Juninhooo 14/11/2010
Postado no CooltureNews
Antes de começar essa resenha, venho avisar que sou fã incondicional do Paulo Coelho, mas tentarei (fazendo um grande esforço) ser imparcial. Essa, sem sombra de dúvidas foi a resenha mais difícil que já fiz, os livros do Paulo Coelho passam uma linguagem muito subjetiva, a interpretação das mensagens é muito influenciada com o que você esta vivendo no momento. Se eu for resenhar este livro daqui uns 2 meses garanto que faria de outra forma. Mas é exatamente isso que torna as obras do Paulo Coelho perfeitas, são livros para ler e reler (Fiz muito disso quando não tinha a oportunidade de comprar novos livros, e tinha somente uma coleção de todos os livros do Paulo Coelho, lançada por um grande jornal de São Paulo).
Quem já leu “Diários de um Mago” e as “Valkirias” vão reconhecer a forma com que “O Aleph” é contato. Em “O Aleph” o autor nos conta como ele conseguiu recuperar sua fé após um momento de dúvidas, para isso, seguindo os conselhos de seu mestre “J.”, Paulo se arrisca, marca compromissos e sai em mais uma viajem, em busca de respostas, tentar novamente se reconectar com o mundo e consigo próprio. Entre Março e Julho de 2006 Paulo passa por três continentes (África, Europa e Ásia). Percorrendo seu 3º caminho sagrado (depois da transformadora peregrinação a Santiago de Compostela, em 1986, e do perturbador Caminho de Roma, três anos depois). Essa não foi somente uma viajem física, foi espiritual, através do tempo e do espaço, do passado e presente o autor viajou em busca de si próprio.
Antes de embarcar atravessando a “Transiberiana” e seus 9.289 km de extensão, o autor conhece Hilal, uma leitora que acredita que deve fazer essa viajem junto do autor, e “acender o fogo na montanha vizinha”. Devido a insistência da moça, ela embarca junto desta jornada. Porém, a vida mostrou a ambos que eles se conheciam a muitos e muitos anos, em uma vida passada.
“Aleph”
“… na Tradição Mágica ele se apresenta de duas maneiras. A primeira delas é um ponto no Universo que contém todos os outros pontos, presentes e passados, pequenos ou grandes. Geralmente o descobrimos por acaso, como aconteceu no trem. Para que isso aconteça, a pessoa – ou as pessoas – tem que estar no mesmo lugar físico onde ele se encontra.”
“Estou no Aleph, o ponto onde tudo está no mesmo lugar ao mesmo tempo. Estou em uma janela olhando para o mundo e seus lugares secretos, a poesia perdida no tempo e as palavras esquecidas no espaço.
Estou diante de portas que se abrem por uma fração se segundo e logo tornam a se fechar, mas que permitem desvelar o que está escondido atrás delas – os tesouros, as armadilhas, os caminhos não percorridos e as viagens jamais imaginadas.”
Através do “Aleph” Paulo consegue, após 4 tentativas, entender o que aconteceu em uma de suas vidas, recupera sua fé, e volta a viver! Tudo graças a uma moça de 21 anos. “O Aleph”, como todos os outros livros do Paulo Coelho nos passa muitas mensagens importantes, que deveria fazer parte de nossas vidas, não vou colocá-las aqui, porque o contexto em que elas se encontram faz muita diferença. Recomendo não só essa mas todas as obras do Paulo Coelho.
Muitos classificam as obras do Paulo Coelho como de auto-ajuda, e o pior, como se fosse algo ruim… Do meu ponto de vista, não importa em qual gênero determinado livro é classificado e sim se é um livro que consegue te prender logo nas primeiras linhas ou páginas (essa é uma das características das obras do Paulo Coelho), e a história, a mensagem que o livro nos transmite, aquilo que fica em nossa mente e coração após ler. Isso, para mim, e não o gênero. Convido a todos que criticam sem ao menos dar uma chance (digo isso a todos os livros), que leiam antes de falar algo, não deixe a maré te levar, tenham suas próprias experiências e ai sim criem suas próprias opiniões. Não julguem um livro pela capa, e mais importante não julguem!