Cilmara Lopes
26/11/2023Quem dera?Quem dera eu tivesse lido esse livro quando tinha por volta dos meus 17 anos!
Primeiros empregos de carteira assinada, primeiro registro em conta bancaria associada a um pagamento de salário, primeiros cartão de crédito, primeiras dívidas, empréstimos etc
Você entra nesse meio cheio de siglas sem nenhum preparo, sem nenhum conhecimento prévio. Você que é como eu, de origem bem humilde.
E tudo bem, o foco é viver mais um dia com dignidade, é ter as refeições básicas e tentar seguir uma rotina minimamente normal.
Mas com o passar do tempo, em uma certa etapa da minha caminhada me deparei com esses termos e fui apenas seguindo o fluxo que o banco deixava exposto.
O fluxo de uso de cheque especial, de aumento desforrado do limite de crédito, do consignado que você trata como um desconto ?trabalhista? porque está na folha?
Uma confusão generalizada vai se formando bloquinho por bloquinho.
É como a Nath menciona no livro, falar sobre dinheiro não é um assunto bem vindo em muitas famílias, gera muito desconforto e até sofrimento. É um assunto carregado de sentimentos que mexem com a autoestima das pessoas.
Então, logo, você acaba não tendo esse tipo de discussão dentro de casa e tem até receio de tocar no assunto, na hora vem imagens de brigas e momentos de tristeza quando seus pais tentavam fechar as contas no final do mês.
E aí você apenas segue como acha que dá. Mas nesse exato momento que vejo como esse livro poderia ser um grande aliado no combate a ignorância de vários conceitos sobre o dinheiro em si e te coloca na posição de autonomia de suas finanças. Eu sei parece pleonasmo: você tendo autonomia da sua vida financeira. É justamente nesse ponto que o livro trabalha, que o contexto é muito mais complexo do que se pensa.
De forma direta e simples, esse livro consegue tratar do principal para iniciar ou pra colocar suas finanças pessoais nos eixos.
É um livro que trata do básico, por isso retorno a dizer: quem dera a Cilmara com seus 17 anos tivesse lido.