O sol mais brilhante

O sol mais brilhante Adrienne Benson
Adrienne Benson




Resenhas - O sol mais brilhante


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Isadora 30/07/2020

O sol mais brilhante é um livro sobre maternidade!
Passamos pelo imenso desejo de Simi de ser mãe. Da negação de Leona à filha. E da inebriação ao posto de mãe de Jane. Todas essas mulheres nos trazem os vários sentimentos que envolvem a maternidade. Ao contrário do que vemos muito, nem sempre essa condição biológica intrínseca às mulheres vem de forma orgânica e natural. De alguma forma o destino dessas três mulheres irão se cruzar, e a maneira que cada uma delas cria seus filhos irá divergir em determinado ponto. E por isso o livro nos traz diversas reflexões durante a leitura.

Simi deseja imensamente um filho que nunca chega e para se manter dentro da sua tribo maasai é imprescindível que ela consiga ser mãe, mas ela teme ser estéril. Sua oportunidade chega juntamente com a antropóloga Leona, muzungu branca que se instalou na manyatta para estudar os costumes do seu povo. Leona, não pretendia ser mãe, por descuido acabou engravidando de Adia. O instinto maternal não esbarra nela nem quando tem em mãos sua própria cria, mas o alívio se instala assim que descobre alguém que está disposto a fazer esse trabalho por ela. Jane, bióloga americana, se vê responsável por um novo ser que é capaz de trazer, junto com seu nascimento, a resolução para todas as suas frustraçõess. Grace se tornou seu mundo, sua casa.

Apesar de ser uma leitura cativante, nãoo consigo parar de pensar que eu gostaria de ter me aprofundado um pouco mais na cultura maasai. Obviamente, Simi nos traz diversos pontos interessantes da vida na manyatta, mas a trama não gira em torno disso como eu esperava, ela acaba se tornando coadjuvante em certo momento da história. Inclusive, acredito que a autora conseguiu nos trazer com riqueza em detalhes a savana africana, as suas belezas, seus animais e paisagens, mas também a pobreza do Quênia, e acredito que ele não se resumo só a isso. O leitor fica tendencioso a ler a história e enxergar a Africa com os olhos americanizados da autora, esperava que a visão que eu encontraria fosse diferente.

@uma_almaliteraria
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Pri | @biblio.faga 28/07/2020

Ver o lado bom é um exercício que, infelizmente, ainda sou muito melhor pondo em prática quando se tratam das minhas leituras, do que em relação à minha própria vida.

Assim, admito que poderia fazer inúmeras ressalvas quanto ao livro, porém, mais uma vez, escolho me ater aos seus méritos.

Embora, a meu ver, não tenha sido dado enfoque suficiente com relação à cultura massai, apenas o fato de trazer à tona a realidade de tribos nômades já possui seu inegável valor, afinal, você não pode ficar instigado/curioso sobre algo cuja existência desconhece, e o livro serve como um belo pontapé inicial para o contato com esse vasto universo.

A formação de Leona em antropologia sociocultural e, principalmente, a afeição de Aida à sua “segunda” mãe chamam atenção à necessidade de respeitarmos uma cultura que não é nossa, mas que tem valores tão bonitos como a “criação” das crianças por todas as mães a tribo, a adoção orgânica de filhos que perderam os pais, essa noção de vida compartilhada, de uma verdadeira comunidade.

Quando digo respeitar, não digo ter um pensamento acrítico, mas sim evitar a reprodução de um olhar superficial, posto que enviesado [uma visão ocidental] sobre crenças e práticas, cuja complexidade e importância desconhecemos. Jane, em vários momentos, fornece um belo exemplo de como não ser e/ou agir.

O maior mérito do livro é a riquíssima e primorosa abordagem da temática da maternidade. O ser ou tornar-se mãe é construído de uma forma muito real. A autora consegue falar sobre suas diversas formas e nuances: Simi e seu desejo de ser mãe, sua generosidade, sua entrega e seu instinto natural e maternal; a rejeição de Leona, em contraponto, a dedicação excessiva de Jane a esse papel.

A personagem Leona desmitifica a crença milenar de que toda mulher nasce com instintos maternais ou que deseja ter filhos, demonstrando empiricamente como o mito do relógio biológico não passa de mera imposição social, a ser enfrenta e rechaçada. Contudo, infelizmente, essa realidade de muitas mulheres não é suficientemente abordada na literatura e essa ausência de debate colabora para manter como temas tabus assuntos relevantes como a depressão pós-parto, a maternidade real e não romantizado, e a possibilidade de não ser uma fonte de realização pessoal.

Assim como toda vivência é marcada por inseguranças, agruras e prazeres que lhes são próprios, a maternidade também o é, não seguindo uma fórmula certa ou ideal. As três mães do livro mostram como esse processo é, ao mesmo tempo, igual e diferente para cada mulher, e, como tem as diferenças, também podem gerar conflitos, válidos ou não.

Como dito acima, embora com várias ressalvas, foi uma leitura agradável com altos e baixos.

~ Quotes:
“Assim como todas as crianças da manyatta, ela era filha de todos, livre para comer e dormir com qualquer uma das mães. Dessa forma, a ligação de Leona com Adia permaneceu a mesma que tinha com todos os bebês à sua volta: afetuosa, mas distante, vista através de um telescópio, detalhada, mas remota.” (p. 33)

“Eu queria que você estudasse; assim, quando se cassasse, poderia ser mais esperta do que o marido. Um marido pode bater na esposa, pode tomar tudo o que ela tiver, mas nunca pode tirar as coisas que ela sabe.” (p. 47)

“E havia algo mais infeliz do que uma mulher que não poderia ter filhos?” (p. 49)

“Você é minha filha. E agora é uma mulher, e logo será uma esposa. Sua vida será como a minha, mas talvez não a dos seus filhos. Talvez eles possam ter um horizonte mais vasto” (p. 48)

“Especulou se, talvez, o lugar onde a pessoa nascia transformava as suas células ou se o ar que a mãe respirava enquanto você nadava dentro dela contribuía para o seu corpo, para a sua mente. Talvez o lugar onde a concepção ocorria desencadeava a própria história singular daquela pessoa. Se fosse isso, Adia era uma criança de poeira e cheiro de lenha e gado. Leona jamais poderia fazê-la se esquecer disso.” (p. 90)

“Ninguém podia escrever o futuro a partir do passado” (p. 116)

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
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Nathy215 26/07/2020

Leitura pouco relevante.
Esse livro foi uma grande polêmica no app da tag, por contar diversas passagens racistas, tive vontade de ler para tirar minhas próprias conclusões, mas além do racismo, as histórias são cheias de angústia, dor e sofrimento. O livro foi divulgado, como um livro que dava destaque a cultura africana, massai, mas não foi algo desenvolvido no livro.
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Júlia 26/07/2020

É emocionante ver como as histórias se entrelaçam e como a maternidade é tratada por cada uma das mães. É linda a relação delas
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Dani 25/07/2020

Três perspectivas do que é ser mãe. A felicidade e a dor que a experiência trás. Mae biológica, mae adotiva, o cuidado, traumas.
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Pry Salomão | @leitoraredglasses 24/07/2020

Um Aprendizado para a Vida
O livro O sol mais brilhante se passa no deserto Subraariano e nos traz a perspectiva de 3 mulheres sobre a maternidade.
Conheceremos Leona, uma antropóloga que se muda para a Africa, para estudar as tribos dos massai, conhecer seus hábitos, o dia-a-dia e lendas. Seu objetivo é: conseguir de alguma forma salva-los da seca, por serem tribos nômades que precisam ir atrás dos rios que hidratam seus corpos e do alimento para o seu gado.
Temos Simi, a única massai que fala inglês na tribo, e irá se aproximará de Leona. Infelizmente Simi é infértil e conheceremos o quanto isso irá impactar sua vida em uma tribo completamente patriarcal e que o objetivo principal das mulheres é: casar e ter filhos.
Por último temos Jane, uma bióloga que perdeu a mãe cedo para uma doença terminal e que para fugir de sua família decide aceitar uma oportunidade de trabalhar com os elefantes da África com a possibilidade de salvar suas vidas dos caçadores de marfim.
O livro nos trará muitos pontos sobre a maternidade, tanto a maternidade da perspectiva dessas mulheres para com os filhos, como a perspectiva delas como filhas. Será que toda mulher nasceu para ser mãe? Será que uma filha tem de ser o centro de tudo para sua mãe?
Um livro emocionante e principalmente uma lição de vida, o romance de estreia de Adrienne Benson.
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Marcinha 23/07/2020

Tocante
Demorei para pegar o ritmo, mas quando vi não conseguia parar de ler. Um livro emocionante. Personagens muito humanos e reais. Várias questões abordadas no livro, como maternidade, paternidade, violência contra a mulher, pedofilia... E tudo se passando em vários cenários exóticos.

Viajei com este livro. Uma experiência maravilhosa.
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Estante Flor de Lis 23/07/2020

Encantador
Uma bela surpresa! É o que eu diria deste livro.
Recebi ele na minha caixinha de maio da assinatura TAG Inéditos.
É o livro de estreia da escritora Adrienne Benson.
Adrienne nos leva à Africa nesta incrível história com três mulheres muito diferentes entre si como protagonistas.
No Quênia conhecemos Leona, uma antropóloga, com uma história de rejeição e abusos na infância.
Para fugir da relação conturbada com os pais ela resolve ir para o Quênia com uma bolsa de estudos para trabalhar e conhecer melhor a cultura do local, principalmente a cultura massai.
Leona é independente, e justamente por causa da pouca atenção e amor que recebeu dos pais, não pretendia ter filhos, gosta da vida solitária e sem raízes. Mas quis o destino que de uma noite apenas, com um estranho caubói queniano nascesse a pequena Adia.
Na mesma aldeia que Leona, vive Simi, uma massai. Simi estudou, sabe falar inglês e acaba se tornando amiga de Leona.
Simi vive o sofrimento de não ter filhos. Para a cultura massai uma mulher infértil não tem valor, é um sinal de mal presságio.
Com o nascimento da filha de Leona, Simi acaba "adotando" a menina como sua, devido a falta de sentimento materno de Leona pela filha.
Adia cresce com duas mães. Uma que lhe dá toda a liberdade e outra que lhe dá todo o amor de mãe possível. Adia vive como massai, e com o sonho de conhecer o pai, o caubói queniano, que foi impedido por Leona de fazer parte da vida da filha.
E por fim, temos Jane, uma bióloga, esposa de diplomata. Também vem de uma família desajustada. Sofreu com a perda precoce da mãe e com a doença psíquica do irmão. Com o marido passa a vida de cidade em cidade e acaba tendo a pequena Grace. Pela qual teme constantemente que tenha a mesma doença do irmão.
Mais uma vez o destino faz seu trabalho e Grace se torna amiga de Adia, na escola.
A vida une as três histórias e nos traz um enredo incrível, emocionante e envolvente.
Uma narrativa que mostra a foça da mulher, da mãe, da cultura africana e da amizade!

site: http://estanteflordelis.blogspot.com
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Jana 22/07/2020

O Sol mais Brilhante
Esperava conhecer mais da cultura africana, achei o livro muito focado na experiência de uma americana na africa, o que de certa forma enfraquece o enredo. A melhor personagem, Simi é deixada de lado em vários momentos.
Eu acredito até que é possível abrir uma discussão sobre o racismo, pois quase todos os personagens americanos tratam os africanos com desdém, e até acredito que a autora tenha feito isso propositadamente, já que conta muito da sua história de vida no livro. Enfim, eu esperava mais da
Cultura Massai, mas é uma boa leitira, sim.
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Mari 21/07/2020

bom, mas com problemas
é um livro emocionante em alguns momentos, mas problemático em outros, por exemplo pelo fato de que a narrativa de personagens brancas americanas é muito forte, esperava encontrar mais o ponto de vista das personagens massai
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Paola 21/07/2020

Embora tenha demorado pra engrenar na história, achei o enredo fantástico principalmente por ser tão diferente e nem um pouco clichê. Adoro me deparar com personagens cheios de falhas e nem um pouco romantizados (uma mulher que não pode ter filho, uma mãe que não sabe ser uma mãe...) pois eles dão um caráter mais real a narrativa e a gente percebe como os seres humanos são tão complexos.
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Jam_santos 20/07/2020

Infelizmente é mais uma história da qual o ideal de branco salvador se perpétua
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carecaleitor 19/07/2020

"O Sol mais brilhante" é uma trama bem tocante que faz cruzar as histórias de 3 mulheres bem diferentes no Quênia.

O livro teve algumas polêmicas porque foi considerado em algumas partes racista, por meio que reforçar algumas descrições estereotipadas de cunho negativo em relação às pessoas do povo massai.

Cultura aliás, que eu achei que não foi muito bem trabalhada, inclusive, das 3 mulheres protagonistas a única negra, da cultura local e na minha opinião a melhor personagem, não teve o destaque merecido e foi transformada em coadjuvante na maior parte...

A autora (que é americana) usou o lugar mais como pano de fundo, relembrando suas próprias histórias que viveu naquele lugar quando criança...

Gostei da história, bom desenvolvimento de personagens, mas pra mim o final não foi satisfatório.
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