Identidade

Identidade Nella Larsen
Nella Larsen




Resenhas - Identidade


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dreamer 24/08/2022

Deveras interessante
Irene é um mulher negra de pele branca que não tem medo de ser nem de esconder quem ela é.
Quando a "amiga" de infância, Clare, retorna pra sua vida, a rotina dela começa a ser desestruturada. Primeiro porque está convivendo com um pessoa que também é negra de pele branca, mas que esconde isso até do próprio marido, que é uma pessoa que sente repúdio pelos negros; e depois porque sua presença começa a incomodá-la.

Achei surpreendente o final. Apesar de tudo, a Irene teve coragem de fazer uma coisa daquelas.
A escrita é explicativa e prolongada demais. Mas foi escrito nos anos 90, então tem que dar um desconto porque sabemos que a maioria dos livros dessa época são assim. Gostam de relatar os sentimentos nos mínimos detalhes.
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Aline.Sacramento 15/08/2022

Por maior que seja a sinopse, nada me preparou pras coisas que acontecem nesse livro. No início eu estava apenas ficando com raiva dos personagens, mas na verdade você entende que tudo é muito mais complexo. Eu gostei bastante também do posfácio. Foi um livro que me surpreendeu muito.
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Paula 13/08/2022

Passando raiva...
Fiquei muito irritada com esse livro. Achei também que a Clare merecia mais (escolheu o marido mais escroto possível? Sim! Tinha muitas outras opções? Não!). Tudo leva a crer que o crime (de fingir que não é negro pra não sofrer preconceito) não compensa! Se o objetivo desse livro era deixar o leitor p... , então cinco estrelas.
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Lucas1429 11/08/2022

À branquitude impassível
Nella Larsen, figura importante de literatos da Renascença do Harlem, movimento que procurou enaltecer e catapultar a cultura artística negra, com devida atenção quando expandido posteriormente, foi oriundo do referido bairro de Nova York, paisagem essencial desta obra, e soube ser ela mesma objeto tangível da interseccionalidade que posiciona suas protagonistas; num pretexto que elenca as disparidades da figura feminina num modo universal, desfazendo as cruezas machistas e sexistas, viu-se projetada num texto quase semiautobiográfico, que tardiamente foi contemplado no panteão indispensável da literatura moderna.

Descritivo, defere características singulares à Irene Redfield e à Clare Kendy, antigas colegas de infância que se veem num entrave de restituição temporal ao se reencontrarem anos depois, casadas, mães e configuradas no estilo familiar tradicional vigente. A primeira é emocional e a outra, racional. Estes abismos que as diverge, sendo ambas descendentes de afro-americanos de pele clara, pontuam suas interações e posturas a respeito da ancestralidade de modo opostos. Irene orgulha-se do sangue preto, enquanto Clare se desfaz da associação se passando por branca. Clare toda vida manteve-se incutida neste comportamento. Bonita, colhe as alcunhas da frigidez e da letargia para conseguir o que quer, incluindo o casamento com um bancário branco, rico e racista. Porém, Nella parece impressionar sua co-protagonista ao desenlace injustiçado que a fez renunciar sua ascendência quando seu novo mundo colapsa com o da amiga recém descoberta.

Constituído de poucas páginas, são os diálogos que sustentam o apogeu das ações quase inexistentes, o que consiste é um relato sincero de uma sociedade em crescimento e constante reformulação, idos anos 20, que compreende seu contexto preconceituoso na forma de depoimento aderente ao que se pretendia, reintegrar o que fora repreendido quando essa população emigrou forçadamente para as colônias europeias – agora, são eles cidadãos norte-americanos.

O subtexto apreendido fomenta um simbolismo que potencializa o comportamento de Irene: ela possui uma casa grande com empregada e dinheiro que a possibilita agir como uma esposa branca típica do lar. Mas tudo o que absorve com facilidade também contrasta com sua fragilidade tocante, quando passa à insegurança da presença de Clare em seu círculo. É ela a complexidade proposta por Larsen, de fato. Frente à amiga, o sentimento de admiração que envolve Irene e Clare vem margeado de suposições deveras: um enternecimento queer, protetivo, apenas amigável, ou rivalizado – teorias, nenhuma desenvolvida e todas elipsadas.

Eis a interseccionalidade aludida novamente, a autora encobriu suas garotas de camadas compreensíveis, que as compele às conjunturas que trespassam ao significado do termo nas diversas formas de opressão às questões e vivências específicas de cada uma (identificando-se). O final abrupto parece alimentar o ideário da inconsistência de ser mulher, negra e diminuída intelectualmente, talvez amedrontamento, soando ainda como solidariedade a um alguém sentenciado, ou de passagem, já que ambas se sustentam nos artifícios estéticos e familiares para comporem o esperado do coletivo e à expectativa de satisfação íntima, desilusão e expertise que Larsen parecia melindrada, mas não conformada: também ela uma mulher de faces, bibliotecária, enfermeira, esposa, conferiu em Irene o escárnio de perecer enquanto luta contra a própria insanidade. Exemplo de muitas.
Alysson43 11/08/2022minha estante
Como sempre uma resenha que além de ótima deixa a gente com vontade de ler ?




Rê Lopes 31/07/2022

"... Um livro curto com profundidades oceânicas."
Primeiro livro q me fez querer ler o posfácio. O livro tem diversas camadas que creio eu, nem tds as pessoas saberiam entender elas.
Leitura fluida, cuidadosa e mt reflexiva.
Mais um favorito ??
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Mirele 20/07/2022

Eu peguei esse livro sem saber praticamente nada sobre ele. A primeira surpresa foi que ele é um clássico publicado no início do século XX. No início, isso deixou a leitura mais lenta, mas logo me acostumei. Mas a história é emocionalmente bem intensa. Não tem cenas de ação nem nada, mas vc fica meio ansioso, com o coração batendo rápido, esperando o que pode acontecer.
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leiturasdabiaprado 29/06/2022

Identidade é um livro escrito em 1929 que conta a história de duas amigas de infância, ambas negras com peles claras.
Uma delas assume sua negritude, se orgulha da sua raça e é uma grande defensora dos negros e de suas raízes.
A outra se passa por branca, casa com um homem branco e extremamente racista que imagina que ela é branca!
A história é complexa e desnuda as personagens, principalmente a narradora, Irene, a que se aceita negra, mostra seus conflitos...
É um livro que nos mostra o peso do racismo de dentro da visão negra, sob polos distintos, cada um com os seus dilemas e dores!
O final é surpreendente e bastante emblemático, nos faz pensar em vários porquês dessa escolha!
Um livro clássico que deveria ser lido muito mais!
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naretes 19/06/2022

Despretensioso, mas viciante
Quando vi o lançamento do filme baseado neste livro, tive de imediato a curiosidade sobre o tema. Como uma negra poderia passar-se por branca. Vi de imediato que a trama seria densa, cheia de perigos por causa da época em que se passa.
O livro não deixa a desejar, desenvolve de forma bem elaborada a questão e vai além da narrativa, mas do funcionamento da mente humana.
Agora, terminada a leitura, estou preparada pra ver o filme ?
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Bia 12/06/2022

"Identidade" é um livro curto, mas profundo, sobre raça e também sobre disputas de classe e questões de gênero -- apagamento e embranquecimento, os capitais em disputa na sociedade, o que há por trás da condição da mulher. É um clássico, embora nem sempre tenha sido considerado assim.
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jdelisiario 05/06/2022

Identidade
Ao terminar esse livro fico em total ambiguidade.

É um livro, curto, fluido, mas que traz uma bagagem sem igual. Conta a história de Irene e Clare, que foram colegas/amigas na infância, perderam contato e após muitos anos de encontram.

Clare percebe que sua vida de mentira, como mulher "branca", sem ser, tem um peso maior do que ela gostaria e passa a frequentar o círculo social de sua amiga Irene, que também poderia se passar por branca, mas que decide viver verdadeiramente sua raça.

Me identifiquei, pois dependendo como me apresento, poderia me passar por "branca", mas tento não esquecer minhas origens.
Após 32 anos alisando o cabelo, estou tentando me encontrar na minha realidade afro. Um passo muito pequeno diante da grandeza do assunto, eu sei!

Mas não é fácil, o mundo engole nossa cultura, engole nossas raízes, então precisamos sempre ler sobre, para não nos esquecer de onde viemos, de tudo que nossos ancestrais passaram e que precisamos ser agentes de ação, não somente de teoria contra o racismo.

#leituraTerapia
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hillo_ 21/05/2022

Mulheres, raças e classes
Leitura rapidinha que com certeza nos traz reflexões referente a sociedade americana da época, mas que ainda é um assunto muito atual. Não só aborda assuntos de preconceitos raciais como também demonstra de que forma as pessoas, principalmente mulheres negras, se sentiam nesse cenário racista e machista. E é incrível ver essa percepção que a autora teve do cenário no qual ela estava inserida até, e transformar tudo isso em palavras.

É um livro que eu não gostei tanto assim da leitura, mas a escrita da autora é ótima, o desenvolvimento é natural e o final tem lá suas surpresas, então eu recomendaria a leitura sem sombra de dúvidas. Talvez outras pessoas pudessem ter visões diferentes das minha e, assim, gostar!
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Carolina 13/05/2022

Identidade racial
Esse livro me surpreendeu, a leitura foi super fluida e abordou muitas questões importantes, achei interessante e super válido, a leitura vale muito a pena!
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Karen.Avelar 12/05/2022

Leitura necessária!
O começo do livro é um pouco lento, mas depois da metade fica bem fluída.
Nos faz refletir bastante sobre como o racismo era 100 anos atrás e como o racismo é agora.
Fala sobre apagamento cultural e embranquecimento. Vale a pena ler!
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Kecia.Viana 03/05/2022

Pura reflexão
O livro me fez refletir muito sobre o meu processo de apagamento de raça.

Só a pouco tempo eu me vejo como negra. Como vivi tantos anos me negando e ainda achando isso normal?
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Jussara 29/04/2022

Leitura necessária
O livro nós apresenta duas mulheres, Irene e Clare, q acabam por representar dois extremos.
Irene q nos narra a história é orgulhosa de sua raça enquanto mulher negra, participativa em seu meio. Enquanto Clare esconde sua identidade, se passando por branca, casada com um homem racista.
Apesar de ser uma mulher satisfeita com a vida q tem, Irene acaba por se mostrar inflexível em manter as aparências, sem mostrar espontaneidade nunca, levada a ser somente o q esperam dela.
No outro extremo está Clare, q se mostra egoísta nas suas decisões, sem um pingo de senso de coletividade pelos seus. Mas se mostra sempre alegre e espontânea.
Quando estas duas mulheres passam a conviver, a narrativa passa mais a mera rivalidade e como as diferenças entre elas é gritante, mas mesmo q seja em segundo plano, a discussão sobre ser uma mulher negra é o q me interessa nessa obra, quando vc passa a entender mais suas motivações e se identificar com elas (tanto com Irene, quanto Clare), é onde a história te pega, e vc só quer q td termine bem pra essas duas mulheres, q elas se encontrem.
Q Irene encontre sua indentidade individual e q Clare descubra sua identidade em ser uma mulher negra e a coletividade q vem com ela.
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