Gigi 08/02/2024
Melhor livro que li no ano!!!
A melhor leitura do ano até agora, o livro inteiro é ótimo, porém dois capítulos específicos tomaram meus pensamentos por semanas
"justiça: lições sobre amor na infância" nele Bell Hooks coloca a família como a primeira escola do amor, sejam as famílias funcionais ou não, amorosas ou não, elas ocupam esse lugar, ela ressalta também a necessidade de assegurar os direitos básicos das crianças para que assim elas possam conhecer o amor, Bell Hooks também afirma que a família nuclear pode facilmente autocrática e fascista (eu arisco dizer que quase sempre é), sobre esse capítulo, me chama a atenção que Bell Hooks relata uma dificuldade em aceitar que ela mesma tinha crescido em um lar disfuncional, pq tinha boas memórias de sua infância, mas em contraposição, lembrava de ser mal tratada e de ter suas esperanças reduzidas pelos adultos de sua família em diversos momentos, ela chega a conclusão que em sua infância se sentia cuidada, mas não amada. Somos ensinos na igreja, nas escolas e dentro de casa que devemos respeito e obediência aos nossos pais/criadores, devemos sempre ser gratos por tudo que eles nos fazem, mas não somos ensinados que em uma relação na qual o amor existe, o respeito deve vir dos dois lados, em geral somos ensinados a associar o amor a dor, quando na verdade, amor e violência não podem habitar a mesma relação.
"Perdão: amar na dor e na morte" nesse capítulo Bell Hooks associa o medo da morte a falta de amor, ela afirma que quando nos soubéssemos amar entenderemos que a morte é parte da vida, esse capítulo me "lembrou" (entre aspas pq é impossível esquecer) que não há dor maior que perder alguém e sentir culpa ou remorso. A dois anos aprendi da pior forma possível que preciso nutri minhas relações com amor e afeto, para que quando a morte chegar (e ela sempre chega) eu possa chorar pelas lembranças feliz, pela falta que elas me fazem, e não pelo remorso ou arrependimento.