Gabi 22/06/2023
Gostei e não gostei
Acho que eu só senti raiva da metade do livro até o final e tem um motivo muito específico: a personalidade da Amari. Falta nela um grande entendimento de que essa guerra tem raízes muuuito mais profundas e é muito mais complexa do que as coisas que ela está vendo por agora, não é apenas uma disputa de se ela ou o Inan irão sentar no trono, e o fato de ela não entender isso faz com que a Zélie e outros maji saiam como os rancorosos e impacientes, quando na verdade eles tiveram suas famílias dizimadas e suas vidas modificadas apenas por serem quem são. Não é apenas uma conversa que irá resolver isso. E ela sempre quer ser ouvida a todo custo quando na verdade ela mesma não entende todas as coisas, ela tomar o lugar como anciã apenas para ser ouvida e deixar uma maji em coma por isso não foi nada legal, acredito que sim, eles deveriam ter considerado o lado do Inan, mas como eu já disse, essa guerra não é de agora, e não acho que caiba a ela julgar a decisão de pessoas que sofreram na pele por anos as atitudes da monarquia. São pensamentos que levam tempo para serem alterados, falta compreensão da parte dela. Levar o Inan para o local SECRETO, que dava vantagem aos maji na batalha, foi de extrema burrice, ela poderia ter se encontrado com ele em outro local e essa negociação poderia funcionar, mas com isso ela se queimou com a Zélie e causou um ataque no local. Além de que ela tomou a decisão de matar TODOS (inclusive a Zélie) na ilha apenas para conseguir sentar no trono, foi de um egoísmo sem tamanho. Também não gostei que ela não matou a mãe dela, pois creio que isso gerou as consequencias do final do livro, mas é apenas uma suposição.
A Zélie no primeiro livro tinha garra e vontade de lutar, entendo o luto dela no segundo livro, mas senti que ela se apagou grande parte do tempo e só apareceu mesmo no final. Não gostei muito do romance dela com o Röen, parece que ela só gosta de quem trai ela, mas acho que com mais desenvolvimento poderia funcionar. Adoro ela, é bem teimosa, e isso obviamente é um pouco ruim por conta das decisões que precisam ser tomadas, mas ela tem um bom coração e cede quando vê outras opções. Queria que o foco fosse mais nela e no seu desenvolvimento na magia e como anciã ao invés de ser nas decisões da Amari, creio que se ela e a Amari tivessem conversado mais, as coisas poderiam ter sido diferentes.
O Inan é um caso complicado, ele sabe quais são as decisões certas mas decide ir muito pelo que os seus pais falam e pensam, falta determinação e mais atitude nas suas ações ao invés de se deixar levar pelos outros. Gosto dele com a Zélie (não queria gostar) mas acho que depois de tudo não tem mais como, porém eu gosto muito dele, se ele tivesse mais certeza das suas decisões acho que seria um personagem com potencial, principalmente se ainda tivesse seu poder de antes, acho que os dois seriam poderosos juntos.
Faltou o Tzain, ele sumiu nesse livro, e ODEIO ele com a Amari, ele basicamente só serve de apoio emocional p ela e ele pode ser muito mais. Senti falta da relação dele com a Zélie, achei que ele deixou ela muito de lado, principalmente pelo fato de que os dois perderam o pai.
Num geral eu gostei kkk adoro a escrita da autora, gosto de como tudo é muito bem construído e tem fundamentos, as histórias dos deuses, os encantamentos, e a trama toda te levam a entrar na história e a questionar quais decisões são boas e quais são ruins, adoro isso, e to bem ansiosa para o proximo livro.