Resenhas - Frankenstein

Maria.Thompson 01/04/2024

"Até os homens mais rudes tem sentimentos dignos"
Sempre tive curiosidade para ler a obra , mas agora vou participar de uma peça teatral baseada no livro .
A escrita é feita com palavras antigas e difíceis , mas como já estou acostumada a ler romances antigos não me incômodo e gostei muito da forma que a autora escreve.
A história traz muitas reflexões sobre a sociedade e te faz pensar muito sobre as questões éticas , o livro faz você ter vários sentimentos sobre os personagens tendo raiva dele em um momento e no outro compaixão e até dó.

É um livro que me fez pensar muito em como nossas escolhas mexem na nossa vida e que uma segunda opinião sempre ê bom .

Guilherme Vechiato 01/04/2024

Porque vivemos ?
Falar de clássicos é um pouco complicado. No caso de Frankenstein sinto uma semelhança com Drácula, pois a a cultura pop moldou situações que não existem no livro, e talvez isso pode atrapalhar a leitura.

Eu gostei da escrita da Mary Shelley principalmente quando ela se aprofunda nos questionamentos internos dos personagens, mas a construção da história é muito problemática, são diversos furos, coincidências absurdas e uma certa enrolação em alguns momentos que não levam a nada.

Existe um exagero na melancolia e tristeza do Victor, além dele ser um personagem chato, que não se responsabiliza por nada que está acontecendo, ele ainda acha que o sofrimento dele é inigualável.

A criatura é o melhor personagem do livro e tem uma construção e filosofia absurdamente boa. É com a criatura que vamos fazer os maiores questionamentos do livro. Existe beleza na ingenuidade e ao mesmo tempo que temos a raiva e inveja quase palpável. A eterna busca por um lugar no mundo, um significado para a vida.

A ambientação da natureza ajudam muito a explicar os sentimentos dos personagens, isso é um ponto muito interessante da obra.

É um livro sem herói, os dois personagens principais são vilões, um diferente do outro, mas ao mesmo tempo eles se completam. A questão das pessoas acharem que Frankenstein é o nome do monstro é na verdade uma desinformação sobre o livro, mas ao ler, Frankenstein não seria realmente o monstro da história?

A história da criação do livro e vida da Mary Shelley acaba sendo por muitas vezes mais interessante do que o próprio livro.

Foi interessante conhecer este clássico, por mais que não tenha gostado tanto, sei da importância para a literatura do horror e ficção científica. Lembrando que foi escrito por uma mulher entre seus 19 e 21 anos em um momento da história que as mulheres não tinham pouca liberdade para se expressar.

Inaco 01/04/2024

Acho que a maioria das pessoas que procuraram ler este livro, acreditavam encontrar um livro de terror, com Frankenstein sendo um horrendo monstro, como vemos no filme. É lógico que não foi diferente para mim. É um livro melancólico, muitas vezes depressivo e nos traz reflexos sobre nossa própria conduta. Quando Frankenstein começa seu projeto de criar um ser vivo, se deixa levar pelo orgulho, o desejo de conseguir algo impossível. Aparentemente, o monstro por ele criado é uma criatura cruel e maliciosa e da maneira como é descrito, até cheguei acreditar que ele realmente fosse. Victor logo se arrepende e abandona seu trabalho.
O dito monstro, é doce e inocente, acredita que não há maldade nos homens. Mas se depara com uma humanidade arrogante e saí machucado. Logo, o desejo de vingança o envenena, ele passa a odiar a raça humana. É como nós mesmos, somos envenenados pelo mundo, instigados a fazer o que sabemos que é errado. O homem se deixa seduzir facilmente.
Quando os assassinatos se iniciaram, eu até cheguei a sentir certa raiva do monstro, mas principalmente espanto. Como Frankenstein deixou algo tão cruel sair no mundo? No início, eu defendi Victor, mas aos poucos eu notei que ele é o real culpado por esses assassinatos! Mas ainda restava aquela dúvida: o monstro sentia remorso? No final, sim, o monstro sentia um remorso horrível.
Será que, não somos como Frankenstein e ao mesmo tempo, como o monstro? Vemos e julgamos na hora uma pessoa. Pessoas fazem escolhas ruins e se arrependem delas, sentem dor por seus resultados. De repente, aquilo que era pra nos satisfazer só traz dor e sofrimento para si. Como somos terrivelmente hipócritas! Se meu sofrimento importa, por que o do outro seria diferente?

natalia.contessi 01/04/2024

Para a minha surpresa, tudo o que eu conhecia sobre a história de Frankenstein era diferente. É um livro mais melancólico do que imaginava. Não possui o terror que os filmes e desenhos animados representam. E em alguns pontos, a leitura chega a ser maçante.

Mas esse livro não é um clássico só por acaso. Há várias partes do livro que me fez refletir sobre a vida e a morte. E sobre as razões que fizeram o monstro ser o que é e fazer o que fez.

Conta a história de Victor, que desde menino era apaixonado por alquimia e tinha a ambição de criar uma vida do zero. Porém a criatura que ele imaginava criar era bem diferente do que acabou criando. Ao longo da leitura, fica a reflexão de que o monstro não é a criatura que Victor criou, mas sim, o próprio criador.

Mesmo sendo bem melancólico e as vezes maçante, o livro é surpreendente e muito bem escrito.

Rafaela.Moser 01/04/2024

Livro muito bom, pra quem está iniciando nos clássicos é uma ótima pedida. Achei desnecessário os contos no final do livro, não me prendeu.

Ratobrilhante112 31/03/2024

Deus abençoe a Mary Shelley
Ok, deixa eu falar agora;
Frankenstein é uma obra MARAVILHOSA. Todos os detalhes que a autora dá, junto com a linguagem perfeitamente formal, juntando com a história em si fica sensacional.
Porém... eu mesma não pude usufruir tanto dessa leitura e aproveitar, pq eu acabei de sair de uma ressaca literária tentando ler Drácula, e a experiência não foi tão boa quanto era pra ser. Mas ainda assim, foi bem legal.
Talvez um dia eu tente reler.

LAzaro14 31/03/2024

LIVRAÇO
Sempre tive curiosidade em ler esse clássico da literatura. Sempre tive em mente de como seria essa história. Peguei as referências dos desenhos animados, mas tive a surpresa de que não eram nada parecidos. Que drama! Que livro! Super recomendo!

Helô 31/03/2024

O homem brincando de Deus?
Victor Frankenstein não tinha uma motivação, como a solidão, como a carência ou algo do tipo, ele apenas queria brincar de Deus! Tanto que o mesmo fala, que ao criar uma nova raça, seria idolatrado pelos mesmo. Tudo se inicia, ainda na infância, quando Victor se apaixona pela ciência natural e autores meio doidos para época, nós quais Mary não deixou muito esclarecido, mas creio eu, que eles também acreditavam que poderiam trazer a vida de volta, após a morte! Então, Victor inicia sua jornada, ainda no início da fase adulta, indo para a faculdade e estudando mais. Após pouco tempo, decide criar um humanóide e o mesmo começa ir até cemitérios e violar túmulos... Pouco mais depois de dois anos, quando ele inicia sua loucura, ele constrói um corpo gigantesco e horrendo e usando a vida de outros animais + alguma particula elétrica, que não fica muito explícito, ele da vida ao monstro DE Frankenstein, pois o monstro NUNCA TEVE NOME! Somente adjetivos como: Monstro; Demônio; Desgraça etc... Na verdade, Frankenstein é o nome da família. Enfim, Victor apavorado abandona o monstro a própria sorte e nisso, começa a jornada de ambos, vale ressaltar, que ambas as jornadas são regadas por acontecimentos fatais e tristes, para descobri-los, vai ler vai kkkkk gostei muito da escrita da Mary e gostei muito do desenvolvimento do livro e do seu fim trágico. É um romance gótico, não esperem felicidades não. Hahah

katmaiers 31/03/2024

Personagens:
Victor Frankenstein: filho mais velho do casal, estudou ciências biológicas/naturais e criou o monstro
Alphonse: marido de Caroline, a resgatou da pobreza quando ficou órfã, ficou doente e morreu ao saber da morte de Elizabeth
Caroline: mãe de Victor, Elizabeth, Ernest e William, órfã, morreu jovem
Elizabeth: adotada quando criança pelo casal, chamada de prima das crianças e criada para casar com Victor, loira e esbelta, morreu pelo monstro na noite de núpcias
Ernest: irmão do meio
William: irmão mais novo, vítima do monstro
Justine: odiada pela mãe, foi adotada pela família como criada, foi declarada culpada pela morte de William e foi enforcada
Clerval: amigo de Victor, o acompanhou em viagens e cuidou dele quando estava doente e delirante, morreu na Irlanda nas mãos do monstro
Walton: marinheiro do Norte que resgatou e deu abrigo à Victor

Resumo:
A história começa contando sobre a família, quando seus pais se conheceram, tiveram os filhos, adotaram Elizabeth e Justine e se estabeleceram na Suíça. Victor sempre gostou de ciências naturais, então quando era moço foi estudar em Ingolstadt, na Alemanha, conhecendo vários professores. Foi lá que ele criou o seu monstro, com partes de cadáveres. Quando a criatura ganhou a vida, Victor ficou horrorizado com sua aparência, o monstro tinha 2 metros e era deformado. Ele fugiu de seu apartamento/laboratório e caiu em delírio. Seu amigo Henry Clerval foi visitá-lo e cuidou dele por alguns meses até se curar da doença. Ao voltar para seu apartamento, não encontrou a criatura, e achou que tudo fora um grande delírio. Até que recebeu uma carta de seu pai falando do assassinato de William, e que Justine estava levando a culpa. De volta a sua cidade, ele reencontrou o monstro por acaso, e descobriu que ele fora o assassino de seu irmão e armou para outra tomar a culpa. A criatura contou a sua história, como fora rejeitado por todos devido a sua aparência monstruosa, inclusive pelo seu próprio criador que deveria amá-lo. Tentou se aproximar de humanos e fazer amigos, mas sempre era tido como monstro e abominado. Então, após uma série de decepções, ele decidiu cumprir sua sina como monstro e ter vingança do seu criador, que só o colocou no mundo para viver na miséria. Foi atrás de sua família e matou William de maneira a atrair a atenção de Victor. Ele lhe fez uma proposta, Victor deveria criar uma criatura feminina igual ao monstro para que vivam em harmonia, e eles iriam viver juntos longe dos humanos. Caso não fizesse uma companheira, o monstro iria se vingar e matar todos que Victor gostava. Inicialmente ele relutantemente concordou e viajou junto com Clerval para a Inglaterra, afim de estudar como criar a versão feminina. Se isolou em um lugar ermo e estava quase terminando sua obra, quando o monstro revelou que estava o seguindo para garantir sua promessa. Nisso, o jovem se lembrou da monstruosidade que havia criado e destruiu a sua, quase completa, obra feminina. O monstro fugiu com raiva e prometeu vingança no dia de núpcias dele com Elizabeth. Victor fugiu de barco em seguida, chegou na Irlanda e encontrou Henry assassinado pelas mãos da criatura. Novamente ele caiu em um delírio febril até que seu pai o visitou e o levou para casa. Victor se recuperou e se casou com Elizabeth, mas sempre preocupado que o monstro iria matar ele. Na noite de núpcias, Victor estava preparado caso o monstro viesse lhe matar, porém ele matou Elizabeth para que Victor pudesse sentir a mesma coisa que o monstro sentia, que ele estava sozinho. Victor retornou para casa, e seu pai caiu em doença ao saber de Elizabeth, e morreu logo em seguida. Com (quase) todos seus amados mortos na mão da criatura, Victor ficou enlouquecido querendo matar sua criação, e o seguiu por meio de desertos, florestas e mares, passando fome e frio. No norte, foi encontrado e resgatado por Walton e sua tripulação, e seguiu junto da embarcação contando sua história para o marinheiro. Victor estava delirante e a beira da morte, acabou falecendo alguns dias depois. Nisso, o monstro invadiu o barco para ver o cadáver de seu criador, e foi confrontado por Walton. O monstro estava sentindo remorso por ter sido a causa da morte de seu criador e se arrependia de tudo que havia causado. Walton disse que não adiantava mais se culpar, e a criatura sentiu que a única saída para seu sofrimento era a morte, então se atirou nas pedras de gelo.

Luisa.Serafim 31/03/2024

Clássico?
Muito bom falar que já li esse livro mas é muito massanteeeee
não me chamou atenção em nada, demorei horrores para terminar de ler e já estava de saco cheio
muito repetitivo, não leria de novo

sandyyy 31/03/2024

Da mais pura morte surgiu a vida?
Esse livro foi o meu primeiro contato com a autora e já posso dizer aqui nesse início que foi uma experiência muito boa!
A escrita me envolveu e me provocou diversas sensações: a curiosidade de observar como era a constante busca por conhecimento do Dr. Victor, a tensão nos momentos da criação do ?monstro?, a pena/dó por ver que algo criado da mais pura morte podia ser tão curioso/apaixonado pela vida no início e a raiva por todo o desenrolar da história para ambos os lados do enredo (?trágico? resume bem o que senti).
Eu nunca tinha buscado nenhuma informação sobre o livro, só sabia que ele tinha algumas adaptações para filme? e que bom que fiz isso! Adorei conhecer mais sobre o livro e a história dos personagens principais!

Emy 31/03/2024

Frankenstein ou o Prometeu Moderno?
Que leitura Maravilhosa e Horripilante!
Como falar sobre este livro sem deixar de fora nem uma parte de toda a sua complexidade? Só lendo para poder apreciar esse romance, e mesmo assim tenho certeza que a cada vez que reler a balança entre a criatura e o criador não irá pender demais para um lado.
Toda a história parece ter esse final inevitável que dá vazão ao sentimento que por décadas os leitores de Frankenstein trazem dentro de si!

Que obra!!

jdsdnt 31/03/2024

Impressionante
Realmente um livro incrível e encantador! rico em detalhes; não tanto assustador como aparentemente pretendeu ser, mas indubitavelmente reflexivo. quem é o monstro de verdade? o Sr. Frankenstein ou a sua criação?!
Amei! Recomendo!

clara 30/03/2024

Briga pra saber quem vai ser o rei da coitadolandia
Fazendo um resumo bem básico: o Frankenstein e o monstro dele ficam real brigando pra saber quem vai ser o novo rei da coitadolandia. Metade do livro é mostrando como o Victor perdeu tudo e como é um coitado, a outra metade é sobre como o monstro era menosprezado, sendo assim um coitado.
Mas sem brincadeira, o livro é ótimo, apesar da história ter um começo bem chato e só engatar quando o monstro finalmente é criado, é uma história que te prende.
Eu tinha uma ideia muito diferente de como as coisas aconteciam, sendo realista achei que o livro seria igual o filme da Disney, o Frankwenie (acho que é esse o nome) mas me surpreendeu muito, teve uma parte que foi plot atrás de plot.
Recomendo muito, ótima leitura.

Lii 30/03/2024

Talvez eu devesse ter ficado triste..?
Essa leitura me trouxe tantas reflexões; (será que devemos querer o que queremos? Somos responsáveis pelo que criamos. Uma vida simples e sem tantos anseios já é uma boa vida... O homem nasce bom, a vida e as pessoas o corrompe. Talvez tudo que um "monstro" precise é de amor e compreensão). Mary Shelley é impressionante, a forma que ela descreveu tudo, a riqueza dos detalhes, os diálogos realmente me cativaram, eu gostei e senti pena tanto do Victor, quanto do monstro na mesma intensidade. Antes de ler Frankenstein eu li "Os Sofrimentos do Jovem Werther" do Goethe e consegui ver muito de Goethe na escrita de Shelley; todo aquele romantismo dilacerador! Por sinal, este mesmo livro é citado em Frankenstein, foi muito bom poder fazer essa "intertextualidade". Nota: Preciso ler Milton também. Por fim, não consegui me sentir triste por toda desgraça, as lições foram mais fortes e talvez... Além de literatura gótica, ficção científica, etc., devêssemos incluir este livro em (auto ajuda), ele me mudou e continuará mudando daqui pra frente.