LG 18/11/2020
Manual para a vida
A primeira vez que ouvi falar desse livro foi em uma aula de Filosofia na Organização Nova Acrópole, na época eu era um fanático religioso e tinha muito receio em ler livros de outras religiões. Hoje, novamente de volta a mesma organização, liberto um pouco mais dos preconceitos religiosos, resolvi dar uma nova chance para a leitura. O livro é um trecho do grande épico Mahabharata, que fala sobre a luta entre duas grandes tribos pelo reino. Essas duas tribos possuem uma ancestralidade comum, são parentes, são os pandavas e os kuravas. O Bhagavad-Gita está no meio desse épico e fala sobre um trecho da batalha. Arjuna, exímio arqueiro dos pandavas irá lutar com seu exército contra o exército dos kuravas. Krishna, a divindade hindu é clamada por ambos os povos. Ao chegar Krishna oferece a sua presença ou o seu exército, de forma que ao lado oposto seria correspondente a outra parte. Arjuna escolhe a presença de Krishna - o que representa a presença do sagrado em seus aspectos de vida. Coube aos kuravas, o que o general kurava queria - o exército de Krishna. Arjuna está confiante em sua vitória, mas tem uma fraqueza, não quer matar os membros da sua família, mesmo que isso signifique perder o reino para sempre. Krishna então guia Arjuna para atingir a sabedoria nos versos seguintes do épico. Mais do que uma batalha, o Bhagavad Gita fala sobre a nossa própria luta, a luta das nossas virtudes (Arjuna e os pandavas) contra os nossos defeitos (kuravas). Traz os aspectos de uma vida guiada pela sabedoria, onde nosso karma está em consonância com o Dharma. O livro nos traz como devemos nos portar, como devemos viver a vida material e a vida espiritual. Ensina sobre os benefícios de uma vida virtuosa, bem como os malefícios de uma vida entregue aos vícios e prazeres.