The Word for World is Forest

The Word for World is Forest Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin




Resenhas - Floresta é o nome do Mundo


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Malle 05/01/2024

Um novo deus
Como começar a descrever a jornada que é Floresta É O Nome do Mundo?

Um livro avassalador sobre a colonialismo e a terrível violência essencial a tal política. O livro retrata a sistemática opressão e genocídio ? tanto cultural, como físico ? dos athsheanos pelas mãos dos humanos, que aqui são nada mais do que seus primos distantes na grande árvore genética da Humanidade. Uma história que traça claro paralelos com os nossos próprios povos, cujas consequências são sentidas até hoje.

Foi a primeira obra da Ursula K. Le Guin que li, e fiquei encantada na forma como ela alterna entre três pontos de vista: Davidson, um soldado de uma das bases coloniais, Lyubov, um cientista cujo objeto de estudo é a sociedade athsheana e Selver, um athsheano cuja perda traumatizante da esposa e após anos de escravidão, lidera a revolução de seu povo. Sem perder o caráter intimista dos pontos de vistas em qualquer instante, a cada mudança nos sentimos imersos dentro do âmago de cada personagem, por mais terrível ou sofrido seja. A racionalização de todos é exposta de uma forma verossímil, com os pensamentos e atitudes orgânicos e naturais dentro do contexto de cada um.

O tema tratado por ela não é levado leviamente, e apesar de ser um livro curto, ele não perde chance de engatar a história e mostrar como um todo a racionalização de Selver, o revolucionário. Trazendo a ação de assassinato para um povo totalmente pacífico, ele incendeia uma floresta irreversivelmente ? mas não as grandes árvores que rodeam suas cidades, mas sim cada um dos athsheanos que ouvem suas histórias e lutam ao seu lado.

É uma história fascinante, absolutamente genial, fácil de acompanhar e com reflexões interessantíssimas. Super recomendo.
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Gabriela 05/01/2024

| Não adianta, agora, fingir que não sabemos como matar uns aos outros.

É extremamente doloroso acompanhar as mudanças que os athsheanos sofreram para poderem sobreviver. O próprio Selver, descrito quase sempre com seu rosto cheio de cicatrizes, materializa as marcas geradas pela brutalidade da colonização. Os homens podem fazer tratados e ir embora, mas essas marcas ficam, a violência fica.
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Vitor 31/12/2023

Não é pra mim
Tida como a mãe da ficção científica, a autora cria uma narrativa base para o que aconteceria nas próximas décadas. Não me conectei muito a história ou a escrita, mas é impressionante o nível de esmero e criação de mundo dela.
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ana flavia 30/12/2023

Comecei o livro com muita expectativa, mas demorei a engrenar na história por achar confuso no início. Mas quando esse primeiro momento passou achei a história muito boa, todo o tema de colonialismo sendo, finalmente, contada pelos colonizados e não pelos colonizadores. É uma grande metáfora sobe tudo que a nossa civilização viveu e ainda vive.
Além da colonização também tem uma ótima reflexão sobre o meio ambiente e como tudo tá interligado e tudo é política. Estou muito ansiosa pra ler outros livros da autora.
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Gabriela3872 27/12/2023

Eu adorei essa leitura, acho que gostei ainda mais que O feiticeiro de terramar. A escrita da autora é tão bela que, pra mim, chega a ser poética.

Os três personagens principais dessa história são cativantes, até mesmo Davidson com aquela mente doentia que ele tem, mas sem dúvidas o meu favorito é Selver e toda a sua trajetória, de creechie, a escravo, a deus e de volta a creechie, e também a trajetória do seu povo, que sobre com as atrocidades dos yumanos, e são obrigados a irem contra sua natureza pacífica pra se defenderem.

Achei maravilhoso ser inserida em todo um universo em apenas 160 páginas.
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Marina.Duarte 18/12/2023

O livro conta a história da humanidade explorando novos planetas depois de ter esgotado todos os recursos no planeta Terra. A exploração é feita por uma base militar e o livro conta a interação desses militares com o novo planeta, sua fauna e sua flora, e também com a comunidade que já ocupava o planeta antes da chegada dos militares.
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Gian.Calixto 16/12/2023

Finalizado
Acho q agora eu tô me acostumando com a escrita da autora, sendo bem narrativa e bem reflexiva dados os únicos 3 livros q li até então. Mesmo não tendo mais de 200 páginas, aqui nós vemos um mundo bem construído, com uma civilização e cultura muito criativas. E os conflitos da mesma ao ter de lidar com uma espécie diferente. Mérito da autora conseguir fazer isso com tão poucas páginas. O problema, pra mim, foi q algumas mensagens não foram tão bem explicadas ao meu entender. Os personagens eu achei bem cativantes, com exceção de um q é basicamente a junção de coisas ruins q o ser humano pode ter. O final foi meio corrido, mas eu achei bem massa o clima q ficou naquela hora. Eu tinha pensado em abandonar chegando aos 49% do livro, pois algumas coisas não tavam encaixando muito bem, mas valeu a pena ter insistido pois o q veio depois valeu muito a pena.
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Julia.Dani 11/12/2023

Floresta é o nome do mundo
Livro muito profundo, com muitas camadas, sinto que preciso ler de novo para compreender todas as nuances escritas pela autora. A Ursula consegue amarrar muito bem diversos temas muito sérios e urgentes. Recomendo demais a leitura. Qualquer semalhança com a nossa realidade não é mera conhecidência.
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Marcus 18/11/2023

O planeta é outro, a exploração é a mesma
Colonialismo, dominação, exploração e ambientalismo se misturam nessa obra de Ursula K. Le Guin, premiada escritora de ficção científica dos Estados Unidos. A autora leva para um planeta muito distante da devastada Terra natal uma situação bastante familiar aos brasileiros: amparados por grupos militares fortemente armados, os chamados “terranos” escravizam os habitantes nativos e derrubam vorazmente suas florestas.
Duas curiosidades na narrativa fluida que alterna os pontos de vista do colonizador e do colonizado. Uma é que os habitantes nativos do planeta Athshe baseiam sua cultura e modo de vida em sonhar e sonhos. E esse é tema central de outro romance da autora, “A Curva do Sonho”, obra de proposta interessante mas menos vigorosa da autora.
Outra é que os athsheanos são seres de alta inteligência e têm o corpo coberto de pelos marrons ou esverdeados. Apesar de seu porte, um metro de altura, resistem à devastação de seus recursos naturais. A trama de “Avatar”, filme lançado em 2009, segue tema muito parecido ao livro publicado em 1972.
“Floresta é o Nome do Mundo” foi lançado pela editora Morro Branco em 2020 com tradução de Heci Regina Candiani.

site: https://www.youtube.com/@BichodePrata
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KinoplexGuilha 18/11/2023

Deveria ter gostado mais
Estava com expectativa alta para ler, não sei se me pegou tanto. Gosto da mensagem e amo a descrição das tribos, mas algumas partes acho até caricata a representação de Le Guin, o que me fazia perder o interesse em alguns momentos.
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Beatriz 26/10/2023

Bom!
?Floresta é o nome do mundo? é um livro bem rápido que utiliza colonização como ponto de partida para tratar de vários temas. Gostei, mas gostaria que ele fosse um pouco maior para conseguir explorar ainda mais os temas que propõe apresentar. ??Não acho que seja um livro para todos, mas vale o teste :)
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Thami 25/10/2023

Ursula maravilhosa entregando lá atrás tantas questões importantes!!! Esse me livro me deixou triste, mas é necessário não fecharmos os olhos para as crueldades que como espécie podemos, e infelizmente já fazemos :/
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Mar 05/10/2023

Sonho é a memória do mundo (que não esquece suas feridas)
Infelizmente faz muito tempo que li, não tive tempo de sentar antes para escrever sobre. Serei breve e casual.

O início de floresta é um pouco difícil de engolir. Le Guin tem tanta acidez e ressentimento sobre os tipos que critica (com razão) que sua prosa, pelo ponto de vista de Davidson torna-se uma sátira da sátira. Enjoa ler, entre uma captura boa dos valores de um homem como ele e uma caricatura ridícula e impossível de se levar a sério. O contraste é gritante frente a austeridade, assombro e luto presentes no restante do livro. Não se se isso é uma coisa boa ou não, esse contraste.

Passado o POV de Davidson entramos de fato num planeta que é floresta. A natureza e os habitantes não são a mesma coisa, mas não precisam ser. Há respeito mútuo pela existência, que é fim em si mesma. Em suma, por meio de uma relação humanos-ashteanos, Le Guin explora colonialismo, extrativismo, escravismo e outros sistemas exploratórios desumanizantes, mas seu foco aqui é a relação espiritual dessas bases capitalistas com o ser humano que impõe tais violências. Os Ashteanos compreender o tempo de cada coisa, e vivem em florestas, onde as informações precisam ser procuradas. Existir é contemplar (uma similaridade forte com o Tao e outras filosofias orientais que não é nova para Le Guin). Já os humanos compreender um tempo único, para frente, e habitam clareiras onde tudo que existe e todas as respostas precisam estar evidentes, porque ninguém quer ou tem tempo para contemplar. A opinião de Le Guin parece clara: existir não é o mesmo que produzir.

Para amarrar essas formas fundamentalmente diferentes de se viver, Le Guin utiliza da violência. Um povo ensina o outro a matar. Há bastante que poderia ser dito; matar é um aprendizado e portanto análogo a evoluir, a aceitar o progressismo. É o pecado basal da relação entre a humanidade - irmão matando irmão. Porém eu diria que aqui matar é baseado em uma hierarquia. Uma relativização da vida alheia frente à motivos próprios. É isso que a humanidade ensina aos athsheanos, uma mudança permanente na forma como veem uns aos outros. Um pensamento, não uma ação. Por isso talvez não possam voltar atrás.

Em suma, apesar do excesso de Davidson e sua personalidade caricata, por meio de uma trama de densa (em relação tamanhoxpeso) e personagens icônicos (representantes de ideias), Le Guin faz uma crítica sensível e trágica do pensamento moderno antropocêntrico, onde o homem se vê como foco apenas para colocar progresso acima de si mesmo sem nem mesmo perceber que está se matando aos poucos, urgindo quem lê a contemplar, celebrar e jamais relativizar o valor de si e daquilo que el cerca.
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Natália 17/09/2023

Meu primeiro contato com a autora e confesso que gostei mais do que imaginava. Talvez por conta do livro ser beeeem diferente do que pensei quando vi o título (não li a sinopse kkkk).

A trama me prendeu desde o início. O que não gostei muito foi que os capítulos são ENORMES e isso deixava a leitura um pouco maçante em alguns pontos, mas confesso que peguei em um ritmo que, no fim, adorei o que li.

Temos vários pontos de vista ao longo dos capítulos e isso só me deixou ainda mais intrigada. ODIEIIIII o Davidson desde a primeira página, ele é brutal e infelizmente, é como muitas pessoas que ainda existem no mundo. Por outro lado, Selmer é mais calmo e amante da natureza local.

A forma como tudo se desenrola e não deixa nenhuma ponta solta é perfeita. Até a explicação sobre as atitudes dos Athsheans fez sentido e o final foi melhor do que esperava.

É um livro com uma mensagem poderosa e que traz muita profundidade. Não vou parar de pensar nele por um bom tempo e acredito que mais pessoas deveriam ler!
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Dani Gundes 06/09/2023

O que é inteligência?
Com muita sagacidade, Úrsula coloca mais uma vez em pauta a reflexão sobre o que é ser humano. Numa trama que envolve os horrores do colonialismo, os invasores não se importam com sua crueldade, pois esta não é dirigida a outros humanos, mas a 'seres inferiores'. O não reconhecimento do outro, de seus costumes e crenças vai causando estrago e uma exploração predatória e fica a indagação: estes seres 'superiores', vindo de um planeta devastado, atravessaram as estrelas para chegar aqui e explorarem nossos recursos até o esgotamento, são mesmo inteligentes?
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