Miragem

Miragem Somaiya Daud




Resenhas - Miragem


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Lauraa Machado 18/01/2022

Deixou bastante a desejar
Depois de ter lido todos os outros livros da Editora Literalize e visto que todos eram ótimos, esperava que esse fosse no mesmo nível. Não li a edição deles, li a em inglês, mas eles tiveram uma curadoria perfeita, na minha opinião, até chegar nesse. Esse livro deixou a desejar em tantas questões, que tive que me organizar para explicar melhor.

Antes de mais nada, queria dizer que o livro em si provavelmente só vale duas estrelas, mas tem alguns detalhes nele que são tão bons, que mereciam umas quatro. Foi por isso mesmo que cheguei à minha nota de três.

A coisa que mais me incomodou no livro foi a tentativa da autora de misturar fantasia com ficção científica. Essa é uma mistura que funciona em muitas histórias, mas aqui parece demais que foi introduzida depois do livro estar pronto, como uma tentativa de diferenciá-lo de outros de fantasia YA. Nenhuma parte que fosse 'ficção científica' fez sentido. Nenhuma. Nem a colonização por um povo que parece ter só umas vinte pessoas, nem as viagens entre luas e planetas, nem mesmo a tecnologia presente nesse universo.

Quando um livro se passa em um planeta diferente ou pelo menos em mais de um, como aconteceu aqui (três, dois deles eram luas), o mínimo esperado é que eles sejam diferentes em questões científicas também. Atmosfera, gravidade, tempo de duração do dia, duração do sol ou qualquer coisa assim. Mas nesse livro, era tudo igual e a única diferença eram climas. Ou seja, fiquei com a impressão de que tinha sido escrito sobre países diferentes em um mesmo mundo, mas mudaram para dizer que era ficção científica também.

Realmente, a parte de viagens entre planetas e tudo mais é completamente dispensável. É capaz de tirarem e ninguém perceber que teve diferença. Mas o que mais me incomodou nessa questão científica foi sim a tecnologia, que só existia quando convinha. Não faz o menor sentido existir um método de transmissão de informações de um planeta a outro e isso não ser algo comum nem entre pessoas que moram na mesma cidade. Como é possível ter tanta tecnologia para viajar entre planetas, mas ainda não terem um telefone? Porque a Amani em nenhum momento pensou em ligar para os seus pais ou até para o Idris.

Claro que existem tablets e hologramas, mas só quando precisam ameaçá-la ou filmá-la para toda a população ver. Em qualquer outra situação dos meses dessa história, é como se essa tecnologia não existisse. E como é possível existirem câmeras sendo que uma prisioneira que se passa pela princesa nunca é filmada nem mesmo pela própria inteligência da princesa? Como podem confiar nela com tanto poder e alcance como se não fosse nada? Nem guardas ela tinha! Além de que eles viajam de naves especiais para todo lugar, mas de repente eles usam carruagens entre lugares do mesmo país! Nem para inventarem algo menor, quem sabe poderiam ter chamado de carso, carto, carro?

Parando um pouco aqui para respirar fundo, mas é que isso me incomodou demais mesmo. Eu nem odiei o livro, tem coisas nele que eu gostei demais, mas a história tem mais furos do qualquer outra coisa!

Outra coisa que não foi tão legal, na minha opinião, foi a ambientação. Faltou descrição de coisas menores, de diferenças mesmo. Não tenho a menor ideia de como é a lua onde ela morava. Sei como é o castelo, ela adorava explicar esse tipo de coisa, mas algumas descrições logo no começo deixaram bastante a desejar. Eu relevei, mas logo comecei a ficar confusa com a criação desse universo e dos povos de lá. Acho que faltou um pequeno glossário bem organizado no começo que teria poupado os inúmeros infodumps desconfortáveis nos primeiros capítulos.

De fato, a prosa da autora está bem travada no comecinho por causa dessas coisas e, admito, cheguei ao final do livro ainda bem incerta sobre os povos, suas culturas e costumes. Lembro de alguns, mas a maioria era informação demais, lição demais no meio de uma narrativa, então acabavam passando batido. Acho que o livro inteiro teria se beneficiado de trechos fictícios de canções, lendas e até literatura desses povos como epígrafes em cada capítulo. Acho que poderia aumentar a sensação de que existe de verdade.

