Eu tenho um nome

Eu tenho um nome Chanel Miller




Resenhas - Eu tenho um nome


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cecilivros 28/02/2023

Chanel miller!!
Foi uma leitura muito fluida, apesar do peso de cada parágrafo. Nesse livro, Chanel traz os espectadores de um acontecimento trágico para dentro da cabeça da vítima. É desesperador, mas é uma ação que carrega muito significado e, sobretudo, CORAGEM. Entendi que a diferença não está em encorajar a expressão em si, mas dar ouvidos quando isso é feito!! nunca sabemos o quão afetada uma pessoa já foi antes de chegar até nossas vidas. “?Eu tenho um nome”? é um livro que todos deveriam ler, principalmente os homens, não com o objetivo de ampliar a estante de não fictícios, mas como conhecimento do próprio mundo, de realidades que não estão distantes de ninguém, já que vivemos ao lado de tantas vítimas que infelizmente não tiveram a oportunidade da justiça. Além de todo o peso emocional, podemos nos aproximar também do sistema judicial, que carrega as mais altas expectativas de segurança, mas não traz isso pra realidade, como a própria autora diz, “?aquilo não era uma questão de justiça, mas um teste de resistência?”, apenas um dos milhares de exemplos em que a classe social e o gênero do criminoso determinam as consequências dele.
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Aly 18/07/2023

Um exemplo de força imensa, com esse livro conseguimos acompanhar o que Chanel viveu em seus piores momentos e o quanto precisou batalhar para conseguir o mínimo de paz e justiça para ela e para todas as garotas que já sofreram e infelizmente ainda vão sofrer, pq ainda vivemos em um tempo em que a cultura do acobertamento do homem é mais importante do que a liberdade de escolha as mulheres.

Leiam se tiverem estômago, não é um livro fácil por conta de tanto sofrimento...
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Vivs | vivsbookshelf 09/10/2022

Não foi fácil encarar essa leitura?
Imagina ainda viver uma parte da história de Chanel Miller?

Esse livro traz um relato muito impactante dessa mulher extremamente forte e perseverante.

Tive que fazer diversas pausas durante a leitura, foram palavras e sentimentos muitos difíceis de engolir. Sabe quando você está com aquele amargo na boca, mas mesmo assim precisa por mais para conseguir finalizar e poder ir para um prato melhor. Senti isso em muitos momentos, mas parecia que essa sensação boa nunca chegava. Para um leitor essa experiência não deve ser nem 1% do que muitas mulheres já chegaram a sofrer por conta dessa violência. A frustração e a raiva foram sentimentos constantes durante a leitura.

É uma leitura pesada, tensa e que revela várias camadas da autora ao lutar por justiça, após sofrer uma agressão sexual em uma festa de faculdade. Não é atoa que seu nome só é revelado com a publicação deste livro.
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Mila 18/02/2022

eu nunca li um livro tão cru, tão forte, que me fez senti tanto de uma forma que torcia algo dentro de mim e depois só me fazia querer chorar.
sim, esse é um livro de não-ficção, onde a Chanel fala cada momento, cada emoção, sentimento, desde que foi estuprada em uma festa em Standford e tudo o que passou em procura de justiça.
toda a escrita dela é tão forte, tão crua, tão poderosa que você se sente no lugar dela em certos momentos, você consegue entender a sensação dela em ficar sozinha assim que sabe da notícia, você se sente lá (em grandes momentos querendo abraçá-la, mas infelizmente isso não é possível).
eu falei isso em uma das atualizações de leitura e volto a repetir aqui: se 10% de toda a empatia dada ao estuprador no momento do julgamento fosse dada a vítima, justiça seria feita. o trauma da Miller não foi somente o crime que ela sofreu, foi o julgamento sujo, machista, injusto, extremamente absurdo que ela teve que passar.
em todo momento a gente vê toda a perda que o estuprador (não, aqui ele não vai ser colocado como estudante, nadador, competidor das olimpíadas, sorry) podia ter em sua carreira como se a culpa fosse da vítima de ir atrás do mínimo que ela poderia ter em uma situação refletida das ações dele: justiça!
em vários momentos eu me vi perdida e com medo do que o mundo reserva para nós mulheres, quando você passa páginas de um julgamento onde a vítima é tratada como uma absurda que está tentando acabar com a vida de um primoroso estudante e o estuprador é o coitado em uma noite de bebedeira com uma ação impensada. dá medo porque isso não é um caso isolado, a gente vê acontecendo todos os dias, o tempo todo, marina ferrer tá aí lutando e foi humilhada em seu julgamento.
obviamente tenha muito cuidado ao ler, é um livro com inúmeros gatilhos, mas foi uma leitura que eu não saí a mesma pessoa dela.
entre inúmeras citações que eu marquei desse livro eu preciso colocar uma aqui:

