Manu 09/09/2021
Entre lágrimas e sorrisos!
Primeiramente, #VIVAOSUS;
Em segundo lugar, se você estiver passando por algum problema de saúde, este não é o momento para ler esse livro. Digo isso, porque ele traz à tona 74 crônicas, histórias sobre uma médica que atende no SUS, e a probabilidade de uma história se parecer com a sua, é possível. Eu encontrei uma história parecida com a minha. Então, fica o aviso!
Feita as considerações iniciais, eu preciso dizer que eu ri e chorei lendo as histórias escritas por Júlia, médica de família que fazia atendimento pelo SUS em Belo Horizonte.
Neste livro, ela traz 74 histórias de famílias, afinal, não tem como mensurar a dor de uma pessoa sem olhar todo o contexto em volta. Fora que muitas pessoas não iam sozinhas, iam com pai, mãe, irmã/o, sobrinho/a, vizinho/a, amigo/a.. e todo o contexto familiar influenciava na análise r no diagnóstico.
Dra. Júlia mostra traz em seu livro um cuidado que muitas de nós gostaríamos de receber nas consultas médicas, e que por vezes, não é isso que encontramos. Seria ela uma exceção de médica?! Não posso afirmar isso, seria leviana com demais profissionais de saúde. Afinal, ela atuou em posto de saúde, mas nunca esteve sozinha, tinha outras profissionais que estavam lado a lado, eram enfermeiras, nutricionistas, psicólogas, endocrinologista, e porque não, as demais profissionais que fazem qualquer estabelecimento de saúde funcionar? Estou falando das que não são formadas em saúde, mas estão ali dia a dia: terceirizadxs, serviços gerais, administrativo..
Cada história poderá provocar em você um misto de sentimentos: de alegria à tristeza; de entusiasmo à revolta; de ódio ao amor; de lágrimas à gargalhadas.. bom, você pode sentir tantas coisas que eu não senti. Mas uma coisa eu tenho certeza, você terá senso de humanidade. Coisa que está faltando na nossa sociedade, principalmente na atual conjuntura, onde o que mata, é ser pobre, como diria a dra. Júlia. Afinal, quem é rico, permanece rico, mesmo diante do caos. E continua a explorar a classe trabalhadora, preta e pobre que poderá comer um pacote de biscoito recheado no almoço e olhe lá.
As histórias são diversas: tem violência contra mulher, estupro de vulnerável, escravidão, racismo, desigualdades, pobreza.. aaaah, e é nítido de que: quem mais precisa do SUS é preto/a, pobre, mulher, favelado/a. Talvez por isso, tem governante querendo sucatear o SUS e matar o povo sem comprar vacinas (ou superfaturar na compra).
Boom.. poderia escrever um outro livro falando de Pacientes que curam, mas ainda não chegou meu momento. Espero que gostem.