Clara 15/02/2022
Como diria Chaves: "A vingança nunca é plena mata alma e envenena". O amor e o ódio andam bem próximos. Jas nos levou para uma história intensa e com sentimentos controversos. O perdão se sobrepondo a violência, apesar dela ser uma constante e o conceito de familia com base.
Santiago Salvatore é um homem de 40 anos e é a brutalidade e a violência em pessoa, não admite traição e tem a filosofia de menos conversa e mais atitude.
Ele administra um cartel de drogas né? Fraqueza é a última coisa que ele pode demonstrar.
Santi ao conhecer Manoela acabou se permitindo ser algo diferente do que estava acostumado, mas sem perder sua essência. Até porque o novo assusta, né?
Manoela é uma menina de 20 anos, autodestrutiva, vivenciou a morte de seu pai e entrou na vida de Santiago em busca de vingança, mas acabou se apaixonado. Ela tem no Santiago uma proteção quase paterna, mas é muito confuso sabe? Porque eles tem uma dependência mútua, mas muita coisa acontece e a bagagem do passado de ambos bem intensa.
Eles criam subterfúgios para esconder suas verdades não se expondo com palavras, mas vivenciam o imediatismo carnal, o tornando uma pseudo fuga de sentimentos porque na cama eles extravasam seus desejos e medos.
São personagens obscuros e tem seus próprios demônios para enfrentar, mas juntos conseguem administrar as faltas e os problemas de uma forma um pouco menos dura, porém distorcida, já que eles não conseguem discernir o amor como um sentimento puro de atitudes possessivas e autodestrutivas, ainda mais para pessoas que foram manipuladas pela vida e tiveram seus medos e perdas ampliados para causar conflitos e dor.
O reconhecer do sentimento foi forte e intenso, para quem gosta do gênero é um bom livro. E a diferença de idade é tudo uma questão de quem vê. O preconceito é mais na cabeça dos outros, porque na vivência a tal maturidade é muito subjetiva.