Não, ainda não terminei de comentar tudo que me desagradou. Juro que ainda vou falar de coisas boas, mas agora é melhor eu já dizer que o enredo é fraquíssimo! A ideia começa forte, a garota que é forçada por uma princesa cruel a se passar por ela, a arriscar sua vida por ela. Mas aí ela finalmente começa a se passar pela Maram e nenhum evento, nenhum momento é realmente um risco. Para que todo o treinamento se ela não ia mesmo se arriscar com nada? Foi só um capricho da princesa? Isso tirou bastante da força dessa premissa, infelizmente. Faltaram alguns atentados, suspeitas, tiros, desespero, tropeços, algo que movimentasse a história e que também justificasse sua existência.

Confesso que eu continuei lendo só por duas coisas, as duas coisas que eu amei no livro, mas vou mencionar elas depois.

Antes, quero deixar claro que a leitura é bem devagar, fácil de acabar, porque é um livro pequeno e os acontecimentos são vagos e corridos. Ou seja, o pouco que acontece é meio superficial e as ideias nem amadurecem antes de já mudarem ou acontecerem de cara. É uma história pouco imersiva, quando poderia ter sido sensorial e emocionante. O maior problema do enredo, na minha opinião, é que o único momento de grande emoção ou dúvida é um que você já sabe que vai vir pelo prólogo. Não há nenhuma reviravolta inesperada, nenhuma revelação incrível, nada desse tipo. E as conclusões que os próprios personagens tomam no final não fizeram nenhum sentido. Confesso que fiquei esperando um momento de lógica ou algo surpreendente, que me fizesse ficar curiosa com a continuação, mas nunca veio.

Existe ainda uma pequena chance de eu ler o próximo livro, mas seria só pelas duas coisas que amei nesse. A primeira foi a relação da Amani com a princesa, Maram. Foi muito legal ver as duas "se enfrentando", ver como elas iam se conhecendo melhor e quebrando uma a outra. Me surpreendi com a complexidade de Maram, mas tenho que admitir que tinha muito mais potencial do que foi aproveitado. Se eu parar para pensar em quantas cenas elas tiveram, por exemplo, foram poucas, mas todas eram interessantes! Acho que o livro teria se beneficiado demais de mais aprofundamento nessas partes. Ele poderia ter sido um pouco maior também e menos corrido.

Outra coisa que gostei bastante foi do crescimento da Amani. Ela amadurece tanto, que foi legal de ver! Mas não é algo que amei.

Amei de verdade foi o romance! O Idris é maravilhoso e ver os dois se aproximando foi lindo! A autora, quando parece mais confortável com a narrativa e não se preocupa em ficar incluindo explicações sobre o universo no qual a história se passa, escreve muito bem! É um livro cheio de passagens bonitas e tocantes, de momentos especiais! Foi um romance devagar e delicado que me deixou vidrada às vezes enquanto lia. É verdade, se tiver um romance interessante, eu leio qualquer coisa. É uma pena que essas passagens maravilhosas não fossem intercaladas com acontecimentos relevantes.

Não sei se posso dizer que recomendo o livro, mas não des-recomendo também. É uma história fraca com personagens interessantes. Quem sabe um dia eu não leia o segundo mesmo assim?
BrunoFF 18/01/2022minha estante
socorro? miragem tem continuação? ??


Lauraa Machado 18/01/2022minha estante
Sim! Em inglês, chama Court of Lions


BrunoFF 18/01/2022minha estante
Nossa! Eu não sabia. Achava que a Literalize só publicava livros únicos


BrunoFF 18/01/2022minha estante
Obrigado ????


Lauraa Machado 18/01/2022minha estante
Não, eles publicaram Uma Melodia de Sombras e Ruína (que é absolutamente excelenteeeeee) que é duologia também!


Duda 12/03/2024minha estante
Alguem tem noticias se a editora pretende continuar publicando o resto? Desse e daquela outra serie Uma melodia de sombras e ruínas.




camsszy 25/07/2021

miragem
esse livro é tudinho na minha vida ??? a história é perfeita e os personagens mais ainda, fui procurar fanart e não tinha, tô muito triste

preciso urgentemente da continuação
Maria13836 28/07/2021minha estante
"fui procurar fanart e não tinha" serio kkkkkkkkkkkk


camsszy 29/07/2021minha estante
avise que eu chorei




Elise 17/02/2021

É...
Finalizei "Miragem".

A escrita é super fluída e gostosa de acompanhar

Contudo o enredo corre mais do que deveria.

(Alguns) personagens até tem background, só que as relações ENTRE os personagens são muito rasas.

Teve instalove ? (relacionamento amoroso que acontece de uma hora pra outra e não fica algo crível)

O universo é rico, mas a trama política é minimamente explorada.

Gostei, porém muitos pontos negativos. 3 ou 3,5 ?'s. Ainda pensando sobre

Ainda assim, lerei a continuação.

E sobre a edição: super linda. Isso não tenho palavras
ananevves 21/02/2021minha estante
super concordo! acabei de terminar o livro e espera mais da história




Lyla 07/02/2021

O SURTO
Gente do céu, até 50% eu tava achando o livro meio "meh", porque só tinha desenrolado a parte da premissa! Masssssss depois disso o livro foi só melhorando e o final foi um surto! Estava no pico de adrenalina com os acontecimentos e ai... acabou!
Ainda bem que tem continuação ?
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Jeniffer.Pereira 07/02/2021

Um ótimo começo
O livro é o primeiro e tem uma sequência. É importante ressaltar, porque o final é aberto e deixa o leitor muito curioso.

A escrita da autora é incrível e me prendeu muito. Os capítulos são curtos, a leitura, portanto, é rápida e fluída.

Gostei muito!

A literalize arrasou. A estética do livro é incrível e a diagramação perfeita.
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Clara Azevedo 12/02/2021

Miragem
É o primeiro volume de uma duologia até onde sei. Há 20 anos, o Império Vathekês apareceu no céu e roubou o mundo de Amani. Amani é sequestrada por droides do Império Vathekês no dia de sua noite de maioridade, nela a garota receberia sua daan ( uma espécie de tatuagem no rosto) marcando seu passo para a vida adulta. Amani é levada em segredo para o palácio real onde descobre o motivo para ter sido sequestrada ela é a Doppelganger de Maram, a cruel princesa de Vathek. Maram é tão odiada por seus colonos que precisa de uma substituta, alguém que seja sua duplicata exata e tome seu lugar em aparições públicas e que também possa morrer por ela. A partir daí, Amari vai aprender a se comportar, falar, andar e se vestir igual a Maram. Amari vai conhecer Idris,o noivo da princesa Maram e os dois vão ficar próximos um do outro é claro que vai ter um romance entre eles. Amani vai precisar interpretar a princesa com perfeição, se quiser permanecer viva. Durante a leitura fiquei fazendo umas teorias loucas bem tipo aqueles dramas de novela mexicana comecei a pensar de que talvez Amani e Maram fossem irmãs gêmeas que de alguma forma foram separadas ao nascer, mas depois fiquei com dúvidas sobre isso elas realmente podem apenas serem sósias e não necessariamente parentes. A escrita foi muito fluída li o livro em dois dias. A edição da Literalize está linda demais. Ele é narrado em primeira pessoa através da Amani. Fiquei curiosa para saber o que Maram fazia enquanto a Amani a substituía mas não temos essa explicação no livro. Primeiro nos é apresentada uma princesa cruel depois de que talvez toda essa personalidade dela tenha a ver em como ela foi educada desde criança talvez se as coisa tivessem sido diferentes Maram pudesse ser outro tipo de princesa uma mais empata, talvez? Na capa do livro está Amani.

"A coroa de Dihya foi arrancada de mim, meu rosto mudado, meu corpo quebrado. Mas eu não era uma escrava e não era uma substituta. Eu era a filha da minha mãe, e eu sobreviveria e persistiria. Encontraria meu caminho para casa." Pág:63.

"Voltei a ouvir a voz de Maram, as palavras que ela me disse em nosso primeiro encontro: sua vida depende disso. Ela não precisava ter dito para que eu compreendesse o que estava em jogo. Eu sabia como os vathekeses agiam; todos sabíamos. Falhar não era uma opção." Pág:106- 107.

"Não se ajoelhe nem se curve, disse a mim mesma. Diante de ninguém. Siga em frente." Pág:344.
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Bella 14/02/2021

Amani merecia muito mais ??
A escrita da autora é muito gostosa e envolvente. Todo o universo criado por ela é espetacular, a mistura entre tradições tão antigas e viagens planetárias criou um universo único, com muito a ser explorado ainda.
Mas a história em si demora a se desenrolar. Toda a premissa da narrativa e o prólogo passam a ideia de ser uma história de perigos e altas emoções, mas as questões da protagonista envolvem muito mais o coração dela do que uma aventura em si.
Passei a gostar bem mais da protagonista quando ela decide o que quer e assume as rédeas para fazer acontecer, pena que isso acontece muito no fim do livro. Espero grandes passos dela na continuação!
A editora Literalize arrasou com mais uma edição maravilhosa!
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Queria Estar Lendo 17/02/2021

Resenha: Miragem
Miragem é o primeiro livro da duologia da autora Somaiya Daud, e foi lançado aqui pela Editora Literalize recentemente. A história se passa em uma galáxia distante e explora situações envolvendo um governo opressor e uma garota levada ao centro dele para se passar por uma princesa.

Na história, Amani acaba de chegar à maioridade e comemora junto ao seu povo numa cerimônia que exalta sua história e seu futuro. A comemoração, no entanto, é interrompida por droides imperiais em busca de uma garota - e essa garota é Amani.

Quando chega ao planeta que sedia o governo, Amani se descobre sósia da princesa Maram, filha do líder e futura comandante de toda a galáxia. Maram teme atentados contra sua vida por causa disso, e passa a treinar Amani para que ela se torne a princesa frente ao povo e às câmeras; assim, se algo acontecer, a verdadeira princesa estará a salvo.

Em meio ao medo e à prisão, Amani se aproxima da política e passa a entender melhor sobre tudo que tem acontecido no seu sistema solar distante dos olhos da população oprimida. Rebeliões silenciosas estão se erguendo novamente, e Amani pode se tornar parte dela por estar tão próxima ao coração do governo.

Miragem é um YA de ficção científica que exalta uma cultura inspirada no Marrocos e em tradições familiares, além de abordar o peso de um governo tirano na liberdade de diversas civilizações.

Através do ponto de vista de Amani, somos apresentados ao universo de planetas e sistemas políticos criados cuidadosamente pela autora. É um universo rico em cultura, e uma cultura que difere do mainstream que vemos na literatura juvenil, por isso deve ser exaltado.

O cuidado com que a Somaiya traça os paralelos entre esse sistema solar fictício e o nosso é bastante notável. Ela pincela detalhes nas descrições, desde vestimentas até símbolos e lendas e músicas e idiomas. Os vathekeses são o povo opressor, os conquistadores que varreram todos os planetas com seu poder de fogo e se ergueram governantes de tudo; os andalões são o povo de Amani, confinados a uma lua esquecida, distanciados de suas tradições, agarrando-se ao pouco que é permitido vivê-las.

A cerimônia de maioridade de Amani serve como passagem para a vida adulta, e também para marcar seu rosto com um símbolo que vai ditar sua história, legado e futuro. É nesse dia que tudo que ela sonhava vai por água abaixo.

Forçada a servir uma princesa que tem o seu rosto, mas a crueldade dos opressores que dominaram seu mundo, Amani é uma peça descartável no jogo de poder, mas se torna essencial para quem está fora dele. Uma vez apresentada à rebelião, ela é a ligação entre os insurgentes e o governo que eles desejam derrubar.

"O sangue nunca morre. O sangue nunca esquece."

Eu sou do time "demore o quanto quiser para me apresentar tudo, mas, por favor, não escreva nada sem substância" e, até a página 200, infelizmente, eu senti que nada estava acontecendo. Sim, coisas estavam sendo apresentadas, mundos e políticas e tradições, lendas e histórias, mas sabe quando o plot parece que está indo para lugar nenhum?

