Identidade

Identidade Nella Larsen
Nella Larsen




Resenhas - Identidade


192 encontrados | exibindo 76 a 91
6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 |


Carolina Parente 25/04/2022

Interessante
Retrata sobre racismo e rivalidade feminina e até onde vai essa proteção. O texto é be desenvolvido, fazendo sentir as angústia de Irene, porém um final um pouco decepcionante. Até entendo que o intuito seja as reflexões, principalmente, sobre o racismo e raça, especial pela época da publicação, porém merecia uma finalização melhor
comentários(0)comente



Jacqueline 22/04/2022

Simples e profundo
É um livro de leitura fluída mas com uma temática muito profunda que marca diferenças importantes da temática racial no Brasil e nos EUA.
E imã história como a do livro não seria problemática aqui no Brasil como foi lá, o que não faz do racismo lá pior ou melhor, apenas diferente. (Porque o racismo é sempre ruim)
Não consigo dimensionar a importância desse livro quando foi lançado e confesso que fiquei com muita vontade de ler mais livros da autora.
comentários(0)comente



Sil *_* 21/04/2022

Identidade
O que vou falar desse livro gente? ??
Indentidade é um livro curtinho mais com uma história de duas amigas negras que uma se passa por branca. Tem parte do livro que achei um pouco fortes, mais gostei da leitura.????
comentários(0)comente



Tico Menezes 15/04/2022

Um clássico incontestável!
Muito além de um necessário comentário social, o que Nella Larsen faz nesse livro é um manifesto atemporal sobre a opressão física e psicológica de pessoas pretas ao longo de sua existência.
Podem bradar o quanto quiser suas mentiras de que não há racismo no Brasil, de que o racismo é menor do que antigamente, mas só quem sente na pele sabe das dores e obstáculos triplicados no caminho. E, sendo publicado na década de 1920, temos aqui a certeza da impunidade do branco, da pressão social do negro - seja ele pobre ou rico - e da discriminação descarada.

Com foco na relação de amizade entre duas mulheres negras, onde uma está num casamento em que finge ser branca, a autora poderia ter caído em diversas armadilhas narrativas para justificar uma ou outra ação negativa. Mas não o faz, pois sabe exatamente o que está escrevendo. Não quer personagens perfeitos com qualidades admiráveis, quer pessoas reais, com dores, inseguranças, afirmações, sonhos e disposição. Irene e Clare são personagens da literatura que merecem debates longos e acalorados, sua relação merece ser estudada academicamente e em projetos sociais. Quantas vezes nos deparamos com dinâmicas delicadas e tão intensas quanto essa amizade?
Os coadjuvantes não ficam atrás. O imbecil supremacista branco Sr Bellew e seu ódio burro e nojento, Brian e seu sonho de levar seus filhos embora e sair do país que o oprimiu a vida inteira, os filhos e sua inocência tão pueril quanto necessitada de proteção e acolhimento.

É um romance curto, mas que permanece na mente do leitor, pois não entrega soluções fáceis. Precisa ser pensado e repensado, debatido, compartilhado.
Nella Larsen é genial e merece todo o reconhecimento como tal.
comentários(0)comente



crixtine 01/04/2022

Identidade merece o status de clássico que recebe
Não consigo acreditar que este livro foi escrito quase 100 anos atrás. Mais me parece uma pessoa do século XXI, ciente de pautas que estão emergindo com mais força atualmente - como o colorismo - escrevendo uma narrativa ambientada em 1920.
Isso só mostra a genialidade de Nella Larsen e como, apesar de retratar problemáticas que aconteciam no seu presente, estava à frente de seu tempo.
Um ponto muito importante do livro (que é apontado com mais amplitude no posfácio de Ryane Leão) é a forma como a autora articula as questões de identidade coletivas da personagem principal, sem que ela perca sua individualidade. Os conflitos entre as duas existem, mas ela concede a Irene o direito de ser, com suas particularidades.
Sem falar em Brian, que sonhava em morar num Brasil supostamente sem racismo - retrato da forma como o Brasil era (e ainda é) idealizado como um país tropical abençoado por deus e bonito por natureza, isento de problemas do mundo real.

Primeiro 5 estrelas do ano!
comentários(0)comente



Camila 25/03/2022

Uma história OK
Reconheço a importância desse história e dos temas que autora traz, contudo não gostei do livro. A escrita da autora não me prendeu e os personagens não me cativaram, achei que a história poderia ter sido melhor desenvolvida. Esperava bem mais.
Kell Anias 23/04/2022minha estante
Achei que só eu tive essa sensação ?




GabriellynhaCoruja 22/03/2022

Esse livro é de extrema importância aborda muitas coisas, porém, não gostei da escrita. Achei cheia de firulas e o desenrolar da trama lento e desgastante. Poderia abordar tudo o que abordou em 60 páginas.
Obs: Final estranho.
comentários(0)comente



Day 17/03/2022

Pertencimento (nota 4,5/5)
Esse é um livro que fica ecoando na sua cabeça o tempo todo. Achei muito bom o desenvolvimento de personagens, ainda mais pra um livro de 147 páginas (o e-book). O posfácio cita as incoerências da personagem principal, Irene, e fala sobre como a mulher negra não pode errar, e isso me fez rever todos os pensamentos que tive ao longo do livro, tanto para a própria Irene quanto para a Clare.
Apesar de terminar o livro com vontade de saber a versão da Clare e porque, de fato, ela escolheu se casar com um branco racista e se passar por branca, entendo essa escolha da autora como uma forma de criticar o fato de que pessoas racializadas que não são completamente engajadas em lutas sociais, são vistas como "traidoras da causa" e outras coisas do tipo, e, por isso, a sociedade considera que sua voz vale menos, como se elas não pertencessem a nenhum dos lados. Não sei se foi esse o real intuito, mas foi como li essa escolha da autora, e acho muito prudente, ainda mais nos dias atuais em que todos precisam saber tudo.
Passei o livro todo apreensiva, com medo por elas, e o final chocante e abrupto me fez gostar ainda mais da história, fiquei presa do início ao fim.
comentários(0)comente



Aione 16/03/2022

Identidade é o clássico de Nella Larsen, nome importante do movimento Renascimento do Harlem. Publicado originalmente em 1928, chegou ao Brasil pela HarperCollins em 2020, com tradução de Rogerio W. Galindo e posfácio de Ryane Leão.

Irene Redfield e Clare Kendry são mulheres negras de pele clara, que podem se passar por brancas. Amigas na adolescência, tiveram seus caminhos separados após a trágica morte do pai de Clare, que se mudou para morar com as tias. Mais de dez anos depois, se reencontram. Na vida adulta, Irene é casada com um homem negro e é moradora do Harlem, onde celebra suas raízes e se orgulha delas. Clare, por outro lado, é casada com um branco, racista, que não sabe que ela é negra. A partir do reencontro, a vida de ambas é impactada por conta dos desdobramentos que as diferentes percepções sobre a outra despertam em cada uma.

O livro é dividido em três partes — Encontro, Reencontro e Conclusão —, cada uma com quatro capítulos. É uma obra curta, com menos de 200 páginas, mas cujas camadas narrativas fazem dela densa e capciosa, sobretudo pelos aspectos psicológicos presentes. Identidade se desenvolve principalmente na complexidade de suas personagens e nas relações entre elas, mais do que nos eventos externos apresentados. Em terceira pessoa, é narrado pela perspectiva de Irene, cujos pensamentos e emoções aparecem por meio do discurso indireto livre.

Irene e Clare são complexas porque assim são também as questões que as atravessam. As dinâmicas de classe e raça que as envolvem não são de simples compreensão, e Nella Larsen as abordou com maestria. Ao mesmo tempo em que há um fascínio entre as protagonistas, que beira a tensão sexual, há também um espelhamento que desperta repulsa e inveja, identificação e negação. Por um lado, Clare passa a se sentir atraída pela forma de como Irene lida com a própria ancestralidade, o que desperta nela um desejo de se conectar também com essas raízes e a leva a questionar sua identidade, tão imersa na vivência como branca. Por outro, Irene tem sua estabilidade questionada, uma vez que a proximidade com Clare a faz se sentir ameaçada em diferentes aspectos. A autora trabalha tão bem tudo isso que constrói uma tensão crescente, que culmina no fim abrupto, surpreendente e completamente angustiante de Identidade. Contudo, o fim não é uma conclusão; ao contrário, abre margens para inúmeros questionamentos, especialmente por seu caráter dúbio e não elucidado.

Algo que me fez refletir bastante foi a escolha de títulos. Na tradução, Identidade soa como algo mais estabelecido — embora a construção de qualquer identidade não seja concreta, linear nem muito menos estável —, que reflete quem Irene e Clare são — ou almejam ser. No original, Passing traz a ideia da fluidez, do movimento, do mutável, cuja tradução literal não funcionaria tão bem no português. Gosto muito de ambos os títulos, e acredito que, em conjunto, trazem diferentes aspectos da obra, sendo os dois muito pertinentes a ela.

Em linhas gerais, Identidade não foi uma leitura voraz, mas certamente instigante. Fiquei encantada pelo sutil desenvolvimento psicológico das personagens, bem como pela maneira como as tantas críticas sociais são incluídas na narrativa, especialmente em meio a um cenário histórico que, embora não enfatizado, traz um retrato preciso da época e da sociedade estadunidense da década de 1920 — e o quanto revela questões que continuam tão atuais. Uma leitura dolorosa e perturbadora, mas também primorosa e necessária.

Em relação à adaptação disponível na Netflix, o filme é bastante fiel à obra original em termos de enredo e em como os aspectos psicológicos são apresentados. Inclusive, o final consegue manter a ambiguidade do livro mesmo com seu caráter visual, um trunfo de Rebecca Hall, diretora. As atuações de Tessa Thompson e Ruth Negga, além de brilhantes, revelam muito bem as tensões e a atração entre Clare e Irene. Destaque também para o formato 4:3 das imagens, em vez do atual 16:9 (widescreen) que, juntamente com a fotografia em preto e branco, traz o caráter clássico de Identidade. Há também outra camada interpretativa e simbológica dessa escolha. Em primeiro lugar, o formato 4:3 é mais limitado do que o widescreen em termos do que pode ser visto, sugerindo que nem tudo no filme está ao alcance dos olhos. Sobre o aspecto monocromático, para além do paralelo entre preto e branco, a coloração desprovida de outros tons, embora mais simples, torna as imagens menos detalhadas e com nuances menos definidas — exatamente como tudo na história, em que nada é de simples compreensão ou de fácil julgamento.

site: https://www.minhavidaliteraria.com.br/2022/03/08/resenha-identidade-nella-larsen/
comentários(0)comente



Mari 16/03/2022

Parece que eu li errado.
O livro traz a história de duas mulheres negras de pele clara. Uma vive com uma mulher negra e a outra vive como uma mulher branca. E o tema principal do livro é a inter-racialidade, como uma pessoa se encaixa no espectro racial quando ela é a mistura? Há livros nacionais que tratam sobre isso: Marrom E Amarelo, de Paulo Scott, e O Avesso Da Pele, de Jeferson Tenório. 

Eu gostei do livro, mas nos deixa o sentimento de que poderia haver algo mais. Eu acredito que por ser um assunto complexo, a autora poderia aprofundar mais os personagens e as situações. Mais uma vez, eu tenho a sensação de iniciar a leitura com o bonde andando. 

Muitas coisas são detalhes bem implícitos. Nada é realmente verbalizado. Tudo muito pelas bordas, sabe? Isso me incomoda muito. Esse é um dos motivos por não ter gostado tanto da história.

A relação das duas mulheres, Irene Redfield, a mulher que assume a sua cor, e Clare Kendry, a mulher que se passa por branca, é tão estranha, bem passiva-agressiva. Elas têm uma certa admiração sobre a outra, mas um certo receio. Sempre falando coisas, mas nunca dizendo a verdade. Uma relação que beira a tensão sexual.

É aqui que eu digo que eu não gosto das duas. Eu não gosto delas. A narração pelo ponto de vista da Rene me impede de gostar da Clare, sempre dizendo sobre seus sorrisos irônicos e de escárnio. Porém, a Rene tem uma postura de ?Ai, olha, eu faço tudo isso e, por isso, eu sou bem melhor que qualquer mulher aqui. Incluindo Clare Kendry.?.

Outra coisa que eu queria que fosse mais falada é o fato do Brian Redfield querer se mudar para o Brasil. Os motivos são óbvios para nós, brasileiros, mas poderia ter sido dito bem mais!!! Senti muito falta disso.

O final não é algo que me agrada, apesar da construção que a autora fez dá um ar de imprecisão, incerteza do que realmente aconteceu e isso foi muito bem articulado. 

Uma coisa que realmente adorei é o posfácio de Ryane Leão. Simplesmente incrível.
comentários(0)comente



Bruno Malini 14/03/2022

Muito bom
Livro cheio de camadas e detalhes, questionamentos. Me interessei após assistir ao filme da Netflix.
comentários(0)comente



Gio 09/03/2022

A história não me envolveu, mas foi uma reflexão muito importante sobre raça, cultura, preconceitos, aceitação e relações.
comentários(0)comente



Mylla 08/03/2022

Livro sobre raça, cultura e muitas sutilezas. Duas amigas de ascendência miscigenada, o que as permite passar pro brancas, nos EUA de 1929. As opiniões contrárias das duas traz muitas sensações e um final inesperado.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Mari 24/02/2022

Apenas um ponto de vista, em que você acredita?
Vou começar essa resenha falando sobre o ritmo de leitura, porque ele é um livro curto, mas para mim que em ebook as vezes ficava maçante e cansativo, claro que cada um é cada um e tem um estilo de leitura, entretanto acho válido destacar.
Sobre a história, prepare-se, pois ela é boa, traz diversas críticas sobre a sociedade da época (que infelizmente deixou traços na atual) e o racismo como tema central, o que uma pessoa, como a Clare, é capaz de fazer para apenas conseguir viver sem ser discriminada por suas origens. É difícil julgar um lado, já que a narrativa é feita por uma única personagem, como em Dom Casmurro. E o final deixa um grande mistério.
comentários(0)comente



192 encontrados | exibindo 76 a 91
6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR