Sofia 09/01/2022
Como a doença às vezes expõe o que de outra maneira está oculto. Com que desleixo a doença revela o eu privado de uma pessoa.
Foi de repente, chegou sem ninguém saber como, sem ninguém entender porque, mas certo dia as pessoas começam a cair em um sono profundo. Não é sono de cansaço, não é sono de pós-festa ou pós-prova, não é sono depois de um dia de trabalho. É um sono do qual as pessoas não acordam mais. As pessoas começam a ser isoladas, a cidade - Santa Lola - é colocada em um cordão de isolamento, ninguém entra e ninguém sai. Cada vez mais pessoas estão sendo contagiadas, mas ninguém sabe como. Não existem mais leitos, não existem mais profissionais, faltam recursos. Ninguém consegue desvendar que vírus é esse. Então vamos acompanhar várias histórias, a de Ben e Annie, a de Mei, a de Rebecca, a das irmãs Libby e Sara, enfrentando essa pandemia, tentando sobreviver, tentando não ser contaminado e cuidando de quem mais amam.
Que livro forte para ler nesse momento. Confesso que por muitas vezes parecia que eu estava lendo coisas que estavam acontecendo aqui na vida real e foi bem difícil. Não é fácil ler sobre pandemias passando por uma. Senti empatia pelos personagens, senti seu pânico e medo, suas dificuldades e sua preocupação. A boa notícia é que no livro o vírus vai embora e eu só posso desejar que isso aconteça para nós aqui também o quanto antes.