Quando eu peguei Miragem para ler, esperava que lá pra metade do livro a Amani já estaria ao menos tendo conversas com rebeldes, ao menos se envolvendo em observações mais minuciosas, quem sabe até espionando pra valer, mas não. Demorou muito mais do que eu gostaria para alguma coisa relevante acontecer de fato.

E, nessa demora, eu acabei me apegando a poucos personagens. Amani foi uma delas - centralizada e amedrontada a princípio, para lentamente começar a se desenvolver em uma garota mais corajosa e questionadora, tudo sob medida porque ela sabe os riscos que está vivendo entre os vathekeses.

"- Sou tratada como um mau presságio de um futuro terrível independente de onde eu vá."

Maram foi a grande surpresa. A princesa do Império Vathekês, a princípio, nada mais era do que uma garota mimada e furiosa descontando sua frustração na prisioneira; com o tempo, as camadas se revelaram, e como foi interessante acompanhar a dinâmica da Amani com ela se desenvolvendo a partir daí. Os diálogos se tornaram amigáveis, compreensíveis. O peso da criação das duas, das diferenças, foi mostrado em suas personalidades. Amani entendeu a crueldade de Maram e o que havia por trás disso.

Eu preferia mil vezes um livro inteiro focado NISSO do que aquele instalove que, francamente, foi muito forçado.

Idris é noivo de Maram por conveniência política, para agradar aqueles que foram subjugados pelos vathekeses, e se aproxima de Amani a partir disso. E gente do céu, como eu não aguento mais instalove.

Foi coisa de três capítulos e eles já tinham ultrapassado o nível de atração física pra olhares e juras que, pelo amor, vocês acabaram de se conhecer! Isso nem existe! É uma coisa tão forçada, tão "tá ali pra cumprir pauta de romance em YA" que, nossa... Tirou substância de um personagem que poderia ter sido muito mais interessante se usado em um slowburn.

Idris é um bom personagem, tem uma história legal. É o herdeiro de um povo destruído, está jurado em matrimônio para uma princesa cruel, tem lembranças da guerra de conquista e do que a rebeldia custou à sua família, mas é reduzido aos momentos de romance que simplesmente não se vendem por serem tão apressados. Enquanto a autora demora zilhões de páginas pra desenvolver o conflito político, MUITO mais interessante, o romântico acontece e pa pum, tó o ship.

Desculpa a exaltação, mas stop instalove cis hetero 2021.

Como eu mencionei ali em cima, o universo e a riqueza de detalhes te fisga, a promessa de alguma coisa grandiosa prestes a acontecer te mantém na história. Eu queria ter gostado mais, mas talvez já tenha me esgotado de histórias que criam grandes caminhos e só vão a algum lugar nas suas últimas 50 páginas - como foi o caso de Três Coroas Negras.

"Eu aprendi a me parecer tanto com ela, a usar as expressões dela no lugar das minhas, que era como se eu usasse uma segunda pele e, às vezes, eu esquecia que existia uma original."

Eu acho a leitura vale a pena demais para quem tá procurando uma ficção científica que se destaque entre as conhecidas, porque o que a autora fez construindo seus planetas, sistemas políticos e conspirações rebeldes é brilhante. Se você ignorar o instalove ou se curte esse tipo de trope romântico, pode gostar mais ainda.

A edição da Literalize é linda. O trabalho gráfico ficou perfeito, as páginas têm uma textura boa e tanto a revisão quanto a diagramação estão ótimas. A tradução, que ficou a cargo da Mariana C. Dias, tá bem eloquente e ótima. Você se perde nos termos, mas faz parte por ser um universo de ficção científica totalmente novo.

