Abuso

Abuso Ana Paula Araújo




Resenhas - Abuso


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eliazevedo 20/05/2021

A culpa não é da vitima
O livro traz vários relatos, baseados em entrevistas em várias partes do Brasil, o que ajuda a fazer um panorama sobre crimes de estupro no país. A dura realidade sobre como é um crime comum, e independe da classe social ou condições financeiras, independe da idade ou do "comportamento" da vitima. A triste constatação de como estupro e importunações sexuais ainda são naturalizados como "coisa de homem", ou a culpabilização da vitima por estar no local "errado", com a roupa "errada", etc. E ainda, o calvário da mulher da decide denunciar (desde o atendimento a que tem direito nos órgãos públicos, até o enfrentamento dos julgamentos da sociedade). Traz tb muitas informações sobre os avanços das leis sobre crimes sexuais e dos direitos das vítimas.
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Carol.Spieker 23/05/2021

Leitura necessária! É difícil, é pesado, mas é preciso ler, escrever, falar sobre o tema. Não dá mais pra fechar os olhos pra toda sorte de violência as quais mulheres são expostas diariamente. Repito, leitura necessária!
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Maria1691 23/08/2021

Abuso
Um ponto muito forte nesse livro, que também é tratado com muita responsabilidade nessa "doutrina" é a culpabilidade da vítima. Quanfo falo em culpa quero dizer que a sociedademuitas vezes ( quase sempre) questiona a intefridade da vitima ao relatar o abuso que lhe aconteceu ( ex:roupa, o famoso " ela consentiu").
Dito isso, a abordagem de um tema tao pesado retratado pela jornalista foi de extrema responsabilidade, com casos reais de todos os cantos do Brasil ( esse livro fala sobre comunidades ribeirinhas e exploração sexual de crianças nas regiões mais pobres do Brasil), mostrando que o Estado e a populacao ainda tem muito o que evoluir como sociedade, demonstrando a cultura machista e naturalização do estupro.

Ps: ele traz casos recentes como do espirita lá ( nao lembro o nome)
Ps²: aborda temas como o assedio e o aborto.
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Lu 17/10/2021

Como já dito por outras pessoas qu e leram o livro, é uma leitura dolorida porém necessária. Histórias de sofrimento e luta que nos mostram a urgência de modificarmos a cultura machista da nossa sociedade, que coloca em dúvida o comportamento das mulheres. As histórias também nos mostram o lado obscuro do ser humano capaz de barbaridades contra crianças, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade.
Um livro que nos destroça mas que permite olharmos de frente um problema tão negligenciado.
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csartoretto 31/12/2021

Já era fã do estilo contundente da jornalista, depois desse livro passei a admirar a escritora e mais ainda a jornalista.
Não é um livro fácil de ler, em vários momento tive que parar para respirar, me refazer. Tenho consciência do quanto desconheço os vários brasis contidos em nosso país continente, mas o Brasil apresentado por Ana Paula é horrível, parece forte a palavra mas não consigo pensar em outra. É triste o quanto nosso país é duro com nossas meninas e mulheres. Se acreditamos que é difícil ser mulher vivendo na cidade grande, é muito pior pra quem é mulher no interior do país.
Não existe segurança pra mulher em nenhum lugar e se temos a sensação de que estamos seguras em nossa casa, no meio dos nossos existem milhares que não estão seguras em lugar nenhum.
Não dá pra acreditar num mundo justo sem mudar a vida dessas meninas/mulheres.
Eu aplaudo a coragem por escrever esse livro, por confrontar poderosos e por mostrar que precisamos caminhar muito ainda pra poder chamar esse país de justo, quando existe um projeto de extermínio e massacre de uma parte da população que não é minoria mas que é minorizada, humilhada, abusada e morta sem que políticas públicas sejam efetivadas para mudar isso.
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Lia 12/01/2022

Ana Paula Araújo fez um trabalho incrível, com um livro que nos traz a revolta da nossa cultura de estupro. Estupro é uma violência, que ela aborda em diversos aspectos, inclusive com entrevistas de condenados pelo crime.
Ainda é difícil viver o mundo em que vivemos, livros como esse serão sempre necessários para levantar debates sobre o assunto.
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Andrezza Lima 17/01/2022

