Weslley 10/10/2012
Mãããe, me leva para as Serras
SURPRESA. Foi o que senti ao ler o livro. Pelos tantos comentários negativos que ouvi antes de ler o livro, fiquei com uma sensação de "leitura obrigada", mas no final valeu muito a pena porque é um ótimo livro. Estava muito desestimulado a ler o livro, ainda mais nos primeiros capítulos, nos quais predominam o Jacinto civilizado, preconceituoso e superficial. Logo de cara não fui com a cara dele. Mas com o passar do tempo, percebi que ele não passava do resultado do que as pesoas o intimavam a ser. Superficial, portanto. Dei muitas risadas com vários episódios, com a festa no 202 e principalmente quando ele "se ferrou" ao chegar em Tormes, logo na estação. Também senti pena do pessimista, tedioso e morto Jacinto mas, com a sua gradativa ressurreição e o acordar para a vida através da natureza, comecei a simpatizar por ele. Claro que a cidade ainda não tinha saído totalmente de dentro dele, e nem saiu, mas a transformação que as Serras proporcionaram em sua vida me tocou tanto que eu fiquei repensando o modo como levo minha vida. A superficialidade, rapidez, preocupações e medos que a cidade proporciona são inexistentes (com algumas exceções) nas Serras, na área rural. Toda essa revolução acerca da vida me deixou com uma vontade louca de experimentar um pouco do que é viver afastado da civilização e felizmente, junto com Zé Fernandes e Jacinto, pude ao menos ter uma noção do quão boa é a vida rural. Mas mesmo assim, não troco a cidade rs!