A terceira vida de Grange Copeland

A terceira vida de Grange Copeland Alice Walker




Resenhas - A Terceira Vida de Grange Copeland


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Oseas.Carlos 10/06/2020

Ciclos de Sofrimento
A Terceira Vida de Grange Copeland foi o primeiro livro publicado pela premiada autora Alice Walker, ganhadora do Putitzer e do National Book Award de 1983, pelo excelente "A Cor Púrpura" (vale a pena o filme também). Antes nunca traduzido no Brasil, A TAG, em edição inédita, nos permite o conhecimento dessa ótima ficção na nossa língua materna.
O livro narra a história da vida de Grange, um homem negro, no início do século XX, no sul dos EUA, através de 3 gerações na sua família e demonstra, por meio disso, como a violência, o medo, o desprezo, a miséria e a falta de humanidade afetam, como um ciclo vicioso, suas gerações futuras e de todos aqueles que têm a pele escura, em detrimento de uma sociedade onde brancos sempre tiveram privilégios.
A escrita, por diversas vezes, embrulha o estômago e demonstra que boa literatura também serve para incomodar, para nos tirar da zona de conforto. A violência aqui é demonstrada como consequência de um extenuante racismo estrutural, onde pessoas pretas aniquilam vidas pretas com as mais severas punições, baseadas numa conjuntura racial de limitação, acepção e desprezo por aqueles que foram, erroneamente, considerados racialmente superiores.
Num cenário atual de diversas manifestações pelo mundo de desprezo pelo racismo, de cobrança de direitos e de justiça social pelos erros cometidos no passado e ainda no presente, essa obra continua tendo um apelo atual e necessário a fim de que a igualdade entre seres humanos, sempre tão pretendida, possa ser conquistada.

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Laura.Radicchi 10/06/2020

Este livro é um livro que deve ser lido múltiplas vezes, porque a cada leitura você terá uma perspectiva diferente. Esta perspectiva é fruto da maneira como a autora escreve o livro, que abre para múltiplas interpretações, e a bagagem de conhecimento do leitor. É um livro extremamente necessário ainda mais nos dias de hoje. Eu nem tenho muito o que escrever ainda estou digerindo o que eu li.
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Srta.Jay 09/06/2020

Da sinopse na capa do livro já pode ter uma ideia do que estar por vir:
O livro "revela o cotidiano de uma família negra no sul dos Estados Unidos, na década de 1950. (...) Escrito com linguagem poderosa e concisa, o livro trata de violência - racial, social, familiar, contra a mulher -, mas também da força humana capaz de mudar uma realidade inóspita por meio do amor e da desconstrução de estruturas patriarcais".
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Tamara 08/06/2020

Significativo e brutal
Um dos melhores livros que já li. Em determinados capítulos me senti estranhamente perturbada pela agonia de Brownfield e Mem e em outros chorando de alegria pelo amor de Copeland por Ruth. E o fim...

"Como pode uma família, uma comunidade, uma raça, uma nação, um mundo, ser saudável e forte se uma metade domina a outra por meio de ameaças, intimidações e atos reais de violência?"

Sim, Alice, eu me importo.
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Jader 08/06/2020

Que força Alice Walker coloca em cada frase empregada nesta história. Uma leitura de suma importância e atemporal, o racismo tem que ser combatido em todo o tempo.
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Debora 08/06/2020

Um livro para este momento
"Vidas negras importam" é um bom resumo para este livro. Vidas negras que, na história, tantas vezes são impossibilitadas de viver.
Vidas negras que, espezinhadas pelos brancos, acabam com os seus. Homens negros tão subjugados, que, para se sentir homens ainda, acabam com suas mulheres e filhas. Um acúmulo de crueldades. (Não estou justificando ninguém...)
E Grange, o primeiro cruel apresentado no livro, vive sua vida até chegar ao que ele diz sua 3ª vida, em que o amor pela neta faz com que ele vá mudando. Faz com que ele aprenda a amar. E, amando, faz com que vá mudando um pouco suas visões. E cria uma mulher inteligente e que pensa por si - o que não é pouco para a época em que a história se situa.
Sem spoiler, acho que este é um resumo possível para este momento em que as manifestações antirracistas se fortalecem pelo mundo.
O mais está dito no Posfácio da autora, quem seria eu pra acrescentar algo.
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Marcos.Alexandre 08/06/2020