Por apresentar uma diversidade tão grande e um final impactante, eu com certeza vou procurar pela continuação pra conferir o resultado das reviravoltas políticas. Só acho importante dizer que Miragem não é um livro agitado, cheio de ação e de emoção e rebeldia; ele se desenvolve arrastadamente, e entrega um fim de tirar o fôlego justamente por ter usado o marasmo até aquele ponto. O desenvolvimento da protagonista e da antagonista é maravilhoso e, não fosse pelo romance insosso, eu teria amado muito mais.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2021/02/resenha-miragem-somaiya-daud.html
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ananevves 22/02/2021

esperava mais do livro
quando li sinopse do livro fiquei encantada, mas ao ler me decepcionei um pouco...
li mts livros de fantasia e tem um momento que cansa, a história começa a ficar sempre mais do mesmo e acaba sendo difícil vc se surpreender com algum livro de fantasia.

o livro n é ruim, o universo é bem legal, embora eu tenha achado confuso.
não consegui me conectar com a história, no início os personagens me irritaram bastante hahahaha mas dps eu passei a gostar e dps me irritaram dnv, achei o romance bem corrido tbm, o final ficou meio ??? mas aí eu até entendo pq vai ter continuação, queria que tivesse maior desenvolvimento dos personagens e de suas relações entre si, tem sim o desenvolvimento de alguns personagens, porém é meio raso.

enfim, o livro n me surpreendeu nem um pouco, mas a história é legal por mais que seja meio corrida. quero ler a continuação p ver o que irá acontecer, mas n tô botando mt fé n.
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Satella Heart 23/02/2021

É foi bom
O livro tem uma rica cultura, foi feito com muito carinho pela editora e da pra perceber, foi uma leitura rápida e gostosinha, acredito que o cenário político não tenha sido o foco desse 1° livro o que o deixou mais leve, já que se aprofundou mais nos personagens e em suas jornadas sem voltas, o 2° deve trazer uma protagonista ainda mais perseverante e determinada em seus objetivos, e estou ansiosa para isso
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nayanebrito 25/02/2021

O sangue nunca morre. O sangue nunca esquece.
?Um momento como aquele, uma vida como aquela, não precisava de nenhum sinal. Eu queria outra coisa. Algo mais tangível e imediato. Eu queria o mundo.?

"Miragem" se passa em um universo com influência marroquina, onde uma menina sonhadora chamada Amani, vive em um planeta nomeado Cadiz, o qual pertence ao Sistema Solar de Andala. Um planeta conquistado pelos vathekeses, cujo propósito é apagar a cultura e tradição do povo de Cadiz.

Durante a tradicional cerimônia da maioridade, Amani é violentamente capturada e levada para longe de sua família e de sua pequena vila, ficando cativa no Palácio Imperial Ziyaana. Amani não faz ideia do aconteceu, até conhecer a princesa Maram Vak Mathis, com metade sangue Vathek, e com sua imagem e semelhança. Em resposta aos ataques dos rebeldes, Amani é obrigada a ocupar o lugar de Maram e, ao mesmo tempo, tentar sobreviver.

?Por um breve momento, eu não era Maram nem Amani. Era uma garota em um templo, preenchida com nada além de desejo e expectativa.?

"Miragem" traz um universo novo e diferente. O palco está na mitologia do território norte-africano, com um imaginário rico e que é poderoso por si só. A narrativa nos guia pela ansiedade e perigo em torno da vida da Amani. Acompanhar todo o desenvolvimento da protagonista, que aos poucos consegue a resiliência para lutar e se posicionar, foi muito bacana. 

Maram é uma princesa fria e conhecida por seu temperamento. As interações entre ela e a Amani são maravilhosas, e posso afirmar que foi uma das coisas que mais gostei de acompanhar. Duas personalidades diferentes e de vidas totalmente opostas, tendo que lidar com a ligação que existe entre ambas, se tornou um dos pontos mais altos da história.

Ocupando o palco com as duas, temos Idris, o noivo de Maram. Ele é um rapaz esperto, no entanto, no momento em que conhece Amani, se torna uma pessoa diferente. Ambos irão contracenar várias cenas e aprender juntos. Senti uma vibe insta-love, mas até que o relacionamento deles se desenvolveu de forma linear.

A  Amani é uma protagonista forte, mas não deixa essa característica transparecer. Amei o universo vasto, repleto de referências da cultura marroquina, além de personagens cativantes. Com certeza é uma leitura mais que recomendada!

Resenha postada originalmente no ig @sentencaliteraria
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