer poucas pessoas, tem pouca dedicação à pós, ignora e-mails, mas passa bastante tempo na internet.

Gosta de ler clássicos, busca ler edições bilingues acreditando que assim irá dominar o espanhol magicamente, como os grandes escritores espanhóis, mas não desenvolve o idioma local. Em momentos mais angustiantes se entrega à leitura em seu idioma natal.

Com o passar do tempo, já com mais interação social, melhora sua comunicação. Adquire uma noção de pertencimento quanto a sua obra e se dedica mais a sua pesquisa.

Viaja, revela mentiras e conta outras, fica angustiado com tudo isso, se perde em si mesmo.

Usa continuamente haxixe, só consegue trabalhar quando está chapado e considera isso um distanciamento necessário para sua obra.

Descobre que tem sentimos por uma funcionária da escola de idiomas que frequenta, Isabel, mas também demonstra interesse por uma curadora da galeria de arte onde lera seus poemas e que o está ajudando na tradução de seus poemas para um livre que pretende lançar.

A eminente perda de Isabel, para outro homem, o faz aumentar a dose de seus remédios psiquiátricos, lhe causando insônia. Ler, trabalhar, escrever, beber café, fumar cigarro e haxixe de forma enlouquecida. Ufa, nunca havia produzido tanto. Com diversos cadernos repletos de poesias.

Numa tentativa de impressionar Isabel, levou-a para jantar num restaurante caro, comprou roupa nova e passaram a noite em um hotel luxuoso, tudo graças ao cartão de crédito para emergências dado por seus pais.

Na manhã seguinte, ocorre um atentado terrorista na Estação Atocha.

Um burburinho de indignação e indagação toma as ruas. Protestos e manifestações políticas aparecem, para Adam parece certo, mas não lhe cabe ali, que passa a margem dos movimentos e os observa, buscando encontrar algo, ou melhor alguém na multidão.

Enquanto isso, Teresa, parece reviver sai alma amargurada e lhe invoca novos ou velhos sentimentos. Ciúme se torna presente.

Novamente envolto em álcool e drogas se entrega aos seus pensamentos e a Teresa. Passava cada vez mais tempo com Teresa, e um dia foram viajar para Barcelona.

Uma viagem curta, onde no primeiro dia foram a bares e restaurantes que Teresa já conhecia. No dia seguinte, Adam resolve tomar café da manhã sozinho, sai do hotel e percebe que está se dinheiro, em busca de um caixa eletrônico sai andando, até que percebe que está perdido, caminha até a praia, decide ir até o museu Picasso, caminha mas, fica angustiado, apreensivo e anda mais. Ao entardecer ele percebe que está em frente ao hotel, entra e encontra Teresa de mala pronta para voltar para Madri.

Ao retornar para Madri, ele se depara com o convite para participar de uma mesa redonda. Entra em pânico, se angustia com a ideia de falar em espanhol na frente do público.

site: https://rafaellagrenfell.blogspot.com/2020/05/estacao-atocha.html

Paula 28/05/2020

Blah
Olha, bem chatinho. É um personagem sem rumo, sem destino, fútil até. Não vi grandes coisas além de ser um passatempo.

Lu Tibiriçá 26/05/2020

Muita "mente"
Tive dificuldade nessa leitura. O texto se passa demais dentro da cabeça do protagonista que, apesar de pensar muito, age em contradição aos seus devaneios. A história se arrasta e quando parece ter um rumo, termina... Kkkkk

Frank 24/05/2020

Um gerador easter eggs culturais ambulante
Poeta norte-americano, drogas, depressão e insegurança. Misture tudo e jogue em Madri. Esse é o livro em questão. Há momentos em que se odeia o personagem, há momentos comicos, e há momentos em que se adora... Não, não tem esses momentos, odiei esse cara desde o começo. (rs)
Mas o livro é bom. Estar na mente insegura e confusa desse mentiroso compulsivo me fez perceber que sou mais normal do que achava.
Recomendo.

Thaina.Gonçalves 24/05/2020

Personagens fracos
Leitura muito arrastada, com personagens superficiais demais... mas final bom.

Lena 23/05/2020

é um livro muito bem pensado e estruturado, adorei a construção do protagonista Adam, apesar de ser um protagonista de caráter duvidoso (amor e ódio).
a forma como o livro é construído com referências literárias e da linguística é um ponto alto.