A Terceira vida de Grange Copeland
Que livro difícil. Não por ser ruim, muito pelo contrário, é um livro excelente para ser lido.
O difícil e doloroso, é ler tanto sofrimento, tanto psicológico quanto físico. Esse livro deixa claro o quanto a escravidão (que continou e continua existindo até hoje, mesmo depois do seu fim legal) a falta de oportunidade e o racismo destroem famílias por gerações e o quanto é difícil sair desse ciclo.
Esse livro me abalou muito, em algumas partes tive que parar por um momento e só voltar a ler depois.
Uma excelente escolha da curadora de Maio da TAG.
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Renata 08/06/2020

Um soco no estômago.
Acho que isso resume um pouco esse livro enviado pela @taglivros em maio.
"A terceira vida de Grange", romance de estreia da autora norte-americana, retrata de uma forma crua a o racismo, a violência doméstica, o machismo e a desigualdade social do sul dos EUA no início do século XX através da história de três gerações de uma família. Como me disse a @caalvesm, é "uma ficção muito real". E muito triste.
Nesse livro conheci o personagem mais odioso da literatura, para mim, até agora: Brownfield. Ainda tô apavorada com a crueldade dele, fruto, em alguma medida, da situação em que ele cresceu.
Sugiro muito a leitura desse livro.
Ah, o posfácio escrito pela autora em 1987 é maravilhoso!
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Ronnayse 07/06/2020

É uma história tão real e, mesmo sendo inicialmente escrita em 1966 é tão atual.
Aborda temas tão importantes de se discutir e refletir, como racismo, violência contra as mulheres, opressão (tanto própria como do outro), violência psicológica e, como coloca Jarid Arraes (curadora do livro pra TAG): “o livro fala muito sobre a vida roubada, o futuro roubado”.

Acredito que seria um livro que, ao ver numa livraria poderia não me chamar a atenção e vir a comprar; então obrigada TAG e obrigada Jarid Arraes por indicar esse livro à TAG.

Ainda tô tentando digeri-lo. Não vou me deter aos acontecimentos para evitar spoiler.
Até porque também é bem difícil expressar o misto que se sente ao terminar sua leitura.

No posfácio do livro, Alice Walker questiona: “Será que eu poderia fazer quem me lê se importar?” E só posso dizer que é óbvio que sim, e muito. Não tem como ler esse livro e não dizer que se sentiu diferente. É como diz Jarid Arraes: “que esse livro nos ensine a olhar o mundo com mais compreensão de que a realidade vai além dos nossos enquadramentos. E que, mesmo assim, tempos que nos movimentar para que ele seja melhor”.
São pensamentos refletidos durante a leitura, questionamentos... é daqueles livros que transformam coração e alma. Que apesar do sofrimento, raiva, confusão, pequenas doses de alivio etc você tem ele como parte importante das reflexões que te levam a evoluir.
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Bia 06/06/2020

Este é um livro que deve ser lido aos poucos, é o que tenho para dizer. Não se trata daqueles livros que seja bom ler todo de uma vez, e não porque a narrativa e a escrita não são boas, mas porque trata de temas tão importantes que é difícil assimilá-los todos de uma vez.

É uma leitura que nos leva a pensar sobre racismo, violência doméstica, feminicídio, pobreza, exploração, entre outros. Não é algo que dê para ser interpretado de uma vez! É uma história angustiante de acompanhar (muito mesmo), mas que merece ser lida, aproveitada e discutida!
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zabela 06/06/2020

Mais um acerto da TAG
A escrita de Alice Walker, e a tradução feita pela TAG, junto com a adaptação de expressões "regionais" estadunidenses, fazem essa obra assumir um caráter impecável. A imersão no cenário do sul dos Estados Unidos e todas as angústias vividas pelos personagens é perpassada de uma forma muito escancarada, fazendo com que essa obra adquira uma grande importância no entendimento das questões de raça e gênero enfrentadas por pessoas negras. Uma obra muito essencial de ser lida em tempos de Black Lives Matter.

Detalhe pro arco de redenção do próprio Grange Copeland que, no começo do livro, pode parecer a pessoa mais asquerosa o possível, mas que se mostra atento às particularidades de sua realidade quando volta do norte. É quiçá uma análise psicológica também.
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Mariana 06/06/2020

Lancinante
O livro aborda questões extremamente sofridas, provocando sentimentos, por vezes contraditórios, do início ao fim. Crueldade, opressão, violência, redenção, amor... um livro que dói, mas vale muito a pena!
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Nelissa 06/06/2020

Livro incrível! Bem pertinente ao momento que o racismo tem sido exaltado como debate necessário.
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Marília 05/06/2020

Muito bom esse livro. E quão oportuno o envio dele nessa época de manifestações pelo fim do racismo.
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