"Brock sempre vai ser o nadador que se tornou estuprador. Ele era incrível até que caiu na tentação. Tudo que eu fizer no futuro será realizado pela vítima que escreveu um livro. O talento dele precede a tragédia. A vítima supostamente nasceu com a tragédia. Eu só passei a existir quando ele me feriu. Ela encontrou a própria voz! Eu tinha uma voz, ele a arrancou de mim e me deixou tateando, cega por um tempo mas eu sempre a tive. E hoje a uso como nunca tinha feito. Não devo a ele meu sucesso, minhas vitórias; ele não me criou. O único crédito que Brock pode ter é o de ter me estuprado, ele nem ao menos conseguiu admitir isso."

eu poderia encher isso aqui de citações, mas recomendo que você leia a carta que ela leu para ele no julgamento: https://buzzfeed.com.br/post/esta-e-a...
você vai ter uma pequena ideia do tom do livro. se não for gatilho muito grande para você, eu recomendo que o leia. eu fiz a leitura em uma buddy reading e a gente ia lendo bem aos pouquinhos porque era pesado demais em certos momentos, aliás, a companhia nessa leitura da Vitória foi tudo
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Mary Manzolli 01/02/2022

Uma história difícil e indigesta, mas necessária.
As histórias de um estupro, do julgamento e das tentativas de superar, contadas pela própria vitima. Chanel Miller, em 2015, quando tinha apenas 22 anos, já havia terminado seu curso universitário quando foi a uma festa, numa fraternidade no campus da universidade de Stanford, acompanhada de sua irmã e algumas amigas, bebeu algumas doses a mais, teve um apagão, acordando num hospital. Lá recebeu a notícia de que foi encontrada desacordada atrás de uma lixeira, semi nua, com um homem em cima dela, que ao ser interpelado tentou fugir do local.

O agressor foi identificado como sendo um aluno da universidade, atleta de futuro promissor, com uma carreira em ascensão e, após o julgamento, foi sentenciado a apenas 6 meses de prisão, tendo permanecido preso por pouco mais de 3.

O livro é muito sofrido e impactante e começa com um longo capítulo sobre o dia do estupro que logo de cara já nos deixa atordoados. A sequencia de exames altamente invasivos, fotos, análises, perguntas humilhantes, a ausência de informações claras, seguidas da culpa, tristeza, vergonha e a consciência de tratar-se apenas do início de todo o sofrimento.

Eu tenho um nome não é apenas um relato de um estupro, é uma importante denuncia das crueldades a que são submetidas as vítimas de violência sexual dentro do sistema judiciário, a culpabilização de seus atos, a incessante busca em desligitimar suas lutas, questionando seus comportamentos numa humilhante desmoralização das suas personalidades. É sobre encontrar o própria voz para se defender de um sistema que protege o estuprador e condena a vítima.

Recentemente o Brasil acompanhou o caso da jovem Mari Ferrer e nos revoltamos com o tratamento dado à ela pelos advogados de defesa. Com Chanel a história foi muito parecida ao criar-se uma narrativa que distorcia a sua imagem e lhe colocava na posição de destruidora do futuro de uma rapaz cheio de potencial.

