Quincas Borba

Quincas Borba Machado de Assis
Machado de Assis




Resenhas - Quincas Borba


1048 encontrados | exibindo 76 a 91
6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 |


spoiler visualizar
comentários(0)comente



Jessica 23/12/2023

?Ao vencedor, as batatas?
Que história triste!
A escrita é sem defeitos. Afinal, Machado. Apesar de ter alguns trechos de gordura que se explicam por ter sido escrito como folhetim.
Mas é redondo, bem humorado e histórico.
comentários(0)comente



JAlia 23/12/2023

Adorei
Quando mais nova li alguns contos de Machado e embora tenha gostado de uns com certeza ler esse livro foi renovador!
Ler um livro do Machado agora mais velha mudou totalmente minha visão sobre esta literatura! Eu amei! Não sei se é Roque estou mais madura mas enfim?.

Este livro com certeza me favoreceu a ler mais do Machado já que possui uma história muito intrigante e encorajadora!

A representação da realidade carioca misturada com muitas críticas sociais torna esta história ainda mais incrível!

Eu super recomendo a leitura!
comentários(0)comente



Quincas Borba 20/12/2023

"Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas!"
(Chegou a hora de fazer uma versão mais contundente e precisa de um dos meus livros favoritos, então sim: será longuíssima!)

"Quincas Borba" é um romance de Machado de Assis, escrito em formato de folhetim entre 1886 e 1891, mas lançado só em 1892 (embora impresso em 91).
Ambientado no Período Imperial, a história acompanha Rubião, um ex-professor que recebe a herança do filósofo Quincas Borba, com a condição de que cuidasse do cachorro do velho, também chamado Quincas Borba. Mudando-se de Barbacena, Minas Gerais para a cidade do Rio de Janeiro, onde conhece o casal Palha, Cristiano e Sofia, que acabam o enganando, enquanto se envolve na teia de intrigas e interesses que permeiam a capital.

"Quincas Borba" é deixado de lado em relação a outras obras de Machado, como seus dois grandes clássicos "Memórias póstumas" e "Dom Casmurro", e até mesmo "Helena" e "Esaú e Jacó" são mais lembrados que esse livro. Porém, acredito que "Quincas Borba", embora não seja o ápice da escrita de Machado (isso seria os dois primeiros romances mencionados) ainda assim é o melhor de todos (e olha que eu li todos os romances).

O narrador aqui é em terceira pessoa, o que o deixa livre a vontade para discorrer e criticar diversos assuntos, ao contrário dos narradores em primeira pessoa comuns na fase realista; o narrador é muito mais "babaca" aqui: ele zomba do leitor inúmeras vezes, como no episódio onde é revelado que o adultério de Sofia era balela; ele escarnece de personagens, como o próprio protagonista e a pobre D. Tonica; e até zomba da morte de personagens. Também intervém diretamente para contar um ou outro acontecimento pelas rosas, ou pela lua. É uma das melhores partes do livro.

A escrita de Machado continua afiada. Aqui, a crítica é mais à sociedade do que o Brasil em si, embora não falte ironias a respeito. Os temas explorados são o adultério, a ganância, a luxúria e a soberba, representados no triângulo das relações entre o casal Palha e Rubião. Também são tratados diversos temas políticos, principalmente quando a narrativa foca no dr. Camacho, típico político populista e fraudulento, e em Teófilo, dessa vez um político mais tradicional e burocrata, que negligencia a família a favor dos negócios públicos.
Também há críticas bastante incisivas sobre os pensamentos científicos da época de Machado, como o darwinismo social ? expressado na fórmula da teoria do Humanitismo, do filósofo Quincas Borba ? que pregava a superioridade racial; no entanto, essa teoria é subvertida quando quem é eliminado é Rubião por sua riqueza! Com os Palha prevalecendo e recolhendo suas batatas.
O meu tema favorito é o da loucura, que Machado explora tão bem quanto já explorou em "O alienista". Aos poucos, vemos o declínio de Rubião, enquanto enlouquece por conta de Sofia, pensando ser o imperador Napoleão III da França, levando à passagens lindas e trágicas, como o episódio dos garotos gritando "ó gira!" a um Rubião delirante, ou a morte do protagonista, acompanhada de pompas imaginárias que refletem seu estado na história.
E a forma como Machado descreve situações, personagens e estados mentais é tão incrível que dispensa comentários! Apenas leia trechos da obra para perceber a beleza.

Os personagens, embora não sejam lá os mais carismáticos, servem bem o propósito para que foram escritos, e cada um tem temas e temas dentro de si.
Major Siqueira e Tonica vão descendo a medida que o casal Palha cresce, e Tonica até perde seu marido;
Se você acha a questão do "traiu ou não traiu" polêmica, vai ficar intrigado em se perguntar: D. Fernanda agiu por bem? Ou para parecer boa?
Carlos Maria, o narcisista medalhão, e Maria Benedita, sua sarcedotisa que dá "a luz a um deus";
Camacho e Teófilo se envolvendo em teias de intrigas políticas de maneiras bem anti-éticas;
O casal Palha, luxurioso, enganador, com seus dilemas éticos e morais, que suga a riqueza de Rubião;
O filósofo Quincas e suas ideias malucas para justificar a existência e a necessidade do mal;
O Rubião e sua paixão por Sofia, que se metamorfoseia em loucura;
E o Quincas Dog, que é um universo de interpretações: qual seu lugar na história? Sua importância? O seu significado? Estaria lá a alma do filósofo falecido?

Existem outros aspectos, sobre como a geografia é usada direto para definir estados mentais ou econômicos dos personagens, a influência da França na cultura, a Inglaterra nas finanças, a corrupção da Guerra do Paraguai, e até a possível alegoria de Rubião: seria ele o Brasil? O ignaro Rubião, que lembra "rubiácea", família da planta do café? Nunca saberemos!

"O Cruzeiro, que a linda Sofia não quis fitar, como lhe pedia Rubião, está assaz alto para não discernir os risos e as lágrimas dos homens."

Obrigado por ler. Ao vencedor, as batatas.
comentários(0)comente



Maria7609 11/12/2023

Quincas Borba
?Nota: 4,5 ??

?Personagem Principal: Rubião

?Sinopse: Logo no início da trama, Quincas Borba falece e deixa toda sua fortuna para seu único amigo próximo, Rubião, com a única condição de ter que cuidar de seu cachorro, Quincas Borba. Então Rubião parte para o Rio de Janeiro, onde acaba se infiltrando, com toda sua ingenuidade, em um jogo de disputas de poder e status, corroborando a teoria do Humanitismo criada por seu finado amigo.

?Impressões: Foi meu primeiro livro de Machado de Assis e ele não falhou em atingir minhas altas expectativas. A história é construída perfeitamente, fazendo uma crítica à nossa sociedade por meio de personagens que refletem exatamente toda a hipocrisia e ganância do homem. A escrita é simplesmente uma obra de arte e eu não vejo a hora de ler outras obras do autor.
comentários(0)comente



Carol 10/12/2023

E no fim, todo mundo é louco.
Não consigo me identificar com a escrita machadiana. Livro repetitivo, personagens pouco cativantes, no entanto, com fortes características. Como sempre, o que mais me chama atenção é a personagem feminina típica do autor: Sofia é sedutora, inteligente, astuta e dissimulada. Rubião é bobo, porém, ao menos serve para dissecarmos sua consciência. Os demais personalidade do livro, ao meu ver, nem são tão memoráveis assim.

Enfim, não foi dessa vez que Machado de Assis finalmente me cativou. No entanto, como sempre, não posso deixar de reverenciar sua importância perante a literatura brasileira, bem como a sua genialidade como autor.
comentários(0)comente



Luan 07/12/2023

Um clássico nacional de Machado de Assis que deveria ser lido mais por nós, apesar de que as interpretações e representações sejam sutis e, por isso, podem não ser percebidas numa leitura desatenta. Machado apresenta na narrativa as implicações práticas do Humanitismo, filosofia de Quincas Borba, personagem que dá título ao livro (ou seria o cachorro de mesmo nome?). Machado trata essa filosofia predatória do ser humano sobre o outro a partir das construções sociais da época e de sua estética cheia de ironias e subentendidos. Rubião é o arquétipo do ser humano que engana e é enganado na luta pela sobrevivência, na luta pelas batatas da vida. A verdade é que o Humanitismo é tão atual e contemporâneo quanto no século XIX.
Leonhard 08/12/2023minha estante
Não canso de elogiar as suas resenhas. Simples e ricas!


Luan 08/12/2023minha estante
Muito obrigado! Fico lisonjeado!




iamatilda 06/12/2023

Aaah, o que dizer sobre quincas borba?

Meu primeiro contato com o Machado foi aqui, na escola. Fiquei sabendo que esse livro vai ser cobrado bem na minha vez dos vestibulares... e, pra minha surpresa, foi o livro que eu menos gostei dele (até agora), mas foi também meu primeiro contato

Primeiramente, não recomendo começar por ele. Leiam Brás Cubas antes, porque se passa antes. Ambos aparecem no livro um do outro, Machado foi genial escrevendo esses dois livros!!!!

Passei raiva com os personagens, não vou negar kkkkkk o UNICO que eu amo de paixão é o cachorro quincas borba. Ele pode fazer o que for, que passarei pano

Agora O RUBIAO pelo amor de deus o cara é literalmente MALUCO

A Sofia e o Palha também, pqp lkkkkkk todos insanos

Por ser do realismo, é parado sim, mas fui guerreira e li até o final... ainda acho dom casmurro mais legal
comentários(0)comente



guh48 06/12/2023

Genial
Ter lido a segunda metade desse livro nesse fim de novembro e começo de dezembro, já com as aulas terminadas, foi uma experiência enriquecedora. Não ter que se preocupar em armazenar cada micro detalhe ou em sempre tentar fazer análises sociopolíticas mirabolantes da história e ter podido simplesmente ler o livro em paz, absorvendo da história o que me toca, simplesmente lendo esse tipo mágico de arte que o machado faz com as palavras foi uma experiência incrível.

Dosagem de ironia, crítica e comédia, tudo mediado com uma linguagem rebuscada de época e digressões que aumentam em 200% a ansiedade pela trama principal... tudo em machado é surrealmente bom.

Simplesmente perfeito, e olha que nem é o melhor livro do Machado de Assis.
comentários(0)comente



Gui 05/12/2023

Instigante, mas inferior
Dentro da chamada "trilogia realista", para mim, fica em segundo lugar, inferior ao anterior (e primeiro lugar) "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e ao sucessor "Dom Casmurro).
Mesmo assim, leitura imperdível da safra machadiana. Para quem ficou interessado, no livro anterior, sobre a filosofia do excêntrico Quincas Borba, aqui ela ganha em densidade.
Acompanhar a história de Rubião é instigante pelos caminhos e pelas pessoas por quais nosso protagonista atravessa. Vejo também traços semelhantes (e críticos) ao Espiritismo, doutrina que Machado costumava ironizar.
Enfim, uma boa leitura, mas, para mim, não chega a ser maravilhosa.
comentários(0)comente



Augusto.Minghin 05/12/2023

...
Obra incrível! Não poderia ser menos vinda de Machado. Retrato caricatural das qualidades humanas colocadas sob a tensão de suas paixões. Contradições e ambivalências.
.
Fez pensar uma máxima proposta por Platão, em "A República": quem é mais feliz, o justo ou o injusto?
.
Pergunta que pressupõe saber algo sobre a Justiça - algo que também não é definido em termos, ficando em aberto ao longo da obra do filósofo, e aparentemente até os dias de hoje.
comentários(0)comente



Mp28Rangel 04/12/2023

Boa leitura!!!
Quincas Borba é a continuação do livro, "Memórias Póstumas de Brás Cubas". Ele faz parte da chamada tríade machadiana ou tríade do realismo da literatura brasileira, marcada pelo pessimismo e ironia.
Particularmente, eu sou fã dos livros de Machado de Assis. E gostei mais desta história que Dom Casmurro que é considerado como a sequência desta obra.
Em resumo, Quincas Borba é uma boa leitura e possui capítulos curtos.
Obs: Apesar de ser uma sequência, não se faz necessário ler Memórias Póstumas de Brás Cubas para ler Quincas Borba. É possível ler tranquilamente esta obra e depois a anterior, ou seja, são leituras com histórias independentes.
comentários(0)comente



Edden 02/12/2023

A maior vítima do humanitismo é o próprio Rubião e Cristiano e Sofia ficam com as "batatas".

Machado era um gênio e suas leituras, embora pesadas, são sensacionais.
comentários(0)comente



lililu 02/12/2023

Esqueci de resenhar
Eu demorei um pouco para ler, pois a escrita não é nada fluída. O livro é baseado no jogo de interessante e na ganancia. Podemos ver o lado real da humanidade.
Apesar da dificuldades eu gostei do livro.
comentários(0)comente



Julia 01/12/2023

Quincas Borba é um verdadeiro estudo social, uma grande representação do Brasil da época e suas figuras, especialmente da elite, mas mesmo assim pode nos ensinar muito sobre nós nos dias de hoje, acredito que o Macho de Assis foi um grande observador antes de um escritor genial!
comentários(0)comente



1048 encontrados | exibindo 76 a 91
6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR