The Word for World is Forest

The Word for World is Forest Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin




Resenhas - Floresta é o nome do Mundo


141 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 2 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10


Jessqui 06/07/2022

Apesar de ser um livro curto, abre espaço para discussões importantes como convivência com diferenças e respeito.
comentários(0)comente



Davenir - Diário de Anarres 22/06/2022

Uma vez que aprendemos, não há como voltar a trás
"Floresta é o nome do mundo" da Úrsula Le Guin é o terceiro livro do Ciclo Hainnish que chega ao Brasil em Português-BR, já havia sido traduzido em Portugal pela Europa-América. Foi uma excelente notícia pois estava difícil imaginar, que a Editora Aleph iria voltar a publicá-la mesmo já tendo publicado "A Mão Esquerda da Escuridão" e "Os Despossuídos".

Acompanhamos o encontro civilizacional dos Humanos da Terra com os nativos de Athshe. Distante 27 anos da Terra, os colonos da Terra impõe uma dominação brutal, ao modo europeu com os nativos indígenas. Da intenção para extrativismo, ao uso de trabalho escravo, os athesheanos não conhecem o uso da violência para aqueles que reconhecem como humanos (ou yumanos, na língua deles) enquanto que os colonos reduzem a animais, chamando-os de "creechies" - de criatura.

Apenas Raj Lyubov demonstra interesse em um intercâmbio cultural com os nativos. Dessa forma conhece Selver que após ter sua esposa estuprada e morta por Don Davidson, o típico brucutu que tem prazer na violência e mostra ao longo do livro como é desprezível. São esses os três narradores que intercalam a obra. Selver tem um papel crucial pois sua vivência o coloca como líder de uma revolta que pode por em risco a colônia yumana e nem uma comissão de emissários de outros planetas parece ser capaz de frear essa onda de violência que se anuncia.

Os hainianos, são a raça originária dos povos retratados nas obras de Le Guin, inclusive os humanos da Terra, porém essa civilização perdeu contato com suas colônias e elas se esqueceram umas das outras, de forma que todos são humanos. Em "Floresta é o nome do mundo" estamos no início da criação da Liga dos Mundos, com base na criação do anísvel, uma máquina capaz de comunicação interplanetária instantânea. Contudo, nem mesmo a jovem Liga pode evitar o confronto que se anuncia. Chama a atenção a relação dos athesehanos com os sonhos que os colocariam como um dos seres mais importantes para a Liga dos Mundos.

De volta a obra, Úrsula foi muito competente em colocar os dilemas ambientais, do colonialismo, ecologia em uma obra tão maravilhosa como triste, como de fato foi a história do colonialismo europeu, mas que pelo seu caráter ficcional, infelizmente envelheceu bem, permanecendo atual, pois uma vez que aprendemos algo, não podemos mais voltar atrás.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2022/06/resenha-240-floresta-e-o-nome-do-mundo.html
comentários(0)comente



Iuri 03/06/2022

Vietnã segue vencendo
É impossível sair o mesmo depois da leitura das obras de Ursula. Assim foi com Os Despossuídos, assim foi com A Mão Esquerda. Floresta seguiu o padrão.
Desta vez, Ursula Coleguinha (como gosto de chamá-la por nunca ter aprendido a pronúncia correta do sobrenome) nos apresenta um conto anticolonialista. É impossível não enxergar a campanha militar estadunidense contra o Vietnã no conflito entre "creechies" e terranos. Outras referências são feitas ao processo histórico do colonialismo: escravidão de povos nativos, apagamento cultural... 160 páginas riquíssimas onde a autora mais uma vez nos mostra como o escritor, esse mentiroso criador de realidades mentirosas, apresenta o poder de refletir criticamente nosso passado (e presente) em perspectiva futurista.
Para além de uma narrativa de subversão, organização e resistência (Selver é meu guerreirinho!), um convite a reconhecer que outras formas de ver e conhecer o mundo são possíveis.
Obrigado, Ursula. Dizem que você morreu há alguns anos, mas a cada ano que passa você não morre. Ao contrário, me parece cada vez mais viva.
comentários(0)comente



drixza 02/06/2022

O homem é o lobo do mundo.
História bem fluida e muito aflitiva, trouxe a forma perversa dos colonizadores, que exploram os territórios destruindo seus biomas, e sendo muito cruéis e abusivos com os povos do lugar. Dói porque isso é a história da humanidade, do passado e do presente. Vemos acontecendo hoje, com a natureza sendo desmontada por garimpeiros e grandes corporações, os povos indígenas sendo dizimados e o resto do mundo assistindo isso de suas poltronas sem ter noção da enormidade da atrocidade.
comentários(0)comente



Adegilson.Alves 02/06/2022

Tive medo, mas passou
Um leitura que não foi fácil. Não pela dificuldade da escrita , mas pela temática do enredo. A violência projetada pelos colonizadores para os colonos é sangrenta e cruel. Foi um genuíno "ódio que você semeia." Crítica o colonialismo , xenofobia e outros. Recomendo a leitura.
comentários(0)comente



Andrea 11/05/2022

O lado feio da humanidade
Esse livro foi uma grata surpresa! Nunca havia lido nada da autora e resolvi começar por “Floresta é o nome do mundo” justamente por ter achado a sinopse bastante ousada, ainda mais considerando o ano de publicação (1972). Trata-se de um livro com temas pouco discutidos na literatura, com críticas ferrenhas às práticas colonizadoras, ao ódio pelos diferentes e ao sentimento de superioridade que justifica todo tipo de atrocidade cometida contra outros povos. O livro é curto, mas demandou um tempo considerável para terminar, não porque a escrita da autora seja rebuscada e/ou complexa, mas sim porque a crueza com que tantos absurdos são descritos é assustadora e fascinante. Os personagens colonizadores são verossímeis, são humanos essencialmente. Egoístas, autocentrados, especistas, racistas, oportunistas, etc. Mesmo os mais “bonzinhos”. Nesse sentido, acredito que o final do livro exagerou a benevolência de um dos yumanos o colocando como salvador dos athsheanos, ignorando sua demora para “perceber” os absurdos cometidos pela sua espécie contra a espécie nativa. Além disso, muitas das explicações sobre a pacificidade dos humanóides locais é pouco crível (para mim). Motivo pelo qual retirei uma estrela da nota final do livro.
Em resumo no livro é narrada a história de yumanos colonizadores (humanos terráqueos) que invadem um planeta chamado Athshe, cuja espécie dominante é composta por criaturas humanóides verdes peludas e menores do que os invasores. Essas criaturas viviam organizadas pacificamente em seu planeta e possuíam uma ligação bastante forte com a floresta. Logo que chegam os yumanos passam a criar colônias com o objetivo de extrair madeira e mandá-la para seu planeta de origem. Para isso utilizam os nativos, aos quais denominam “creechies”, como mão de obra. Durante alguns anos perdura essa dinâmica de escravização, sobretudo porque os athsheanos não estão acostumados a utilizar a mesma violência dos terráqueos. Até que em função dos abusos sofridos e da destruição massiva da floresta eles se revoltam e começam a tomar de volta o seu planeta.
Um dos personagens principais dessa história é Davidson, um oficial de patente baixa absolutamente egocêntrico e que acredita piamente na superioridade da sua espécie (humanos terráqueos colonizadores) em relação aos nativos. Uma pessoa capaz das maiores atrocidades (e vale o aviso: nesse livro tem MUITAS atrocidades e muita violência), porque é incapaz de respeitar a individualidade, as particularidades e os direitos dos nativos. Seu pensamento era o mesmo dos maiores assassinos da história humana fora da ficção: dos colonizadores que usurparam, que tomaram de assalto, que destruíram os diferentes; daqueles que aniquilaram e/ou se esforçaram para exterminar quem quer que fosse “indesejado”; dos incapazes de ver beleza e de aceitar os direitos de quem é diferente de si próprio; das piores pessoas.
A linguagem é crua, as violências são expostas da forma que são: violentas, cruéis, abjetas, reais. O pensamento que constrói as justificativas para esse tipo de ação são os mesmos que foram usados pelas pessoas reais, no mundo real. Isso é avassalador. A pretensa superioridade humana é parte indissociável da nossa cultura até os dias atuais. E dentro dessa superioridade que não é linear, grupos humanos favorecidos pela história utilizam argumentos semelhantes para dominar outros. Dentro da mesma espécie. Dentro da nossa espécie. Muito tempo já passou, mudamos pouco. Infelizmente.

Principais temas tratados: Racismo; especismo; colonização; ódio; violências.
Data da conclusão da leitura: 30/03/2022
Nota: 4/5
comentários(0)comente



Sofia 20/04/2022

Meu primeiro contato com a escrita da Ursula foi sem nem pensar duas vezes. Apenas peguei um e-book dela que tinha há muito tempo e comecei a ler. Nem imaginava o que me esperava, só sabia que contaria com muita ficção científica.

Neste livro, vamos para outro planeta. Os humanos destruíram tudo que existia no planeta Terra e agora precisam encontrar subsídios para sobrevivência em outro lugar. Porém, nesse novo planeta já existem moradores, que os humanos tratam logo de escravizar e fazer com que eles trabalhem cortando madeira. Mas é claro que isso não vai ficar sem resposta.

Um povo que, aos poucos, vamos entendendo que são pacíficos, resilientes e sonhadores, logo começa a entende que precisa revidar para conseguir a sua liberdade de volta e é isso que eles irão fazer. E os humanos, por não esperar uma atitude assim, logo são surpreendidos e ficam assustados com a reação do povo nativo.

Uma história que é ficção mas tem muito de realidade, como bem conhecemos, muito bem contada de forma profunda e, ao mesmo tempo, rápida em menos de 200 páginas. Confesso que demorei a engatar na leitura e me ambientar a tudo que acontecia nesse universo e, por isso, minha experiência pode não ter sido das melhores. Mas estou animada para conhecer mais da literatura da Ursula e por já ter dado esse passo nos livros dessa autora que é tão reconhecida.
comentários(0)comente



Bru 19/04/2022

Meu primeiro Ursula
Ha uns anos ensaio ler Ursula, por sua importância em Ficção e meu apreço por esse tipo de leitura. Até que, estimulada por um clube de leitura (Sci-Fi LC), decidi me aventurar por esse livro.
Pequeno e premiado, talvez tenha colocado minhas expectativas altas demais. Pelo tamanho, foi um livro de certa forma arrastado de ler. Mas é uma leitura interessante e que da vontade de saber o que vai acontecer e entender o que ou quem são esses personagens, fazer paralelos com a vida é as explorações na Terra(n).
Não sei se foi a melhor porta de entrada para o universo de Ursula, mas com certeza será apenas o primeiro livro que lerei.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



villalobo 06/04/2022

Floresta é o Nome do Mundo
O planeta Athshe era um verdadeiro paraíso, um dos poucos mundos que ainda restavam árvores. Mas os homens invadiram, conquistaram a confiança dos athseanos.
Os Athseanos é um povo diferente de nós eles conseguem sonhar sem estar dormindo, com certeza são mais evoluídos. Nesse período não restava mais nada na Terra e eles foram até a o planeta Athshe para colonizar.
Teve um momento do livro que eu me perdi, achei a história muito confusa.
Acho que o contexto é importante e necessário, mas a maneira que foi escrita não me agradou.
"Se os yumanos são homens, são homens que não sabem ou não foram ensinados a sonhar e a agir como homens. Por isso, seguem suas vidas atormentados, matando e destruindo, induzidos pelos seus deuses internos, que não vão libertar, mas vão tentar arrancar pela raiz e negar. E se forem homens, são homens maus, que negaram os próprios deuses, que temem ver o próprio rosto na escuridão."
comentários(0)comente



Jóice 28/03/2022

Úrsula sempre nos faz pensar em questões muito profundas, a analogia que ela faz com a floresta pensando no atual cenário que vivemos... Nos mostra o quanto os seres humanos são cruéis e destrutivos. É um livro para ser digerido aos poucos e acredito que não o li no melhor momento, preciso reler mais a frente.
comentários(0)comente



Livia1405 26/03/2022

Sensacional
Extremamente sensível, faz uma alegoria perfeita a exploração e opressão do colonialismo e imperialismo. As ideias sobre alfabeto e sonhos deixaram a leitura poética, além de reflexiva. Amei!
comentários(0)comente



Nica 14/03/2022

Le Guin é Le Guin
Li meio correndo pra poder participar de um curso de extensão sobre a Le Guin.
Sou muito fã da autora, então qualquer coisa que eu falar, vai estar meio influenciado por isso, mas é um ótimo livro, a mudança de narradores traz em todo capítulo, sentimentos diferentes. Nem sempre bons sentimentos.
Comparado com "A mão esquerda da escuridão", esse é um soco no estômago, enquanto a mão esquerda é bem sutil no que quer dizer, nas metáforas, esse é bem escancarado.
Gostei muito, se tivesse lida mais devagar teria gostado mais e pra quem quer começar a ler Le Guin, é um ótimo começo.
comentários(0)comente



Gih 28/02/2022

O livro é bem escrito, mas história em si não me atraiu. Me lembrou outras histórias de destruição de planeta e expansão terráqueia. Vou atrás de outros livros da autora, pq esse não parece ser representativo de sua obra, já que comentam muito dela.
comentários(0)comente



Meus Anos Em Livros 04/02/2022

Minha Primeira Experiência Com Le Guin
Vi essa indicação de livro no canal do Youtube da Duda Menezes, o Book Addict. Uma pessoa a presenteou, informando ter sido um dos livros favoritos que ela leu da autora. Já tinha ouvido falar super bem da Úrsula K. Le Guin, mas ainda não tinha tido a experiência e resolvi pegar esse livro por ele ser curtinho... E confesso que fiquei impressionada com a história e positivamente impactada pela escrita, pelo desenvolvimento dos personagens e pelo mundo que ela criou aqui. Amei passar meu tempo com Selver e detestei cada segundo a soberba e a loucura de Davidson. E o melhor de tudo, foi refletir o impacto que a humanidade pode ter ao chegar em um lugar novo... Pensei nisso também, trazendo essa realidade mais para perto de nós, no impacto negativo que podemos ter sobre outras culturas, quando não aprendemos a respeitá-las e tentamos fazer com que as pessoas se adaptem ao nosso jeito de ser, ainda que de maneira forçada, o que vemos muito nos livros de História. Entrou para a lista dos meus livros favoritos. Mal posso esperar para ler outros livros da autora! Super recomendado, 5 estrelas!
comentários(0)comente



141 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 2 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR