Resenhas - O Apanhador no Campo de Centeio

Pefico 04/06/2012

Porque mesmo esse livro é famoso?
Resolvi ler esse livro pra entender porque ele se tornou um clássico da literatura americana. Afinal, esse foi o critério que usei pra decidir ler "How to kill a mockingbird", que virou um dos meus livros favoritos. No caso do Apanhador, ainda estou tentando entender como alguém pode ter gostado desse livro.
O protagonista é um moleque irritante, que tem tudo para ser feliz na vida, mas faz questão de não ser. Talvez essa seja a pegada do livro, jogar a vida pela janela da forma mais idiota que você conseguir, mas já vi o mesmo tema ser explorado de forma muito mais interessante.
Não recomendo.

Tulio.Gama 29/08/2020

Adolescência, adolescência, adolescência...
É quando somos adolescentes que começamos a perceber que devemos acatar com certas responsabilidades. Ao mesmo tempo, são como as espinhas que pipocam nas nossas testas no mesmo período: teimamos em rejeitá-las, mas elas sempre voltam.
É um inferno. Em retrospecto, nos percebemos como chatos aborrecidos a toa. "Aborrecentes".
E foi tudo que mais senti desta obra: alguns fomos mais loucos e inconsequentes que o outro, mas fomos - não adianta teimar - malas sem alças. Esse espírito está tanto nas escolhas narrativas como propriamente na linguagem.
Reflexivo e interessante, mas um saco. Como fomos.

Tami Silveira 13/07/2023

O apanhador no campo de centeio
Eu nunca leio sinopses e confesso que pelo título e o desenho da capa do livro imaginava algo muito diferente. Isso me decepcionou um pouco. Porque eu estava esperando por um livrão, com altos dramas e não é bem isso.
Achei a história leve, apesar de abordar algumas coisas pesadas, a forma que o autor descreve torna o livro bem fluído e fácil de ler, até bobo em alguns momentos.
Esse era um clássico que eu queria muito ler já há um bom tempo e fico feliz de ter finalizado a leitura. Mas ele nada mais é do que a vida de um adolescente que foge da escola e vive uns dias em NY lidando com seus conflitos internos.

Nernwie 18/01/2024

O apanhador no campo de centeio: o livro amaldiçoado.
"Fico imaginando uma porção de garotinhos brincando de alguma coisa num baita campo de centeio e tudo. Milhares de garotinhos, e ninguém por perto - quer dizer, ninguém grande - a não ser eu. E eu fico na beirada de um precipício maluco. Sabe o quê que eu tenho de fazer? Tenho que agarrar todo mundo que vai cair no abismo. Quer dizer, se um deles começar a correr sem olhar onde está indo, eu tenho que aparecer de algum canto e agarrar o garoto. Só isso que eu ia fazer o dia todo. Ia ser só o apanhador no campo de centeio e tudo."

O que dizer sobre esse livro? Até os últimos capítulos eu estava odiando a leitura, dando um empurrãozinho em mim mesma para terminar logo, mas a partir da cena em que ele encontra a irmã, a minha visão da história mudou completamente.

Holden é um menino estranho, e na maior parte do tempo você acha que ele só está ali para reclamar de tudo e de todos, para fazer e falar besteira. E ele realmente é isso, mas você acaba percebendo a razão pela qual ele é assim e até cria um afeto (a última coisa que eu imaginaria sentir lendo esse livro).

As reações dele sobre o mundo são as de um adolescente perdido (pleonasmo?) que está passando pelo luto com rebeldia. Vi algumas pessoas dizendo que ele é, na verdade, um rebelde sem causa, mas, na minha opinião, ele até tem um motivo e um motivo bem válido. De qualquer forma, em boa parte do livro eu só conseguia pensar que ele precisava de ajuda, que estava sozinho quando não deveria.

Enfim, é uma boa leitura, mas não achei nada de excepcional. Na realidade, o que mais me impressionou foram as minhas pesquisas sobre o livro… Descobri que vários ass*ssinos citaram o livro depois de cometer crimes! Inclusive, um dos que mais me chocou foi o caso do ass*ssino do John Lennon, que depois de tudo só sentou na calçada e tirou esse livro do bolso e começou a lê-lo.

Acredito que seja uma leitura especial e que valha a pena dar um “empurrãozinho”. Ou não, fica a seu critério.

Mel 02/12/2023

O apanhador no campo de centeio
Quando eu terminei esse livro eu não tinha a menor ideia do que pensar sobre ele, principalmente por ter me irritando de alguma forma e ao mesmo tempo me tocado, mas depois de passar uns 2 dias pensado sobre ele eu tive que admitir que foi um livro favorito pra mim, ele me fez passar mais tempo pensando nele do que qualquer outro livro que eu já tenha lido, inclusive até agora estou pensando nele, muito disso deve acontecer porque eu tenho a mesma idade do Holden, e apesar de achar ele insuportável, eu tenho que admitir que me identifiquei com ele e terminei esse livro me sentindo uma chata.

Logo no início da leitura já se percebe que o Holden tem depressão, principalmente porque as vezes ele soltava um "nesse momento eu tive uma vontade de morrer" e outras vezes soltava um "me bateu uma baita solidão" e isso é até bem condizente com as ações dele porque ao logo da leitura ele está sempre procurando companhia pra não se sentir solitário.

Uma grande característica dele é fato dele reclamar de tudo e falar mal de tudo, talvez essa tenha sido a parte que mais me identifiquei já que eu faço a mesma coisa, no começo eu tive a impressão que o Holden reclamava e criticava dez vezes mais do que eu, mas logo depois percebi que não, quando converso com algumas pessoas eu simplesmente passo a critica-las sem me dar conta e sem dar atenção, eu só fui reparar nisso quando dei atenção a esse tipo de coisa, e depois eu pensei nas coisas que eu odeio, e aí eu percebi que eram muitas, mais do que eu imaginava. Eu já me identificava como uma pessoa reclamona, agora ainda mais. Mas eu posso dizer uma coisa que pra mim é a mais irritante do Holden, ele vive criticando a aparência dos outros, principalmente das mulheres, e isso me irritou, e agora eu estou me condenando porque tenho consciência que também faço isso, só que principalmente com os homens porque não gosto de criticar a aparência de outras mulheres.

Mesmo ele sendo chato eu gosto de muita coisa no Holden, o fato de ele prezar muito pela inocência das crianças é a maior delas, já que eu também me sinto assim desde muito antes de ler esse livro, e ele se incomodar com a diferença de classes sociais também é legal, como quando ele estava com as freiras. os momentos que ele lembrava do seu falecido irmão me emocionaram, enfim, ele é bonzinho mesmo sendo chato, a realidade de muitos adolescentes, e eu me incluo nisso.

Em relação a escrita, ela me incomodou no começo, mas eu sempre me acostumo rápido então pouco depois não liguei mais, até achei legal.

Uma das cenas mais interessantes pra mim foi quando o Holden fugiu da casa do professor Antolini, quando o Holden pensa que talvez o seu ex professor fosse homossexual ele se pergunta se seria idiota julga-lo por isso mesmo ele sendo uma pessoa boa. Algo que me chamou atenção foi que talvez o Holden já tenha sido assediado antes.

Eu queria terminar essa resenha ENORME falando sobre o momento que o Holden descreveu o Museu que ele visitava quando ele era criança. Ele dizia que gostava daquele museu porque ele sempre era a mesma coisa e a única coisa que mudava era você, porque toda vez que vc visitava o museu ele sempre permanecia igual, mas vc sempre mudava de alguma forma, e isso trás espaço pra vc pensar que Holden tem medo de crescer, coisa que todo mundo tem, e aí está outra coisa que eu me identifiquei.

Ladybabylon 22/04/2024

Esperava mais
Sim! Esperava mais!
Já vi esse livro presente em várias listas de leituras "obrigatórias", sendo citado em livros e filmes.
Por curiosidade fui ler o bendito.
São 26 capítulos de puro non sense kakakakaakkaka
O livro conta uma parcela da história de vida de um adolescente perdido em todas as esferas da vida.
Holden é o típico adolescente perdido que a cada ano que passa se afunda mais e mais e se perde mais e mais com as mudanças e responsabilidades.
O protagonista tem uma personalidade difícil e é um pouco problemático, mas não é uma má pessoa.
É nítido que ele ainda não "superou" a morte do irmão e que isso é um dos fatores principais que ocasionou essa situação.
O Holden passa o livro inteiro reclamando e contando coisas aleatórias que aconteciam com ele ou com pessoas aleatórias que não somão em nada na história. 99% é ele falando de coisas que detesta jkkkk
O livro não possui plot (se tem desconheço)
Você passa a leitura toda pensando que vai acontecer alguma merda e no final não acontece nada. (Não que eu estivesse desejando o pior)
O livro termina do nada(?)
O livro prometeu nada e entregou o que prometeu.
Li dois capítulos por dia. Penso que se tivesse tentado ler corrido não teria passado da metade kkkkk

tete 30/11/2021

muita representatividade triste!
"Nunca conte as coisas pros outros. Se você conta, começa a ficar com saudade de todo mundo."

acho q tô c depressão.

Mari 30/12/2021

Holden não tem medo de ser ele mesmo
?Entre outras coisas, você vai descobrir que não é a primeira pessoa da história a ficar confusa e assustada e até sentir repulsa do comportamento humano?.

Eu achei esse livro incrível, amei a forma como o Holden conta sobre sua vida, como se fosse um diário mesmo. Mas uma característica desse personagem q eu gostei foi como ele é sem filtro com as coisas q ele fala. Claramente
Holden é um menino muito problemático, mas quando ele expressa suas opiniões, totalmente sem filtro, ele não tem medo de ser quem ele realmente é ou o que as pessoas vão dizer ou pensar dele.

Layla Kohls 25/04/2020

Dispensável
Detestei.
Li críticas a respeito sobre pessoas que diziam odiar o protagonista ou que não entendiam o pessimismo exagerado do livro, motivo que os levou a detestá-lo (Holden Caulfield ou/e a própria obra). No meu caso foi diferente mas ainda mantenho a opinião/crítica negativa: minha impressão foi de um personagem/estória/narrativa supérfluos, vagos, e não me serviu para refletir sobre quase nada. Não vejo a justificativa para classificá-lo como um bom livro no fato de haver pensamento/personagem ácidos como algo revolucionário para época, há um leque amplo de livros com narrativas semelhantes, com personagens pessimistas/depressivos lançados na mesma época ou até anteriormente (A exemplo de autores como Jean Genet e William Burroughs ).
Talvez para quem nunca teve contato com um personagem mais pessimista e literal, seja uma leitura de primeira viagem interessante, mas fora isso, não recomendo.

Juliana1390 23/03/2023

A história de um jovem que precisa de ajuda.
Não sei se foi somente eu, mas esse livro me causou pensamentos profundos de como falhamos miseravelmente em ajudar as pessoas que mais precisam de ajuda. O mais dolorido é que existem milhares de Holdens a nossa volta e não percebemos. O meu coração por muitas vezes durante a leitura ficou bem pequenino, os relatos não são maquiados, são o que são: reais. Confrontante e incômodo é assim que resumo a história de Holden. Não sei se recomendo. Deixo à critério. kkkkk.

Mayara945 29/01/2023

Um divisor de águas
Esse foi um livro que escolhi sem saber absolutamente nada sobre o enredo a não ser o fato de ser um grande clássico da literatura.
Não foi nenhum pouco o que eu esperava. Não que o livro seja ruim, não é. Mas quando lemos um livro com tamanho renome, sempre esperamos um enredo cheio de reflexões filosóficas, ou grandes reviravoltas, talvez um recorte histórico com críticas ácidas a uma sociedade desigual.

O apanhador no campo de centeio retrata a história de um jovem de 17 anos, Holden Caufield, que acaba de ser expulso de mais uma escola para jovens ricos, após ser reprovado em quase todas as disciplinas. Ele decide sair da escola antes do dia combinado e passa um final de semana em Nova York, pensando em tudo o que aconteceu e o que fazer em seguida. E é isso. Acompanhamos o que passa na cabeça do jovem, seus temores, inquietações, dúvidas e incertezas. E a grande sacada do livro é justamente essa: tratar a adolescência como esse momento conflituoso, cheio de questões internas de uma maneira que até então, nenhum outro livro havia abordado o tema.

Apesar da simplicidade do livro, achei a leitura agradável e simpatizei com o protagonista. Foi uma experiência de leitura que valeu a pena.

angel? 11/05/2021

Holden, eu te entendo.
Acho que agora entendo o porquê de todo o prestígio que esse livro tem, foi bem legal ler e me identificar com o que o Holden se batia pra tentar expressar, ver ele meio que se "afundando" nessa tristeza ou inércia desesperadora me deixou agoniada e com pena dele também. E ver ele feliz fez eu me sentir feliz.
"...não sei explicar o que eu estou querendo dizer. E mesmo que soubesse, não sei se ia me dar vontade."

Marcos 22/05/2021

Primeira leitura do grupo
A primeira indicação veio por conta de quem também resolveu montar o grupo de leitura. E olha, confesso que não botei fé quando comecei. Cheguei até a pesquisar se não estava lendo um livro errado porque me parecia apenas mais um livro adolescente. E aí que me enganei, esse livro foi um marco. Quando escrito, não só deu o pontapé para livros que trazem a perspectiva adolescente, como também ajudou a definir o que é adolescência. Essa fase conturbada, cheia de indecisões, decepções, problemas de infância que refletem na vida adulta, traumas e medos. Holden, nosso personagem que conta alguns de seus dias após tomar "bomba" na escola, é um adolescente que se decepciona com a vida adulta que vislumbra, tem traumas da infância pela morte do irmão e medo do futuro que esperam dele. Não consegue se adaptar a nenhum tipo de grupo da escola e sente saudades da família, especialmente da irmã caçula, por estar em um internato. Ele experimenta a vida e fica mal com ela. Mas, ao fim, encontra algo que lhe deixa feliz. Não que seja um final feliz, mas quem sabe seja aquela luz de vela no quarto escuro.

Guacira.GonAalves 09/05/2022

O livro parece um grande relato do dia em que Holden surtou. Ele vai contando sua vida do ponto em que é expulso da escola até, o que parece, o momento que decide parar de fugir e voltar para casa. O livro traz uma linguagem simples, bem típica do aluno que está no ensino médio, suas memórias do passado e as ações do personagem ao longo de uns dois dias.

Samira.Mesquita 10/12/2021

Livro favorito de um personagem que gosto muito, apenas
Iniciei a leitura com muita expectativa sobre a história e o personagem, mas nada do que imaginei realmente aconteceu no decorrer da leitura.

O holden é um adolescente inteligente e bem articulado de família rica, ele tá passando por um momento de crise e foi difícil pra mim ter empatia pelo personagem, talvez pela idade em que li ( acho que com 15 anos teria uma cabeça parecida e até me identificaria com ele ). Além disse os encontros e eventos aleatórios demais me deixaram um pouco confusa, apesar de achar que isso combina perfeitamente com a proposta de narrativa feita por adolescente ansioso.

Então a historia pra mim não foi envolvente ou empolgante, mas entendo o motivo do livro ser considerado um clássico já que época a adolescência não era vista como uma fase de tantos conflitos ou levada a sério.