Gabsi 14/01/2024Você vai sentir tudo o que Marçal quiser que você sinta.
O calor do dia, a paixão por alguém, o peso de segurar uma pistola na mão. É um livro bem a cara do autor, eu diria, pois só ele consegue combinar uma paixão vibrante e uma tensão esmagadora enquanto passa por cenários que parecem ter saído de um sonho (bom, ruim ou nostálgico).
A minha parte favorita, definitivamente, foi ver a relação de Ingo e Miguel. Diria que o relacionamento deles é mais forte, bem construído e bonito quando comparado o do protagonista com Nádia.
Achei parecido até demais com outro livro do autor, "Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios", quando ele coloca como protagonista um homem solitário cujo o foco da vida é ser perdidamente apaixonado por uma mulher que tem como traço de personalidade ser atraente e apaixonante. Não dá pra saber mais nada sobre Nádia, sobre seus gostos, seu passado, apenas que ela é o amor de Miguel.
Toda a contextualização é sempre magnífica, é um livro envolvente em tudo que se propõe. Desejei o reencontro de Miguel e Ingo, e principalmente, UM FINAL BOM. O final ser aberto não fez com que ele fosse ruim, mas sim parecer que o autor abandonou o livro na metade.
No mais, vale a leitura, é muito bonito, e deveria ser um livro tão conhecido quanto a obra mais famosa do autor.