Morte de Tinta

Morte de Tinta Cornelia Maria Funke




Resenhas - Morte de Tinta


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FabyTedrus 02/11/2013

Morte de Tinta - Cornelia Funke
Acabei de ler as ultimas páginas da série do Mundo de Tinta, vou sentir saudades! Oq da pra dizer desse livro sem soltar nenhum spoiler é o seguinte! É uma história onde tudo muda muuuito rápido, as coisas dão errado e dai surge uma ideia e dentro de poucos capítulos já mudou tudo e você mal vai se lembrar do problema anterior pq tem um novo! É... esse livro é bem criativo no quesito crueldade! Da vontade de jogar ele na parede as vezes, mas como me acostumei com isso de que tudo muda eu já ficava esperando como iam resolver aquilo.
É encantador, mágico! Dá vontade de viver dentro de um livro tbm, apesar de todos os apesares hahaha!
Eu recomendo muuuito, vale a pena.
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Wallace 15/08/2012

Final brilhante; Início embaçado
Posso dizer que o final mega emocionante do último livro compensou a leitura cansativa dos capítulos iniciais.
O contexto é muito bom!! Quem nunca sonhou em entrar em algum livro... Conhecer seus personagens favoritos... Visitar os lugares de suas histórias mais marcantes, etc... Entretanto, algo me deixa muito cansado nos capítulos iniciais de cada um dos volumes desta série.
Atribuo esse cansaço ao excesso de personagens. Cara, é muuuuuita gente nesse livro... Aí meio que sobrecarrega o leitor de informação e ainda gera um outro problema que, ao meu ver, tb contribuiu para deixar a leitura chata: "Encheção de liguiça". Por causa dos inúmeros personagens, cria-se histórias paralelas muito elaboradas que, às vezes, nem tem objetivo, mas precisa dar sentido à existência de tal personagem. Então a autora dá algumas voltas pra chegar no ponto principal. Aí quando termina você fica com a sensação de a história TODA podia ter acontecido em apenas 1 volume, se ela tivesse enxugado esses personagens.
Mas uma coisa eu preciso dizer: O final foi brilhante!! Como a maioria dos finais felizes, foi beeeeem previsível, mas magnífico!! Ela deixou uma ponta solta como se fosse haver uma sequencia para a série (o q eu duvido q aconteça), mas sem deixar nada incompleto. Ela deu um fim a todos os personagens, o que eu admiro num livro, mas ela não foi muito expressa, digo, ela deixou que um pouco da imaginação do leitor entrasse em cena. Sem contar que ela deixou no último capítulo uma mensagem muito bonita para aqueles que amam a leitura...
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Léia Viana 29/08/2011

Encantador!
"Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
E te pergunta, sem interesse pela resposta,
Pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?" - Procura da Poesia de Carlos Drummond de Andrade.

Cornelia Funke não poderia ter sido mais feliz ao selecionar este belo poema de Drummond na abertura de um dos capítulos deste livro. Foi exatamente assim que me senti neste terceiro e último livro da trilogia “Mundo de Tinta”, como se eu estivesse com a chave em punho, pronta para abrir o mundo das palavras de tinta.

Palavras, a autora expressa bem a importância e o valor delas, capazes de se transformarem em versos, rimas, histórias, canções... capazes de descrever os sentimentos, como alegrias, medos e tantos outros.

Como nos demais livros, em “Morte de Tinta”, não faltaram criatividade e inovação para o mundo de fantasias criado por esta autora que conquistou meu coração. Cornelia descreveu um mundo cheio de possibilidades, rico em detalhes primorosos, que se tornava uma delícia em se imaginar e sonhar com tudo que sua história apresentava: as roupas, plantas, os personagens, seus nomes e todas as criaturas possíveis e impossíveis são muitos e muito bem construídos que até agora me pergunto: como a autora conseguiu essa façanha, sem deixar a narrativa confusa ou atrapalhada?

Meggie e sua família continuam no mundo fictício de “Coração de Tinta”. Mo, assume quase que por completo a personalidade de Gaio, uma espécie de Robin Hood, e junto com o Príncipe Negro, seu urso e alguns menestréis começa a lutar contra os vilões, tornando realidade as canções criadas por Fenoglio, sobre o Gaio. O que deixou Resa e Meggie preocupadas na pessoa em que ele estava se transformando, pois, como bem narrado por Cornelia, Mo começa a misturar a sua vida real com a de Gaio e, nem mesmo o amor que ele sente por Meggie consegue fazê-lo parar de lutar.

Mas, um novo inimigo torna-se mais ardiloso com as palavras: Orfeu, que as utiliza para reescrever e manipular a história, o mundo criado por Fenoglio - Ombra,é preenchido por personagens distorcidos por Orfeu, fadas coloridas, entre outros, começam a aparecer deixando Fenoglio mais enfurecido com as mudanças ocorridas em sua obra. Mas isso não é suficiente para Orfeu, que resolve unir-se ao temível Cabeça de Víbora e ir atrás de Gaio/Mo.

No entanto, Mo não está só, a Feia – Violante, Dedo Empoeirado, sua esposa Resa, Farid e até as Damas Brancas estão do seu lado para enfrentar o maior de todos os vilões: Cabeça de Víbora. Não posso deixar de mencionar os demais personagens, que mesmo na distância, tentam ajudar Mo/Gaio a cuidar e proteger sua amada filha Meggie e as demais crianças de Ombra, como o Príncipe Negro.

É difícil selecionar o que eu mais gostei nessa trilogia,se, nos outros livros fiquei admirada com o amor entre pai e filha, tão ricamente descrito por Cornelia, neste, fiquei mais encantada pelas descobertas de sentimentos do coração de Meggie. Achei que a autora colocou tudo de uma maneira tão delicada e sensível que deixou a história ainda mais gostosa de ler.

É uma pena que essa trilogia chega ao seu final. Fiquei tão envolvida com todos esses personagens, com suas dores, medos e alegrias que sinto um “buraco” no meu coração, igualzinho a uma estante cheinha de livros quando de lá é retirado um livro e fica apenas um espaço vazio, denunciado a falta... difícil de ser preenchido.

Leitura recomendada!
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Sheila 27/02/2014

Resenha: "Morte de Tinta" (Cornelia Funke)
Por Sheila: Olá pessoas! Como estão? Hoje trago a vocês a resenha do último livro da trilogia Mundo de Tinta, de Cornelia Funke. O primeiro e o segundo livro da trilogia já foram resenhados pelo blog aqui http://www.dear-book.net/2013/04/resenha-coracao-de-tinta-cornelia-funke.html e aqui http://www.dear-book.net/2013/06/resenha-sangue-de-tinta-cornelia-funke.html. Como vou fazer um "resumão" e começar no ponto onde o segundo livro acabou, quem não leu ainda, e não gosta de estragar a surpresa pode parar de ler por aqui ...

Aos que continuaram, avante! Confesso que gostei muito mais do fim do primeiro livro do que do segundo. Afinal, o primeiro livro realmente ACABA. O segundo foi escrito, a sequência da estória ficou muito boa, mas se a autora quisesse ter parado no primeiro, poderia sem problemas.

Agora, ao fim do segundo livro, as coisas terminam tão INACABADAS, que escrever um terceiro para fechar a trama é uma obrigatoriedade. Mas, enfim, para quem não lembra, muitas coisas aconteceram: Meggie, que não consegue parar de pensar no mundo encantado de "Coração de Tinta", se lê junto com Farid para dentro do livro, onde já esta Fenoglio, seu criador - e que foi parar na estória ao fim do primeiro livro.

Dedo Empoeirado, que nunca conseguiu se adaptar ao mundo de Mo, finalmente encontra um leitor - Orfeu - que o lê de volta para sua estória. Nesse meio tempo, a Gralha, mãe do vilão do primeiro livro, encontra Mo e Resa e também os lê para dentro do livro - pensando nele encontrar seu filho vivo. Mas o mesmo não acontece, e o reino encontra-se uma bagunça, com a estória "se contando", o que irrita Fenoglio a ponto de tentar, junto com Meggie, recontá-la.

Mas as coisas não acontecem como Fenoglio previra: ao fim do livro, temos um reino dizimado pela guerra; um vilão cruel e, agora, imortal, que os persegue sem descanso; Mo transformado em um herói de canções e fora da lei com a cabeça a prêmio; Dedo Empoeirado morto; e Fenoglio arrasado com a quantidade de sangue (por isso "Sangue de Tinta") que suas bem intencionadas palavras acabaram por derramar sobre o povo inocente.

No início do terceiro livro, vemos o romance entre Meggie e Farid se desenrolar, assim como uma inversão entre os papéis de Mo e Resa: se no segundo livro causa-lhe dissabor ver a forma como sua mulher e filha sentem-se fascinadas por este mundo (as vezes nada encantador, apesar de seus seres fantásticos e paisagens exuberantes) agora é Mo quem não que ir embora, e Resa quem apela para que retornem.

Afinal, a insegurança de não se ter onde dormir, o que comer, e ser constantemente caçados por um tirano cruel e imortal, faz com que a estadia neste reino - mesmo que encantado - não se torne mais tão prestigiada assim. Até por que Mo as vezes fica estranho; já não é mais só ele. Dentro de si carrega Gaio, o herói fora-da-lei que, se protege os fracos, também se expõe a riscos, o que não passa despercebido a sua mulher.

"Mo olhava para suas mãos como se fossem de outra pessoa. Quantas vezes Meggie vira como elas cortavam papel, encadernavam páginas, esticavam couro - ou colocavam um esparadrapo sobre uma ferida em seu joelho. Mas ela sabia bem demais do que Mo estava falando. Ela já o observara o suficiente, quando ele treinava com Baptista ou com o Homem Forte atrás dos estábulos - com a espada que ele carregava consigo desde o Castelo da Noite. A espado do Raposa Vermelha. Ele a fazia dançar, como se suas mãos estivessem tão acostumadas a ela como ao cortador de papel ou uma dobradeira.
Gaio."

Enquanto isso, Orfeu, que também foi lido para dentro do livro, cada vez mais perde-se em criações bizarras e modificações a seu bel-prazer no mundo criado por Fenoglio, sem que este faça nada para impedir; afinal, Fenoglio já não escreve mais, talvez por medo do lugar onde as palavras o fizeram chegar há bem pouco tempo ...

"Com um gemido, ele se esticou sobre o seu saco de palha e fixou o olhar no ninho de fadas vazio. Haveria uma existência mais triste do que a de um escritor cujas palavras se extinguiram? Haveria destino pior do que ser obrigado a ver como outro torce nossas próprias palavras e decora o mundo que criamos com esparadrapos coloridos de mau gosto? Nada mais de quartos em castelos ... apenas o quarto no sótão de Minerva. E era um milagre que ela o tivesse aceitado mais uma vez - depois de suas palavras e canções terem cuidado para que ela não tivesse mais marido nem um pai para seus filhos."

Já Dedo Empoeirado, este continua perdido para as Damas Brancas, sendo pranteado por todos mas, principalmente, por Farid, que acaba virando servo de Orfeu com a promessa de que este escreva as palavras que o tragam novamente à vida, muitas vezes decepcionando Meggie que se sente em segundo plano em sua vida.

"Havia dias que esperava por Farid. Ele prometera voltar. Porém, no pátio estavam apenas seus pais e o Homem Forte, que lhe lançou um sorriso quando a viu na janela (...)
- Quanto tempo faz que Farid foi embora? Cinco dias, seis?
- Doze - Meggie respondeu com a voz chorosa e escondeu o rosto em seu ombro ..."

A maior parte da leitura do livro é tensa, principalmente por que, depois do segundo livro - onde Dedo Empoeirado morre, assim como Cosme, o Belo - e tudo dá errado no final, é de se esperar que qualquer coisa aconteça. Afinal, nem sempre o final feliz acontece sem perdas, o que Cornelia parece deixar claro desde seu primeiro livro.

Por mais que o livro seja o relato de um mundo encantado, a maldade, a mesquinhez, o egoísmo são humanos demais para que não nos toquem de maneira profunda, sendo responsáveis por uma espécie de mal estar e desassossego durante a leitura das mais de mil páginas da trilogia. Agora, se eu gostei dos livros? Não, gostar seria pouco: eu AMEI cada frase, cada descrição belíssima, cada nuance, cada cor, cada cheiro criado pelas palavras divinamente utilizadas pela autora.

Nem preciso dizer que eu recomendo, não é? Abraços

site: http://www.dear-book.net/2014/02/resenha-morte-de-tinta-cornelia-funke.html
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George Romic 30/08/2010

Final digno!


Realmente, o Mundo de Tinta é uma trilogia fantástica e emocionante. Porém o livro é para se ler com paciencia, mta paciencia!

Apesar da história ser mtu boa, o livro é mtu grande! Sua leitura é demorada, porém mtu cativante, além de te ensinar várias coisas.

Esse livro teve um final mtu bonito, acho até q merece outra continuação!!!

Mas é melhor essa história acabar por aqui mesmo, pois Cornélia conseguiu um final digno!

Recomendo.
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Rubens 11/04/2014

O mundo de tinta
Foi realmente um desafio ler todos os livros pelo fato de olhar pra grossura deles, mais aceitei ler eles e não me arrependo e super recomendo! A história é tão interessante em algumas partes que eu fiquei tão concentrado no estava lendo que me desligava do mundo totalmente.
Uma história de uma pessoa que tem o dom de tirar aquilo que se esta lendo em um livro, isso é fantástico, me imagino tirando todos os meus personagens preferidos dos meus livros preferidos :D fora esse, ele também consegue escrever a propria história; quantos não gostaria de escrever a propria história do jeito que sempre imaginara ? Isso seria muito legal !!
Em algumas partes a leitura se tornara muito cansativa, a historia demora muito pra poder se desenvolver, mas finalmente consegui terminar todos. Gostei demais !
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Natálie 14/05/2014

Alma de letras...
O desfecho de uma fantasia cheia de aventuras, "Morte de Tinta" é a narrativa da última aventura de Mo, sua filha Meggie - e todos os seus amigos - que devem deter o cruel Cabeça de Víbora, que vem espalhando cada vez mais caos por Ombra e todo o Mundo de Tinta.
Na luta contra a Víbora, Mortimer se vê forçado a interpretar mais de um papel no universo de Fenoglio, e tem que se lembrar de nunca mistura-los, pois mesmo o Gaio existindo dentro dele, suas virtudes e erros sendo as mesmas, elas tem potências diferentes. Gaio tem o instinto de salvar proteger e o coloca acima de tudo. Já Mo, apesar de ter este instinto, é mais prudente e responsável. Mas será que ele conseguirá lembrar-se de quem ele é - ou quem ele realmente, no seu mundo? Ele precisa, mesmo sem saber que isto terá o poder de livra-lo do tormento das palavras futuramente lidas.

"A última canção já havia sido lida."
Meggie nossa heroína, não só terá que lidar com as tristezas e alegrias do seu primeiro amor, mas com seu magnífico dom, e sua imensa coragem ela terá também um papel decisivo.

Desgastado, fedido e com a carne podre, Cabeça de Víbora quer vingança, tanto contra o Gaio, quanto a todos os seus amigos ou conspirantes; isso faz com que nossos secundários tenham cada vez mais destaque na trama. Os ladrões, crianças-soldado, e todos os dispostos a acabar com o reinado a da Víbora vão lutar, não só espada a espada, mas de todas as formas possíveis. Pois, nesta história, o que vale uma espada contra papel e tinta?
Dentro de um mundo mágico, na presença de homens de vidro, mulheres de musgo, fadas, gigantes, elfos de fogo... cada detalhe ao lado de nossos companheiros é importante, cada detalhe que vai da Toca da Víbora as distantes Montanhas do Norte. Prepare-se pois lutaremos contra soldados, veremos as palavras acabarem com vidas (ou as dar), perderemos amigos, recuperaremos amigos e selaremos um acordo com a Grande Mutação. A única habitante de todas as histórias, de todos os mundos e páginas. A Morte.

- Você é a morte. [...]
- Sim, é como me chamam [...] Eu sou o início e o fim, isso sou eu [...] Passado e renovação. Sem mim, nada nasce, porque nada morre sem mim."


Meu humilde resumo não consegue explicar bem os acontecimentos, nem os outros assuntos a serem resolvidos neste (incrível) desfecho.
A história certamente é uma das melhores que já li - se não a melhor -, desde o primeiro livro, que li quando era criança, me encanto com o universo criado por Cornelia. Eu já disse que ela é uma maestra excepcional conduzindo uma orquestra com a maior perfeição possível. Disse em outras palavras, mas agora, explicadamente posso afirmar isto, seu universo é perfeito, incrível, mágico e maravilhoso. Não vou poupar elogios a história, nem as mensagens incríveis passadas entrelinhas.

"Quando se visitava a morte, provavelmente esquecia-se o que era o medo."
O final foi mágico, não esperava isto, foi realmente muito imprevisível. Por exemplo, eu que já estava satisfeitíssima com a quantidade (e tipo) de fantasia da história, fiquei impressionada com o modo como a autora acrescentou mais coisas a ela, praticamente criando uma espécie de 'mitologia própria', eu admiro muito isso, o como ela (Rowling, Tolkien e outros) introduziu suas próprias e únicas idéias ao livro é uma coisa notável. E apesar do Mundo de Tinta ser um universo fantasioso - digno dos sonhos de qualquer criança - ele não é somente assim, nesta história o mal nunca é irreal. Ele pode estar escondido, mas ele sempre estará ali. A passagem de um livro da trilogia para o outro mostra isso. Em Coração de Tinta nós vemos uma crueldade imensa, mas 'suportável' (se é que podemos dizer isto), já em Sangue de Tinta começamos a ver que ela não está só em um mundo, mas em todos, e em Morte de Tinta não temos NADA a esconder. Ódio, brutalidade, crueldade, ganancia, inflexibilidade, vingança, violência imensa... O mundo mágico não é formado só por fadas e seres maravilhosos, os vilões tem também seu papel, e infelizmente o interpretam muito bem. Não só em um, mas em todos os mundos. E neste ultimo livro, a maldade está bem aparente, e muito bem personificada em atos. Achei que isto amadureceu a história, desde Sangue de Tinta para cá nada é escondido. Objetivos maldosos são postos em batalha e a luta entre o bem e o mal é sangrenta e tensa.
"Eles não eram feitos de nada além de escuridão, de maldade para a qual não havia esquecimento ou perdão, até que eles se apagassem, consumindo-se a si mesmos, levando consigo tudo o que haviam sido um dia."
Indo a escrita da autora... continua a mesma, explicativa mas sem ser massante, agradável e faz com que devoremos rapidamente o livro (que é um monstro). Fora que nos faz imaginar perfeitamente o que é descrito, pois realmente, Funke sabe escrever bem, e o modo e mostrar o ponto de vista de cada personagem faz tudo ficar mais rápido e interessante.
Achei também muito bom o desenrolar da história, o grande acordo de Mo com A Grande Mutação, a volta de um personagem querido, e a adição de personagens coadjuvantes. Esse último fator foi essencial, percebemos que o motivo dessa história possuir tantos personagens não é encher linhas e páginas, e sim o papel que eles vão ter. Todos eles tiveram um papel importante na história, principalmente os coadjuvantes que foram elevados, como Violante, Príncipe Negro, Elinor, Baptista... e o descarado, infeliz, filho de uma mãe do Orfeu. Sim, Orfeu, aquele ser insuportável que não é minimamente amado por ninguém (tanto por leitores quanto por personagens), eu odeio ele, mas tenho que admitir que o papel dele foi super importante e que ele 'amadureceu' - não é exatamente esta a palavra. A única coisa que eu não achei legal foi a mudança drástica de um romance maravilhoso que eu shippei com todas as minhas forças desde... sempre eu realmente NUNCA imaginei este fim, e nunca vou me conformar com ele.
Agora os cenários são uma coisa inexplicável, Ombra já é uma coisa maravilhosa de se imaginar, e seus arredores são impagáveis! Cornelia cobre os pontos cardeais de Norte a Sul com maravilhas inimagináveis. O novo castelo, as Montanhas ao Sul, tudo, definitivamente tudo foi feito para lhe encantar.
"Talvez, no final, este mundo fosse feito de sonhos, e um velho homem apenas havia encontrado as palavras para eles."
Vou observar também o trabalho da editora com o livro; Eu esperava um livro impecável, assim como seus antecedentes, mas a Cia. das Letras (Seguinte), deixou erros de português aqui e ali. Fora isto, o resto está de acordo, boas texturas, figuras e capas incríveis e seus capítulos iniciais com as frases escolhidas da autora.
Preciso parar de falar, então vou logo ao ponto mais importante da resenha.
No primeiro livro nós imaginamos como deve ser o Mundo de Tinta, como Resa viveu lá, mas fazemos isto enquanto estão todos no nosso mundo. No segundo Meggie, Farid, etc... são transportados ao lugar que queriam, Ombra, para dentro do universo de Fenoglio. E neste último volume eu percebi uma coisa maravilhosa. Cornelia não levou só seus personagens para lá, mas a mim também. Eu não percebi de cara, mas quando me dei conta eu já estava lá. Vivendo no universo de tinta. Um livro dentro de um livro.
"A realidade quase sempre é diferente do que contamos sobre ela, mas você sempre trocou as palavras e o mundo real [...] Você nunca soube diferenciar o seu desejo da realidade."
Outra das coisas lindas que ela passa é que nós nunca, NUNCA, estaremos completamente satisfeitos com a nossa realidade. Quem nasceu no Mundo de Tinta tem uma curiosidade imensa sobre o nosso mundo, e assim como nossos protagonistas iniciais, se possível eles mudariam para cá. É uma coisa sem noção mas... é a verdade. Não estamos satisfeitos com o que está a nosso alcance.
Quero encerrar isto com palavras bonitas, mas enigmáticas. Se você ler a trilogia vai entender esta minha finalização.
E a mensagem primordial - Dúvida primordial - depois de tudo que é passado para nós ao decorrer dos livros é a mesma do próprio Fenoglio:

" Não seremos também, personagens de um livro que está sendo escrito por alguém? "

site: http://www.nossosmundos.com/2014/05/resenha-24-morte-de-tinta-cornelia-funke.html#.U3QpzYFdUlA
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Will 21/05/2015

De palavras é meu corpo. Corre tinta em minhas veias. Somos todos uma história!
"O que aconteceria se o caminho que não escondeu surpresas
Durante tantos anos decidisse não
Nos levar pra casa, mas andar em zigue-zague
Como o rabo de uma pipa, tão simples
E sem cerimônias! Se a pele de alcatrão
Fosse apenas uma longa bola de tecido
Que se desenrola e se adapta à forma
Do que está enterrado sob ele?
Se ele mesmo se propusesse novos caminhos
Por cantos desconhecidos, pelas montanhas,
Que depois se escalam ao azar;
Quem não desejaria ir para lá, de qualquer jeito?
Quem não gostaria de saber como termina uma história
Ou para onde se dirige afinal um caminho?"

- Sheenagh Pugh, What if this road

Morte de Tinta se inicia imediatamente após os calorosos acontecimentos de Sangue de Tinta. Com Ombra sem um governador legítimo no trono, Cabeça de Víbora - agora imortalizado pelo livro das páginas em branco encadernado por Mo - pôde finalmente estender suas garras para o outro lado da Floresta. Orfeu, usando o livro e as palavras de Fenoglio, começará a moldar o mundo como bem entende, seguindo seus próprios desejos e ambições. Mo, junto com Resa, Maggie, Príncipe Negro e os ladrões, precisam fugir para algum lugar onde estejam seguros, antes que Cabeça de Víbora descubra que sua imortalidade não será tão agradável assim. E então, quando o destino de Mo se cruza com o do Gaio, papel que Fenoglio o atribuiu inconscientemente, o Mundo de Tinta e nossos personagens se encontrarão em uma batalha que decidirá o futuro de cada um deles, bem como de todos os seus habitantes.

Bem, começarei dizendo que virei a última página do livro e o fechei, abraçando-o, com lágrimas nos olhos, sentindo essa variação de amor que à tanto descobri nos livros. Era minha despedida ao Mundo de Tinta, Mo, Meggie, Resa, Dedo empoeirado, Farid, Fenoglio, Elinor, aos ladrões e tantos outros personagens. Acompanhei todos eles durante quatro meses, muito tempo, confesso. Mas talvez seja mais sábio dizer que foram eles que me acompanharam, em um momento não muito positivo. A narrativa não se foca em um só personagem, diversas vezes mostrando locais diferentes ao terminar seus capítulos, como nos outros livros. Isso é fantástico! De certa forma, isso nos aproxima mais deles. A profundidade com que Cornelia trata cada um, nos faz ter momentos de pico entre amor e ódio. Tive momentos em que quis deixar o livro de lado tamanha minha irritação com o que acabara de acontecer.

Cornelia com certeza sabe conduzir a história. Cheguei a comparar Morte de Tinta a um relógio que marca a meia-noite. Como doze badaladas, os momentos realmente importantes, acontecem distribuidamente do começo ao fim do livro, e a cada um deles, você se surpreende, pois não são de forma alguma previsíveis. Morte de Tinta é como uma máquina, e seus acontecimentos, pequenas engrenagens que vão te cercando aos poucos. No final, ficamos divididos entre dois locais, e enquanto tudo acontece ao mesmo tempo, você teme pois não tem nada que te assegure que as coisas darão certo.

No fim, Cornelia te faz questionar: Será que palavras são apenas palavras? Será que todos esses mundos existem, em algum lugar? Não seremos nós, também, personagens de um livro que está sendo escrito por alguém? O meu profundo sentimento de amor por tudo isso que ela criou me faz sentir que nesse exato momento, eles ainda estão lá, pelas ruas de Ombra, entre as árvores da Floresta Sem Caminhos, nas praças assistindo a menestréis e ao Dançarino de Fogo fazerem suas performances. Vivendo suas vidas em um lugar com fadas, homens de vidro, elfos de fogo, ninfas e gigantes. E sempre que eu encarar um livro e desejar abrir uma porta e entrar por suas palavras, invadir seu mundo, lembrarei que Elinor um dia também passou por isso, e que conseguiu. Compartilhamos nosso amor por livros, Elinor! Estarei aqui, do outro lado das palavras, sempre torcendo por vocês! o/
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Elis 20/04/2011

O que fazer quando a história acaba?
O começo do livro e meio morno perto dos outros dois, mais vale a pena, a história é muito bem escrita, você acredita no que a autora te conta e se envolve com os personagens, é maravilhoso.
Eu já reli a série, e sempre que olho pros livros ainda sinto saudade dos personagens e tenho vontade de ler novamente.
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Erikkinha 25/11/2015

Mais do que contar uma hist?ria de magia, ? um tributo a literatura.Nesse ultimo livro Meggie ficou sem gra?a tanto quanto seu romance com Farid... mas no geral gosto muito da hist?ria.!
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YhasCipri 17/12/2015

Sobre Morte de Tinta
Depois que Meggie entra no Mundo de Tinta escrito por Fenoglio, sua vida e esta história começam a ter reviravoltas intrigantes, principalmente quando seu pai assume o papel de Gaio, um nobre ladrão que luta contra Cabeça de Víbora, um tirano sanguinário que teme a morte e obriga Mortimer, pai de Meggie, a encardenar um livro que o torna imortal
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