CynthiaGermanna 02/03/2010Quando eu me tornei às de copas.Talvez a passagem das pessoas aqui na terra só tenham sentido se elas entenderem um pouco de si mesmas, se elas souberem que filosofia é um exercício cotidiano de conhecimento tanto pessoal quanto de mundo.
Jostein Gaarder é perfeito para realizar este exercício. Eu li "O Dia do Curinga" três vezes para entender quem era às de copas. Eu era Às de copas. Sempre fui a pessoa que tentou se descobrir.
Parelalo a viagem de Hans e seu pai, a história de cartas, a história do "peixinho não revela segredo, mas livrinho sim" o anão misterioso completam uma autêntica saga em busca do conhecimento.
Hans Thomas o protagonista da história, sai juntamente com seu pai pela Europa à procura de sua mãe que foi embora muito cedo para "se encontrar", mas deixando pai e filho perdidos durante muito tempo à sua procura.
Durante todo o livro há sempre passagens que nos levam à refletir sobre quem somos e de onde viemos.
Não poderia esquecer de citar a "Bebida Púrpura", aquela que muitos de nós sonhamos um dia em tomar. Uma pitada de amor no nariz, um pedaço de amizade no dedo do pé. Mágico não?
Já faz algum tempo que li O dia do Curinga pela última vez, algumas passagens estão obscuras, mas o que é de suma importância eu me recordo muito bem. Indico esse livro, assim como todos os de Jostein Gaarder. Exímio autor, aquele que o diálogo desde às primeiras páginas é estabelecido com o leitor.