Um leitura que deveria ser obrigatória
O livro aborda um tema muito delicado, mas que precisa urgentemente ser discutido em todos os círculos sociais e educacionais.
Não é uma leitura fácil, teve momentos que eu tive que dar um tempo, pois era difícil digerir as informações, então esteja preparado(a).
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Lets 24/01/2022

Livro extremamente necessário. Para mulheres é gatilho, é acolhimento, é reconhecimento, é alerta? Para homens é um chamado à responsabilidade, é trazê-los pra realidade dos fatos, é nomear seus atos pelo o que são.
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Luciene 01/02/2022

Indignada
Como, em pleno século xxi, ainda consideram a vítima a principal culpada pelo abuso sofrido?
Durante muitos anos de minha vida ouvi de minha própria avó que as "cabras" deveriam ficar presas, pois os bodes dela estavam soltos.
É incabível e inaceitável mulheres propagarem a cultura de machismo para seus descendentes como se fosse a coisa mais correta.
Histórias doídas de se lerem.
Livro e leitura obrigatória para conscientização.
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Carla.Parreira 04/03/2024

ABUSO - A CULTURA DO ESTUPRO NO BRASIL (Ana Paula Araújo). Melhores trechos: "...Para escrever estas páginas, fiz uma extensa pesquisa e conversei com todos os personagens envolvidos na questão aqui tratada. Entrevistei vítima de abusadores. Falei com profissionais da saúde, da justiça, com policiais, carcereiros, pesquisadores e autoridades. Foram quase cem pessoas, de norte a sul do Brasil, em lugares como Rio de Janeiro, Belém, Ilha de Marajó, Porto Alegre, Teresina, Recife e São Paulo. O que encontrei foram vítimas de todas as idades, classes sociais e níveis de instrução que foram violentadas nas mais diferentes situações, inclusive as mais corriqueiras, que fazem parte da vida de todos nós. Há mulheres abusadas a caminho do trabalho ou da escola, idosas atacadas enquanto dormiam dentro de casa e mulheres violentadas quando estavam em busca de atendimento espiritual. E há um número impressionante de crianças, inclusive algumas muito pequenas, em casos que desafiam a nossa compreensão sobre a maldade humana... Buscar atendimento médico também não é simples. O direito aos remédios contra infecções sexualmente transmissíveis, à pílula do dia seguinte e ao aborto em caso de gravidez decorrente do estupro é garantido por lei, mesmo que não haja queixa na polícia, mas a lei não funciona como deveria. O que mais comumente se vê é falta de medicamentos em postos de saúde, profissionais de saúde desinformados ou até que se recusam a cumprir o dever por desconhecimento da lei, preconceito ou convicções e crenças pessoais. Sem falar no exame físico de corpo de delito, que é, no mínimo, desconfortável e constrangedor, e que deve ser feito logo após a vítima ter sofrido com o crime, e que pode gerar novos traumas para uma mulher já tão fragilizada... Pela lei , a mulher que engravida em decorrência de um estupro pode realizar o aborto a qualquer momento, porém é quase impossível que algum médico interrompa uma gestação saudável quando o feto atinge esse estágio mais adiantado de seu desenvolvimento... A resposta vem sem rodeios: ‘Sinto muito mais raiva da juíza. Muito mais! Porque, do maníaco, eu não posso esperar outra coisa. Um homem desses tem que ser preso, retirado da sociedade, não tem jeito. Agora, a juíza, tudo o que ela poderia fazer de ruim, ela fez. E isso veio de alguém que representa uma instituição pública, uma pessoa escolarizada, que teve condições. Por isso mesmo, eu cobro muito mais. E ela, ainda por cima, também é mulher!’ Se a vítima já tem todas essas dificuldades para elaborar para ela mesma oque aconteceu, imagine diante de familiares, amigos, autoridades policiais, promotores, juízes... No hospital ou posto de saúde, na delegacia, no tribunal, serão muitas as vezes em que uma vítima vai precisar repetir e reviver o crime quando decidir denunciar. Não é fácil. Descrever o que aconteceu para amigos e parentes — e, muitas vezes, acusar alguém próximo de todos — também é bem complicado. Se contar, mesmo para as pessoas mais próximas, já é uma decisão das mais difíceis, denunciar, então, é para poucas, e essas poucas que têm coragem de fazê-lo encontram praticamente nenhum apoio. Infelizmente, mais de 90% dos municípios brasileiros não possuem uma Delegacia da Mulher... No universo dos bandidos, o julgamento é outro. Quando a meninas e torna ‘esposa’, ainda que à força, os traficantes encaram esse relacionamento como normal, uma união como qualquer outra. Já o estupro coletivo é visto como uma farra entre amigos, em que a vítima escolhida sempre tem culpa, por estar no meio de bandidos ou por ter usado drogas. No máximo, dependendo da situação, é um castigo contra a mulher que, de alguma maneira, tenha afrontado o poder por eles representado. Os traficantes, entretanto, não veem o estupro coletivo como um crime de abuso sexual. Pelo contrário, eles próprios abominam crimes de ordem sexual e ameaçam estupradores nas cadeias. É difícil entender a lógica que rege esse comportamento... Em muitas ocorrências como as aqui citadas, as vítimas não conseguem reagir, o que a psiquiatria e a literatura forense chamam de ‘paralisia do estupro’. É um fenômeno cerebral, uma imobilidade extrema, que acontece também em outras situações — como quando uma mãe que vê o filho sofrer uma queda grave e não consegue socorrê-lo, ou nem sequer gritar, ou quandoum navio está naufragando e algumas pessoas não conseguem correr para osbotes. Não é uma escolha, e sim uma impossibilidade, por razões ainda não muito conhecidas... Sem saber que esse é um fenômeno ainda pouco explicado, a vítima tende a se culpar, e não apenas isso: há implicações legais também. Como já vimos, a definição de estupro nos Estados Unidos incluía, até 2012, apenas episódios em que havia luta ou resistência contra o agressor. Nesse episódio da Espanha, a imobilidade foi usada para desacreditar a jovem, mas, ao fim, o Tribunal entendeu que a vontade dos agressores não se impõe apenas pela violência, mas também pela intimidação... Os dados do sistema penitenciário reforçam a enorme diferença entre a quantidade de estupros cometidos por pessoas do sexo feminino e masculino. Em 2018, nossas cadeias tinham 30.868 homens presos por crimes de estupro, estupro de vulnerável e atentado violento ao pudor. Apesar de esse último ter sido excluído do código penal em 2009, ainda há quem esteja respondendo por crimes que foram enquadrados na lei anteriormente à mudança. Também há os delegados que registram esses episódios de forma errônea, qualificando-os como um crime que nem existe mais em nosso país. Entre as mulheres, havia um número bem menor: apenas 369 detentas encontravam-se encarceradas pelo mesmo tipo de crime, sendo que, desses casos, 82 eram qualificados como estupro e 38 como atentado violento ao pudor. A maior parte, 249, respondia por estupro de vulnerável... O uso de álcool e outras drogas é uma das desculpas mais recorrentes entre os estupradores. A impressão que se tem é que eles transferem toda a culpa por seus atos para os entorpecentes, tentando dar a entender que, em seu estado normal, jamais seriam capazes de cometer os crimes atrozes pelos quais foram condenados. Porém, segundo o psiquiatra Miguel Chalub, para que as drogas sejam a verdadeira força motriz por trás de um crime como esse, seria preciso que o limiar de controle do cérebro fosse afetado, ou seja, seria necessário baixar o controle. A maconha não é capaz de fazer isso, nem mesmo a cocaína. O álcool, por sua vez, até poderia fazer isso em certo grau. É uma droga lícita, e realmente abaixa o nível ético, diminui o controle, amoral da pessoa. Em alguns casos, pode acontecer de a consciência da pessoa que ingeriu doses consideráveis de bebida alcoólica ficar muito diminuída, mas isso não é algo comum. Na maior parte dos casos, a pessoa sabe muito bem o que está fazendo. A bebida e o uso de outros entorpecentes também não aliviam nenhum estuprador na esfera criminal. Quando o indivíduo toma a decisão de beberou de se drogar, torna-se responsável por tudo o que acontece a partir daí. E, de acordo com nosso Código Penal, se o estuprador decide usar drogas ou bebidas para então ‘criar coragem’ e cometer o crime, o uso dessas substâncias é, inclusive, um agravante que pode aumentar a pena... Foi-se o tempo em que a esposa era propriedade do marido. O Código Civil ainda estabelece obrigações conjugais, mas o sentido é outro. A lei fala em fidelidade, vida em comum no domicílio conjugal, mútua assistência, respeito e consideração, isso tanto para o marido como para a esposa, valendo para os dois lados. Por muito tempo, o chamado ‘débito conjugal’ foi interpretado erroneamente como obrigação de fazer sexo, mas, mesmo nessa interpretação, o não cumprimento dessa ‘obrigação’ pode, no máximo, embasar um pedido de divórcio ou a anulação do casamento. Nenhuma lei autoriza, nem jamais autorizou, ninguém a forçar sexo com outra pessoa, ainda que seja cônjuge. Isso é crime de estupro, e talvez o tipo de estupro mais difícil de ser provado, mas, mesmo assim, continua sendo crime. É preciso que todos saibam disso... Pelo fato de o estupro ser considerado, de acordo com o Código Penal brasileiro, um crime hediondo, a pena necessariamente sempre tem que começar a ser cumprida em regime fechado, e há regras mais rígidas para a progressão para o regime semiaberto, quando o preso pode sair da cadeia durante o dia para trabalhar ou estudar e só precisa voltar para a penitenciária às dezoito horas. Se, para crimes comuns, a progressão do regime pode vir depois do cumprimento de um sexto da pena quando o detento apresenta bom comportamento, nos casos de crimes hediondos é preciso cumprir um tempo maior no regime fechado: pelo menos dois quintos da pena...”
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Quel 23/09/2021