Chanel prepara um discurso emocionado para o dia da sentença, porém não foi lhe dada a oportunidade de dizer tudo o que gostaria. O jovem estuprador recebeu uma condenação pífia das mãos de um entediado juiz que, em síntese, alegou que embora a violência tivesse acontecido, a vítima, por estar bêbada não podia garantir que não tenha sinalizado uma vontade e o rapaz por estar alcoolizado não tinha como perceber de forma clara que a vítima não quisesse, apesar dela estar desacordada. Os efeitos do álcool foram fatos determinantes na culpabilização da vítima e na atenuação da pena do estuprador.

No entanto, dias depois, a Buzzfeed publicou, na íntegra, a declaração que Chanel não teve oportunidade de ler no tribunal e, rapidamente, tomou uma proporção inesperada, sendo lida por milhões de pessoas, traduzida para várias línguas, até chegar ao congresso americano. Por conta disso ocorreram algumas vitórias com a alteração da lei de proteção às vítimas de estupro, o aumento das penas e até o mesmo o afastamento do juiz do caso.

É um livro indigesto, principalmente, para as mulheres conscientes da nossa condição de seres socialmente pré julgados e culpabilizados por todo e qualquer ato por nós praticados. Não devemos andar na rua sozinhas de noite, beber sem nunca perder a consciência dos nossos atos, não deixar o copo em qualquer lugar, nunca aceitar nada de estranhos, nem tudo o que pensamos deve ser dito, a roupa deve ser apropriada e se algo sair do padrão comportamental aceito é, com certeza, porque estamos pedindo para sermos estupradas.

Essa leitura nos faz enxergar o quanto ainda temos, entranhadas de forma, muitas vezes, imperceptível à olho nu, a tendência de culpabilizar a vítima. Querendo ou não admitir, fomos educadas dentro da cultura patriarcal de que o homem não tem o domínio dos seus instintos e que nós devemos evitar a todo custo provocar esses desejos. Buscamos nos proteger alimentando a cultura do estupro.

Apesar dos gatilhos, e são muitos, pois Chanel não nos poupa dos detalhes mais cruéis, e nos faz sentir uma mistura muito incômoda de sentimentos, é uma leitura muito necessária, para mulheres e homens, porque nos traz a consciência de que enquanto ainda precisarmos realizar um exercício mental para aceitar que uma garota que vai a uma festa e desmaia de bêbada, não está disponível para o sexo, enquanto for preciso um esforço sobre humano para convencer uma sociedade inteira e um sistema judiciário de que sempre significará NÃO, se a vítima não tem condições de dizer SIM e enquanto ainda for difícil chegarmos ao consenso de que o único responsável por um estupro é o estuprador, então não é seguro ser mulher e a gente precisa fazer alguma coisa para que essa situação mude
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girlatbook 27/11/2023

Gone was any trace of you, i think i am finally clean
Sendo mulher, sendo estudante universitária, sendo um ser humano, é impossível não me impactar com a história. A força da autora é admirável, porque me questionei muitas vezes durante a leitura se eu teria aguentado. Toda a humilhação que as vítimas precisam passar, antes, durante, depois, para sempre, e como a primeira pergunta que é feita é sempre "por que ela bebeu até perder a consciência?" e não "por que ele a violou?". É um relato difícil de ser lido, mas necessário. Só achei a escrita um pouco cansativa em algumas partes, e demorei a me conectar mais com o livro por conta disso.
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Jyane.M 22/10/2021

Eu tenho um nome
Não sei nem o que dizer mas me impactou!!
"Mas, apesar de todo o medo, toda a dor, tudo que não pôde ser redimido, vou me lembrar pelo restante dos meus dias das pessoas que nunca desistiram de mim, que me trouxeram de volta à vida."

"Escrevi este livro porque o mundo pode ser difícil, horrível e, muitas vezes, imperdoável. Escrevi porque houve momentos em que eu não quis viver. Escrevi porque o sistema judiciário é lento como uma lesma e as vítimas são forçadas a passar muito tempo lutando, quando poderiam estar criando, desenhando, cozinhando. Escrevi para expor a brutalidade da prerrogativa, da violência de gênero e do privilégio de classe em nossa sociedade. Mas eu fracassaria se você terminasse esta leitura alheio à humanidade, sem ver o que eu vi: aquelas milhares de cartas manuscritas, o peixe de lábios verdes no fundo do mar, a piscadela da estenógrafa. Todos os pequenos milagres que me sustentaram. Podemos passar metade da vida andando a esmo, nos perguntando o que estamos fazendo aqui, de que vale nosso esforço. Mas viver é incrível ? ter estado aqui, ter sentido, mesmo que brevemente, o tamanho e a profundidade da empatia das pessoas. Escrevi, sobretudo, para dizer que vi como o mundo pode ser bom."
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spoiler visualizar
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Betinha 06/06/2021

EU TENHO UM NOME, NÃO ESQUEÇAM DISSO!
"Erga a cabeça quando as lágrimas vierem, quando você for ridicularizada, xingada, questionada, ameaçada, quando disserem que você não é nada, quando seu corpo for reduzido a buracos. A jornada será mais longa do que você imagina, o trauma vai sempre achar um caminho para vir à tona.Não se torne as pessoas que magoaram você. Continue gentil com seu poder. Nunca lute para ferir, lute para animar." Chanel Miller
"Eu tenho um nome" é um livro de memórias que relata o abuso sofrido por sua autora, que por quase dois anos teve que assumir uma outra identidade para se proteger de outros tipos de ataques, além de um julgamento brutal que só reforça que a culpa, a responsabilidade, a vergonha, o descrédito, o repúdio, tudo pertence a vítima e o culpado, que o tempo todo é chamado de acusado ou suposto suspeito (redundância?) é o merecedor do benefício da dúvida, é quem terá a vida arruinada por uma "decisão ruim ou estúpida", não cabe a ele se defender e sim acusar, desacreditar humilhar, desmerecer a vítima e diminuir o próprio ato em si!
Agressão sexual torna-se uma irresponsabilidade por excesso de álcool, uma escolha ruim, "ela não disse não", "eu acho que foi consensual" e nunca uma VIOLÊNCIA UNILATERAL cometida por um homem que tinha sim o poder de discernir entre o certo e o errado e optou pelo estupro! Estupro não é sexo!
Infelizmente não é assim que esse tipo de crime é tratado pela sociedade, pelos tribunais, pela mídia, ainda temos muito que lutar para que a cultura do estupro seja destruída, desconstruída, eliminada da nossa sociedade e vista como uma VIOLÊNCIA que valida que todo tipo de abuso sexual continuem sendo relativizado, subestimado, tido como um crime de menor importância e não algo hediondo, sem justificativa e sem perdão! Precisamos de punições mais severas para o ABUSADOR, é sobre eles e não sobre o comportamento, a vestimenta ou atitude da VÍTIMA! Quem comete o abuso é quem deve ser julgado e não a vítima.
Foi de uma coragem absurda escrever um livro revelando não só sua verdadeira identidade, assim como todos os detalhes, principalmente a crueldade da denuncia ao julgamento. De todo rito e prorrogações do julgamento a sentença. Das apelações da sentença até a punição e assim por diante!
Outro ponto que foi bem abordado no livro que quero ressaltar: a perversidade e parcialidade da mídia que é misógina e permissiva!
"E, por fim, às meninas de todo o mundo , eu estou com vocês. Nas noites em que se sentirem sozinhas, eu estou com vocês. Quando forem questionadas ou desmerecida, eu estou com vocês. Lutei todos os dias por vocês. Então nunca parem de lutar, eu acredito em vocês." Emilly Doe - nome e identidade que Chanel "precisou" adotar durante todo o processo: do abuso até o lançamento deste livro.
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Julia 11/11/2023

Eu tenho um nome.
O livro retrata a angústia da vítima durante o curso do processo judicial. Foi uma leitura densa e pesada, mas muito necessária.
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Ianara 26/05/2023

