spoiler visualizarCamilarf 25/09/2022
Nem bom nem ruim
Sim, eu li esse livro por pura curiosidade causada pela movimentação que esse livro causou em 2020 no mundo do kpop. Antes de ler, achei que era uma autobiografia não-confirmada da Jessica, mas a intenção dela na verdade nunca foi essa: pode-se dizer que não tem a ver diretamente com a vida dela, mas que ela levou em conta muitas experiências pessoais em conta, e colocou essas coisas no livro. Por isso, antes de tudo: não acho que as membros do grupo anunciado no final do livro são representações das integrantes do SNSD ou que ela quis colocá-las como vilãs; Dito isso, vamos começar a resenha oficialmente.
Achei que a escrita poderia ter sido melhor, e os acontecimentos são simplesmente os mais clichês e previsíveis que poderiam ser. A história é tão rasa e simples que me lembrou demais de uma fanfic; Sei que o público-alvo são pré-adolescentes e pessoas mais novas no geral, mas mesmo assim eu não consegui compreender as ações da protagonista, que foi construída com o intuito de ser "relatable" ou "empatizável", mas que falhou muito nisso. Aquelas cenas de vômito foram ridículas e tentaram fazer a personagem ser vista como uma garota que "não é igual às outras" ou algo assim, mas que me deixou com muito desconforto. Não sinto pena dela e acho que ela peca muito em se importar com as pessoas da vida dela no geral. Sim, ela também tem problemas, mas parece que ela não liga muito para o que os outros têm a dizer. Outra reclamação que tenho é toda a situação em que ela conheceu o Jason e como eles tornaram a se encontrar por acaso O TEMPO TODO! Eu não aguentava mais ler sobre essas "coincidências" forçadíssimas, além de algumas atitudes feitas pela DB Entertainment que NUNCA ocorreriam em uma empresa de verdade, como deixar seus artistas mais populares viajarem de carro totalmente desacompanhados e ainda encarregá-los de buscar a própria roupa. ???
Fora às críticas, gostei bastante de terem abordado o machismo no kpop e em como os artistas não são vistos como pessoas reais, que tem sentimentos como qualquer outro ser humano, e sim como fantoches que podem ser controlados pelo público e pela sua empresa.