É de perder a fé na humanidade
Leitura pesada, a cada capítulo é necessário uma pausa, mas importante para entender esse mundo sombrio, machistas e tão ameaçador.
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ailu_ 18/10/2022

É um livro pesado, com muitos gatilhos e situações revoltantes, mas acho que todos deveriam ler ele para entender como o abuso é tratado no Brasil e como lidar com ele. É uma leitura que te deixa com um certo medo em certas páginas, mas necessária.
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Letícia 02/11/2021

Excelente leitura!
É um livro profundo e muito instigante. Nos mostra os mais diversos perfis de abusadores e como isso pode (e afeta) a vida de quem enfrenta uma situação dessa. Também gostei muito de ver o lado jurídico e as mais diversas pessoas que estão empenhadas em ajudar famílias e vítimas dessa violência. Super recomendo a leitura!
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Bea 23/01/2021

Necessário!
A partir de entrevistas realizadas com as vítimas, sentenciados, operadores do Direito, psicólogos, psiquiatras, familiares das vítimas e tantos outros, a jornalista apresenta um relato atual e triste do estupro no Brasil.

É uma leitura densa, em muitas partes dá vontade de parar de ler pq as histórias são cruéis, reais e continuam acontecendo...

Recomendo demais o livro! Ótimo para aprender, refletir, se informar...
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Angelica.Shihara 18/01/2021

Abuso
Como é triste nos aprofundarmos em leituras sobre este assunto. Doeu em mim ler esses poucos relatos e me causou muita revolta saber que a lei banaliza tanto os crimes de violência sexual.
Sou advogada na área da família e pouco sei sobre a área criminal, na faculdade aprendemos a teoria e temos a impressão de que tudo funciona, mas não, nada funciona.
Nós mulheres precisamos nos unir mais, precisamos defender umas as outras e parar com julgamentos preconceituosos desferidos diariamente contra outras mulheres, seja uma conhecida, uma artista ou alguém das redes sociais. Tenhamos mais empatia, sejamos mais unidas!
Abuso é um livro essencial, tanto para termos mais noção da realidade que muitas mulheres enfrentam no Brasil, quanto para instruirmos e orientarmos nossas filhas e filhos.
Uma leitura pesada, porém essencial e mais do que necessária.
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