Chanel ??
Não sei se consigo descrever bem o suficiente meus sentimentos durante essa leitura...Demorei meses para terminá-la, pois esse tema me afeta demais. Eu sentia tanto nojo, raiva e indignação que acabei até escrevendo xingamentos em algumas partes do livro.
A Chanel é mulher incrível que transformou a sua dor em atitutes para ajudar outras vitimas.Toda minha admiração e amor para ela. ??
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L S G 13/01/2022

História pesada, impactante, mas acima de tudo de resiliência e força. A escrita da autora é extraordinária e poética, em alguns momentos acho que excede um pouco nas digressões, mas nada que diminua a excelência do livro. Se você acha que é capaz de lidar com os gatilhos, só leia!
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Mari 13/06/2023

É uma bibliografia da Chanel, é uma angústia o que ela passou e como o sistema jurídico é falho com as vítimas de abuso, a gente lê querendo justiça e que ela tenha paz.
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Bea 31/03/2021

Tenso, revoltante, tocante.
A história de Chanel mostra a coragem necessária para lutar contra a opressão e atravessar o sofrimento a caminho da justiça para reparar o trauma do abuso. Me senti tocada pelo livro desde o início, desde a sinopse. Ela inicia o livro traçando algumas características da personalidade dela, e eu me identifiquei com alguns desses traços, apesar de vivermos em realidades diferentes. Quando ela foi encontrada ela estava inconsciente, seminua, sozinha. Estava sem documento, sem carteira. Ninguém sabia quem ela era, qual era seu nome. E ela vai contar seu relato, tudo o que se passou naquele dia, do que ela lembrava e dos acontecimentos que se seguiram depois dessa violação. Ela nos guia pelas suas memórias e nos mostra por tudo aquilo que teve que passar. Eu esperava mais emoção em alguns momentos como quando foi contar aos pais, no veredito também... Esperava mais detalhes do julgamento mas sei que o foco do livro foi mais em como ela passou os dias lidando com o fato de aceitar a verdade. E quando lemos a declaração de vítima dela, é impossível você não sentir o impacto de suas palavras e de sua história, e a emoção que em alguns momentos não achei no livro, eu encontrei na declaração.
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theriver 17/06/2021

Chanel Miller.
bookstagram: @sessaolivros

O título dessa resenha há de ser Chanel Miller, pois ela luta durante todo o livro pelo seu nome. Ela é uma garota que foi estuprada no campus da Universidade de Stanford, em 2015. Não sei se vocês lembram desse caso, mas ele ficou conhecido mundialmente na época e eu lembro das reclamações feitas sobre a instituição ter feito nada a respeito.

Por anos Chanel escondeu seu nome de todos com medo, sendo chamada apenas de Emily Doe nas audiências e reportagens. Mas em 2019 ela finalmente quis mostrar quem ela era porque estava se sentindo incomodada em viver duas pessoas diferentes e ela queria mostrar que não há vergonha em ser vítima. Em fevereiro deste ano, ela lançou ?Eu tenho um nome?, onde ela conta tudo que aconteceu bem minuciosamente, como foi todo o trâmite jurídico, como ela se sentiu durante os anos e como ela aprendeu a viver com esse fato. Você sente com ela tudo que ela sentiu, você passa raiva e dor, você chora e você fica desesperada com o que ela passa nas audiências. Toda vez que ela as relatava eu sentia raiva e impotente. Quando ela relatou o que o agressor e a família dele falaram como discurso final, apelando para diminuição da pena - que foi cedida - você sente raiva e dor. Há muita injustiça, hipocrisia e muita, muita dor. O sistema é cheio de falhas e é visível nesse livro. Ela mostra como sempre trataram seu agressor como o menino que ia ter um futuro brilhante e agora tinha ?isso? atrapalhando ele, enquanto ela tinha que ter vergonha de usar seu próprio nome e sofria os mais variados xingamentos, os quais vocês devem imaginar.

Não cabe a mim aqui avaliar esse livro, mas quem quiser ler, leia pensando que há muitos gatilhos. É forte e pesado, mas Chanel não quis que fosse somente isso, quis que fosse inspirador e um suporte para quem passou o mesmo que ela, além de nos fazer lembrar que nós temos um nome e não temos que sentir vergonha disso.

kali ?????
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