Lara Mélo 18/04/2024Vale cada página, da dedicatória ao epílogoJá tinha visto esse livro na casa dos meus pais, mas não tinha dado muita atenção à ele. Só quando minha mãe comentou o quanto tinha gostado da leitura é que acendeu uma fagulhinha de curiosidade e decidi pegar emprestado com ela.
O plano era ler aos poucos, durante minhas duas semanas de férias… E eis que termino o livro em três dias (rsrs), de tão envolvida que fiquei com a história.
E três são as protagonistas de “A Trança”: Smita, Giulia e Sarah. Cada capítulo é dedicado a apresentar um pouco de cada uma dessas mulheres, que vivem em lugares e contextos completamente distintos, com sonhos, dores, alegrias, desafios e medos que parecem impossíveis de se cruzar ou se relacionar.
A autora consegue manter esse “distanciamento” tão bem que fiquei me perguntando se em algum momento uma história se cruzaria com a outra… até que, já quase no fim do livro, ela une os três fios aparentemente soltos de uma forma inusitada e poética, entrelaçando-os como se entrelaçam as mechas de uma trança e transformando as três partes em uma trindade feminina repleta de mensagens e significados.
Enfim, foi uma leitura que me tocou como há algum tempo não acontecia.
Obs.: quero muito assistir ao filme “The Braid” (2023), só que não está disponível em nenhum streaming no Brasil.