spoiler visualizarEmillyLuna 28/12/2021
Anoshe ? um universo de que não quero me despedir
O que foi essa série? Não, sério mesmo, o que foi tudo isso? Entrei sem nenhuma expectativa além da capa e estou saindo com uma dor enorme no coração porque, mas aven, não queria que acabasse nunca. Por mim, a Schwab pode estender os livros até meu quarteto estar idoso curtindo junto no palácio. Não consigo acreditar que acabou!!
Achei que Um Tom Mais Escuro de Magia e Um Encontro de Sombras tinham sido chocantes, mas não se comparam aos choques e perplexidade que senti em Conjuração. A V. E. é genial desde a escrita, a forma de alternar os pontos de vista, até o último capítulo, que realmente se tornou uma despedida de matar o coração. O primeiro livro tem toda a adrenalina do mundo, mas fiquei sentindo falta de um quê de desenvolvimento. O segundo livro compensou o primeiro (que já tinha sido incrível de ler), as histórias começaram a ser contadas de forma que conhecêssemos não só o Kell, mas todos os personagens e, ainda assim, sentíssemos a adrenalina dos acontecimentos (que foram um pouco mais calmos no início, para podermos entrar no contexto, mas depois enlouquecedores). O terceiro livro foi tudo o que os dois primeiros apresentaram e mais, mais e mais, tocando também a forma como os personagens se sentem, mas de uma maneira mais profunda.
O QUE FORAM OS ACONTECIMENTOS DESSE LIVRO???? Surto atrás de surto desde a primeira página, tinha hora que eu achava que não ia aguentar!! Fechava o livro e ficava tentando girar minhas engrenagens porque, CARA, não tem como não entrar na energia do livro. Eu me vi clamando por liberdade e tentando me recuperar das consequências da Noite Preta com o Kell; sentindo as dores e medos do Rhy; lutando contra as lembranças e vencendo Essen Taschs com o Alucard; reinando pelos mares e vivendo de mistérios com a Lila; tentando salvar meu mundo enquanto lido com meus traumas antigos com o Holland e por aí vai.
Estou em um relacionamento sério com os personagens dessa série, tanto os protagonistas quanto o Hastra, Tieren, Lenos, Calla, Ned, Anisa, Barron e por aí vai. Amo, amo, amo, amo eles e amo como a autora conseguiu fazer com que os leitores se conectassem a todos.
O Kell é a figurinha carimbada de todos os livros, nosso Aven Vares Maresh. Nesse aqui em especial dá para notar uma evolução incrível em relação ao primeiro livro sobre ele. Fiquei toda boba e feliz quando a Maris ofereceu o pergaminho que contava a verdade sobre como ele chegou ao palácio, mas ele não quis abrir, pois, diferente do primeiro livro onde se sentia deslocado, agora sabia que Arnes era sua casa, Rhyzinho sempre foi seu irmão e os que o acolheram, de fato, sua família. Ele é meu amooooor!!! Meu Antari favorito entre todos. A maneira como ele e o Rhy constroem a nova sintonia deles é tudo pra mim. A determinação dele em não permitir que o Osaron entrasse, mesmo que isso significasse a morte dos dois, foi dolorosa, mas surreal demais de ver, e a em salvar sua cidade também. Me orgulho demais dele. Fico feliz que agora ele possa ver o mundo, apesar de desejar muito que fosse com o irmão, ele sonhou muito com essa liberdade.
Vossa majestade Rhy Maresh é o meu preferido desde o primeiro livro, não há o que discutir. Amo o jeitinho dele, tenho total certeza de que vai ser um dos melhores reis que a Londres Vermelha já teve. Dá para perceber o quanto ele se importa com os arnesianos, o quanto se importa com o modo que as pessoas do reino vivem. Ele é uma fofura. Queria que ele tivesse mais tempo como príncipe, mas sei que vai fazer um bom trabalho. Amo demais como ele foi se reconstruindo com o passar do livro, percebendo que o vínculo não era algo ruim, que talvez fosse uma força, afinal. Amo a confiança entre ele e o Kell, a irmandade e união deles, é a relação mais linda que a série tem. A coragem dele enfrentando o Osaron quando todos estavam fora, tendo que lidar com a morte dos pais sozinho, indo cuidar da população quando todos estavam sob feitiço, tentando resgatar os que não sucumbiram. Tudo. Ele é incrível.
A Lila agora não é a ladra sem rumo do início, é Delilah Bard, Antari, capitã do Night Spire (corsário, não pirata) & rainha do meu coração. Teorizo a parte Antari desde quando o Tieren falou com ela em Um Tom Mais Escuro, achei incríveeel que cada Londres tenha um, maravilhoso que a dela tenha sido ela, e mais maravilhoso ainda que a realeza da Londres Cinza não saiba (amei como o foi a última aparição do novo rei de lá, hihi). Fico feliz que ela tenha se encontrado, conquistado os mares e conhecido o mundo como ela queria, além disso, que agora tenha um lugar que chame de casa. Por mais que às vezes ainda seja insuportavelmente impulsiva, coisa que me dá muita raiva, aprendi a gostar muito, muito dela. Dá para notar várias evoluções nela também, como o fato de ter parado de fugir de tudo, bloquear a entrada de todas as pessoas que conhece. Fico feliz por ela e pelo Kell, e pela amizade que ela construiu com o Luc, mesmo que eu ainda questione como ela não pôde pensar nele no momento do Stasion Elsior.
Barron estaria orgulhoso da nossa menina.
Agora nosso misterioso Alucard Emery, ex-capitão do Night Spire e mão direita do novo Rei. O que dizer sobre o Luc? Fui envolvida pela existência dele desde a primeira aparição, pirando por não saber se poderia confiar nele ou não, principalmente quando ele desempenhava mil papéis e não tinha como saber qual era realmente ele... até que chegaram em Arnes. E foi fantástico poder descobrir mais dele, do passado, dos pensamentos, da relação dele com o mar, sobre tudo. O verdadeiro Alucard ? com um poder teatral incrível. Ele foi o responsável por quase todas as risadas que eu dei, seja nas discussões com o Kell (achei que fossem fazer as pazes, não entendo porque não), seja tentando jogar garrafas de vinho na cabeça da Lila quando ela estava sendo enlouquecedora, seja em qualquer outra cena. Ele é incrivel, incrível, incrível. Tenho uma raiva infinita do que o pai e o irmão dele fizeram, ele não merecisa sofrer desse jeito. Fico muito, muito aliviada que ele aos poucos possa se esquecer das coisas ruins que aconteceram, agora que todos sabem o que realmente aconteceu e não o culpam. Ele vai ser sempre o melhor capitão de todos, Lilinha teve um privilégio enorme em tê-lo como professor. Nosso mago tríade, nobre, marinheiro e herói nas horas vagas.
Anisa estaria orgulhosa dele.
O Holland é intrigante até depois de o livro a acabar. Fico muuito satisfeita que a autora tenha pensado com carinho nele e permitido que tivesse um fim tranquilo, depois de tudo o que houve, ele realmente merecia muito isso, paz. É muito interessante, no livro um ele aparece como o vilão na maioria dos momentos, mas misterioso o suficiente para sentirmos dúvida, principalmente por conta daqueles feitiços e vinculações do Dane; no livro dois, quando reaparece, faz a raiva vir à tona toda de novo, na maioria dos momentos; mas aqui ele muda nosso pensamento, a gente começa a questionar e, quando percebe, já está entendendo como ele se sente e por que fez o que fez. A escritora nos coloca no centro dos pensamentos do Holland, Holland Vosïjk, mostrando-nos as dores, hesitações, arrependimentos, traumas, histórias passadas... acaba sendo impossível não querer que ele tenha uma conclusão mais justa. Quando ele começou a tentar se oferecer ao Kell para ajudar, duvidei muitíssimo dele, mas depois, com o interesse crescente e os pensamentos ecoados pela narrativa, me permiti crer nele também, assim como o Kell estava fazendo. No fim das contas, ele conseguiu. Prendeu o monstruoso do Osaron, abriu mão do próprio poder, ajudou a salvar Arnes (infelizmente não pôde salvar o dele como sonhou mais novo) e terminou em liberdade.
Vortallis estaria orgulhoso dele. Eu também estou, de todos.
O Hastra é uma fofura, né? Queria demais que ele pudesse ter virado sacerdote e acompanhado o Rhy no reinado. Foi uma das mortes que me deixou mais arrasada, queria demais que ele continuasse existindo, conjurando flores, cantando para bichinhos prestes a nascer, acalmando e iluminando as pessoas com sua presença. Ele foi muito fofo com o Kell (e vice-versa), muito fofo com todo mundo. ELE É MUITO FOFO. Uma gracinha de pessoa que morreu tentando salvar Kell Maresh. Queria demais que também pudesse ter sido salvo. O pais dele estariam orgulhosos, com certeza vão ficar.
Lenos morreu muito de repente, o que também foi uma tristeza. Ele era meu tripulante favorito do Spire (depois do Luc e da Lila, claro), gostava muito dos presságios e da calma dele. Até hoje não sei qual o ritmo da música do Sarows que ele inventou, mas a Lila com certeza não vai esquecer dela nunca. Ele também deveria ter entrado para o santuário, outro fofo que percebia tudo ao redor.
Calla era uma graça desde quando apareceu no primeiros livro, eu adorava quando a Lila ia até lá. Não tem maior shipper da Lila e do Kell do que ela, nossa madrinha de casamento número um. Também fiquei super comovida pelos últimos encontros das duas, quando tratou a Bard como uma menininha, fazendo-a se lembrar da mãe. Queria muito que ela tivesse sido poupada, mas é aquela coisa, né? Autor de livro de fantasia tem um pacto inquebrável com a morte, pelo visto. Todo mundo legal morre. Rhy morreu, mas foi salvo, Kell quase morreu, Delilah só não morreu pelo As Hasari do Holland, mas o Holland morreu, Alucard quase morreu também. Não tem um personagem nesse lugar que não tenha tido experiência com a morte. Anisa morreu, Jinnar morreu. Misericórdia. Saudades, Calla.
Emira Maresh, a rainha que me fez sentir raiva pelo modo como tratava o Kell, morreu também. Logo quando eu achava que ela ia começar a prestar com ele. Eu entendi a parte dela na narrativa, os medos e tudo, mas não foi o suficiente para me convencer a gostar dela. Queria que ela estivesse viva, claro. A dor do Rhy e do Kell já estava grande demais, foi um baque muito repentino. Rhy ainda tinha vinte anos para viver antes de ser rei, é muito tempo.
Maxim Maresh, criei raiva pelos mesmos motivos da Emira, mas no final tive um pouco de dúvida. Ele lembrou do Kell como filho nos últimos momentos, queria que o Kell pudesse saber disso. Achei muito corajoso da parte dele enfrentar o Osaron como enfrentou, queria que tivesse dado certo, não queria que precisasse ter morrido também. A reação do Rhy me partiu o coração.
Tieren é tudo, né? O bom velhinho da realeza, cobaia para tudo o que precisarem. Ele é quase avô do Kell e do Rhy, novo titio da Lila, amo demais como ele trata todo mundo. É claramente o mago mais inteligente do livro desde o início, tem todo meu carinho também.
Ned Turttle, tal qual Hastrinha e Lenos, é outro fofo!!! Muito engraçadinho, carismático até dizer basta. A animação dele é gostosinha de ler, o jeito dele com o Kell também. O fim dele também foi maravilhosoo! Ele finalmente pôde ser útil como queria para o Kell, finalmente presenciou magia de uma forma que não conhecia. Amei, amei, amei.
Maravilhoso, maravilhoso, maravilhoso, mas tem uns fios soltos que me incomodaram (esses foram os que notei):
1. A carta que o Maxim estava escrevendo para o Kell e para o Rhy não foi sequer citada para os meninos;
2. A magia do Osaron ultrapassou Arnes, invadiu a Londres Cinza... mas como? Não recebemos nenhuma explicação sobre isso. A única coisa foi uma hipótese que o Ned criou, mas não dura mais que três linhas e é uma hipótese!! Aliás, uma hipótese de alguém que sequer conhece magia o suficiente para saber o que era aquilo tudo.
Em quanto tempo aconteceu o surto todo desde os preparativos do Essen Tasch, um mês? Nem teve o aniversário do Kell, poxaa (um detalhe bobo, só estou sofrendo por estar terminando mesmo). Estou sentimental, não me toquem, meus irmãozinhos favoritos vão ficar anos longe um do outro.
Fora isso, É SIMPLESMENTE MINHA SÉRIE FAVORITA DE FANTASIA QUE LI ATÉ AGORA, TÔ MUITO FELIZ, MUITO ANIMADA, QUERIA QUE O MUNDO INTEIRO CONHECESSE, QUANDO É QUE ESSE LIVRO VAI SER HYPADO O SUFICIENTE PARA TODO MUNDO LEEEEER? PERSONAGENS INCRÍVEIS, DESENVOLVIMENTO INCRÍVEL, UNIVERSO INCRÍVEL, MAGIA INCRÍVEL, AMEI, AMEI, AMEI.
O tamanho da resenha reflete o meu amor pelo livro dessa vez. É mais pra memória pessoal que tudo ????