Gê 11/07/2021Travesti não é sobre estar, é sobre ser.A história da Monique D’Almeida tem que ser lida com cuidado, se você leu esse livro e é seu primeiro contato ou de qualquer modo não estuda sobre gênero, TRAVESTI NÃO É SOBRE SE VESTIR de mulher, quem faz isso é DRAG QUENN. Não é ser homem e mulher, há travestis que se identificam assim, não estou aqui para deslegitimar a vivência delas e muito menos da Monique, mas é preciso cuidado. Há estereótipos de uma sociedade que mais mata pessoas trans e travestis e que tenta a todo custo marginalizar as travestis. TRAVESTI É UMA IDENTIDADE FEMININA. Travesti não é sobre estar, é sobre ser. Elas não são travesti pela roupa, pela prostituição, temos que parar de perpetuar o discurso que utiliza mulher trans como higienização das travesti, achar que quem fez cirurgia, ou quem tem passabilidade é trans e quem não tem é travesti.
A comunidade LGBTQ e a América Latina como um todo, deve tudo as travestis, se não fossem pelas lutas delas, não estaríamos onde estamos na conquista dos nossos direitos, e imagina o tamanho da luta delas para sustentar toda a comunidade que ainda sim perpetua discursos que as mantém com a expectativa de vida de 35 anos e a prostituição como única opção de sobrevivência.
Só gostaria de deixar claro isso aqui, TRAVESTI NÃO É SOBRE SE VESTIR. TRAVESTI É 24H TRAVESTI, independentemente de maquiagem, vestimenta e afins, SEMPRE trate travesti no feminino.
Eu só quero com esse texto dizer para buscar essas informações, PRINCIPALMENTE das próprias pessoas trans e travesti, eu enquanto homem cis gay, não tenho legitimidade para definir a existência das travesti, então, deixo sugestões para vocês seguirem algumas travestis que tem bastante conteúdo: @gabialmeidam, @transpreta, @alinadurso, @fefeliciom. E dentro dessa temática da prostituição indico o livro "E se eu fosse puta?" escrito pela travesti Amara Moira, que relata a vivência da prostituição.