A Cidade e As Serras

A Cidade e As Serras Eça de Queiroz




Resenhas - A Cidade e as Serras


159 encontrados | exibindo 121 a 136
1 | 2 | 3 | 4 | 9 | 10 | 11


Mariana 31/10/2013

Livro Muito interessante, mas linguagem cansativa
Gostei muito da história.
Este é dos livros que não parecem tão interessantes no início, ainda mais com o tipo de linguagem abordada, mas que depois passa a interessar.

Ele foca muito mais nas descrições de cenários e realidade política e do período em que passa a estória do que no romantismo, na verdade se fosse uma pessoa seria aquela que temos como fria, o livro não transborda sentimentalismo nenhum, apenas narra os acontecimentos como se o personagem/autor não se envolvesse emocionalmente a eles.

comentários(0)comente



Thamires 09/10/2013

Gente, por incrível que pareça eu curti.
Sempre odeio ler livro obrigada, como no caso desse, pra escola (aula de literatura). Mas eu sempre acabo gostando no fim.
E esse é muito bom. A essência filosófica foi o que eu mais gostei, além da já conhecida ironia do Eça.
Vale a pena ler, reler, conversar com os amigos e viajar nas serras (:
comentários(0)comente



Mary D. 03/10/2013

O livro é apaixonante, as vezes me deparo com trechos tão impressionantes, que não encontro palavras para descreve-los, somente lendo para saber.
No início do livro há um trecho que talvez foi a principal motivação para que eu desse continuidade a leitura:
"Por uma conclusão bem natural, a ideia de Civilização para Jacinto, não se separava da imagem de Cidade, duma enorme Cidade, com todos os seus vastos órgãos funcionando poderosamente. Nem este meu super civilizado amigo compreendia que longe de armazéns servidos por três mil caixeiros, e de Mercados onde se despejam os vergéis e lezírias de trinta províncias; e de Bancos em que retine o ouro universal; e de Fábricas fumegando com ânsia, inventando com ânsia; e de Bibliotecas abarrotadas, a estalar, com a papelada dos séculos, e de fundas milhas de ruas, cortadas por baixo e por cima, de fios de telégrafos, de fios de telefones, de canos de gases, de canos de fezes; e da fila atroante dos ônibus,tramas, carroças, velocípedes, calhambeques, parelhas de luxo; e de dois milhões duma vaga humanidade, fervilhando, a ofegar, através da Polícia, na busca dura do pão ou sob a ilusão do gozo - o homem do século XIX pudeste saborear, plenamente, a delícia de viver!."

Um trecho filosófico sobre a vida, tanto no século XIX quanto hoje em dia.
comentários(0)comente



marcondess 14/09/2013

É mais uma obra que a princípio pode parecer maçante e cansativa, todavia no decorrer da narrativa, você passa compreender sua relevância e começa a se angustiar com os rumos que as coisas vão tomar. Ao meu ver o grande protagonista da história é na verdade o próprio narrador Zé Fernandes, sendo Jacinto apenas uma caricatura de uma burguesia sem causa. Enfim, é uma leitura interessante, talvez cansando em alguns momentos, contudo vale a visita.
comentários(0)comente



Carina 10/09/2013

Jacinto entediante
A história de Jacinto e de seu ódio-amor-ódio-amor pelo campo não me apetece muito, em verdade. O melhor Eça continua sendo o das peripécias do livro "A Relíquia". Fora este, todas as suas obras me parecem muito mais voltadas a defender uma tese do que a fazer literatura.
comentários(0)comente



Cordeiro 08/07/2013

A obra A cidade e as serras de Eça de Queirós publicada postumamente é narrada em Paris do século XIX, e tem foco principal o contraste entre a Cidade e a Serra, daí o título.
A narrativa é simples, de fácil compreensão, evidenciando a soberania da Simplicidade sobre o Artificialismo das Cidades. O autor dividiu o livro em dois blocos aparentemente iguais.

O primeiro é a vida de Jacinto na Cidade. Fica claro aqui como a sociedade urbana vive de aparências - desde uma enorme biblioteca de livros que não são lidos - até apetrechos e tecnologias desnecessárias. Também mostra que a fortuna, o prestígio, a aclamação e a amizade com as pessoas das classes mais importantes não traz felicidade. Neste cenário de riqueza, o Príncipe (Jacinto), deixa-se ser levado pelo tédio e pela filosofia de um dos filósofos mais importantes: o Pessimismo de Arthur Schopenhauer.

O segundo bloco se contrapõe ao primeiro. Nele o protagonista encontra-se em Tormes, Portugal, e sofre uma inesperada metamorfose nas Serras. Ele sente-se, então, ligado à natureza de uma forma muito íntima e familiar. Jacinto é de uma cultura superior, aos portugueses da Serra, e pela primeira vez tendo ele contato com a pobreza, que jamais avistara antes, fica incrédulo com aquilo. Portanto ele investe nos servos, aumenta salários, investe em escolas e creches. No campo, o homem encontra as suas raízes, o entusiasmo para a vida, o Otimismo e, de certa forma, a sua felicidade. Lá, em Tormes, ele ganha a Alcunha de "O Pai dos Pobres".

site: http://acervo-da-literatura.blogspot.com.br/2013/07/resenha-do-livro-cidade-e-as-serras-de.html
comentários(0)comente



Karina 20/05/2013

A cidade e as serras - Eça de Queirós
Mais um clássico da literatura, que irá também ajudar no vestibular para todos os interessados. Publicado em 1901, ano seguinte à morte de Eça de Queiroz, o romance A Cidade e as Serras foi desenvolvido a partir da ideia central contida no conto, civilização, datado de 1892. É um belo romance, onde Eça de Queiroz ironiza ferrenhamente os males da civilização, fazendo elogios dos valores da natureza.
Uma das obras mais significativas do autor, onde ele relata a travessia de Jacinto Tormes, um ferrenho adepto do progresso e da civilização da cidade para as serras.
Jacinto troca o mundo civilizado, repleto de comodidades que caracterizam a vida urbana moderna.
A Cidade e as Serras transcorrem no século XIX, quando Paris, a cidade-luz, era vista como capital europeia e Portugal como uma nação subdesenvolvida e em pleno declínio. Jacinto é a personificação dos ideais cultivados neste período, pois ele glorifica a vida urbana e civilizada, e despreza totalmente a existência rural.
O narrador personagem, José Fernandes, o qual não se confunde com o protagonista da obra Jacinto Tormes, é colocado como menos importante do que o protagonista, como é exemplificado no início da obra.

José Fernandes então vai para Guiães, residência dos tios, localizada nas serras. Por conta desta decisão, ele e Jacinto permanecem distanciados durante sete anos. Ao voltar para Paris, hospeda-se na casa de Jacinto, mas contrariando a tese do amigo, que crê que a felicidade esta vinculada à presença da civilização.
Mergulhado no tédio, Jacinto segue cansado cada evento de sua vida, desde a destruição da família, a edificação de outro recanto para os mortos, até as festas incessantes empreendidas em honra do Grão Duque. Um dia ele resolve partir para Tormes, situada nas serras, em companhia de José Fernandes e de Grilo, para testemunhar o ritual de inauguração do novo monumento funerário.
Para que ele não se despojasse de suas modernidades, a casa que o abrigaria foi provida de todos os objetos civilizatórios. Quando os amigos chegam a seu destino, descobrem que nada foi preparado e nem mesmo sua vinda fora prevista. Para piorar, sua bagagem havia se extraviado. Sem outra saída, eles se acomodam como podem em sua pousada.
José Fernandes volta para Guiães, e envia ao amigo os trajes que lhe permitiriam voltar para a cidade, mas não obtém retorno de Jacinto. Preocupado, retorna para sua casa nas Serras e encontra o companheiro ocupado em modificar sua residência, livre do tédio. Totalmente modificado, ele se fixa definitivamente na nova morada, com conforto, mas sem os símbolos da civilização moderna.
Jacinto se dedica a melhorar a vida de seus serviçais, a providenciar o necessário para que o povo desta localidade viva com um maior bem-estar, ou seja, uma biblioteca, farmácia e creche, convertendo-se no ídolo da população. Logo ele conhece Joana, prima do amigo, e com ela se casa. Sua única passada por Paris só reafirma sua decisão de permanecer nas Serras.


Podemos considerar A Cidade e as Serras um romance no qual se destaca a categoria espaço, na medida em que os ambientes são fundamentais para a compreensão da história, destacando assim os contrastes por meio dos quais se contrapõem. Assim a amplidão da quinta de Tormes contrasta com a estreiteza do universo tecnológico, o que aponta para a oposição entre o espaço civilizado e o espaço natural, presente em todo o romance.



Titulo: A Cidade e as Serras
Autor: Eça de Queiroz
Ano: 1901
Páginas: 233
Editora: Martin Claret

Boa Leitura

Casa de Livro Blog

Karina Belo



Este delicioso Jacinto fizera então vinte e três anos, e era um soberbo moço em quem reaparecera a força dos velhos Jacintos rurais. Só pelo nariz, afilado, como narinas quase transparentes, duma mobilidade inquieta, como se andasse fariscando perfumes, pertencia às delicadezas do século XIX. O cabelo ainda se conservava, ao
modo das eras rudes, crespo e quase lanígero; e o bigode, como o dum Celta, caía em fios sedosos, que ele necessitava aparar e frisar. Todo o seu fato, as espessas gravatas de cetim escuro que uma pérola prendia as luvas de anta branca, o verniz
das botas, vinham de Londres em caixotes de cedro; e usava sempre ao peito uma flor, não natural, mas composta destramente pela sua ramalheira com pétala de flores dessemelhantes, cravo, azálea, orquídea ou tulipa, fundidas na mesma haste entre uma leve folhagem de funcho.

Fortunate Jacinthe! Hic, inter arva nota
Et fontes sacros, frigus captabis opacum...

Afortunado Jacinto, na verdade! Agora, entre campos que são teus e águas que te são sagradas, colhes enfim a sombra e a paz!
comentários(0)comente



Bruno H. C. Borges 11/05/2013

Palavras alheias amontoadas.
Um livro que não dá vontade de ler pela sua grande enrolação em contar histórias desnecessárias. A ideia apresentada por Eça é muito inteligente, mas ele esconde essa ideia numa montanha de coisas que desviam toda a atenção do leitor. Não recomendo.
comentários(0)comente



Fernando Puro 18/04/2013

Um ótimo livro, sabendo-se lê-lo!
Ouço constantemente a crítica de que "A Cidade e as Serras" é chato. Porém, ao lê-lo não encontrei a tal chatice. Para quem gosta de filosofia, como eu, o livro é um prato cheio! Amei os diálogos filosóficos do Zé Fernades com Jacinto. Além de poder analisar um pouco do cotidiano do "Grand Monde" daquela época.

Não obstante, a obra pode tornar-se maciça e prolixa se nos atentarmos aos detalhes descritivos, com abundância de adjetivos. Como li esse livro para o vestibular, não havia tempo a perder com tais descrições, desnecessárias para o meu propósito. Logo, apenas passava o olho diante da descrição da natureza, por exemplo. Isso foi muito proveitoso para mim, pois desta maneira a leitura não tornou-se cansativa, e pude aproveitar melhor todas as reflexões transmitidas pela obra.
comentários(0)comente



Rafael 01/03/2013

A cidade, as serras, e o pensar.
Esse é o primeiro livro que eu leio do Eça De Queirós, e posso dizer que gostei muito. A Cidade e as Serras trata sumariamente da questão da supercivilização e a vida rústica em contraste, as belezas e horrores de uma e da outra. Jacinto é um homem que vivia encantado pela supercivilização, rodeado de objetos caros, uma biblioteca enorme que ele não lia de fato, pessoas da alta sociedade, entre outros regalos da civilização; mas nada disso o fazia feliz. Um dia, enfim, ele teve de fazer uma viagem e conhecer a Serra, Tormes, decendente dos seus antepassados, outros Jacintos. Em pouco tempo ele se apaixona pela natureza, pela beleza original e incomparável da serra, e isso é como um bálsamo de vida nova pra sua alma. É nesse momento que, junto com seu fiel companheiro Zé Fernandes, ele vai encontrar sua paz e decidir que vida lhe cabe melhor para sua felicidade. Será que, comparada à vida da Serra, a supercivilização tem tanto brilho e magia? Será que ela traz paz e gozo para a alma? Tudo isso pode ser acompanhado de perto, vivamente, com as angústias e as novidades de Jacinto.
Uma leitura gostosa que nos põe em espírito de filosofia.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Bruna 21/01/2013

Interessante!
Vi muitos comentários que me desestimularam a ler o livro. O que a maioria considerou uma leitura maçante e chata, me entreteu bastante.

É surpreendente ver as duas mudanças de Jacinto: mudança de cidade e pensamento.

O leitor precisa ter paciência em meio a tantas reflexões de Eça de Queirós, feitas através do personagem Zé Fernandes.

Mas, se souber aproveitar tudo que o livro nos ensina, você adquirirá ideias interessantes sobre o mundo no século passado, que ainda se reflete nos dias atuais: Campo x Cidade.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



159 encontrados | exibindo 121 a 136
1 | 2 | 3 | 4 | 9 | 10 | 11


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR