Questão de Classe

Questão de Classe Christina Dalcher




Resenhas - Questão de Classe


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Mery 30/09/2023

Será que estamos tão longe desse mundo?
Questão de Classe tem uma trama excepcional, porque discute o tema da eugenia.
Em Questão de Classe, as crianças fazem provas e são testadas semanalmente. Se seu filho se dá bem em tudo, ele ocupa o topo da cadeia de sucesso, estudando em uma escola sob medida para isso. Mas se ele se fica no meio termo, ele é levado a se juntar a semelhantes. Se ainda assim não der certo e vier um fracasso, ele pode ser retirado do seu convívio e mandado para uma espécie de internato, bem longe dos pais. Tudo isso para o bem da sociedade. Porque assim construímos um futuro melhor.A construção dessa sociedade surreal do livro dá certo porque o egoísmo e a vontade de ser superior aos outros é intrínseca do ser humano. Os trechos que mostram o passado da protagonista do livro, Elena evidenciam bem como o bullying que ela sofria, servindo de base para que, lá na frente, ela se ?vingasse? contribuindo na criação de um sistema perverso. Mas perverso porque atingia o desafeto, o outro. O problema é quando a filha de Elena é atingida.
Essa trama, narrada em capítulos curtos, provoca a reflexão e, talvez, até nos atinja como soco no estômago se formos refletir o nosso próprio comportamento em relação ao outro. Contudo, apesar da excelente temática e a forma como tudo foi construído, a autora perde um pouco a mão na parte de ação que vai levar ao desfecho. As sequências que seriam ?mais tensas? não surtem o efeito desejado e tudo se encaminha para um final correto, mas pouco expressivo.
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Michele 30/12/2020

Bom
Não mexeu tanto comigo quanto o outro livro da autora - VOX - mas aborda um assunto igualmente importante
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@mamaetalendo 04/01/2021

#QuestãoDeClasse #ChristinaDalcher #Arqueiro - por Bianca Brandão

Estou de boca aberta com esse livro.
A premissa- Uma sociedade melhor. Uma impressão digital extra e artificial. Um distintivo de honra para alguns e uma marca de vergonha para outros.

O potencial de todas as crianças é determinado por seu número Q. Uma pontuação alta dá acesso às melhores escolas e a um futuro brilhante. Quem não obtém a nota mínima é enviado para um internato, sem muita perspectiva de vida. Classes separadas por desempenho e pais felizes ao verem os filhos convivendo com alunos de mesmo status.

Já tinha lido obras com o tema semelhante. Pensa em algo como ?divergente?, mas muito mais sério. Também me lembrou alguns trechos do livro nacional, em que recomendo muito, ?O beijo de Darwin? de Alexandre Braoios. Estamos falando de seleção. De classificação dos indivíduos. Chocante né.

Apesar de ser uma obra de ficção, impossível não estabelecer os pontos em comum entre a ficção e a realidade. Se pensarmos nos acontecimentos históricos, como tudo começou na história e aos muitos dos pensamentos propagados na leitura, não estamos falando de algo muito distante... os experimentos praticados nas primeiras e segundas guerras mundiais, o movimento eugênico americano, a prática de esterilização de ?incapazes?... perturbador...

Em um mundo onde é preciso ser perfeito, como você se sairia?

#recomendo
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larireads 02/07/2023

É um livro bom e com muito potencial, talvez deixe o sentimento de que poderia ter sido melhor, mas não te proporciona uma experiência ruim. Definitivamente me prendeu desde a primeira página e o desenrolar da protagonista me deixou sem nem piscar. Nos deixa com questionamentos e pensamentos ao redor de nossa sociedade e até onde as coisas podem ficar só na ficção dos livros e filmes. Até onde é longe demais? Está realmente tão longe da nossa realidade? Me deixou com vontade de ler Vox, da mesma autora.
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Lívia 17/05/2023

É um livro interessante e que prende, mas não gostei da construção do universo. Não é muito bem explicado como a sociedade chega no ponto em que o livro se passa.
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Tami 05/03/2021

Proposta promissora, mas fica devendo.
No início de 2019, fiz a leitura de Vox e ela foi muito marcante. Foi até mesmo por isso que nem hesitei e quis logo ler Questão de Classe, da mesma autora. Christina Dalcher, ao que parece, quer seguir essa linha de livros que criam sociedades distópicas muito semelhantes ao nosso mundo real, em que mulheres lutam contra o machismo, o patriarcado e qualquer sistema que as coloque em um papel de seres inferiores. Em Vox essa abordagem era mais explícita, mas isto também está presente em Questão de Classe.

Em seu novo livro, Christina nos apresenta a uma sociedade onde as pessoas têm suas vidas definidas por um número, mais precisamente o número Q, que nada mais é do que a soma de uma variedade de componentes (notas escolares, rendimento no trabalho, pontualidade, registro de comparecimento, nível de participação, etc). Todas as pessoas em idade escolar e de trabalho o possui, e o número Q de um indivíduo também pode ser afetado pelos números Q das demais pessoas de seu núcleo familiar. Deste modo, as pessoas, se quiserem ter acesso ao que de melhor a sociedade pode oferecer, precisam manter seu número Q bem elevado e não podem vacilar, já que o mesmo é recalculado todo mês.

No que diz respeito aos estudantes, o número Q também separa o joio do trigo. Números Q elevados representam vagas em escolas prateadas, de elite, reservadas apenas aos mais inteligentes; números Q médios dão acesso a escolas verdes, que ainda possuem alguma dignidade; já números Q baixos são uma passagem para as temidas escolas federais amarelas.

Há toda uma questão envolvendo um programa chamado Família Mais Apta, que é o que rege a sociedade. Este sistema incentiva, entre outras coisas, que mulheres se submetam a testes que indicarão se o bebê têm chances de obter um Q alto ao longo da vida. Vocês podem imaginar o que acontece se a resposta for não, né?

Continue lendo a resenha no blog!

site: https://www.meuepilogo.com/2021/03/resenha-questao-de-classe-christina.html
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Alininha 21/03/2021

Incômodo
Se eu fosse resumir o livro em apenas uma palavra seria incômodo. Em diversos momentos sentir repulsa das ideias apresentadas como se fosse a salvação da humanidade e Malcolm se tornou um dos personagens mais nojentos para mim.

A narrativa é fluída, capítulos curtos e que prendem a atenção do leitor. Eu não conseguia imaginar um final feliz para a estória, mas me decepcionei muito com o desfecho.

Os personagens mais terríveis mereciam finais tão Terríveis quanto eles... As crianças mereciam esperança e El, nossa ela merecia ser aplaudida em um pátio de escola com uma faixa de boas vindas. Fiquei muito triste e decepcionada com o final, mas acho que a autora queria realmente provocar essa sensação de impotência no leitor.

Um livro forte e que com certeza fará você refletir sobre o quão ruim pode ser o humano.
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Letícia Miranda 03/11/2022

Q.
Sinceramente acho que não vou conseguir expressar em palavras tudo que senti nesse livro.
Pesado, real e cruel. São boas palavras para descrever. Um livro que te prende do início ao fim, sempre esperando novas reviravoltas, novas soluções.
Um livro que me prendeu na leitura com febre e dor de cabeça, um livro fluido e rápido, porém difícil.
Nota-se uma grande melhora na escrita da autora se comparado ao seu outro livro (VOX), que é tão incrível quanto.
Entretanto, assim como em VOX, senti que o final deixou a desejar.
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Karina 03/07/2023

Bom.. mas podia ser melhor
Livro bom, com uma temática e escrita que prendem o leitor. Fui fisgada pelos primeiros capítulos, lembro que li quase a metade no shopping enquanto matava o tempo e não conseguia parar de ler, queria mais detalhes, mais explicações. Infelizmente a autora pecou nesse ponto, os temas importantes da história, sobre o esquema de avaliação, o significado das pulseiras ficou raso e eu esperava saber mais. Para uma boa distopia, faltou aprofundamento. Tanto que no final, eu já havia perdido o interesse.
Bom,mas podia ser melhor
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Sam 10/07/2021

Uau
É uma das primeiras distopias que eu leio, e definitivamente eu amei. A escrita é muito envolvente e tem poucos personagens, o que eu gosto.
Esse livro deveria ser mais falado, pois ele merece muito mais.
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Anna caldieri 21/07/2021

Gostei!
A premissa é muito interessante, mas pecou em alguns pontos. Queria mais desenvolvimento de alguns aspectos e mais respostas.. mas em geral achei um livro bom.
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May 27/07/2021

Um mundo comandado pelas notas Q que cada pessoa possui, essa nota é medida não só pelo desempenho escolar, mas também pelo ciclo social, membros da família, e se a pessoa está totalmente dentro do padrão da sociedade, ou seja: hétero, branco, cisgênero, sem nenhum transtorno ou doença mental. E é nessa sociedade que conhecemos a Elena, uma das pessoas que tem a nota Q mais alta, casada com o homem que idealizou o sistema, ela tem duas filhas, a vida é levada como se o sistema fosse perfeito, até que a filha mais nova da Elena é mandada para a escola federal, onde ficam as crianças com nota Q mais baixas, mas essa escola é na verdade um local de trabalho forçado. Dai a Elena quer resgatar a filha e assim começa a jornada dela, fazendo coisas inimagináveis dentro dessa sociedade só para ter a filha novamente com ela. A premissa dessa história é incrível e muito forte, baseada na teoria eugenista, ficamos chocados em vários momentos, principalmente por a autora falar de assuntos muito pertinentes e que ainda precisam de atenção na nossa sociedade, como a homofobia, machismo e capacistismo. Porém, assim como em Vox, mais uma vez a conjunto total deixa a desejar, no final da leitura fica a sensação de que a autora falou, falou, e não conseguiu passar nenhuma informação concreta sobre os personagens, por isso a leitura fica superficial e fácil de ser esquecida. Além disso, outra caracteristica presente nas duas obras é o final corrido e que deixa muitas lacunas em aberto. É uma leitura fluída e interessante pelo assunto abordado, mas que poderia ser bem melhor explorada.

"Acima de tudo, ele me leva a avaliar se nascemos com a intolerância no sangue ou se o ódio contra o que é diferente precisa ser ensinado."

Gatilhos: crise de ansiedade, manipulação, esterilização.
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emasbookshelf 28/07/2021

Elena Fairchild
"Em um mundo onde é preciso ser perfeito, como você se sairia?"
Na sociedade criada por Christina, ser perfeito não é um objetivo, é uma obrigação. Ou você é perfeito, ou terá um péssimo emprego. Ou você tem um cartão prata, ou conseguirá comprar apenas o básico para a sobrevivência. Ou seu número Q é superior a 9.0, ou você pode ser enviado para o outro lado do país. Longe de sua mãe, de seus amigos, e do último resquício de esperança de um futuro promissor que ainda havia.
É nessa realidade que vive Elena Fairchild. Professora de biologia, casada com um homem influente, e mãe de duas garotas. Sua família nunca foi perfeita, mas era estável. Até que sua filha caçula foi enviada a uma escola federal, uma escola amarela, uma escola à centenas de quilômetros de distância. Até que Elena se recusa a ficar parada e decide ir buscar a sua filha.

Eu amei esse livro!
Todas as reflexões, as diversas críticas sociais, cada frase de efeito me deixou boquiaberta. Passei o livro todo imaginando como seria viver em um lugar assim, em que sua vida é definida pela nota que você obteve em uma prova, pensa que pesadelo? Ser tachado por sua nota, por sua cor, pela sua orientação sexual, por um problema de ansiedade, uma característica e/ou deficiência física, isso está longe de ser aceitável. E pensar que nem estamos muito longe disso...
Só me fez refletir na urgência de continuar gritando que o diferente é normal! E que se nos calarmos, estaremos passando pano para a exclusão de minorias, que também são pessoas! É um livro necessário, que eu recomendo demais!
?? Mas fique atento aos gatilhos e a classificação indicativa do livro.

O único ponto negativo (e motivo de eu não ter dado 5 estrelas) foi a autora não ter se aprofundado mais em determinados assuntos. Mas mesmo assim, me instigou a pesquisar mais sobre todos eles.
Leiam Questão de Classe!

???????

"Ser patriota não significa fechar os olhos para os capítulos mais sombrios da história do país; na verdade, é justamente o contrário."
- Christina Dalcher
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accrezende 08/08/2021

Maravilhoso, perturbador e necessário
Acabei agora e estou em choque, assim como passei toda a leitura.
O livro é emocionante e angustiante.
Uma distopia com linguagem clara, tornando a leitura mais fluida.
É muito doloroso pensar que apesar de se tratar de ficção, temos exemplos claros na história da tentativa de imposição de uma eugenia.

Faz refletir sobre as escolhas que fazemos. Ao rever nossas atitudes, não é difícil de lembrar das escolhas que fazemos de maneira egoísta, não pensando na coletividade.
A lição final que retiro é que o egoísmo mata. Somos seres plurais, impossível desejar e impor que todos sejam iguais. Bem como, adotar um critério pra certo/bom/melhor, só de acordo com a nossa perspectiva.

Apesar da minha angústia ao ler essa obra, indico muito. Extremamente necessária.
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