regifreitas 27/11/2019
BHAGAVAD GITA (séc. IV a.C.), de Krishna; tradução e notas Huberto Rohden.
Bhagavad Gita, cuja tradução seria algo como “canção do bem-aventurado” ou “a sublime canção”, é um texto sagrado do hinduísmo, sendo um dos textos religiosos clássicos de inspiração espiritual e filosófica. Também é uma das partes de uma obra maior, o grande épico Mahabharata (formado por mais de 74 mil versos em sânscrito). A primeira versão do Mahabharata na qual aparece pela primeira vez o Bhagavad Gita, data do século IV a.C.
A obra é estruturada na forma de diálogos entre Krishna (a suprema personalidade de Deus) e seu discípulo, o guerreiro Arjuna. Essas conversas, nas quais são discutidas pontos importantes da filosofia divina, têm caráter instrutivo e de orientação, tendo como objetivo final o alcance do autoconhecimento através do caminho do reto-agir.
Não é algo para se ler da mesma forma que um romance, um conto ou qualquer outro trabalho de ficção, pois sua complexidade e simbologia demandam um tempo maior de introspecção e reflexão. Mesmo realizando-a de forma mais pausada e espaçada nos últimos meses, certamente muitos desses símbolos e metáforas me escaparam, ou mesmo se mostraram complexas demais para uma primeira leitura. Isso se deve, também, por se tratar de uma visão diversa de religiosidade e espiritualidade, da qual nós ocidentais não estamos familiarizados. Então, mais do que lida, é uma obra para estudo, análise e ponderação, como os demais textos sagrados ancestrais, sejam de orientação cristã ou não.
Para o Desafio Viaggiando: um livro que retrata uma religião não-cristã.